segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Vermelho

No futebol o fim de semana foi vermelho. Os clássicos que ocorreram no sábado e domingo tiveram como vencedores os clubes que possuem uniformes da cor do sangue sobre os de azul.

Brasil

No Grenal, o Inter triturou o Grêmio no Beira-Rio e de quebra tirou a liderança do rival no Campeonato Brasileiro. Enquanto o colorado não perdeu nenhuma partida em setembro, o Tricolor passou o mês de mal com a vitória.

Tite achou a formação ideal para sua equipe, mesmo que a torcida não goste de Edinho. O time começa a ter um toque de bola envolvente. Potencialmente é a melhor equipe do Brasil, na prática ainda não. O clube acordou tarde para o campeonato e trocar o pneu com o carro em movimento traz problemas desnecessários. O técnico colorado superou os problemas no vestiário e começa a cativar seus jogadores.

Roth começa a sentir os efeitos de um elenco limitado. O preparo físico gremista já foi alcançado pelos concorrentes. Quando o desenvolvimento atlético se iguala, é preciso jogar futebol para vencer. No grupo de jogadores não há quem possa decidir uma partida sozinho.

Até mesmo a vaga na Libertadores está ameaçada. Porém, seu trabalho não pode ser criticado com a veemência que vem sendo feita. Antes de enfrentar o São Paulo na primeira rodada, o medo era de rebaixamento. Um turno e algumas rodadas depois, o Grêmio possui a mesma pontuação do líder. Um desempenho que supera as expectativas. Lógico que o treinador comete erros, isso é inerente a profissão. Mas no geral, seu desempenho surpreende positivamente.


Itália

No Derby della Madonnina deu Milan. Os rossoneri bateram a Inter por 1 a 0, gol de Ronaldinho. O gaúcho está longe de ser o aquele Ronaldinho, mas ao menos já demonstra mais disposição para correr atrás da redonda. Pato volta a viver bom momento e afasta as possibilidades de ser emprestado para a Udinese.

Ancelloti surpreendeu ao colocar Seedorf na função de Pirlo. Com a qualidade de passe e dois pegadores (Ambrosini e Gattuso) ao seu lado conseguiu deixar o setor equilibrado.

A Inter possui o melhor elenco do calcio, mas se tornou o clube odiado por todos na Bota. A vinda de Mourinho aumenta a raiva. Sempre fugindo das obviedades em suas entrevistas, o estilo arrogante e prepotente do treinador leva a loucura os adversários.

Inglaterra

O clássico da terra dos Beatles deu o lógico e o Liverpool bateu o Everton por 2 a 0.

domingo, 28 de setembro de 2008

Acreditar sempre

Uma corrida especial merece um vencedor especial. Singapura sediou o primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1 que ocorreu à noite. Não bastasse esse ineditismo, a prova era a de número 800 da história da categoria. Um número redondo, bonito. A vitória ficou com Fernando Alonso, o melhor piloto da atualidade.

O espanhol está penando este ano com uma Renault que não lembra aquele carro fantástico que lhe deu dois títulos mundiais. Desde os primeiros treinos na Cidade-Estado ele vinha fazendo um desempenho fantástico, incomodando as Ferrari e McLaren e candidatando-se para largar na primeira fila. No sábado, um problema na alimentação da gasolina fez seu bólido parar no meio da pista. Mãos na cabeça e desespero ao sair do cockpit, essa foi sua reação. Naquele momento. Alonso viu sua chance de vitória secar.

Mas campeões são iluminados. A equipe resolveu fazer uma estratégia diferenciada, antecipando o primeiro pit stop. A esperança era contar com uma bandeira amarela com entrada do safety car logo após o reabastecimento. Foi exatamente o que ocorreu. Isso somado ao erro da Ferrari na parada de Massa, Alonso se viu na ponta e administrou a vantagem até o fim.

O bicampeão merecia vencer este ano. Ele tem sido um leão, tem corrido como um maluco tentando no braço tirar a desvantagem por ter um carro lento com um motor pouco potente. Seu arrojo o fez cometer alguns erros. Acontece. A vitória brinda um piloto que sempre quer mais, sempre procura a ultrapassagem. Se todos tivessem seu ímpeto, as corridas seriam melhores. Porém, a maioria dos pilotos prefere se esconder que a aerodinâmica dos carros deixa as ultrapassagens quase impossíveis.

Notas rápidas e furiosas

* No decorrer da temporada Massa cresceu muito como piloto. Após os erros nas primeiras provas, ele aprendeu seu limite. Não erra mais. Porém, a Ferrari diminuiu muito como equipe. O erro de liberar o piloto ainda com a mangueira do carro é inaceitável e pode jogar o título pelo ralo, no caso pela bomba de combustível.

* Existem objetos que a tecnologia não substitui. O “homem pirulito” é muito mais eficiente que o aparato eletrônico inventado pelos italianos.

* A regra de fechar a entrada no pit lane assim que o safty car entra na pista não funciona. É injusta fazer com que as equipes tenham que contar com a sorte para abastecer e trocar pneus.

* Fantástica a corrida noturna. Lógico que ainda são necessários ajustes, mas é um belo espetáculo.

