sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dezenove motivos para o Corinthians pensar em ser campeão

O Corinthians volta a disputar a Primeira Divisão no próximo ano. Com o peso da camisa e alguns contratações é possível pensar em título, ainda mais no Brasil, onde os elencos são reformulados a cada semestre.

O fato de ser campeão logo no ano de retorno não é tão raro quanto aparenta. Na Europa o fato já ocorreu por 19 vezes. A última vez foi em 1998 com o Kaiserslautern, que tinha no comando OttoRehhagel, que em 2004 conquistou a Eurocopa com a Grécia.

O caso mais marcante ocorreu na Inglaterra com o Nottingham Forrest que foi sem escalas da segundona inglesa, passando pelo título nacional até a conquista da Copa dos Campeões. no fim da década de 70.

Confira os outros 17 exemplos em que o Timão pode se espelhar.

Inglaterra
Liverpool em 1906;
Everton em 1932;
Tottenham em 1951;Iswich Town em 1962;

França
Bordeaux em 1950;
Saint Etuenne em 1964;
Monaco em 1978;

Holanda
Ajax em 1918;
SVV em 1949
D.W.S. em 1964.

Bulgária
Lokomotiv Sofia em 1940;
Litex Lovech em 198;

Polônia
Cracóvia em 1937
Ruch Chorzow em 1989;
Ex-Iugoslávia
Oblic em 1998;

Suécia
Elfsborg em 1961;
Osters Vaxjo em 1968;

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O primeiro título de Senna


Hoje faz 20 anos do primeiro título de Ayrton Senna na Fórmula 1. Para levar a taça o brasileiro correu com o regulamento embaixo do braço. Foram 16 corridas naquela temporada, porém, apenas os 11 resultados mais positivos dos pilotos eram computados na classificação de pilotos. Foi a salvação de Senna.

Somando os pontos de todas as provas, Prost, companheiro de Senna na McLaren, computou 105 pontos contra 94 de Senna. Porém, as regras não eram essas e no fim das contas o brasileiro bateu o francês por 90 a 87.

Foi o primeiro dos três títulos de um dos maiores pilotos de todos os tempos. O sexto dos oito conquistados por brasileiros. Desde Senna a fila parou. Será que Massa fará ela andar no domingo?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A experiência está fora de moda

A tendência do momento das seleções de futebol é contratar técnicos sem experiência, mas que foram grandes jogadores. Foi assim com Klinsmann na Alemanha, Zico no Japão, Van Basten na Holanda, Donadoni na Itália e Dunga no Brasil. Agora, chegou a vez de Maradona na Argentina.

Um dos motivos é a mão fechada dos dirigentes de federação. Um técnico de ponta ganha salários nababescos nos clubes e a preferência é por gastar menos com um ex-ídolo. Assim quando o cartola anunciar o pouco rodado treinador pode justificar a contratação afirmando “que ninguém sabe tão bem o que é representar o seu país como nosso novo técnico” e blá-blá-blá.

Dos exemplos citados, Alemanha, Japão e Holanda não podem reclamar das escolhas. Klinsmann não ganhou a Copa em seu país, mas depois dos alemães terem torcido o nariz para ele, aplaudiram a conquista do terceiro lugar. Zico fez a sua obrigação e levou o Japão à Copa, não poderia fazer mais do que isso. Van Bastaen seguiu a escola holandesa. Montou um time que jogava bonito e encantava, mas não ganhava nada.

O Brasil fica em cima do muro, Dunga não faz bom trabalho, mas já colocou taça no armário. Os italianos só têm a reclamar.

Quem será a próxima seleção a seguir o modismo?

Maradona, o escolhido

Com a bola nos pés Maradona foi gênio. Porém, a habilidade demonstrada nos gramados nunca foi a mesma fora deles. Os magníficos dribles não passavam pela marcação da vida, onde teve problemas em todas as áreas. É essa mistura de Deus do futebol com uma pessoa beirando a mediocridade que terá a incumbência de levar à Argentina para África do Sul em 2010.

Os hermanos contratam mais que um técnico, contratam um showman. Em termos de marketing a escolha não poderia ser mais apropriada. Maradona é o homem mais amado do país, apesar dos seus trilhões de defeitos. Além disso, os holofotes estarão sempre em quem estará comandando o time e não nos jogadores. Nada melhor do que isso para uma equipe em crise. Agora, profissionalmente falando, assume o comando da seleção um grande ponto de interrogação. Sua escolha não é baseada na lógica e sim na paixão dos argentinos pelo futebol. Pelo futebol de Maradona. Principalmente se pensarmos que o multicampeão Bianchi era um dos outros três postulantes ao cargo e a escolha mais sensata.

