domingo, 18 de maio de 2008

Vontade em excesso faz mal

Inter e Palmeiras jogaram em pé de igualdade por 17 minutos e foram do mesmo nível. Nos outros 73, o Verdão levou a melhor. A soma deu aos paulistas uma vitória por 2 a 1 no confronto entre os principais favoritos ao título do Campeonato Brasileiro deste ano.

Wanderley Luxemburgo inverteu Denílson de lado. Jogou o habilidoso atacante para o lado direito do sistema ofensivo. Assim, o pentacampeão mundial seguraria os avanços do zagueiro/lateral Marcão. A estratégia funcionou e o homem que diz já ter namorado cinco capas da Playboy foi o melhor em campo.

Enquanto os dois times tiveram onze jogadores a igualdade deu o tom. Ambas as equipes criaram oportunidades. Marcão dava espaço para Denílson que sempre progredia para dentro da área. A defesa colorada falhava ao fazer a linha de impedimento. Danny Moraes não achava Vadivia em campo. No ataque, Alex fazia o goleiro Marcos trabalhar.

O embate marcava a volta de Edinho a equipe, após recuperar-se de uma hepatite. O volante estava mais disposto do que o habitual e exacerbou na vontade e foi justamente expulso após dura falta em Valdivia. Abelão modificou o esquema. Fixou Jonas como lateral direito e recuou Fernandão para o meio.

Isso não bastou para parar o Palmeiras. Após erro de Índio, Denílson abriu o placar. Jogando em casa, o alviverde se impôs e controlou as ações até o fim do tempo regulamentar. Nos acréscimos, Alex cobrou falta e Índio, de cabeça, igualou tudo.

Mesmo em desvantagem numérica, o Inter não ficou acuado e criou oportunidades. Principalmente na bola aérea. Mas a defesa voltou a falhar. Orozco cometeu pênalti em Valdivia. Alex Mineiro cobrou e fechou o placar. Pelo lado vermelho, Guiñazu ainda foi expulso, justamente, diga-se de passagem.

Vadivia

O chileno joga muita bola. Sua habilidade é do tamanho das provocações que faz aos adversários. Com Luxemburgo, está aprendendo a ser decisivo. Um jogador que qualquer técnico gostaria de ter a disposição.

Perguntar não ofende

- A derrota para o Sport bastou para acabar com a mística da camisa branca? Afinal, o Inter nunca gostou de jogar todo de vermelho.

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