* Piquet voltou a errar. O brasileiro cometeu erros demais durante o ano. Teve poucos bons momentos. Está a perigo.

* Sete pilotos (Massa, Raikkonen, Hamilton, Kovalainen, Kubica, Vettel e Alonso) venceram este ano. Nos construtores, são cinco equipes diferentes colocando um piloto no ponto mais alto do pódio. Como na próxima temporada ocorreram mudanças significativas na aerodinâmica dos carros, a disputa pode ser mais acirrada ainda.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Erro em cima de erro

A FA (Federação Inglesa de Futebol) fez uma presepada de dar inveja ao pessoal da CBF. Vamos começar pelo fim.

No fim de semana, Watford e Reading enfrentaram-se pela Championship (Segunda Divisão inglesa). A partida terminou empata por 2 a 2, porém, olhe como foi marcado um dos gols do Reading.



Um erro que nem Armando Marques cometeria. A bola não passou nem perto do gol. O Watford, que já teve como dono o cantor Elton John, pediu o cancelamento do resultado e que um novo confronto fosse marcado. A FA negou o pedido. É uma decisão discutível, visto que o erro foi grande demais, porém poderia abrir procedentes para uma enxurrada de pedidos.

Porém, na rodada anterior da Premier Legue – a Primeira Divisão – o zagueiro do Chelsea, John Terry, foi expulso. Após reverem o lance pela TV, os dirigentes da FA resolveram ANULAR o cartão do defensor e com isso ele pode entrar em campo, normalmente, no domingo contra o Manchester United.

A jogada com Terry, capitão da seleção inglesa (coincidência, não?), é de interpretação. O lance com o Watford não dá margem para análises. Por um momento de desatenção por estar coçando o olho, pensando nas dívidas, ou qualquer que seja o motivo que o auxiliar tenha perdido o foco, ele levantou a bandeira e o juiz assinalou equivocadamente o gol. Se um cartão que não influenciou o resultado da partida foi cancelado, por que uma jogada escandalosa não foi revertida?

Se num primeiro momento se “desapareceu” com um cartão, deveria-se “apagar’ um gol e marcar uma data para nova partida. O erro maior está no começo. Esse é o maior problema do futebol, quando pessoas que não calçam chuteiras resolvem mudar o rumo de que ocorreu dentro das quatro linhas.

PS: A mania de fair play virou exagero, mas dessa vez não seria o caso dos jogadores do Rereadng avisarem que o gol não ocorreu?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ancelotti é inocente

O Milan está em crise. Dois jogos pelo italiano, duas derrotas. Não poderia ser pior para quem sente a obrigação de conquistar o título. Em tempos assim, o técnico é o primeiro a sentir a pressão e Carlo Ancelotti está na corda bamba. Mas no fundo, no fundo, ele não tem tanta culpa assim.

Aqui no Brasil, o discurso será o mesmo de sempre: “ele é retranqueiro” dirão os críticos. É verdade, que Ancelotti poderia escalar um Milan mais ofensivo, mas os resultados mostram que seu esquema tático já deu certo no passado. Fora uma discordância com o modo de jogar da equipe, pouco pode ser dito de ruim sobre seu trabalho.

A diretoria lhe trouxe bons reforços. Mas cada um tem uma peculiaridade. Ronaldinho, todos sabem, está fora de forma e disputou os Jogos Olímpicos, assim como Pato, que não chegou ao clube agora, mas tem pouco tempo de casa. Por tanto, os dois tiveram suas prés-temproadas prejudicadas. Shevchenko chegou no apagar das luzes das contratações. O mesmo pode ser dito para o zagueiro Senderos, que ainda não estreou. Não bastasse isso, Kaká volta de lesão no joelho.

Resumindo, as três principais contratações e o principal jogador do elenco não estão nas suas melhores condições físicas ou carecem de ritmo de jogo e/ou entrosamento. Outro grave problema não foi resolvido na janela de transferências: o gol. Kalac e Dida já torraram a paciência. Abiatti retorna após um tour pela Europa. Ele tem potencial, mas é irregular. No momento, a fase dele deixa a desejar.

Ancelotti precisa de um pouco mais de tempo para ser critica por seu trabalho nesta temporada. E nessas horas sempre surge a pergunta, se demiti-lo for a solução, quem trazer?

Situação ainda é complicada

O Inter voltou a vencer fora de casa. A vitória por 2 a 1sobre o Botafogo teve o primeiro gol de D’Alessandro com a camisa colorada. Essa foi a melhor atuação do argentino desde que chegou ao Beira-Rio. Quando recebe a bola no campo adversário, faz passes precisos. Seu problema é quando precisa fazer toques mais curtos na faixa central do campo. Muitas vezes o passe sai errado por displicência. Nilmar foi bem, mas novamente perdeu gol feito.

Até sofrer o primeiro gol, o time de Tite mostrou um toque de bola que ainda não havia ocorrido no Brasileirão. Quando o Bota descontou, a equipe ficou acuada e teve momentos de tensão. Outra evolução que pôde ser notada é a questão física. Os jogadores correram durante os 90 minutos.

