segunda-feira, 30 de junho de 2008

Seleção da Euro

Aqui vai minha seleção da Euro.
Buffon (Itália), Altintop (Turquia), Marchena (Espanha), Chiellini (Itália) e Zhirkov (Rússia); Senna (Espanha), Xavi (Espanha), Sneijder (Holanda) e Ballack (Alemanha); Arshavin (Rússia) e Villa (Espanha).

Após o fim da competição teremos outra parte legal do futebol europeu, a das contratações. Diferente dos últimos anos grandes nomes trocaram de clube no verão do velho continente.

domingo, 29 de junho de 2008

A primeira vez há 50 anos

Há exatos 58 anos, o Brasil começou a construir o alicerce para tornar-se a maior potência do esporte bretão. No verão sueco de 1958, nascia verdadeiramente o “País do Futebol”. A pátria de chuteiras deixava no passado o Maracanazo para ser campeã mundial a quilômetros de distância.

Naquele 29 de junho, surgia para o mundo um Rei e um Mané, que juntos pela Seleção não souberam o que era perder. Lógico, eles não conquistaram a Copa sozinhos, mas foram os artistas principais. Mágicos da bola.

Melhor do que celebrar a primeira conquista brasileira é saber que daqui a quatro anos tem outro título para ter o seu cinqüentenário festejado.

Parabéns aos campeões em 58!

Comentários sobre o clássico

Marcar sem faltas é possível
Edinho protegeu bem a defesa. Roger nada fez. Guiñazu manteve a sua movimentação. Boas atuações sem perderem suas principais características e sem levarem cartão. Por que não jogam assim sempre?

Ataque ineficaz
Marcel e Perea não produzem nada. Hoje, pouco participaram do jogo e não criaram perigo nenhum para a defesa colorada. Se ficar na dependência de seus dois atacantes, o Grêmio sofrerá de racionamento de gols.

Bola parada
Roger fez quatro gols no Brasileirão. Todos de pênalti.

Contratação inexplicável
Difícil entender o que Ricardo Lopes veio fazer no Inter. Ele está longe de ser brilhante e a sensação é de que a qualquer momento vá falhar.


O lance polêmico
Se o juiz não marca nada na saída de gol de Renan ninguém reclamaria. Porém, a infração ocorreu e, por tanto, a penalidade foi bem assinalada. O goleiro colorado não faz o movimento para se proteger, ele levanta sua perna para atingir o adversário quando já tinha o domínio da bola. O movimento era desnecessário. Se estivesse preocupado com sua proteção, a perna estaria erguida no momento em que saltasse indo ao encontro da bola.

Lance inusitado e empate no Grenal

Na tarde/noite deste domingo foi disputado o Grenal de número 370. É impressionante que após tanto tempo, um confronto ainda possa produzir lances inéditos. Cada clássico disputado, um conto contado.

Se Grêmio e Inter vivem fases distintas, o placar final foi de igualdade em um gol. Um resultado normal e que nenhum dos dois clubes pode reclamar. Se o Colorado teve as chances, o Tricolor teve a posse de bola. Subtraindo-se as grandezas, fica tudo semelhante. Mais chances sem gols não significa muito. Assim como domínio das ações sem criatividade também.

Como a fase é boa na Azenha, Roth manteve o esquema, porém mudou nominalmente a escalação. Sacou Rafael Carioca para colocar Eduardo Costa, o que mudou muito pouco a produção do já sólido 3-5-2 gremista.

Já Tite promoveu Taison para fazer sua primeira partida como titular com a camisa vermelha. O esquema adotado em campo também foi inédito, o 4-1-3-2. Quatro defensores atrás, dois laterais e dois zagueiros, com Edinho fazendo a proteção. Mais à frente uma linha de três com Magrão, Guiñazu e Taison, com Nilmar e Alex no ataque.

Com Marcão bem fixo na lateral-esquerda, não passando da linha divisória, o ataque Tricolor foi bem neutralizado. Não houve espaço nas costas do camisa 6 colorado. Assim, Taison teve liberdade de avançar naquela faixa do gramado e fez com que Paulo Sérgio também contribuísse pouco ofensivamente. Renan trabalhou pouco. Apesar de ter o domínio da bola, o Grêmio não tinha jogadas agudas.

O gol Colorado sai de falta. Victor faz grande defesa após cabeçada Sorondo, Nilmar, impedido, toca na bola, Índio pega a sobra e faz o 1 a 0.

Esperando o Grêmio, o Inter na base da velocidade criou as situações mais perigosas na segunda etapa. Ramon selou a trave. Victor salvou com a ponta dos dedos. A vantagem não foi ampliada.

Após lance polêmico, a arbitragem marcou pênalti de Renan em Rodrigo Mendes aos 33 do segundo tempo. Roger bateu e deixou o escore igual.

A semana será de tranqüilidade nos dois lados. Se o Grêmio pensava em vitória pela fase vivida, a igualdade não trará o transtorno de uma derrota. Os próximos sete dias serão para a manutenção do trabalho.

No bairro menino Deus, o medo de perder era grande. O empate com um bom nível de atuação apresentado mostra que ainda há qualidade no Beira-Rio. É preciso arrumar a bússola e faze-la apontar para o norte novamente. O resultado da a impressão que sair da má fase a curto prazo é possível.

El Ninõ destrói alemães

Para os meteorologistas El Niño é um fenômeno climático onde ocorre um aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. Para os espanhóis, El Niño é o apelido de Fernando Torres, herói da conquista da Eurocopa 2008.

A bela Viena, na Áustria, terra da música clássica, viu a tradicional Alemanha ser estéril e sucumbir diante de uma imponente Espanha. O 1 a 0 ao final dos 90 minutos não traduziu o que ocorreu no retângulo de jogo. Um placar mais elástico não seria exagero.

A estratégia utilizada diante de Portugal foi repetida pelos alemães que pressionaram o adversário nos primeiros minutos, dessa vez sem a mesma eficiência. Todos estiveram apagados na Nationalelf, com o lateral-esquerdo Lahm, de fraco desempenho na competição, estando um nível abaixo de seus companheiros. Na Fúria a única preocupação eram os passes errados de Puyol na saída de jogo.

Aos 22 minutos, o lance que mudou o rumo da partida. Torres testou a bola na trave de Lehmann. Naquele momento, a Espanha começou a acreditar de vez que era possível ser campeã e a “amarelite” foi, ao menos, momentaneamente, curada. Mais dez minutos passaram-se, Lahm tinha a frente da jogada, mas foi surpreendido por El Niño, veloz como um ciclone extra-tropical, fazer o gol do título.

Na segunda etapa, o técnico alemão, Löw, mexeu nominalmente e taticamente no time. Terminando a partida com apenas um volante, mas sem criar nada de significante. As mexidas foram insuficientes. Faltava inspiração. A Espanha seguiu superior, sempre esteve mais próxima de ampliar sua vantagem do que sofrer o empate.

A Fúria volta a triunfar após 44 anos. Pode ser um passo para ter a mesma grandeza que o seu torneio nacional possui. Se o time de Luis Aragonés não foi o mais brilhante da competição, também, em nenhum segundo se quer, deu vexame ou fez feio . O time manteve a regularidade. Foi o melhor da competição. Levam a taça com méritos e espera ter espantado o estigma de perdedor.

sábado, 28 de junho de 2008

Motivos para...

O Grêmio vencer o Grenal

1 – O Grêmio vive melhor fase.2 – O Tricolor está melhor preparado fisicamente, teve um mês de treinamento, tempo maior que uma pré-temporada.
3 – Possui a defesa menos vazada do Brasileirão.
4 – A partida será disputada no Olímpico.
5 – Roger vive boa fase.
6 – O time está mais organizado que o do rival.


O Inter vencer o Grenal

1 – Mesmo estando atrás na classificação, o Inter possui melhores jogadores.
2 – Com Tite como técnico, não faltará motivação para vencer.
3 – O Grenal ajeita a casa, e a do Inter está bem desarrumada.
4 – O Colorado possui jogadores mais experientes.


Sendo assim, o Grêmio é o favorito ao clássico. Mas este blogueiro aposta no empate.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Espanha, sem dificuldades

Foram 44 anos. Um período longo. Quase cinco décadas depois, os espanhóis têm a chance de acabarem com um estigma. A Fúria venceu a Eurocopa de 64. Depois disso, montou bons times, mas nada conseguiu. O advérbio “quase” martela até hoje na cabeça de quem veste a camisa espanhola.

Nesta quinta, La Selecion deu mais um passo para voltar a ser grande e conquistou vaga na final da competição deste ano. A semifinal foi mais fácil do que o esperado e os 3 a 0 em cima da Rússia reflete o que foi a partida.

Sob os olhares da família real, o placar foi feito com naturalidade. O time russo, sensação da Eurocopa, sucumbiu à pressão de um jogo importante. Não manteve o bom futebol mostrado diante da Holanda. Cassillas defendeu somente duas bolas durante o jogo. Ninguém assumiu a responsabilidade para decidir. Arshavin mal foi visto em campo.

Com Villa saindo lesionado, ainda no primeiro tempo, a Espanha melhorou. No seu lugar entrou Fabregas, que deveria ser titular, mas não na vaga do atacante do Valencia. Só que decifrar os pensamentos de treinadores é tarefa árdua. O meia do Arsenal resolveu a partida com duas assistências.

Para acabar de vez com a síndrome de vira-lata, a Fúria precisará bater a Alemanha no domingo. Se não, o “quase” aparecerá novamente e alguns jogadores do elenco sabem como isso funciona. Puyol, Marchena, Capdevila e Xavi fizeram parte do time que perdeu o ouro nos Jogos Olímpicos de Sydnei em 2000 para Camarões.

Só o Maraca salva

Todos sabiam que a LDU explorava muito o ala-direito Guerron. Também se tinha conhecimento do bom aproveitamento do time equatoriano na bola parada.

Mesmo assim, o Fluminense levou gols pelo lado esquerdo de sua defesa e em cobranças de falta e escanteio. O Tricolor das Laranjeiras conseguiu fazer dois e o 4 a 2, não foi tão ruim pelo desempenho dos primeiros 45 minutos.

Chico Buarque, um dos mais ilustres torcedores do clube carioca, diria o seguinte sobre a situação:

”Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta”


É, complicou a vida do Fluzão. Outro Tricolor, Nélson Motta, afirmaria que:

“Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora”


Não tem escapatória, o Fluminense terá que jogar muito na próxima quarta-feira. Precisará do apoio da torcida no Maracanã.

O jogo fashion da Eurocopa

A seleção da moda é a Rússia. Eliminar a Holanda colocou o elenco de Gus Hiddink em evidência. Nada mais próprio do que Arshavin, formado em design de moda, ser o craque do time. Seu futebol não chega a ser elegante como um terno Armani, está mais para uma arrojada coleção da Bennetton.

Se a Espanha quiser chegar à final da Eurocopa precisará parar o camisa 10 do adversário. Tarefa para o brasileiro marcos Senna. A vitória espanhola na primeira fase por 4 a 1 não significa nada. Com Arshavin suspenso, não se pode utilizar aquela partida como parâmetro.