O desempenho de Don Diego como técnico é pífio. É uma piada de mau gosto. Tanto é que pouca gente lembra. Logo após encerrar sua conturbada carreira, Maradona comandou dois clubes o Mandiyú e o Racing. A experiência durou pouco tempo e trouxe ao maior jogador de todos os tempos da Argentina pouca experiência na função e muitas derrotas no currículo. Após a aventura, foram contabilizadas três vitórias, 12 empates e oito derrotas. Com mais de dez empates em 23 partidas, nota-se que seus times não são dos mais equilibrados.

Maradona estaria para a Argentina como Dunga está para o Brasil? A única coincidência está na pouca prática que os dois possuem como treinadores. De resto, fica apenas a proximidade geográfica entre os dois países.

Maradona sempre foi amado por “seu” povo. Dunga era odiado. Superou as críticas e foi o capitão do tetra, mas quatro anos depois voltou a receber uma avalanche de críticas no Mundial da França após discussão com Bebeto. O argentino foi único para o futebol de sua nação. O brasileiro foi parte significativa de uma conquista importante, mas sua representatividade não é a mesma de Maradona.

Como homens, eles são bem diferentes. Dunga sempre demonstrou ser um cidadão, alguém com princípios. Uma pessoa que colocaria a sua cara séria nos jogadores passariam a vestir a “amarelinha”, acabando com o oba-obismo que reinava. Será que os argentinos querem que Maradona dê a sua cara ao seu time?

Maradona completa nesta quinta-feira 48 anos. Como presente por sua história no futebol ganhou um cargo. Este cargo pode fazer o gênio virar burro. É sempre um risco. Para quem um dia já foi craque.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fala, Moruinho!

Além de ser bom como técnico, José Mourinho dá show em suas entrevistas. Avesso às respostas enlatadas e prontas, o português dispara por todos os lados – muitas vezes exagera na dose. Faz parte.

Desde sua chega à Inter de Milão, o treinador já brigou com dirigentes, imprensa (lógico), outros treinadores e seus próprios jogadores. Cada coletiva concedida pelo “Special One” rende boas frases. Por isso, o blog estreará a seção “Fala, Mourinho” com as pérolas proferidas pelo Tuga quando os microfones se abrem.

Para enfrentar a Fiorentina nesta quarta-feira, Mourinho deixará de fora Julio Cruz e Adriano. No último jogo, quando seu time ficou no 0 a 0 com o Genoa e quebrou uma seqüência de 60 jogos consecutivos que os neroazzurri marcavam gol em casa. O treinador disse que alguns jogadores não tinham cumprido suas ordens e ficariam em casa no próximo confronto. O recado para o brasileiro e o argentino nesta terça-feira foi o seguinte: “Sempre defenderei quem erra, mas nunca quem não joga pelo time”.

Após o jogo contra a Viola, provavelmente teremos mais uma edição do “Fala Mourinho”.

Juventus quer se "abrasileirar"

Numa época em que os jogadores brasileiros são contratados por clubes europeus em quantidades absurdas, a Juventus pouco se rendeu aos encantos dos futebol tupiniquim. De 1977 até o novo milênio somente o zagueiro Júlio César vestiu a camisa “bianconera”.

Nos últimos anos, Inter de Milão, Milan e Roma rechearam seus elencos com brazucas. A Juve teve Athirson, que não vingou, Émerson, que ficou duas temporadas e assim que o clube foi rebaixado zarpou para Madrid, e Gladstone, que disputou espantosos 45 minutos pela “Vecchia Signora” – o espanto é saber como o contrataram e o colocaram para jogar, Fabio Capello também erra. Agora, nesta temporada veio Amauri, principal jogador do time até o momento.

Porém, parece que a diretoria quer mudar a sina das últimas décadas. Na lista de compras para o inverno italiano aparecem inúmeros brasileiros. Entre eles o colorado Alex, o gremista Douglas Costa e Carlos Eduardo, aquele mesmo do Grêmio de Mano Menezes, que está no Hoffenheim da Alemanha. Porém, o mais próximo de desembarcar na fria Turim em janeiro é Diego, ex-Santos. Ele é sonho antigo e segundo a imprensa italiana já está tudo acertado no triângulo Juventus-Werder Bremen-Diego.