Apesar de estar crescendo de rendimento, os seis pontos de diferença do Inter para o G-4, pode até não parecer, mas é uma diferença muito grande. Pois a briga do Colorado não é só com o quarto colocado, mas é com o quarto e mais seis clubesme. A situação ainda é complicada.

domingo, 14 de setembro de 2008

Vettel para a história

O Grande Prêmio da Itália, de Fórmula-1, disputado nesse domingo, acaba com as desculpas na categoria. A vitória de Sebastian Vettel prova que sabendo aproveitar as oportunidades, mesmo com um carro inferior, é possível conquistar bons resultados. Outro derrubador de mitos é Lewis Hamilton. O inglês largou em 15º lugar, não foi conservador, buscou as ultrapassagens, chegou a ser segundo, mas como teve de fazer outra parada terminou em sétimo. Muitas vezes falta vontade aos pilotos para ganharem posições.

Vettel foi perfeito durante o fim de semana. No sábado, conquistou a pole no braço. O lugar de honra do grid veio nas mesmas condições de pista que a dos seus adversários. Na corrida, foi beneficiado pela desnecessária largada com o Safty Car, assim manteve a primeira posição. Não deu chance aos outros pilotos. Foi soberano. O garoto é diferenciado na pilotagem e nos microfones, suas respostas sempre fogem da obviedade, a Fórmula-1 agradece.

A categoria voltou a ouvir a dobradinha hino alemão e hino italiano. O mais legal de ver a Toro Rosos vencer é notar que o espírito da Minardi segue vivo dentro da equipe, a maioria do pessoal de bastidores é da época da equipe que sempre andava no fim do grid.

Notas velozes e furiosas

- Com a vitória de Vettel, a Toro Rosso ultrapassou a “mãe” Red Bull no Mundial de construtores, 27 a 26. Ficou constrangedora a situação. Culpa de Coulthard e Weber que pouco fazem dentro do cockpit.

- Impressionante o que teve de gente cortando caminho nesse domingo. Todos, muito receosos devolveram direitinho a posição. Inclusive Hamilton. Até mesmo Massa, que ficou em dúvida se tinha ultrapassado Rosberg de maneira ilícita, e deixou o alemão retomar o seu lugar.

- Massa tinha tudo para sair líder do campeonato. Largava nove posições a frente de Hamilton e terminou a prova apenas uma a frente. Na teoria, o brasileiro chegou onde largou. Na prática, perdeu uma posição, pois Bourdais largou dos boxes.

- Raikkonen é outro que deixou a desejar.

- Impressionante como os meteorologistas da Fórmula-1 erram!- Essa deve ser a temporada com o maior número de corridas com chuva.

- Alguém viu Rubens Barrichello por aí?

- Piquet, aproveitando-se da estratégia, chegou a estar na zona de pontos. Depois, voltou a errar. Alonso já perdeu a paciência com ele.

- Pelas atitudes durante todo o ano, se for por merecimento, Lewis Hamilton será o campeão. O inglês não desiste nunca e tem sede por ultrapassar, alguns preferem apenas manter o carro no traçado.

- Apesar da pista molhada, só Fisichella não completou a prova.

- Para a alegria dos pilotos e dos torcedores, Coulthard tem só mais quatro corridas na F-1.

- O circo prepara-se para sua primeira corrida noturna. Será em Cingapura, em 28 de setembro, também conhecida como a próxima etapa.

Os recordes de Vettel

- O alemão é o piloto mais jovem a participar de um evento da Fórmula-1. Na época ao participar de um treino de sexta-feira pela BMW.

- Porém, o mais jovem a participar de uma corrida é o neozelandês Mike Thackwell. Nesse quesito, Vettel é o sexto.

- O guri tornou-se no sábado o mais jovem piloto a ser pole e hoje o mais jovem a vencer.


Números

- Três pilotos veneram pela primeira vez esse ano: Vettel, Kubica e Kovalainen.

- Vettel é o piloto de número 101 a vencer na Fórmula-1.

- A Toro Rosso é a equipe de número 32 a colocar um piloto no ponto mais alto do pódio.

- Falando em pódio, a formação de hoje com Vettel, 21 anos, Kovalainen, 26, e Kubica, 24, é a mais jovem da história.


Classificação do GP de Monza

1 - Sebastian Vettel - Toro Rosso - 53 voltas - 1h30min510
2 - Heikki Kovalainen - McLaren - a 12s5
3 - Robet Kubica - BMW - a 20s4
4 - Fernando Alonso - Renault - a 23s9
5 - Nicki Heidfeld - BMW - a 27s7
6 - Felipe Massa - Ferrari - a 28s8
7 - Lewis Hamilton - McLaren - a 29s9
8 - Mark Webber - Red Bull - a 32s
9 - Kimi Raikkonen - Ferrari - a 39s4
10 - Nelsinho Piquet - Renault - a 54s4
17 - Rubens Barrichello - Honda - a 1 volta


Mundial de pilotos

1 Lewis Hamilton 78
2 Felipe Massa 77
3 Robert Kubica 64
4 Kimi Räikkönen 57
5 Nick Heidfeld 53
6 Heikki Kovalainen 51
7 Fernando Alonso 28
8 Jarno Trulli 26
9 Sebastian Vettel 23
10 Mark Webber 20


Mundial de construtores

1 Ferrari 134
2 McLaren-Mercedes 129
3 BMW Sauber 117
4 Toyota 41
5 Renault 41
6 STR-Ferrari 27
7 Red Bull-Renault 26
8 Williams-Toyota 17
9 Honda 14

sábado, 13 de setembro de 2008

Derrota em momento delicado

A derrota do Grêmio para o Goiás deixa clara que a situação do Tricolor no Brasileirão não é tão fácil quanto aparenta. Alguns achavam que tudo ocorreria tranqüilamente até o fim da competição. Tropeços ocorrem e voltarão a ocorrer. Assim como deve acontecer com os outros clubes.