Serão dois estilos diferentes dentro de campo. A Fúria com seu toque de bola e um meio-campo um tanto lento. Além da teimosia de Aragonés em deixar Fabregas no banco. O time depende muito de seus atacantes. O meio-campo protege bem a defesa, mas não é efetivo na frente.

Os russos são velozes e envolventes. Um time formado por jovens com qualidade e querendo mostrar serviço. Se posta bem na defesa e ataca pelos dois lados e com um bom contingente de jogadores. Se Arshavin ficar no mano a mano com Puyol, é sair para o abraço. O momento é do país transcontinental que além de estar com moral, tem bola no corpo.

Talvez seja uma premonição, mas a Espanha jogará de amarelo. Agora, é preciso saber se o designer Arshavin acha que o tom amarelado combina com a Fúria.

Tradição + Objetividade = Classificação da Alemanha

A Turquia achou que iria repetir a dose, mas com a Alemanha não é assim. E provando do próprio remédio, os turcos sentiram a dor de serem eliminados nos segundos finais de jogo.

Após eliminar Portugal com uma boa atuação, os alemães voltaram a praticar um esporte parecido com o futebol e que o resultado já é sabido, eles ganham a partida. Desta vez, o triunfo foi por um opaco 3 a 2.

Mesmo diante de uma remendada Turquia, devido aos inúmeros desfalques, Joachim Löw não colocou seu time em campo para encurralar e massacrar o adversário. Preferiu esperar. Se deu bem, mas por pouco. Correu riscos demasiados. Ficou acuada nos primeiros minutos, até sofrer o 1 a 0 aos 22. Antes disso, o travessão de Lehmann havia tremido uma vez.

Mas a tradição falou mais alto e em seguida Schweinsteiger “achou” o gol de empate. Os tedescos eram dominados, Lahm fazia uma partida esquecível.

No segundo tempo, com poucas opões no banco de reservas, o time de Fatih Terim cadenciou o jogo, realizando longas e inócuas trocas de passes. Nessas horas, a tradição faz diferença. Bola alçada na área, Rustu saiu em branco e Klose com o gol vazio fez de cabeça. Faltavam onze minutos para terminar a partida.

Era tempo de sobra para a Turquia. O ponteiro deu sete voltas e Senturk empatou. Incrível, por quatro jogos seguidos, os otomanos decidiam sua sorte nos últimos instantes.

Porém, a Alemanha não é a Suíça, nem a Suécia e muito menos a Croácia. No futebol, os alemães não vacilam desse jeito. Muitas vezes, a tradição resolve. Não ficaria assim e não ficou. Após tabela, Lahm, de fraca atuação até aquele momento, aos 44minutos, ele se redimiu. Colocou a bola na rede e a sua seleção na final da Eurocopa.

Os três gols saíram dos únicos três arremates que foram na goleira. Assim, é a Alemanha, finalista pela sexta vez em treze edições da Eurocopa.

PS: que papelão! Quase todo o segundo tempo não passou pela TV. O sinal caiu desde a Europa, do centro de transmissão localizado em Viena. Se fosse no Brasil...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Tradição colocada à prova

Tanto alemães como turcos estão acostumados a guerras. As duas nações passaram por inúmeros conflitos até se estabeleceram como são nos dias atuais. Hoje, Alemanha e Turquia vão disputar a mais gostosa das “batalhas”, a da bola.

Cortada ao meio pelo Rio Reno, a belíssima Basiléia receberá a primeira das semifinais da Eurocopa. Enquanto seu filho mais pródigo, Roger Federer, desferirá seus golpes na grama de Wimbledom, o recém plantado gramado do St. Jakob-Park será o palco do confronto entre a experiente Alemanha e a emergente Turquia.

Será como se a seleção capitaneada por Ballack joga-se em casa, pois o país faz fronteira com a Suíça. A geração é excelente, faz lembrar os multicampeões das décadas de 80 e 90. Os resultados rumam para isso. Nos últimos dois mundiais esteve entre os três primeiros colocados. Agora, busca o tetra da competição continental. A Nationalelf é a única equipe ainda viva que já tem a taça no armário. Todos sabem que camisa ganha jogo.

O time cresce na hora certa. Diante de Portugal, o técnico Joachim Löw achou a formação mais equilibrada e mandou os Portugueses de volta para casa. Klose desencantou, Podolski, mesmo atuando um pouco distante do gol, vive grande fase e Ballack se não tem uma habilidade exacerbada, tem a técnica e a garra dos grandes líderes, além de um chute forte, pesado e certeiro.

O futebol turco vive seu melhor momento. Após a transição do time de grande campanha para a Copa de 2002, o rumo certo foi alcançado novamente. O Fenerbache incomodou o Chelsea na Champions League, agora o país que tem metade de seu território na Ásia e outra parte na Europa, quer um continente para chamar de seu.

A Turquia é quem apresentou até aqui o meio-campo mais móvel da Euro. A variação no posicionamento dos jogadores é constante. Porém, ter que contar mais uma vez com Rustu no gol é insegurança na certa. A saída de Altintop da lateral-direita para a mei-cancha, deu consistência ao time.

Com tradição, torcida a favor e melhores jogadores, os alemães, com razão, já reforçaram o estoque de chopp para a final. Mas é bom só comemorarem quando o juiz apontar o centro do gramado, pois os pupilos de Fatih Terim aproveitam cada segundo de uma partida de futebol. Para deixar tudo mais confuso, a previsão é de chuva na Basiléia no horário da partida.

Primeiros 90 minutos da decisão

Os 2.850 metros de altitude de Quito vão presenciar nesta quarta-feira, pela primeira vez, uma final de Libertadores. Antes disso, no Equador, só a vizinha Guaiaquil havia sediado uma decisão continental.

O Tricolor das Laranjeiras, o clube tantas vezes campeão, vai em busca da taça inédita. Um sonho que por anos e anos não passava nem perto do horizonte de seus torcedores. Das grandes agremiações brasileiras, o Flu é o que deu mais desgosto aos seus simpatizantes. Chegou ao fundo do poço disputando uma, impensável, Terceira Divisão.

As três cores que traduzem tradição vão disputar os dois jogos mais importantes de suas histórias. Vão corrigir um gravíssimo erro de percurso de a última partida da Libertadores nunca ter sido disputada no Maracanã.

Os dois clubes chegam à decisão de maneiras diferentes, porém parecidas. O Flu passou por São Paulo e Boca. Em ambos os confrontos, o time de Renato Gaúcho não foi superior ao adversário, mas fez os resultados necessários. Com um elenco mais qualificado e tendo eliminado dos clubes copeiros, os cariocas tornam-se ao título.

Já os equatorianos entendem tudo de regulamento. Nas fases anteriores ultrapassaram seus adversários sem precisar vencê-los. Empatavam os jogos tanto em casa, quanto fora. Sempre marcando gols no território inimigo. Dessa vez, não será suficiente, pois na final não existe o gol qualificado. Se mantiverem a escrita dos últimos quadro jogos, tudo será decido nos pênaltis.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Cromos

Um dos grandes baratos da infância é colecionar figurinhas. No último fim de semana dei uma olhada no álbum da Eurcopa, bacana como sempre. Acabei lembrando dos livros ilustrados, nome formal da brincadeira, da minha época.

Colecionei muitos do Brasileirão. Infelizmente, não guardei todos. Alguns que tenho completos, outros nem figurinhas têm, tenho apenas o álbum. Ainda existem aqueles com poucos cromos, apenas para não deixar todas as páginas em branco.

Olhando álbuns antigos, tive a idéia de colocar figurinhas de jogadores que atuam ou são técnicos no Campeonato Brasileiro deste ano e apareceram em livros do passado.Para começar, uma homenagem a Renato Gaúcho, técnico do Fluminense que decide a Libertadores nesta quarta.

A imagem é do álbum de 1995. Foi o primeiro a ter figurinhas autocolantes e foto dos jogadores em movimento, mesmo que a maioria delas tenham sido armadas. Não é o caso dessa.

Deixe seu comentário, faça seu pedido e/ou conte sua história com figurinhas. Todo mundo possui uma.

Brasileirão 2008

Sete rodadas de Campeonato Brasileiro e algumas perguntas precisam ser feitas:

*Quando o Inter e Fluminense irão estrear no Brasileirão?*Vai dar tempo dos dois reagirem para assegurarem vaga na Libertadores?
*Quem é pior, Ipatinga ou Goiás?
*A boa fase do Náutico durará quantas rodadas?

Algumas conclusões também ocorrem:

*O São Paulo acordou.
*Cuca não curou a depressão pela eliminação na Copa do Brasil. Ainda não venceu no comando do Santos.

E sempre existem as curiosidades:

*Nas súmulas, até agora, só foi anotado um gol contra, de Bida do Vitória.
*O Cruzeiro está desde a primeira rodada na zona da Libertadores.
*O Atlético-PR esteve em todas as rodadas na zona da Sul-Americana.
*O Fluminense é o único clube que está há seis rodadas na zona de rebaixamento. Além de ser o único clube que não venceu.
* Dos dez maiores públicos Grêmio e Flamengo possuem trÊs partidas cada nessa relação.
* Dos dez menores públicos o Ipatinga aparece em três como mandante e dois como visitante. Ninguém quer ver o Ipatinga.

domingo, 22 de junho de 2008

Lamentável

Foi de chorar de tão ruim os palpites deste blogueiro nas quartas-de-final da Eurocopa. Só um acerto, a Alemanha.

Prometo melhorar!

Rotina mantida

Rápidas considerações sobre as partidas de Grêmio e Inter neste domingo.
Grêmio 3 x 0 Atlético-PR

* Vitória com boa atuação. O futebol de Roger cresce a cada jogo
* Três gols de pênaltis cobrados por Roger. Os dois primeiros bem marcados, o terceiro não.
* Os atacantes Tricolores são inconfiáveis. Atuando contra um adversário que jogou mais da metade do tempo com um jogador a menos, Perea e Marcel não fizeram uma boa jogada se quer.
* O “bancário” Eduardo Costa não fez falta.
* Galato, pela primeira vez, enfrentou seu ex-clube. Se defendesse sempre como fez hoje, não teria saído daqui.

Vitória 2 x 1 Inter
* A Defesa Colorada foi uma calamidade.
* O elenco de qualidade do Inter é passado.
* Desde que começou o Brasileirão Alex está apagado, e ele queria um lugar na Seleção.
* Tayson entrou bem, mas não pode-se pensar que é a solução e/ou é craque. É preciso dar tempo ao guri.
* Tite estava mais preocupado com uma boa atuação do que com a vitória. Ficou de mãos abanando.

Hasta la vista, Itália

A maldição está de volta. Novamente a Itália deixa uma grande competição na decisão por pênaltis. Desta vez, diante da Espanha, 4 a 2 nos tiros dos 11 metros. Um resultado justo para quem buscou mais o gol em 120 minutos de jogo.

A Fúria, como era esperado, propôs as ações, tomou a iniciativa. A Azzurra fez o que queria, retraiu-se, amornou a partida, esperou 120 minutos passarem. Aragonez novamente repetiu sua escalação. Donandoni, para variar, mudou a da Itália, desta vez por obrigação.