O Grêmio não fez boa partida. As atuações irregulares voltam a assombrar o Olímpico. No primeiro turno, várias ocorreram, mas aos trancos e barrancos a vitória vinha. Neste sábado, os três pontos ficaram com o adversário.

Não é motivo para desespero, nada está perdido, nem ganho. O jogo serve de alerta que a pontuação do clube gaúcho é acima do esperado. Uma caída no desempenho faz parte. O Grêmio era o único que não tinha passado por isso. Parece estar chegado a hora. E ela chegou no pior momento possível.

Pole com recorde

Ele é prodígio. Se o curso da história correr dentro do previsto será campeão mundial. Este é o destino de Sabastian Vettel, pole do Grande Prêmio da Itália. Com isso, o alemão se torna o piloto mais jovem a largar no lugar de honra do grid, superando Fernando Alonso. Vettel já era o mais jovem a pontuar na principal categoria do automobilismo mundial. Ah! Ele é pupilo de Michael Schumacher. Vai longe o guri que ano que vem estará na Red Bull.

Choveu aos píncaros no circuito de Monza. Apesar de gostar da pista molhada Barrichello se afogou e não passou da primeira fase do treino. Hamilton e Raikkonen passaram, mas depois, rodaram no mesmo ponto. Kubica também seguiu caminho e os três ficaram de fora da última e mais importante parte da classificação.

Massa está de parabéns. Em condições adversas conseguiu vaga entre os dez primeiros e no último terço do treino ficou em sexto. Se fosse uma análise fria, se diria que é uma colocação ruim, mas vistas as circunstância, está excelente. Agora, o Brasileiro tem a obrigação de sair da Itália na liderança do campeonato.

Notas velozes e furiosas

- Parece que é brincadeira ver uma Toro Rosso largando na frente e com um carro em quarto.

- A equipe, que é da Red Bull, desde que estreou o novo carro esteve sempre bem posicionada. Superando, inclusive, a equipe “mãe”.

- A Honda, que dá um vexame atrás do outro, ficou com medo de ser superada pela filial e resolveu fechar a Super Aguri. Que feio!

- A Toro Rosso seguirá utilizando motores Ferrari em 2009, para agonia da Red Bull que queria os propulsores italianos em seus carros e terá de se contentar com os menos potentes Renault.

- Bourdais vai afastando as chances de ficar desempregado.
- A Toro Rosso é a antiga Minardi. Mesmo que seja uma equipe simpática, está longe de ser uma Minardi.

- Com esse grid, o favorito à vitória é Kovalainnen da McLaren. Mas Vettel corre muito na chuva. Lembram do GP do Japão que ele estava entre os primeiros e saiu da pista devido a um erro de Hamilton? Não duvidem do garoto.

- Quantas vezes Massa rodará amanhã? Na última corrida na chuva foram cinco.

- As duas últimas temporadas tiveram reviravoltas sensacionais, por vários motivos. Os torcedores agradecem.

Mais números

- Vettel é o piloto de número 92 a ser pole.

- A Toro Rosso é a equipe de número 36 a ter um carro largando em primeiro lugar. A Red Bull não é uma delas.

Confira o grid de Largada

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Presos em 2006

Fernando Carvalho, na teoria, voltou ao Inter para administrar Tite. O presidente Vitório Piffero torceu o nariz para a vinda de um ex-gremista. Porém, na prática, Carvalho está mais preocupado com os cofres do Beira-Rio. Desde que retornou, seu assunto preferido é a negociação de jogadores do clube. O técnico enfrenta dificuldades para ter controle sobre o grupo, mas, ao menos nos microfones, poucas palavras de apoio ao treinador são ouvidas.

Tite é gabaritado, mas não realiza bom trabalho. Tem se atrapalhado na hora de substituir e escalado mal a equipe. Acontece. Mas parte da culpa tem que ser dividida com a diretoria que não dá suporte ao treinador.

Pouco tempo depois de chegar à Avenida Padre Cacique, o discurso de Tite cansou os líderes do vestiário colorado. Estes jogadores que comandam os bastidores são os que conquistaram o Mundial em 2006 e sentem-se no direito de “mandar” no clube e acham-se intocáveis. O que o técnico não contava é que Piffero, Carvalho e Luigi se tornaram reféns deles.