Toni deixou a Eurocopa sem marcar. Villa e Torres dessa vez passaram em branco, graças a Buffon e Chiellini. A eliminação acaba com a geração campeão do mundo. Uma renovação no elenco será feita. Donadoni não tem seu emprego garantido.
Nos pênaltis os vilões foram Di Natale e De Rossi, que havia desperdiçado pênalti pela Roma na Champions League contra o Manchester United. Buffon ainda defendeu um, mas não adiantou.

A Espanha avança aproveitando sua boa geração. O técnico italiano não seguiu os passos de seu antecessor, Lippi, e voltou a jogar fechado, deixando no banco atacantes valiosíssimos. Inzaghi nem viajou, Del Piero nunca foi primeira opção. Para o treinador a solução era Di Natale de carreira internacional quase insignificante.

A Fúria enfrenta a Rússia na semifinal. Pela primeira vez na Eurocopa enfrentará um time ofensivo. Aragones não terá vida fácil.

Dia de brasileiros na F-1

Após 70 voltas no Circuito de Magny Cours, Felipe Massa recebeu a bandeira quadriculada sinalizando sua vitória. Cruzar a linha de chegada em primeiro quebrou dois tabus. Desde 1993 um brasileiro não liderava o Mundial de Pilotos. Além disso, há 23 anos o hino nacional não tocava na França.

A última, e única, vitória brasileira na terra do baguete havia sido de Nélson Piquet. Talvez isso tenha dado boa sorte para o filho do tricampeão. Nelsinho pontuou pela primeira vez na Fórmua-1, acabando a prova em sétimo à frente de seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, tornando-se o 18º brasuca a marcar pontos na categoria. O ponto alto de sua corrida foi ter segurado o ímpeto de Hamilton nas primeiras voltas. De longe teve a sua melhor atuação nessas oito corridas da temporada. Agora, é preciso manter o nível e seguir sem errar, pois ainda não convenceu.

Massa vive a melhor fase de sua carreira e torna-se favorito ao título. Pilota o melhor carro e, no momento, erra menos que os seus concorrentes. Raikkonen liderava a corrida até ter problema no escapamento de seu bólido, perder rendimento, chegar em frangalhos, e mesmo assim garantir a segunda posição. O que prova que os erros na Ferrari ocorrem para OS DOIS lados.

Hamilton, largando no pelotão intermediário, teve um dia de David Coulthard. Afobado, saiu da pista, tocou em adversário e no fim das contas não obteve resultado nenhum. O 13º lugar foi péssimo. É a segunda vez seguida que o inglês não pontua. Impressiona como ele erra quando está sob pressão.

Seu companheiro de McLaren, Kovalainen, foi um dos destaques da prova saiu de um décimo lugar para terminar em quarto.

A Toyota voltou ao pódio com Trulli. A equipe evolui em relação às temporadas passadas. Já era hora!

A BMW não conseguiu acertar seu carro cheio de penduricalhos aerodinâmicos para correr em Magny Cours. Kubica se não errou, esteve longe de brilhar.Só um piloto não recebeu a bandeirada, foi Jenson Buton, da Honda. Fazia tempo que tantos carros não terminavam um GP.


Quartas-de-final da Euro: quarto dia

Há várias maneiras de analisar o último confronto das quartas-de-final da Euro.

Se o ponto de vista for esta competição, os espanhóis estão bem. Venceram os seus três jogos, possuem um time que abusa da troca de passes e chega à frente com facilidade. Pelo lado da Itália, a situação seria preocupante. A primeira fase não foi das melhores. A classificação veio na bacia das almas. Donadoni, sem convicção nenhuma, utilizou três escalações diferentes e não poderá contar com Gattuso e Pirlo, suspensos.

Se pegarmos a história, tudo se inverte. A Fúria é uma equipe sem chegada que amarela na hora de decidir. Já a Azzurra está como gosta. Chegou se arrastando para crescer no momento decisivo.

Mesmo com os desfalques, a Nazionale leva vantagem no meio-campo. Seu setor é mais robusto e vigoroso que o da Espanha, no resto as duas equipes são parecidas. Se Luca Toni desencantar será difícil para os italianos.

Palpite do blog: Itália

Jogo Histórico

As quartas-de-final entre Itália e Espanha na Copa de 94 é o confronto mais marcante entre as duas seleções. Àquela partida foi muito explorada durante a semana, principalmente pela imprensa espanhola que ainda não engoliu a derrota por 2 a 1, com gol do craque Roberto Baggio a três minutos do fim.

O meia Luís Henrique, que no jogo levou uma cotovelada do italiano Tassoti, pediu revanche aos seus compatriotas.

Abaixo, o resumo da partida no filme “Todos os Corações do Mundo”, uma pérola este documentário.

Histórico dos confrontos
Jogos: 27
Vitórias da Itália: 10
Vitórias da Espanha: 7
Empates: 10

Tradição holandesa

Uma das tradições da Holanda é a produção de belas mulheres, como a esposa de Van der Vaart (foto). Outra é a de montar times que encantam, mas não vencem. Na tarde deste sábado, isso pode ser comprovado mais uma vez.

Com o St. Jakob-Park pintado quase que em sua totalidade de laranja, os holandeses novamente, após terem feito a melhor campanha da primeira fase da história da Eurocopa, sucumbiram na hora da decisão. O algoz da vez foi a Rússia, que cedeu o empate por 1 a 1 no tempo normal, mas não deu chances na prorrogação e venceu por 2 a 0.

Os russos, comandados pelo holandês Gus Hiddink, neutralizaram os pontos fortes de seu oponente. Assim, a “orange” foi dominada na primeira etapa. Van der Sar salvava atrás e na frente eram poucas as estocadas. No intervalo, a mudança que definiu o rumo da partida. Van Basten sacou Kuyt e colocou Van Persie.

O meia/atacante do Arsenal é menos marcador e cedeu espaços para o lateral-esquerdo russo Zhirkov avançar. Com a marcação perdida no setor, a Rússia abusou dos cruzamentos por aquele lado. Pavlyuchenko abriu o placar aos 11 minutos.

Nos 30 minutos finais do jogo, o que se viu foram inúmeras chances de gol. Mostrando que não é necessário uma habilidade excessiva para desempenhar uma partida bonita com um bom futebol bem jogado.Faltando cinco minutos para o fim do tempo regulamentar, o empate holandês saiu com Van Nistelrooy. O gol apenas postergou a eliminação da Laranja.

O empate não desestabilizou os russos que seguiram pressionando. A recompensa veio com dois gols e a classificação.

Zhirkov e Arshavin (foto) foram os destaques da partida. Gus Hiddink mais uma vez vai além das expectativas no comando de uma seleção. O cara é muito competente. Quanto a Holanda, nem Freud explica!


sábado, 21 de junho de 2008

Marca redonda

Para não passar em branco, vamos rapidamente ao treino da Fórmula-1. O classificatório foi como deverá ser a corrida, sonolento. Nada de empolgante. As Ferrari dominaram e irão disparar na frente.

A pole de Raikkonen foi histórica, é a de número 200 da equipe italiana na Fórmula-1. Massa larga em segundo e se correr com a cabeça, mesmo que não vença, saíra da França como líder do mundial de pilotos.

Mania turca

Se a seleção turca fosse uma pessoa, ela seria uma daquelas que deixam para comprar os presentes de natal no último dia, quando as lojas estão cheias. Pois nesta Eurocopa a Turquia deixa tudo para os instantes finais.

O time de Fatih Terim conseguiu vaga nas semifinais após vencer a Croácia nos pênaltis por 3 a 1. Será uma derrota difícil de esquecer para os croatas que vencia a prorrogação por 1 a 0, quando saiu o empate turco nos acréscimos.

Sabendo de sua inferioridade técnica, a Turquia atuou fechada, esperando o adversário, com um isolado Nihat na frente. A Croácia não apresentou o futebol dos outros jogos. Não agüentou a responsabilidade de ser favorita. Ficou com medo. Atacava timidamente. Se o 0 a 0 não era bom, também não era ruim.

Com o fim dos 90 minutos se aproximando, a pressão croata aumentou, mas o gol não saiu, apesar do atrapalhado goleiro Rustu. Quase no fim do tempo extra, o tento “salvador” saiu, após uma saída equivocada do arqueiro turco. Porém, o empate “magicamente” ocorreu.

Com um baque desses, o desempenho da Croácia nos pênaltis foi pífio, fizeram um em quatro cobranças. Os turcos passam de fase e vão criando sobre si o folclore de decidir tudo “na última hora”.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Quartas-de-final da Eurocopa: dia três


Se o futebol fosse justo e previsível, o confronto entre Holanda e Rússia nem precisaria ocorrer nesse sábado. Porém, as duas seleções precisarão entrar no campo do Ernst Happel, em Viena, para brigarem por uma vaga na semifinal.

Tendo marcado nove gols e sofrido apenas um no Grupo mais difícil da Eurocopa, o B, não tem como não se usar a lógica e apontar os holandeses como favoritos. A Laranja não é mais mecânica, mas segue encantando com seu futebol veloz e seus pontas habilidosos.

Do goleiro ao centroavante, é impossível criticar um jogador holandês. O único porém,é o histórico. A final, quando a Holanda não jogou bem?

Será a primeira vez que o time comandado por Van Basten enfrentará um adversário que utiliza os mesmos métodos que os seus. A Rússia apresenta um futebol rápido, objetivo e de habilidade. É a melhor geração desde que o país deixou de ser URSS.

Sem poder contar com o camisa 10 e craque do time, Arshavin, nos dois primeiros jogos, os russos sofreram. Porém, a entrada do meia/atacante do Zenit fez o nível técnico da equipe elevar-se muito e acreditar numa vitória é possível. A classificação diante da Suécia veio com naturalidade. Será um grande teste para a Holanda.
Mesmo assim, o...

Palpite do blog: Holanda
PS: como é mata-mata, vale lembrar que para a Holanda o empate não BASTEN!!

Jogo Histórico

O confronto já foi comentado aqui no blog, mas é inesquecível. Holanda e URSS fizeram a final da Eurocopa 88. É o único grande título da Laranja. O gol do título saiu num golaço, do hoje técnico, Van Basten. Sempre vale a pena rever este gol.



História dos confrontos
Jogos: 8
Vitórias da Holanda: 4
Vitórias da Rússia (URSS): 2
Empates: 2

Magny Cours

Após duas orridas empolgante, em Mônaco e no Canadá, a Fórmula 1 corre esse fim de semana na França. Preprarem-se para uma corrida sonolenta, num traçado chato com um único ponto de ultrapassagem. Assim é o circuito de Magny Cours, que fica no meio do nada. É como se resolvessem fazer um autódromo em meio a uma plantação de arroz aqui no Rio Grande do Sul.

A vitória deverá ficar com um piloto da Ferrari. Massa pode sair líder do campeonato, o que não ocorre com um brasileiro há 15 longosa anos.

A volta pela pista de Magny Cours é com Rubens Barrichello em 2004.

Quartas-de-final da Euro: jogo 2

No confronto mais “sem peso” das quartas da Eurocopa:

“A Croácia é técnica.
A Turquia é coração.
Deste jogo, dificilmente sairá o campeão”

Após o versinho infame, vamos falar sério. Chegando como coadjuvantes no Grupo B, os croatas saíram da primeira fase como protagonistas, desbancando a Alemanha. Com um futebol que privilegia a posse de bola e o passe curto, os adversários são envolvidos. Kranjcar e Mordic dão o toque de classe ao time comandado pelo ex-zagueiro Bilic. São as cabeças pensantes da equipe. Sem eles, o jogo não flui.

Se há um lema seguido pelos turcos é “acreditar até o fim”. O avanço da Turquia surpreende. Durante os 270 minutos que esteve em campo, em apenas um jogou como classificada. A segunda posição no Grupo B foi garantida aos 44 do segundo tempo na virada por 3 a 2 sobre a República Tcheca. Raça pura.

O time de Fatih Terim não desiste nunca. Com Altintop atuando no meio-campo desde a segunda partida, o rendimento melhorou. Junto com o atacante Nihat a dupla é quem dita o jogo. O treinador montou um time que varia bastante o posicionamento durante os 90 minutos, o que dificulta a marcação adversária.

Palpite do blog: Croácia

Jogo Histórico

O confronto ainda é incipiente. Porém, as duas seleções se enfrentaram na primeira rodada da Eurocopa 96, na Inglaterra. Num grupo que ainda tinha Dinamarca e Portugal.

A Croácia, fazia sua primeira grande competição como um país independente tinha um grande time, com jogadores como: Boban, Bilic, Suker, Jarni, Boksic, entre outros. A vitória croata veio aos 41 do segundo tempo com Vlaovic.

Foi um gol emocionante. Seis meses antes da estréia na competição, o atacante havia sido submetido a uma operação para a retirada de um coagulo no cérebro. Some-se a isso o fato da nova nação estar em busca de uma identidade e pronto, não há como não considerar o jogo come histórico.

História dos Confrontos
Jogos: 3
Vitória da Croácia:1
Vitória da Turquia: 0
Empates: 2

Fim do sonho português


A derrota para Portugal por 3 a 2 para a Alemanha, pelas quartas-de-final da Eurocopa, é mais que uma simples eliminação. É o fim de uma Era. Foi a despedida de Felipão, um treinador que fez os lusitanos acreditarem que chegar em primeiro era possível. Não deu. Faz parte.

O triunfo alemão mostrou a superioridade do conjunto sobre a individualidade. Joachim Löw surpreendeu na escalação do time. Podolski seguiu no meio, Ballack foi adiantado para atuar atrás de Klose, o único atacante.

Com Deco e Cristiano Ronaldo sem espaços, o Nationalelf deixou a partida a sua feição. Por baixo, Schweinsteiger abriu o placar aos 22 minutos. Por cima, Klose, após longo jejum, voltou a colocar a bola na rede.

Com uma vantagem relativamente confortável no escore, a marcação arrefeceu. Na primeira vez que ficou mano a mano com um zagueiro, Cristiano Ronaldo levou vantagem e no rebote de seu chute, Nuno Gomes descontou. O desanimado Felipão voltou a sentir a esperança correr em suas veias.

Após o intervalo, os tugas tentaram pressionar, mas nada de produtivo conseguiram. A Alemanha insistiu na bola aérea. O resultado foi o terceiro gol, desta fez vindo da cabeça de Ballack, um gigante em campo. Se o camisa 13 não possui a habilidade de um meia brasileiro, sobra-lhe a técnica.

O treinador brasileiro, que cantou de cabo a rabo o hino de Portugal, não tentou nenhuma estratégia desesperado para postergar a decisão da vaga para uma prorrogação. Nem mesmo um 4-1-4-1, com quatro meais foi colocado em prática. Com isso, o máximo que se conseguiu foi um novo desconto com Postiga, faltando três minutos para o fim. Era tarde demais. A Era já havia terminado. Era questão de segundos. E assim foi.

A Alemanha achou uma formação sólida e fez sua melhor atuação na competição. Explorou as falhas mais que conhecidas do adversário. A classificação é justa. Mesmo assim, a zaga segue inconfiável. No confronto direto com os atacantes, os duros Mertesacker e Metzelder encontram grandes dificuldades. São os furos do time.

Pelo lado português, Felipão seguirá seu caminho no Chelsea, provavelmente, fazendo belas campanhas. Enquanto a seleção da Terrinha dificilmente voltará a brigar por títulos. Cristiano Ronaldo é excelente, mas, por enquanto, não consegue carregar um país inteiro nas costas.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brasil de Dunga segue mal

Renda milionária. Futebol pobre. Assim foi Brasil x Argentina nesta noite, no Mineirão. Nem os mineiros conseguiram ficar quietos com a qualidade do jogo. As vaias foram inevitáveis. As duas seleções mereceram o 0 a 0 durante os 90 minutos.

Show mesmo só Gal Costa cantando o hino nacional e do Skank no intervalo da partida. Foram os pontos altos da noite de Belo Horizonte.

Os vizinhos sul-americanos vivem fases parecidas. A nova safra de jogadores é boa, mas poucos ganham chance na equipe principal. Se Dunga insiste em Gilberto Silva, Gilberto e Mineiro, Basile apoia-se em Zanetti, Veron, que suspenso não jogou, e Júlio Cruz.

Com os gigantes do continente em crise, a liderança das eliminatórias ficou com o limitado Paraguai. Mesmo assim, tem gente que acha a Eurocopa ruim.

O único Pato em campo, foi o Abondanzieri, que defendeu duas bolas durante todo o jogo. O outro, o Alexandre só olhou do banco de reservas. Mas para que colocar o garoto se há Daniel Alves como última tentativa para salvar o jogo?

De todos que estiveram em campo, Messi era o único que tentava jogadas diferenciadas. O restante foi burocrático. Chato de se ver.

Dunga está perdido. É cabeça dura. Não quer voltar atrás e dar o braço a torcer. Tenta calar a boca de todos com suas idéias. Não quer fazer o óbvio, preferindo o mau humor de suas respostas. Acha que na camisa tudo se resolverá.
Sua salvação chama-se Olimpíada.

PS: oque o técnico argentino tem contra Palácio? O atacante do Boca no domingo entrou aos 44 do segundo tempo. Agora, contra o Brasil, ficou trinta segundos em campo.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quartas-de-final da Euro

Portugal fez sua parte. Jogou bem sob a regência de Deco e Cristiano Ronaldo e “apurou-se” em primeiro lugar do Grupo A de maneira tranqüila. Tudo dentro do previsto, ora, pois. Atuar pelas quartas-de-final amanhã, sexta-feira, fazia parte do planejamento. O adversário não era o esperado.

A Alemanha não fez a sua primeira “ronda” dos sonhos. Terminar atrás da Croácia na Chave B não estava nos planos. O vacilo poderá custar caro. Enfrentar um “selecionado” forte nas quartas-de-final não era previsto. A defesa falha muito e os “avançados” não mostraram efetividade até aqui.

O problema para os patrícios é que Joachim Loew vai deixar um dos atacantes no banco e reestruturar a equipe, colocando Schweinsteiger. A faixa central do “relvado” ganha consistência e Podolski, finalmente, atuará perto do “golo” adversário.

Os alemães possuem três armas fortíssimas neste confronto. A primeira são os precisos e “pesados” chutes de longa distância de Ballack, já que Ricardo não é o “guarda-redes” dos mais confiáveis. A outra é a bola levantada na área, os lusitanos tiveram muitas dificuldades nestes lances em seus jogos, independente de onde a redonda fosse alçada. E, por fim, a “camisola” tricampeã mundial e européia.

Os “adeptos” portugueses esperam pelo brilho de Cristiano Ronaldo e a eficiência de Deco. Pois com quatro anos de Felipão no comando, a “equipa” chegou ao seu ápice em termos táticos. O que também é uma vantagem, já que o oponente ainda tenta achar sua melhor estrutura.

Palpite do blog: Alemanha

Partida Histórica

As duas seleções fizeram a decisão do terceiro lugar na Copa passada. Portugal havia sido eliminado pela França, enquanto a Alemanha cairá num jogo emocionante diante da Itália.

O que se viu no abarrotado Gottlieb-Daimler-Stadion, em Sttutgart, foi uma torcida orgulhosa de seus representes, que mesmo sem disputarem o título receberam total apoio.Em campo, até o intervalo a partida foi equilibrada. Nos 45 minutos finais, a Alemanha dominou e abriu 3 a 0. Nuno Gomes descontou no finalzinho, Felipão e cia., após excelente campanha, não mereciam ser goleados. Ficou tudo no seu lugar.O embate foi o último de Oliver Kahn com a camisa da Alemanha. Sete jogadores alemães que aturam há dois anos devem começar como titulares amanhã. Em portugal o número de atletas se repete.

A memória é fraca e você não lembra do jogo? Não tem problema. É só clicar no play e assistir ao vídeo abaixo.


História dos Confrontos

Jogos:15
Vitórias da Alemanha: 6
Vitórias de Portugal: 4
Empates: 5

Voltando ao normal

Tudo voltou a normalidade na Eurocopa. A Grécia caiu na real. No caso, caiu na primeira fase mesmo. Os atuais campeões da competição levaram para campo a mesma estratégia adotada há quatro anos. Dessa fez retrancar-se e explorar os contra-ataques não deu certo. Não funcionou a defesa, nem o ataque.

O gregos repetem a campanha da Copa de 94, com três jogos e três derrotas. Ao menos14 anos depois, fizeram um golzinho.

Hoje, fechando a última rodada do Grupo D, e encarando uma equipe reserva da Espanha a derrota foi de virada por 2 a 1, com show de Xabi Alonso. Resultado que acabou fazendo com que Portugal fosse a única seleção líder de sua Chave sem ter 100% de aproveitamento.

Rússia e Suécia decidiram quem levaria a segunda vaga. De um lado, os russos formam um time rápido, de toque de bola e com jogadores habilidosos. Destaque para Arshavin e Zhirkov. No outro, para a tristeza das belas suecas presentes no Tivoli Neu, em Innsbruck, na Áustria, estava o exército de um homem só. Ibrahimovic, baleado e sem parceria, pouco fez.

Assim ficou mais fácil e a vitória russa por 2 a 0. Poderia ter sido mais. Bem mais. Foram inúmeras as chances desperdiçadas pelos compatriotas de Stalin e Lênin. A próxima parada será na Basiléia contra a Holanda, duas equipes com estilos muito semelhantes de jogo.

Gols musicais

Já prestaram atenção na música que toca ao fundo quando os gols saem nesta Eurocpa?

A cada vez que a bola balança a rede ouve-se o clássico "Samba e Gol". Por muito tempo essa foi a trilha de abertura do programa "Pré-Jornanda" da Rádio Gaúcha, na época apresentado por Antônio Carlos Macedo.

No video, a música e de quebra gols em grandes jogos da história das Copas.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Italia classifica-se na bola parada

A Eurocopa é pequena demais para Itália e França. Uma delas precisava cair antes dos mata-matas. O confronto era direto. Quem avançou foi a Azzurra por 2 a 0, graças à vitória da Holanda sobre a Romênia pelo mesmo placar, na outra partida do Grupo C.