Magrão não estava no Japão, mas fez amizade rápida com esse pessoal. Por questões técnicas, Tite colocou Magrão e Edinho no banco, em momentos diferentes, diga-se. Depois, foi a vez de Bolívar. Porém, pelo que se vê e se ouve os cartolas vermelhos não deram um “para te quieto” nos jogadores. Assim, Adenor Leonardo Bach, o Tite, conhecido por ser um agregador de grupos, ficou isolado no vestiário colorado. O Inter precisa achar novamente seu rumo. Parece que o clube foi ao Japão, mas na volta se perdeu no caminho.

Momento de não se embananar

No futebol brasileiro, que é um mercado exportador de jogadores, reclamar com freqüência da falta de opções no elenco é comum entre os treinadores. Esse problema, por vezes, é a solução de alguns técnicos menos habilidosos em tomar a decisão correta.

Celso Roth está chegando a esse ponto justamente na parte mais importante do Brasileirão, a reta final. Esse é o momento dele provar que cresceu como profissional. O time do Grêmio está encaixado. Tudo funciona da maneira correta. As falhas são raras. Porém, Souza chegou e mostrou que não desaprendeu a jogar futebol no sofrível time do PSG e quer ser titular. Orteman também pede passagem. Na teoria tem mais bola no corpo do que William Magrão. Mas ele irá se adaptar da mesma forma que o jogador revelado na base tricolor?

Colocar Souza como um pseudo atacante não funcionou. No sábado diante do Fluminense, Soares deixou o time mais redondo. Ainda há Reinaldo que ainda não rendeu quando começa jogando, mas sempre foi efetivo ao entrar no decorrer nas partidas. Como escalar todos? Souza não é craque, mas não pode ficar no banco. A melhor alternativa seria colocá-lo na ala direita, o que parece não agradar Roth. Outra alternativa é tirar um dos três zagueiros. Mas seria uma opção válida modificar um esquema que se ajustou tão bem? Provavelmente não.

Como a fase é boa, o prudente é mudar o menos possível. É preciso ver se Roth agüentará a tentação. Para pegar o Goiás, sábado, William Magrão não deve jogar devido a uma entorse no tornozelo esquerdo. Por incrível que pareça isso é um problema a menos para ser resolvido.

domingo, 7 de setembro de 2008

Cadê está a vitória que estava aqui?

Os comissários da FIA decidiram punir Hamilton em 25 segundos. Com isso o inglês da McLaren perdeu o primeiro lugar para Massa e o segundo para Heidfeld.

A decisão surpreende, pois além de mexer com o vitorioso do GP da Bélgica, poderia ser levado em consideração, ainda, que Raikkonen não terminou a prova, o ato de Hamilton não interferiu no resultado final. A McLaren vai reclamar, espernear durante toda a semana, mas de nada vai adiantar.

Massa, de atuação apagada, computou dez pontos e provou que na Fórmula-1 nem sempre os mais rápidos vencem. Por vezes, o primeiro lugar é de quem erra menos. Assim, o brasileiro está a dois pontos de Hamilton na disputa pelo título e a próxima corrida é na casa da Ferrari, em Monza, já no próximo domingo.

Só termina quando acaba

Após Spa, o Mundial de Fórmula-1 saiu perdendo e Felipe Massa saiu ganhando. Novamente, o GP da Bélgica foi uma grande corrida, que teve como a cereja do bolo as últimas voltas com chuva.

Felipe Massa não conseguiu repetir suas últimas largadas e foi ultrapassado por Raikkonen no início da prova, caindo para terceiro lugar e administrando o restante da corrida, sem incomodar os adversários, nem ser pressionado por quem vinha atrás.

Raikkonen por suas vez, tinha em mãos a última oportunidade de seguir vivo na briga pelo título. Se tudo ocorrer dentro da normalidade, não tem mais. O finlandês após passar seu companheiro de Ferrari na primeira volta, aproveitou-se de um erro de Hamilton para assumir a ponta.

Nas últimas voltas a temida chuva finalmente caiu no belo traçado de Spa Francorchamps. Hamilton ficou embutido na traseira de Raikkonen, tentou ultrapassa-lo, saiu da pista, cortou caminho e voltou na frente do “Homem de gelo”. Como manda o regulamento, teve que devolver a posição. Mas não foi uma devolvida, foi uma devolvidinha. Com o carro já tracionando, logo que a Ferrari ficou a sua frente, o inglês acelerou sua McLaren para reassumir a liderança.

Mais emoção estava por vir. Na seqüência, Hamilton rodou, no mesmo instante, em plena reta, Raikkonen perdeu o controle de seu carro e estampou o muro. Massa ficou próximo de assumir a liderança, mas visivelmente aliviou o pé com medo de rodar, já que essa é sua principal característica em pista molhada.


Resultado final:
1. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes)
2. Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 14s461
3. Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber): a 23s844
4. Fernando Alonso (ESP/Renault): a 28s939
5. Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso): a 29s037
6. Robert Kubica (POL/BMW Sauber): a 29s498
7. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso): a 31s196
8. Timo Glock (ALE/Toyota): a 56s506


Campeonato de pilotos
1. Lewis Hamilton 80 pontos
2. Felipe Massa 72 pontos
3. Robert Kubica 58 pontos
4. Kimi Raikkonen 57 pontos
5. Nick Heidfeld 47 pontos
11. Nélson Piquet 13 pontos
13. Rubens Barrichello 11 pontos



Notas rápidas

- A corrida vai demorar a terminar e será decidida pelos comissários. No fim das contas, Hamilton irá levar uma advertência, apenas. Podem apostar.