Tanto o italiano Doanadoni, quanto francês Domenech quiseram dar uma força para os romenos. Ambos, sem convicção nenhuma, modificaram mais uma vez as escalações de suas seleções. Ao menos, o ex-craque milanista colocou todos os jogadores em suas devidas posições. Já o comandante dos “Blues” “criou moda” sacando Thuram e colocando Abidal no centro da defesa. Desastre total! A sorte da Nazionale é que o time de Mutu foi impotente diante do “segundo quadro” holandês.

Logo nas primeiras ações do jogo, a Itália mostrou-se superior. Mas Luca Toni seguia, e segue, sem marcar. Para tristeza de Alain Prost, Ribery saiu lesionado. Minutos depois foi a vez de Abidal deixar o gramado, expulso após cometer pênalti em Toni. Pirlo cobrou e guardou.

Até os 73 minutos de jogo, Buffon nada tinha feito, mas precisou esticar-se todo para permitir que os franceses descontassem. Essa é a prova da incapacidade francesa. Àquela altura, De Rossi, de falta, já havia ampliado o placar e definido quem seria o adversário da Espanha.

Mesmo com uma atuação mais consistente do que as anterioes e jogando mais que o adversário, a Itália ainda deixa a desejar. Os dois gols da vitória saíram de bolas paradas, sendo que o segundo ocorreu em lance, quase, despretensioso. Aleães e italianos estão na mesma situação, não empolgam, mas todos temem. As duas seleções possuem inúmeros jogadors decisivos e em confronto eliminatório isso pode ser vital.

A Holanda avança com o melhor futebol apresentado até aqui nessa Euro. A Itália passa de fase pela tradição. A França fica no caminho pela incompetência. E a Romênia não chega às quartas-de-final por azar. Azar de não ter ficado no Grupo A ou no D, onde teria boas chances de terminar entre os dois primeiros.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Alemanha sem brilho

A Alemanha precisava de uma vitória simples sobre a Áustria, em Viena, para garantir a segunda vaga no Grupo B da Eurocopa. Os donos da casa queriam ser a Grécia da vez. Não deu a derrota por 1 a 0 foi inevitável.

Os co-organizadores da competição iniciaram o jogo utilizando dois esquemas táticos diferentes: o retrancado e o muito retrancado. Logo no começo, Mário Gómez desperdiçou boa oportunidade. O time alemão ficou nervoso. Atuar com Podolski no meio-campo não funciona. É triste ver um atacante hábil e com faro de gol vindo até sua defesa para marcar. Se a intenção é deixar a equipe mais ofensiva, atue com os três atacantes, mas com todos posicionados na frente.

O gol perdido por Gómez foi achado por Ballack cobrando falta no início da segunda etapa. Sim, o gol foi achado. Depois disso, pouco se criou. Antes disso, pouco havia sido mostrado.

No outro confronto da chave, a Croácia, com time reserva, manteve os 100% ao bater a fraca Polônia por 1 a 0. Na próxima fase os croatas pegam a Turquia e têm grandes chances de chegarem a uma inédita semifinal.
Enquanto a Alemanha medirá forças contra Portugal. Os alemães não jogam bem. É pura pose. Na hora de decidir crescerão. Pior para Felipão.

Interinos, um mau negócio

Em poucas rodadas no Brasileirão, ocorreram inúmeras mudanças de técnico. Normal. No período de transição entre um “professor” e outro, é comum treinadores interinos assumirem o comando do time.Esses profissionais, normalmente, ou são auxiliares de quem está saindo ou trabalham nas categorias de base dos clubes. Também não é raro os “tapas buracos” acabarem ficando no cargo. Porém, até agora no Campeonato Brasileiro isso não ocorreu.

O problema é que nenhum interino convenceu. Na verdade, eles estão virgens de vitórias. Ninguém conseguiu vencer. Talvez por isso, o Goiás tenha achado de maneira rápida um substituto, Hélio dos Anjos, para Vadão.

No Atlético Mineiro, Marcelo Oliveira não conseguiu mais do que um empate por 1 a 1 diante do fraco Goiás.

O mesmo vale para Márcio Fernandes que ocupou interinamente o cargo de Leão. Mesmo jogando na Vila, o Santos ficou no 0 a 0 com o São Paulo.Aqui no sul, entre Abel e Tite, Guto Ferreira comandou os colorados do Inter diante da Portuguesa e levou um 3 a 1 de virada.

No Náutico, o ex-zagueiro/volante/líbero Sangaletti teve um resultado normal ao perder para o Grêmio por 2 a 0 no Olímpico.

Enquanto Cuca já havia deixado o Botafogo e ainda se lamentava pela eliminação na Copa do Brasil, Lusinho Rangel foi encarregado de motivar o grupo. Ele esteve à beira do gramado na confusa partida diante do Náutico nos Aflitos. O resultado foi um baile por 3 a 0 com direito a zagueiro e presidentes do clube presos.

Estatisticamente falando, foram cinco jogos, com três derrotas e dois empates. Um aproveitamento de míseros 13,3%.

Alta quilometragem

No Goiás saí Vadão e entra Hélio dos Anjos no comando técnico. Será a quarta passagem do treinador pelo Esmeraldino do Serrado. Ele tentará salvar o mais forte candidato, no momento, ao rebaixamento da Segundona em 2009.

O currículo de Hélio dos Anjos é extenso. Dificilmente algum treinador trabalhou em tantos estados e em tantas regiões diferentes. Confira por onde este nômade do futebol já trabalhou:

1 – Joinville2 – Avaí
3 – Juventude
4 – Vitória
5 – Santo André
6 – Náutico7 – XV de Piracicaba
8 - Atlético Paranaense
9 - Remo
10 – Goiás
11 – Sport
12 – Grêmio
13 – América Mineiro
14 – Guarani
15 – Vasco da Gama
16 – Gama
17 – Vila Nova -GO
18 – Fortaleza
19 – Bahia
20 – São Caetano
21 – Seleção da Arábia Saudita

Personagem do fim de semana: ALESSANDRO ZANARDI

Alessandro Zanardi deveria ser um ídolo de todos aqueles que gostam do esporte. Piloto de passagens apagadas na Fórmula-1 foi campeão nos Estados Unidos. Em 2001, sofreu um gravíssimo acidente (vídeo) após um erro bobo seu.

As conseqüências da batida foram terríveis. O italiano teve amputadas as duas pernas abaixo do joelho. Em nenhum momento ouviu-se lamúrias saírem de sua boca. Com uma força de vontade incrível e um controle psicológico altíssimo, Alex voltou a pisar fundo no acelerador pilotando carros adaptados. Chegou, inclusive, a testar um carro de Fórmula-1. Além de ter participado de uma maratona e ter cogitado participar dos Jogos Paraolímpicos de Pequim.

Alessandro Zanardi é um exemplo de vida.Ah, sim! Fora tudo isso, neste fim de semana, ele venceu a primeira bateria do Grande Prêmio de Brno do Campeonato Mundial de Turismo. Na segunda, largando em oitavo, terminou em segundo. É a sua terceira vitória na categoria.

Zanardi é um verdadeiro campeão.



Resultados incomuns

O domingo foi do improvável na Eurocopa.

Portugal, com time misto, perdeu por 2 a 0 para os co-donos da casa Suíça. Foi bacana, assim o pessoal da terra do chocolate saiu com a cabeça erguida tendo feito o melhor possível. É uma geração que deve levar os suíços novamente a Copa, o que não ocorre desde 1994.

Mesmo com a improvável derrota, a seleção de Scolari garantiu o primeiro lugar do Grupo A, e se a segunda-feira for previsível como o domingo não foi, terá que efrentar a Alemanha nas quartas-de-final.

A segunda vaga da Chave ficou com a Turquia. A classificação veio no confronto direto diante da República Tcheca. Tudo ia dentro da normalidade. Mas aos 30 do segundo tempo a situação mudou seu rumo drasticamente.

Os tchecos venciam por “confortáveis” 2 a 0. Vencia. Mas o dia era do improvável. O raro ocorreu. A muralha Peter Chech falhou. A Turquia virou o placar. Fez 3 a 2 e avançou de fase.

domingo, 15 de junho de 2008

Dunga

Dunga não quis chamar o time Olímpico para a série de dois amistosos e duas partidas pelas Eliminatórias.

Dunga dá pouca bola para o torneio que será disputado na China. Ou melhor, dava.

Dunga chamou o que tem de melhor, em seu conceito.

O time de Dunga venceu apertado o Canadá. Perdeu para Venezuela e Paraguai.

O time de Dunga, agora, precisa vencer a Argentina na quarta-feira, se isso não ocorrer, o treinador fica fragilizado.

Dunga gosta de alfinetar Kaká e elogiar Robinho.

Tivesse Dunga convocado os “guris olímpicos”, as desculpas seriam fáceis e aceitáveis.

Como Dunga não fez isso, ficou difícil de explicar um time que não tem nada. Nem jogada de bola parada.

Dunga convoca jogadores que não são titulares em seus times, mas estão entre os 11 da “Canarinho”.

Dunga não dá o braço a torcer.

Dunga precisa vencer a Argentina.

Dunga precisa fazer uma Olimpíada convincente.

Dunga erra muito.

Dunga corre riscos.

Dunga corre riscos desnecessários.

sábado, 14 de junho de 2008

Samba gremista

Goiânia é a capital da música sertaneja no Brasil. Dali saíram grandes duplas que fizeram sucesso em todas as regiões do país. O Goiás é como este estilo musical, até tem seus bons nomes, como Paulo Baier e Iarley, mas no geral chora de ruim.

Já o Grêmio é aquela escola de samba, que não empolga na avenida, mas faz um desfile técnico e conquista pontos importantes.Num confronto direto entre os dois, acabou dando samba por 3 a 0, dois gols de Marcel e um de William Thiego.Apesar do resultado elástico, dentro de campo, o Grêmio não foi tão superior assim. O goleiro tricolor Victor foi obrigado a fazer importantes defesas para segurar o resultado. A defesa falhou muito. Na lateral-direita, Paulo Sérgio voltou a fazer fraca atuação. As principais jogadas criadas por aquele lado foram executados por Leo, que acabou expulso.

No ataque, Marcel volta ao Grêmio melhor do que em sua primeira passagem, quando o primeiro gol demorou a sair. Mas segue a escrita, de marcar muitos gols numa única partida. Ele não matem a regularidade, assim como Perea.

Se o time de Celso Roth não empolga, consegue somar pontos tanto dentro como fora de casa. A crise ficou no passado. Agora, vem o mais difícil. Manter os bons resultados em momentos em que as suspensões e lesões surgirão com maior freqüência.

Tite larga bem

Tite fez o que faltava ao Inter. Mudou o ânimo dos jogadores. Deu resultado, e na fria tarde deste sábado bateu o Botafogo por 2 a 1. No momento de transição vivido no Beira-Rio, o resultado dá tranqüilidade, mas a atuação não foi boa.

O novo treinador não modificou o modo de jogar implantado por Abel Braga. O time segue atuando num 3-5-2 sem um ala-esquerdo, deixando Marcão sobrecarregado. O Inter teve uma qualidade que Tite aprecia muito, a efetividade.

Enquanto o Fogão pressionava e a defesa passava por apuros, Edinho acertou um chutaço de longe e abriu o caminho da vitória. Depois, foi a vez de Adriano colocar a bola para dentro.

Antes do fim da etapa inicial, Sidnei foi expulso, deixando o Colorado com dez jogadores em campo. O time foi postado todo em seu campo defensivo para tirar os espaços do adversário. Pelo lado alvinegro, Geninho foi conservador, quase covarde, mantendo os três zagueiros mesmo com a superioridade numérica. O Inter levava perigo nos contra-ataques.

Renan praticou boas defesas, porém foi vazado no último lance da partida, numa falha de marcação da defesa colorada. Alessandro fez de cabeça após cobrança de falta.

Tite começa com estrela, vital para a obtenção de resultados positivos. Aos poucos, colocará suas idéias e seu estilo na formação da equipe. Para a estréia, quebrar um jejum de cinco jogos sem vitória está de bom tamanho.

A vida sem Fernandão

A história do Inter poderá ser dividida em três partes: A.F. (Antes de Fernandão), E.F. (Era Fernadão) e D.F. (Depois de Fernandão). Ninguém imaginava que em 2004, ao entrar no segundo tempo de um Grenal, ele seria o grande ídolo do período mais vitorioso do clube, começava nesse momento a ser criado um mito.

Quatro anos após ter marcado o gol mil da história dos clássicos entre Grêmio e Inter, logo no seu jogo de estréia com a camisa vermelha, Fernandão anunciou sua saída do clube para defender o Al Gharafa do Qatar.

Como jogador, o camisa 9 não vivia bom momento e não fará tanta falta quanto se imagina. Seu 2008 deixa muito a desejar. Como líder, porém, demorará a ser substituído. Nos momentos de crise era ele quem matava no peito e saía para dar explicações.

Certamente, o Capitão voltará ao clube, nem que seja para uma partida de despedida.

Vai-se o jogador, fica o mito.

PS: Tornou-se mais clara a função de Fernando Carvalho em sua volta ao quadro diretivo do Inter. O ex-presidente não retornou apenas para administrar a questão “Tite”, já que o presidente Vitório Píffero era contra a vinda do treinador. Mas FC será um líder no vestiário. O substituto de Fernadão nas internas. Além de ser o homem encarregado de fazer a reformulação do elenco que está ocorrendo a toque de caixa.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Holanda decidirá o futuro de Itália ou França

Está como todos gostam. A Holanda vence, convence, da show, goleia, apresenta o melhor futebol, classifica-se por antecipação e vira favorita ao título. Não é a primeira vez que esses ingredientes aparecem numa campanha holandesa, será que dessa vez vai?

A vítima do dia foi a sem graça França. Foi um arrebatador 4 a 1, em Berna na Suíça. Demoraram somente nove minutos para Kuyt abrir o placar. Diante de um adversário inoperante, a “Laranja” tocava infinitamente a bola esperando o tempo passar. Os comandados de Raymond Domenech passivamente olhavam a bola ir de pé em pé, de um lado para o outro.

Mas a paciência acabou e nos 15 minutos finais do primeiro tempo, os Blues apertaram a marcação e conseguiram, com muito esforço, chegar até a meta adversária. Van der Sar foi perfeito e o segundo tempo começou 1 a 0 mesmo.

O relógio holandês não é Suíço e atrasou em um minuto. Pois aos 10, Van Persie ampliou. Demorando para mexer e substituindo errado, já que Benzema artilheiro do último campeonato francês assistiu os 90 minutos do banco de reservas, a França tentava, mas esbarrava na muralha Van der Sar.Até que aos 32, Henry num sutil toque, finalmente, fez a rede balançar. Não deu tempo para sorrir. Mal o ponteiro do relógio havia completado uma volta e Robben, num chute de canhota, sem ângulo, ampliou. Ainda deu para Sneijder fazer o quarto, um golaço de fora da área após belo giro sobre o defensor.

A Holanda, agora, tem França e Itália em suas mãos. As duas campeãs mundiais enfrentam-se, mas nada adiantará um vitorioso no confronto, caso a Holanda caia diante da Romênia. É difícil ocorrer, mas é possível.

Melhora insuficiente

Roberto Donadoni ficou irritado com a atuação da Azzurra diante da Holanda. O resultado foi uma mexida em cinco posições para enfrentar a Romênia, pela segunda rodada do Grupo C da Eurocopa. Como bom italiano que é, colocará culpa na arbitragem pelo empate por 1 a 1.

Ele não deixa de estar errado, pois a Itália teve um gol legitimo anulado no começo do confronto. Porém, isso não invalida os defeitos de seu time. Em relação à estréia, o desempenho melhorou, o ataque teve mais presença e o meio-campo foi mais ágil.

Mesmo assim, faltavam jogadas mais trabalhadas. Camoranesi não está bem. Aquilani pede passagem. A defesa melhorou, mas segue insegura.

Com 20 minutos de jogo, a “Nazionale” dominava a partida, mas não criava chances claras. Os conterrâneos de Drácula eram mais perigosos. Acertaram a trave uma vez e obrigaram Buffon (foto) a duas boas defesas.

Se pelo chão estava difícil, o jeito foi levantar a bola na área para o grandalhão Toni e seus 1,96m, principalmente pela esquerda com Grosso. As jogadas pelo alto começaram a render resultados e o goleiro romeno Lobont fez importantes e difíceis intervenções. O centroavante do Bayern de Munique fazia muito bem o papel de pivô.

Com nove minutos do segundo tempo, Zambrotta cabeceou a bola para dentro de sua área, Mutu aproveitou-se do erro e colocou a Romênia na frente. Logo em seguida, mais precisamente 120 segundos depois, Panucci igualou o placar após cobrança de escanteio. O defensor foi o responsável por levar a Itália a Euro, foi dele o gol da classificação nas Eliminatórias. Agora, ele mantinha as esperanças de avançar de fase.

Mexe daqui, Mexe dali, e tudo ficava igual. Cassano entrou mas pouco fez, tentou resolver sozinho. Quagliarella vindo do banco não assusta, falta-lhe bagagem. Nessas horas, o sempre decisivo Inzaghi faz falta.

Mas o futebol provoca lances que podem decidir um campeonato, que mudam a história de um torneio. Pode ter sido o caso quando aos 34 minutos, Panucci cometeu pênalti. A derrota deixaria a Azzurra eliminada.

Na cobrança Mutu. No gol Buffon (foto). No placar o 1 a 1 persistiu . O arqueiro italiano fez magistral defesa, deixando o camisa 10 da Romênia desolado e desnorteado, a ponto de ter de ser substituído na seqüência.Tudo ficou para segunda-feira. A Itália precisa bater a França e torcer para Holanda não perder para os romenos, que dependem só de si.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Alemanha decepciona

A Alemanha entrou em campo nesta quinta como favorita diante da Croácia. Saiu como derrotada e não terá vida fácil para garantir a vaga sobressalente no Grupo A da Eurocopa, pois a outra é dos croatas.

Mantendo o esquema com Podolski pelo lado esquerdo do sistema de meio de campo, o time alemão não conseguiu dominar o setor e foi inferior ao adversário na maior parte do tempo.

Os croatas adotaram a tática oposta. Povoaram aquele território e tiveram maior posse de bola. Com a redonda nos pés e com jogadores agudos, como era o caso, as chances de vitória aumentam.

O 2 a 1 foi um resultado justo. O time de Joachim Low só melhorou quando Podolski foi para frente e Schweinsteiger ocupou sue espaço no meio-campo. É a formação mais equilibrada, mais lógica. Com adversários mais fortes, os alemães perdem rendimento tendo uma equipe nominalmente mais ofensiva.

Na outra partida do dia, Áustria e Polônia empataram por 1 a 1.

Agora os croatas, já classificados, enfrentam a fraca Polônia e um empate lhes garante o primeiro lugar da Chave. A Alemanha pega a co-anfitriã Áustria e terá a torcida toda contra si. A vitória basta, um empate combinado com no máximo um placar igual no outro jogo, também é suficiente.

O azarado da história é Portugal que fez sua parte e será primeiro do seu Grupo, o A. O que acabou sendo ruim, pois, provavelmente, terá a Alemanha pela frente. Mas quem quer ser campeão não escolhe adversário. Isso vale para os lusitanos e para Ballack e companhia.

Tite, agora, é vermelho

Quase duas semanas após a saída de Abel Braga, o Inter apresentou seu novo técnico. O escolhido foi Tite. A demora seria grande para trazer qualquer nome. Agora, lembre-se que ele estava desempregado e mora há poucos metros do Beira-Rio. O período virou eternidade.

O presidente Vitório Píffero era contra sua contratação e foi quem emperrou as negociações. A vinda de Tite só foi possível com a volta de Fernando Carvalho ao vestiário colorado, agora, como Assessor de Futebol.

O Inter acessa no nome. Tite, exceção feita ao Atlético-MG, sempre fez trabalhos consistentes por onde passou. É um técnico de competência comprovada. É um homem de idéias e, acima de tudo, de princípios.

Com um elenco com bons nomes e alguns medalhões, há grandes chances de bons resultados. O novo comandante só não pode cometer o erro da época de Grêmio e criar um grupo de “bruxinhos”, no seu caso “ovelinhas”. Será difícil, a final, o vestiário vermelho é propício para isso. Abel Braga foi a prova.

Copa do Brasil é Rubro-negra

A Ilha do Retiro voltou a ser o caldeirão que era em tempos passados. A torcida rubro-negra rugia e os jogadores respondiam em campo. Essa foi a tônica do Sport na Copa do Brasil.

Tornando-se invencível dentro de seus domínios, nem Palmeiras, nem Inter, nem Vasco resistiram. Os oponentes foram devorados pelo Leão um a um. Na decisão, O Sport venceu o Corinthians por 2 a 0. Exatamente o placar necessário. Nem mais, nem menos. Deve ter sido para dar dramaticidade à conquista. Assim o torcedor, que sempre apoiou a equipe, sentiria um sabor mais gostoso na comemoração.

A estratégia adotada foi arriscada. A diretoria apostou em jogadores experientes e/ou renegados ou de passagens apagadas por outros clubes. O técnico Nelsinho Batista há muitos anos não realizava um trabalho consistente e havia participado do rebaixamento do Timão. Deu certo.

No irregular gramado de seu estádio, o Sport dominou todo o primeiro tempo. Mano Menezes armou sua equipe para ocupar os espaços. O esquema funcionava. Os pernambucanos tinham a posse de bola, mas nada criavam. Nelsinho é impaciente e com 20 minutos jogados tirou o meia Kássio e colocou o avante Enílton.

Dali em diante, o que se viu dentro das quatro linhas foi um Leão encurralando sua presa. Quatro minutos foram suficientes para a taça trocar de mãos. Carlinhos Bala e Luciano Henrique marcaram aos 34 e 37 minutos. Mas o gol do título, havia sido marcado há uma semana, com Enilton, no finzinho do confronto de ida. Santo gol.

No segundo tempo, O Corinthians saiu de seu campo, buscou o ataque e cedeu alguns espaços. Tudo podia ocorrer. Inclusive nada e assim foi até o fim, com Sport campeão e com vaga garantida na Libertadores 2009.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Preste atenção no regulamento!