- Ficou no mínimo chato a atitude de Massa em levantar o pé na última volta. Tudo bem, ele pensou no campeonato. Correu com a cabeça, pois agora terá a preferência da Ferrari. Mesmo assim, é estranho ver alguém não lutar pela vitória.

- Raikkonen fica esperando uma catástrofe. Para pensar em disputar o título novamente. Pelo o que vem ocorrendo na Fórmula-1 nos últimos dois anos, tudo é possível.

- Ninguém vai admitir, mas a Ferrari adorou o resultado. Massa terá prioridade total, diminuindo as chances de dividir pontos com Raikkonen o que beneficiaria Hamilton.

- A posição final de Bourdais (7) não representa o que foi sua corrida. Esteve sempre em quarto, mas a chuva “embaçou” os seus óculos. Seguem com o emprego a perigo.

- O novo carro da Toro Rosso é muito bom, dentro das possibilidades da equipe.

- Os pilotos que trocaram de pneus mesmo faltando uma ou duas voltas se deram bem. O principal beneficiado foi Heidfeld que voltou ao pódio. Apesar de fazer uma temporada opaca, sendo ofuscado por Kubica, nos pontos seu desempenho não é tão ruim assim. Apesar disso, pode ficar a pé em 2009.

- Os resultados estão melhores que a encomenda na segunda parte da temporada para a BMW. Mais uma vez, os bólidos dos alemães tiveram pouca velocidade. É isso que faz a diferença entre as grandes e as médias. As equipes de ponta conseguem conciliar o desenvolvimento do carro atual com a criação do da próxima temporada,as outras se atrapalham. É o caso da BMW.

- Piquet largou bem, ganhou posições. Depois perdeu desempenho e bateu sozinho. Ainda mostra inconstância. Ao menos, agora, concede entrevistas mesmo quando erra.

sábado, 6 de setembro de 2008

Jornada dupla

No Maracanã...

Não deu. O Grêmio ficou no 0 a 0 com o Fluminense e passou o Brasileirão em branco no Rio de Janeiro. Independente da situação atual, não seria nenhum absurdo. Jogar na Cidade Maravilhosa e não vencer é natural.

A sonhada diferença de oito pontos para o segundo colocado não veio, ficou em seis. Mesmo assim, é uma situação relativamente confortável. A diferença deixa o Tricolor com direito de tropeçar quando sues adversários diretos pelo título não vacilarem. Mas a euforia deve ser contida, como está ocorrendo. Os campeonatos da Europa, que utilizam a fórmula de pontos corridos há muitas décadas, já apresentaram grandes viradas na ponta da tabela.

O confronto diante do Flu foi o melhor do Grêmio em gramados cariocas. Mesmo que Victor tenha feita um milagre e a trave salvado o time em outra oportunidade, a equipe de Celso Roth obrigou Diego a trabalhar bastante, mesmo que a atuação não tenha sido das melhores. Souza como segundo atacante não funcionou.Orteman se mostrou uma boa opção quando um dos jogadores do meio não renderem. E Soares mostrou-se a melhor opção para a vaga de Perea.


No Beira-Rio...

O Inter só não perdeu neste sábado porque o adversário era a Portuguesa, fosse qualquer outra equipe mais qualificada a derrota seria inevitável. A vitória por 1 a 0 foi lucro. A mudança no esquema não surtiu o efeito esperado. Os jogadores estão individualmente mal, o que acarreta num desempenho bem abaixo do esperado. Tite também não ajuda. Faz substituições erradas e sente a pressão.

A campanha poderia ser muito melhor. Mesmo com os desfalques era possível fazer mais. O vestiário parece fora de controle e dessa forma brigar por uma vaga na Libertadores está distante.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Dia que Edmundo não esquecerá

A carreira de Edmundo é impar. Ele contabiliza inúmeros gols, vários títulos e diversas confusões. Mesmo com uma trajetória com grandes histórias, seu último ano como jogador está sendo incomum e inesquecível, não que isso seja bom.

Nesta quinta-feira, o Animal viveu na pele o que fez os goleiros que enfrentou sofrerem. Com 30 minutos do segundo tempo, o arqueiro do Vasco, Thiago, foi expulso. Com as três substituições já feitas, sobrou para Edmundo ir para debaixo das traves.

De cara sofreu gol de pênalti, com paradinha. Depois, teve uma saída atrapalhada de gol, viu a bola passar à direita da trave e fez defesa segura no último lance do jogo. O camisa 10 vascaíno, deixou o gramado de São Januário chorando e inconformado com a situação vivida pelo Vasco. Diz sentir-se humilhado.

Nessa temporada, pela Copa do Brasil, Edmundo perdeu pênalti na desclassificação do Vasco na competição. Após o erro, pediu demissão, que não foi aceita pelo então presidente do clube Eurico Miranda. Um ano peculiar para um jogador de carreira única.

Várias vezes jogadores de linha foram obrigados a serem goleiros. Inesquecível a atuação do centroavante Gaúcho no gol no Palmeiras em 1988. Não lembra? Não viu? O You Tube está ai para isso.



Para você, qual a atuação inesquecível de um jogador de linha no gol?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bons desempregados

A Gazzetta dello Sport publicou nesta quarta-feira uma lista interessante de jogadores que estão sem clube. Mesmo com a janela de transferências fechada, atleta sem vínculo com nenhuma entidade pode ser contratado até março. Nomes com passagens por seleções estão nesta situação, confira os mais interessantes.

Os mais conhecidos são os atacantes Ronaldo, sim o Gordo, e Recoba. Os dois formavam a dupla de ataque titular da Inter de Milão no começo da década. O brasileiro largou o futebol, mas esqueceu de avisar. Já o uruguaio passou maior parte da sua carreira no departamento médico. Rápido e habilidoso sempre foi um custo/benefício muito alto para o clube italiano. Na última temporada no Torino pouco produziu, mas estar desempregado é uma demasia para o seu futebol. É um bom reforço para quem foge do rebaixamento na Espanha ou na Itália.

Agora, surpreende a situação do volante ganes Appiah, que estava no Fenerbache e tem passagem pela Juventus. Jogador de muita força, nos os últimos meses tratou de lesão no joelho. O africano não é nenhum primor técnico, mas é muito combativo. Para times médios da Europa seria titular fácil. Seu estilo de jogo encaixa-se muito bem no da maioria dos times ingleses.

Do ponto de vista do Brasileirão, um bom reforço seria César, campeão com a Inter da última Série A. O ex-lateral, hoje meiocampista, não renovou seu contrato. Ele joga fácil em qualquer time daqui. Como está sem vínculo ainda pode assinar acordo com clubes brasileiros.

Quatro nomes citados e que já passaram dos 30 anos estão perto da aposentadoria. O Parma cansou do atabalhoado goleiro Lucca Bucci, terceiro arqueiro a Itália na Copa de 1994. Mais dois jogadores com passagem pela Azzurra procuram emprego. Um deles é o volante Tacchinardi. Por muitos anos jogador da Juventus, virou ídolo da torcida Bianconera. Teve passagem discreta pelo Villareal. Em 2007/08 atuou na Série B pelo Brescia. Com a força física como sua principal característica a idade já está pesando.

O outro é Stefano Fiore. O meia já jogou muita bola, mas desaprendeu. Sem render há, pelo menos, quatro temporadas, ninguém parece querer apostar na sua reabilitação.

Algum dos nomes lhe agrada?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O último dia

O último dia do mercado Europeu foi marcado por grandes contratações. Confira as principais:

Berbatov

Após incontáveis dias de flerte na frente do portão do White Hart Lane, os dirigentes do Tottenham decidiram ceder a mão do atacante Berbatov para o Manchestesr United. Os Red Devil precisaram desembolsar 38 milhões de euros (R$ 91 milhões) para fechar o matrimonio. Apesar da quantia demasiadamente alta, é uma excelente contratação, mesmo que o ataque do time de Alex Ferguson já seja ótimo.

Robinho

Robinho quer ser o melhor do mundo, mas achava que o problema era o Real Madrid. Vai entender. Forçou sua saída do clube para desembarcar no Chelsea. O avião mudou de rumo no caminho e aterrisou em Manchester, para jogar no City, não no United. A passagem custou 40 milhões de euros (R$96 milhões) ao clube inglês. Apesar de estar crescendo, o Manchster City ainda está muito distante dos grandes do futebol da terra da rainha. Em pouco tempo, Robinho perceberá que a mudança é uma regressão em sua carreira e que o problema para ser o número 1 do planeta bola está no seu futebol e não no Real Madrid.

Quaresma

Quando José Mourinho foi contratado como técnico da Inter de Milão, sua lista de compras tinha poucos nomes. Um deles era o do português Quaresma. Após muito insistir, o clube italiano conseguiu acertar a transferência do atacante junto ao Porto por 24 milhões de euros (R$57,6 milhões), sendo que 18 milhões pagos em dinheiro e outros seis referentes ao passe do volante Pelé que defenderá a equipe luisitana. Mourinho ganha uma ótima opção para atuar pelos lados do campo, pois Figo não é mais aquele. A surpresa do dia sobrou para o centroavante Crespo que não foi relacionado para a disputa da Champions League.

Diego Milito

Pretendido por muitos clubes espanhóis, o centroavante argentino Diego Milito sentiu saudades de um bom vinho italiano. Ele retorna para o Genoa clube que defendeu por duas temporadas.

Outras transações

O recém promovido Chievo contratou o circense Kerlon, do Cruzeiro. Além dele, também chegam a Verona, cidade de Romeu e Julieta, a eterna promessa Mauro Espósito, que vem por empréstimo da Roma.