Torneios organizados pela UEFA sempre têm um "pega ratão". Nesta Eurocopa não é diferente. Confira um dos critérios de desempate:


Resumindo, se duas seleções jogarem o último jogo na fase de grupos e após a partida todos os critérios de desempate estiverem iguais, a vaga será decidida nos pênaltis.
Agora, preste atenção, na classificção de República Tcheca e Turquia.


Turcos e tchecos estão rigorosamente iguais e enfrentam-se na última rodada. Não tenho estatísticas sobre isso, mas se eles empatarem, deverá ser a primeira vez numa grande competição que a vaga na fase de grupos será decidida nos pênaltis.

Welcome, Mister Scolari

O caxiense Luís Felipe Scolari viverá agora entre Sirs e Lordes ingleses. Terá residência numa estreita rua da gigantesca e cinzenta Londres. Ele não confirma, mas o Chelsea já fez o anuncio que o gaúcho será o técnico do clube a partir do primeiro dia de julho.

Ganham todos, menos Portugal, claro. Felipão é temperamental, arrumará brigas e desafetos aos montes na terra da rainha. Mas colocará os Blues nos eixos. Será bom ver o ex-comandante gremista tendo chilique uma vez por semana à beira do gramado.

Sua competência é inquestionável. Talvez não seja o maior desafio de sua vitoriosa carreira, pegar um Brasil em “frangalhos” e levá-lo ao penta foi mais hercúleo. Porém, Mister Scolari quebra mais uma barreira e será o primeiro técnico brasileiro na elite do futebol inglês.


Big Phill é o maior treinador brasileiro da atualidade e caminha para se tornar o maior da história. Agora, restam saber quem serão os reforços que chegarão a Stamford Brigde. Ronaldinho Gaúcho teve estar com a ficha número 1 na mão.

A família real irá conhecer a família Scolari. Daqui um ano, adivinha qual será a mais popular na Grã-Bretanha?

Portugal e mais sete

As expectativas se confiram e os jogos da segunda rodada da Euro foram, significativamente, melhores e mais emocionantes que os da primeira. Portugal, de Felipão, alcançou vaga na segunda fase.

Os “Tugas” titubearam, mas venceram a República Tcheca por 3 a 1, em partida válida pelo Grupo A. Apesar de um resultado convincente, os três pontos e a classificação às quartas não vieram de maneira fácil e evidenciaram alguns problemas.

A sustentação da equipe é feita por Deco (foto) e Cristiano Ronaldo, autores dos dois primeiros gols lusitanos. O terceiro, nos acréscimos do segundo tempo, foi de Quaresma, após passe de CR. Porém, há dois fatores que deixaram a desejar.

Um é a “centroavância”. Nuno Gomes é pouco efetivo e nada tem acrescentado. Uma saída seria colocar Cristiano Ronaldo na posição e Nani entrar no meio-campo ou vice-versa.

Porém, o mais preocupante, é a defesa. Faltou competência para os tchecos. A retaguarda portuguesa falhava muito nas jogadas aéreas. Assim, saiu o gol do time de Karel Bruckner, empatando a partida no primeiro tempo. A tática poderia ter sido mais eficaz, o grandalhão Koller, 2,02 metros de pouca mobilidade, entrou em campo apenas no segundo tempo.

Na chuva Suíça, no seco Turquia

Pode não ter sido o melhor jogo, mais foi o mais emocionante até o momento nesta Euro. Fechando a rodada do Grupo A, a co-anfitriã Suíça degladiou-se com a Turquia. Da partida só uma sairia viva, ou5 então, ambas entrariam em estado de coma.

Em quanto o confronto transcorreu com tempo seco, os turcos foram melhores. Mas logo, chegou a chuva na Basiléia. Em poucos minutos o gramado ficou alagado, a drenagem não funcionou como deveria. Com condições atípicas, os donos da casa melhoraram e abriram o placar com Yakin, recebendo um grande “passe” da poça d’àgua que parou a bola na sua frente diante de um gol vazio.

Os últimos 45 minutos foram tensos. A Turquia arriscou tudo. Se fosse na Fórmula-1, dir-se-ia que os comandados de Fatih Terim não se adaptaram aos pneus de chuva, pois assim que o gramado ficou seco novamente, o resultado foi revertido com gols de Senturk e Turan, nos acréscimos.

Agora, os suíços se tornaram meros espectadores do espetáculo que sediam. Fazem no sábado um jogo de “exibição” contra um Portugal já classificado. Enquanto República Tcheca e Turquia, ambos com três pontos, encaram-se num embate direto pela derradeira vaga da Chave.

O futebol na chuva pode não ser bonito, nem agradável de se ver. Mas é inegável que gera grandes cliques por parte dos fotógrafos, como nota-se na foto do gol da Suíça.

Em tempo

O blog não comentou, mas ontem pelo Grupo D, a Espanha enfiou 4 a 1 na Rússia. O comandante do show foi David Villa (foto). A Fúria faz o que dela se espera e cria grandes perspectivas sobre si.

Agora, os espanhóis precisam fazer o que deles se esperam, o que há muito tempo não conseguem.No jogo que fechou a primeira rodada, na base do talento de Ibrahimovic bateu a Grécia por 2 a 0.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Holanda sublime, Itália desastrosa


Para a Itália nada pode ser fácil. Tudo ia muito bem, até que Cannavaro lesionou-se. Mas não bastava. Sem dificuldades fica chato para a Azzurra. No melhor jogo da primeira rodada da Euro, o time comandado por Roberto Donadoni foi atropelado pela Holanda por 3 a 0.

Falando primeiro do lado vitorioso, a “Laranja” manteve suas características históricas. Jogou com velocidade pelos lados do campo. Fez por merecer a vitória. Van Nistelrooy abriu o placar em posição claramente irregular.

Com a vantagem no placar, os holandeses tiveram precisão cirúrgica para definir o jogo. Em dois contra-ataques Sneijder e Van Bronckhorst fecharam o escore. Não fosse Buffon a diferença poderia ter sido mais larga.

Possuindo três habilidosos meias e um centroavante oportunista, como Nistelrooy, o pessoal da terra dos diques começa a crescer na cotação ao título. O desempenho diante dos atuais campeões mundiais foi soberbo. O subvalorizado Boulahrouz fechava como terceiro zagueiro e teve atuação exemplar, deixando pela lateral-esquerda Van Bronckhorst, que fez a melhor partida de sua vida, apoiar bastante.A equipe do ex-craque Van Basten achou o equilíbrio.

Agora, vamos à crise.

A vida será difícil sem Cannavaro. A defesa formada por Materazzi e Barzagli arrepia e não faz jus a fama defensiva italiana. Donandoni até tentou montar um esquema ofensivo, com Camaronesi e Di Ntale aberto pelas pontas.Porém, a tradição fala mais alto e os italianos começaram buscando os contra-ataques e foram picados pelo próprio veneno. O 4-3-2-1, deu lugar a um 4-1-4-1 de pouca criatividade.

Torneios como Eurocopas e Copas do Mundo, são para jogadores de “peso” e com experiência. Di Natale é um eficiente atacante, porém não mete medo. Já Del Piero é decisivo. Nos poucos minutos que esteve em campo criou duas boas oportunidades.

No meio-campo o trio milanista, Pirlo-Gattuso-Ambrosini, não rendeu. Um dos três precisa sair para dar maior mobilidade ao setor.A Azzurra virá bem modificada para enfrentar o “mata-mata” contra a Romênia na sexta, podem anotar. Mas agora, parece ter ficado bom, sob pressão os italianos jogam melhor. A pátria se une e o coração vai para a ponta da chuteira. A história mostra isso.




O verdadeiro futebol francês faz bocejar

A França foi burocrática diante da Romênia, na abertura do Grupo C da Eurocopa. Mostrou um futebol sem vontade e criatividade durante os 90 minutos. Difícil permanecer acordado com a chuva que caí em Porto Alegre. O 0 a 0 teve cara de 0 a 0.

Com Viera e Henry sem as melhores condições e poupados para os jogos, teoricamente, mais difíceis da chave, os franceses não se deram ao trabalho nem se esforçarem. Esperavam um erro do adversário que não veio. O time de Raymond Domeneche não tinha alternativas para sair da boa marcação imposta pelos romenos. Ribery não está pronto para assumir a responsabilidade de comandar o time.

Para os conterrâneos do Drácula estava de bom tamanho. Com um meio-campo que variava a formação dependendo da situação do jogo, o empate satisfazia e não ser pressionado era lucro. Ao avançar Chivu e recuar Mutu para este setor, a França foi improdutiva.

As voltas de Henry e Viera, se ocorrerem, melhorarão sensivelmente o desempenho dos “Les Blues”, mas, na verdade, o que se viu hoje é o verdadeiro futebol francês.

Faltou o brilho, o toque de qualidade de um gênio da bola chamado Zidane. Lembram como a França se saiu na Copa de 2002 com Zizou atuando, sem as menores condições, apenas no último jogo? Pois é, os torcedores não conseguiram gritar gol nenhuma vez.

Personagem do fim de semana: ROBERT KUBICA

O automobilismo é um dos esportes que exige mais psicologicamente dos seus atletas. A cada volta, a cada curva, um erro ou uma falha em um componente do carro pode ser, literalmente, fatal. Se o piloto entrar na pista com medo, o acidente fica mais próximo.

Há um ano, Robert Kubica deixou o Circuito Gilles Villeneuve de ambulância. O piloto da BMW sofreu um espetacular acidente. Só sobreviveu devido ao milagre da tecnologia. Ontem, o polonês voltou ao mesmo traçado, chegou em primeiro e assumiu a liderança do mundial de pilotos de Fórmula 1. Ele precisou passar 70 vezes com o pé direito no fundo pelo lugar onde quase perdeu a vida.

Não só pela força mental de Kubica, mas receber a bandeira quadriculada antes de todos teve inúmeros componentes históricos. Essa foi a primeira vitória na categoria tanto da equipe como do piloto. Uma escuderia alemã não triunfava desde a década de 60 com a Porsche.

Desde a chegada do homem nascido em Cracóvia à F-1, em 2006, substituindo o decadente Jacques Villeneuve, os resultados foram expressivos e via-se nele um futuro campeão. Tudo foi facilitado com a entrada em uma equipe em ascensão. Piloto e time crescem juntos e as expectativas se confirmam.

Nesta temporada, Kubica deixou seu companheiro Heidfeld comendo poeira. Não faz mais sombra. Nas sete etapas disputadas, o polonês foi impecável. Com um carro ainda abaixo das McLaren e Ferrari, o narigudo foi perfeito, não cometendo erros e aproveitou-se das barbeiragens de seus concorrentes.

A vitória não apareceu do nada. Ela surgiu após uma seqüência de resultados significativos. Com a regularidade demonstrada, se Massa, Hamilton e Raikkonen continuarem errando em profusão, o título é possível, apesar de improvável.

domingo, 8 de junho de 2008

O restante da 5ª rodada

Sábado

São Paulo 5 x 1 Atlético-MG – O Tricolor Paulista realizou sua melhor partida na temporada e pode começar a entrar nos trilhos. Ainda há tempo de brigar pela taça. O nome do jogo foi Hugo que marcou duas vezes. O Galo de Gallo cacareja de tão ruim.