Mais um se salvou do naufragado Zaragoza. Na bacia das almas, o atacante Sérgio García foi contratado pelo Bétis. O clube de Sevilha vendeu Rafael Sóbis para o Al-Jazira (Emirados Árabes), clube de Abel Braga. Tendo sido presença constante nas convocações da Seleção, o ex-colorado vai ganhar muito dinheiro enquanto brinca de esconde-esconde. Sóbis fica na torcida para que Dunga consiga achar o seu esconderijo.

O Espanyol contratou o defensor Fiinan, do Liverpool. Outro que deixou o clube inglês foi o meia ucraniano Voronin que defenderá o Hertha Berlim. Os Reds apostam no futuro e assinaram com o atacante brasileiro Vitor Flora, de 18 anos, do Botafogo-SP. Alguém que assista aos jogos na Rede Vida conhece o guri? Alías, o clássico de Ribeirão Preto possui o melhor apelido de todos os confrots brasileiros:Come-Fogo (Comercial x Botafogo).

O Lecce assinou por empréstimo com o zagueiro Stendardo, da Lazio. O defensor está longe de ser ruim, mas o clube da Capital italiana insiste em não aproveita-lo.

Empolgação deve ser moderada

O Grêmio contratou o uruguaio Richard Morales. Alto e desengonçado, o centroavante tem na bola aérea a sua principal característica. Com a redonda nos pés, ele apanha. Em termos técnicos, era uma contratação desnecessária.

Porém, Morales pode contribuir como homem de grupo. Rodado, caso seja preciso entrar no lugar de Marcel, não tremerá. Mas o melhor mesmo para o Tricolor é que titular da camisa 9 não se lesione.

Título

A empolgação da torcida gremista é compreensível. O clube faz campanha irretocável no Brasileirão e, talvez, esse seja o problema. O principal concorrente, o Palmeiras, que está a cinco pontos dos gaúchos, teve seu momento de instabilidade no começo da competição. O Verdão possui um elenco que não é tão superior assim em relação ao do Grêmio, porém, os jogadores decisivos da equipe de Luxemburgo são mais talentosos.

Faltam 15 rodadas. Serão 15 decisões – e tem gente que não gosta de pontos corridos. A diferença, por mais que pareça, não é confortável. São apenas cinco pontos num universo de 45. O Grêmio ainda viverá seu momento de instabilidade. São raros os casos em que isso não ocorre num campeonato de 38 rodadas. A equipe de Celso Roth não tem cacife para estar neste seleto grupo.

O Palmeiras é um adversário dos mais perigosos e é bom não tirar o olho do São Paulo.

Inter pagará caro

“Política de futebol” é uma expressão que, no momento, passa longe do Beira-Rio. Está difícil entender os critérios de negociações dos dirigentes colorados.

O clube vendeu o goleiro Renan. O gol é uma posição de confiança. Demora-se até se encontrar um substituto quando ocorre uma venda. Depois de Taffarel, o Inter teve Maisena, Fernandes (que ficou duas temporadas, mas não era dos mais confiáveis), César Silva e Goycochea, até achar o prata da casa André.

Na seqüência, o colorado tentou Preto, João Gabriel, Hiran, Renato, Carlos Germano - que não chegou a jogar - e Clemer, que se não é uma maravilha, está a longo tempo no clube e conquistou os maiores títulos da história do Inter, ao menos, merece crédito.

Se não está satisfeito com esses exemplos, caminhe até da Padre Cacique até a Azenha. Depois de Mazzaropi, o Grêmio até que teve sorte. Vestiram a camisa 1 Tricolor Gomes, Sidmar e Émerson, até aparecer Danrlei. Porém, após sua saída muita gente defendeu a meta gremista sem passar confiança à torcida: Eduardo Martini, Tavarelli, Márcio, Galatto, Eduardo, Marcelo Grohe e Saja, até aparecer Victor.

Resumindo, é complicado achar um bom goleiro.

Hoje, segunda-feira, os dirigentes vermelhos recusaram uma proposta de 15 milhões de euros por Nilmar. Assim, o clube terá que comprar a parte dos direitos federativos pertencentes ao atacante. Isto estava previsto em contrato.

No últimos anos, atuaram no ataque colorado nomes como Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis e Alexandre Pato. Todos com passagem pela Seleção. Além de terem aparecidos bons nomes como Fernandão e Iarley. Ou seja, é mais fácil encontrar atacantes do que goleiros.

Se o problema fosse dinheiro, e parece que não é, já que o Inter terá grana para pagar para ficar com Nilmar, era mais fácil vender o camisa 9 e ficar com Renan. Seria uma reposição muito menos complicada.

Agora, o clube fica com um jogador que estava com muita vontade de comer massa no sul da Itália e terá que vendê-lo por, ao menos, 17 milhões de dólares, já que para ter o atleta teve que desembolsar cerca de 1,5 milhão de euros.

Nilmar é bom atacante. Porém, o Inter foi muito submisso ao repatriá-lo. Foi assinado um acordo em que o atacante sairia ganhando de qualquer maneira. Segundo dados do site do clube, em 103 jogos com a camisa colorada, ele marcou 39 gols. Estatística nada empolgante. O clube corre riscos desnecessários.

Pergunta

Em meio a tantas especulações sobre o futuro de Nilmar na semana passada, alguém mais, além deste blogueiro, acha estranha a convocação dele para a Seleção?