Flamengo 5 x 0 Figueirense – O Flamengo não sente a saída de Joel Santana nem a eliminação traumática da Libertadores. A boa arrancada credencia o Fla a pensar no título. Destaque para Marcinho que marcou três. Souza esteve logo atrás com dois gols. Em três jogos no comando da Máquina do Estreito, Guilherme Macuglia sofreu nove gols. O gaúcho é o Nelsinho Piquet do Brasileirão, mais um resultado ruim e o desemprego baterá à porta.

Ipatinga 0 x 0 Náutico – O Náutico foi à Minas com medo e fez um jogo de doer diante do Ipatinga. Desse jeito os mineiros superarão facilmente a campanha do América-RN do ano passado. Faltam 13 pontos.

Domingo

Atlético-PR 5 X 0 Goiás – O Goiás é simplesmente ridículo. Cada gol sofrido é uma trapalhada geral. Destaque para o quarto, quando o zagueiro Amaral pensou que o árbitro havia marcado falta na jogada anterior e pegou a bola com a mão dentro de sua área. Não havia ocorrido infração nenhuma e o Furacão levou um pênalti de barbada. Iarley e Gabiru sofrerão no Serrado.

Sport 2 x 0 Palmeiras – Com o time reserva, o Sport não teve dificuldades para bater o Palmeiras de Luxemburgo. Criou as melhores oportunidades e foi às redes com Luciano Henrique e Roger. Luxa não admite, mas esperava mais do seu Verdão.


Vitória 1 x 0 Santos –
Na estréia de Cuca o Santos foi mal. Criou pouco e não se achou em campo. O novo treinador já mudou o estilo de jogo, deixando Lima no banco. A primeira amostra não foi boa. O Vitória pressionou e na bola parada fez o gol do jogo com Dinei.

Cruzeiro 1 x 0 Vasco – No primeiro tempo o Cruzeiro pressionou. Nos 45 minutos finais dominou, mas com menos intensidade. Desperdiçou um pênalti com Guilherme e fez o gol com Charles em lance duvidoso. O árbitro Wilson Souza de Mendonça marcou dois toques inexistente do goleiro vascaíno Thiago. Erro para encerrar a carreira do experiente árbitro.

Botafogo 2 x 1 Coritiba – Geninho estreou com vitória no comando do Fogão. Aproveitou-se de um Coxa com seis desfalques. Carlos Alberto fez um e foi expulso nos últimos minutos.

Opostos

O Grêmio está nas primeiras posições do Brasileirão 2008. O Inter ocupa a ponta de baixo da tabela. Neste domingo, o Tricolor bateu, em casa, o Fluminense por 2 a 1. Enquanto o Colorado foi ao simpático Canindé para derrotado pela Portuguesa por 3 a 1.

Se o time de Celso Roth não possui muita qualidade, sobram aos atletas empenho. Roth monta uma equipe baseada na defesa, que sofre poucos gols. No ataque, a bola parada é a arma mortal. Assim saiu o primeiro gol, marcado por Perea (foto). Roger, atuando sozinho na armação, deu boa resposta hoje.

Destaque para a atuação do lateral-direito Felipe Mattione, que deverá assumir a vaga de titular. Atitude que demorou a ser tomada, Paulo Sérgio não havia feito atuações que tornassem sua titularidade incontestável.

No segundo tempo, Perea ampliou. O Flu, com a cabeça na Libertadores, descontou de pênalti com Dodô. O Grêmio passará a semana na Zona da Libertadores, Roth tem uma tranqüilidade para trabalhar inimaginável um mês atrás.

O Inter sem técnico, não teve garra. Falta motivação. A boa qualidade de seus jogadores não apareceu. Enfrentando uma fraca Portuguesa, a equipe comandada interinamente por Guto Ferreirra parecia desinteressada. Largou na frente com Nilmar, mas a defesa dava sustos.Com 50 segundos da segunda etapa a Fabulosa empatou com Washington. Na seqüência Bruno Rodrigo ampliou e Diogo fechou a conta. Todos os gols de bola parada. Comprovando a falta de qualidade da partida.

O Inter está sem rumo e passará sete dias entre os rebaixados. A direção precisa agir rápido, não só em busca de um novo comandante, mas também dando um jeito de animar o elenco.
As perguntsa que fica são as seguintes: qual era a intenção de trazer o lateral-direito Ricardo Lopes? Por que o Inter segue colocando garotos na fogueira? Neste domingo, foi a fez de Tayson

Eurocopa dia dois: normalidade nos resultados

As casas de apostas européias estão felizes. Nos dois primeiros dias de Eurocopa nenhum resultado inesperado. A banca ainda não foi quebrada. O que foge um pouco da normalidade foram os modos em que os placares “normais” foram conseguidos.

Nos jogos válidos pelo Grupo B, neste domingo, a Croácia venceu a Áustria por 1 a 0. O gol saiu logo no início da partida com Modrić cobrando pênalti. Depois disso, os croatas se acomodaram em campo. Os donos da casa foram para cima com o apoio da torcida, mas faltou qualidade.

No confronto de fundo, a favorita ao título Alemanha bateu a Polônia por 2 a 0, os dois gols marcados por Podolski (foto). Os tricampeões mundiais surpreenderam na escalação. Schweinsteiger começou entre os reservas para dar lugar a Mario Gómez no ataque, com Podolski jogando no meio.

Nas primeiras ações, tudo indicava que veríamos um massacre alemão, mas não ocorreu. Até o placar sair do zero, ao 30 minutos da primeira etapa, a partida foi morna. Em desvantagem, os poloneses jogaram-se ao ataque. A Alemanha neutralizava as jogadas. Até Podolski ampliar e a partida ficar decidida.

Na próxima rodada, quinta-feira, a Alemanha pega a Áustria, e a Croácia encara a Polônia.

Até o momento, a Euro colocou em confronto seleções de qualidades distintas, em que uma entrava em campo como franca favorita. Os times de mais técnica acomodaram-se dentro das quatro linhas. É fim de temporada na Europa, os grandes poupam-se para os jogos de mata-mata.

Essa tática não poderá ocorrer amanhã. Nesta segunda, ocorrem os jogos do Grupo C, em que tudo pode acontecer. Às 13h tem Romênia e França, depois às 15h45min Holanda e Itália fazem um clássico.

Curiosidades do GP do Canadá

- Kubica tornou-se o piloto de número 99 a vencer na Fórmula-1. Será que o centésimo sai nesse ano? Com as corridas imprevisíveis que ocorrem nesta temporada é possível.

- A BMW é a 31ª equipe a vencer um GP de F-1. O triunfo tem grande participação de Peter Sauber que vendeu sua escuderia para a empresa alemã.

- David Coulthard, que conseguiu terminar as 70 voltas sem participar de nenhum acidente, subiu ao pódio pela 62º vez. Ele não terminava entre os três primeiros desde o GP de Mônaco de 2006.

- O escocês é o segundo piloto com o maior número de terceiros lugares com 23. O recordista é Rubens Barrichello com 26.

- Falando no brasileiro, de grande atuação, ele não liderava uma corrida desde 2005 no GP de Indianápolis. Na famosa prova em que apenas seis carros largaram.
- Ao todo sete pilotos lideraram o GP do Canadá. Hamilton, Heidfeld, Barrichello, Coulthard, Trulli, Glock e Kubica.
Classificação Mundial de Construtores

Classificação Mundial de Pilotos

Corrida maluca


As previsões de uma grande corrida no GP do Canadá de Fórmula 1, sétima etapa da temporada, se confirmaram. Inesperado foi o modo como tudo aconteceu durante as 70 voltas.

O Peter Perfeito, mais uma vez, foi Robert Kubica, da BMW, que, novamente, não errou e foi o primeiro a receber a bandeira quadriculada. Primeira vitória dele e da BMW na categoria. De quebra, o polaco chegou à liderança do mundial de pilotos.

Quem assumiu o papel de Dick Vigarista foi Lewis Hamilton. O piloto da McLaren fez uma das maiores barbeiragens da história da F-1. Com bandeira amarela na pista, os ponteiros foram todos para o pit stop ao mesmo tempo. Porém, a saída dos boxes ainda estava fechada, apesar da entrada liberada. Kubica e Raikkonen pararam, Hamilton não e encheu a traseira da carro de Raikkonen, tirando os dois da corrida. Rosberg também envolveu-se no acidente.

Os comissários de prova culparam Hamilton e Rosberg pelo incidente. Os dois irão perder dez posições no grid de largada da próxima etapa, na França.

Isso tudo na 19º volta. Depois desses fatos, o que se viu foi uma aula de pilotagem de Kubica.

Felipe Massa teve que fazer uma parada nos boxes a mais, devido a erro da equipe, e teve seu desempenho comprometido. Mesmo assim, obteve um bom resultado acabando em quinto. O ferrarista fez a ultrapassagem do ano, até aqui. Em uma única manobra ultrapassou dois pilotos de uma vez. No momento, o brasileiro é bem mais consistente que Raikkonen.

Piquet ia bem, arriscava e ganhava posições na pista. Porém, foi além de suas capacidades e rodou. Na seqüência sua Renault teve problemas e o abandono foi inevitável. A fase não podia ser pior. Seu companheiro, Alonso, fazia grande corrida, indo para cima dos adversários, mostrando que é o melhor da atualidade. Porém, um problema no câmbio fez o espanhol beijar o muro e a corrida acabar mais cedo para ele.


O febirl Barrichello encheu o tanque nos treinaos e terminou em um honroso sétimo lugar. Nas últimas voltas sua Honda perdeu desempenho. Não fosse isso, teria terminado entre os cinco primeiros.

Quem merece destaque é o garoto Vettel, da Toro Rosso. Com duas corridas com o novo carro da equipe, o alemão pontuou em ambas. Ele largou em 19º para chegar em 8º. Nas últimas voltas segurou no braço Kovaleinen que estava muito mais rápido.

Parabéns a BMW que além de vencer, conquistou uma dobradinha. Kubica e Heidfeld possuíam estratégias diferentes e ambas deram certo. O polonês é o mais regular da temporada. Ele não erra e aproveita-se das lambanças dos pilotos da Ferrari e da McLaren.

Dannica na F-1


A Honda confirmou que em novembro a americana Dannica Patrick (foto 1) irá testar pela equipe. Ela será a segunda mulher a pilotar um Fórmula 1 neste milênio.

A primeira foi a também americana Sarah Fisher (foto 2). Em 2002, ela andou de McLaren no circuito de Indianápolis.

A última mulher a participar de um fim de semana da F-1 foi a italiana Giovanna Amati que tentou classificar por três vezes o carro da extinta Brabham em 1992 sem sucesso.

O melhor desempenho do sexo feminino na principal categoria do automobilismo mundial foi de Lella Lombardi. A italiana chegou a marcar meio ponto no GP da Espanha de 1975.

Outras mulheres a tentarem a sorte na F-1 foram Maria Teresa de Filippis, Divina Galica e Desiré Wilson.

Dificilmente Danica irá correr pela Honda ou qualquer outra equipe. Mas seria interessante se ela participasse. Poderia trazer um novo público à categoria. Imaginem uma pesada campanha publicitária de produtos de beleza com a bela baixinha de 1,58m. Falando utopicamente, pensem num carro totalmente rosa desfilando nas pistas do mundo.