Ao todo, 16 brasileiros já vestiram a “maglia” juventina. A Suíça, com 20, é o país, fora a Itália, lógico, com o maior número de jogadores que atuaram pela Juventus. Depois aparecem a Argentina com 18 e a França com 16. No total 155 estrangeiros já atuaram pelo clube.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um estranho em casa

Em sua maioria, os jogadores que defendem a Seleção Brasileira, com “S” e “B” maiúsculos pela sua história, atuam na Europa. Fora as partidas das Eliminatórias, os amistosos realizados ocorrem fora do país - afinal a cota pedida pela CBF é altíssima para a colocar a grife da Seleção em campo. Resumindo, quando os convocados de Dunga atuam em terras tupiniquins é como se estivessem atuando fora de casa. Por tanto, o 0 a 0 com a Colômbia nesta quarta-feira foi um resultado a ser comemorado. Pois, já dizia o velho lobo, Zagalo, o empate fora de casa é um bom resultado.

Brincadeiras a parte, a cada jogo que passa fica evidente o desconforto dos jogadores brasileiros em jogarem aqui. Não por não gostarem do Brasil, que fique claro. O desconforto é no sentido de não se sentirem a vontade de entrarem em campo com a torcida pronta para vaiá-los. Resolver o problema é simples, basta jogar bola.

A seleção, este time de Dunga merece ser chamada de seleção com “s” minúsculo, não tem nada em termos ofensivos. Os laterais não apóiam. Os volantes não saem para o jogo e erram passes em quantidades cavalares. Os atacantes e os meias não acham os espaços para receberem a bola. O time não se movimenta, parece plantado como se fossem bonecos de Fla-Flu, que ficando indo de um lado para o outro, apenas. Não há nem um desespero em busca da vitória, o empate é aceito dentro das quatro linhas e a atitude comprovada nos microfone com o conformismo da maioria dos jogadores.

Dunga também não se ajuda, não arrisca na escalação. Segue utilizando uma fórmula que não marca um gol em “casa” há três jogos.

A classificação para o Mundial virá sem problemas. A sorte que a Copa no Brasil será só em 2014 e a próxima é na A´frica do Sul, por tanto, o Brasil entra como favorito.

Dopietta

Doppietta é o termo utilizado em italiano para dizer que um jogador marcou dois gol em uma partida. E é isso que marca a Itália nas Eliminatórias para a Copa de 2010. A Azzurra, como sempre, não apresenta um futebol bonito, mas faz uma campanha que deverá lhe dar a vaga para o Mundial da África do Sul sem problemas.

Até aqui a seleção de Marcello Lippi disputou quatro partidas com três vitórias e um empate. Os triunfos foram em cima do Chipre por 2 a 1, dois gols de Di Natale, 2 a 0 sobre a Geórgia, duas buchas de De Rossi, e nesta quarta bateu Montenegro por 2 a 1, com Aquilani indo as redes duas vezes.

Os atacantes não vão muito bem na Azzurra, até Di Natale, que marcou dois gols na estréia, fez três atuações fracas na seqüência. Defendendo a seleção Gilardino e Toni não vivem boa fase. Lippi tentou Pepe, da Udinese, mas ainda não deu liga. A esperança é o jovem Rossi do Villarreal.A próxima partida é novamente contra Montenegro. Quem marcará a dopietta?

Abaixo os gols de De Rossi sobre a Geórgia.

Exagerado

O STJD deu uma de Cazuza e foi exagerado ao punir os jogadores Léo, Réver e Morales, do Grêmio. Os gremistas foram suspensos por 120 dias, três jogos e oito partidas, respectivamente, por lances ocorridos na partida diante do Botafogo.

Do tríplice julgamento, o único que preocupava a diretoria tricolor era o do zagueiro Léo. Ledo engano dos dirigentes. Todos os jogadores receberam penalizações rígidas demais. Os auditores do tribunal fugiram dos padrões das punições aplicadas anteriormente. O Grêmio recorrerá e as penas certamente serão reduzidas. É o mínimo que pode acontecer.

Na segunda-feira, Tcheco pegou gancho de dois jogos por sua expulsão no Gre-Nal. O meia recebeu cartão vermelho junto com o colorado Edinho. O jogador do Inter foi absolvido.

Difícil, desta vez, acreditar em coincidência. O mesmo STJD puniu o atacante Alex Alves, do Juventude, e absolveu Dodô, do Fluminense, em casos similares de doping. Até a Fifa achou estranha a decisão e ela mesma julgou o jogador tricolor punindo-o. Há ainda o caso do Inter em 2005, mas esse é muito mais complexo.

Muito se criticou o procurador-geral da entidade, Paulo Schmitt. Porém, o problema, nesse caso, não é ele. O cerne da questão é que quem julga não está tendo critério. Para lances parecidos, penas distintas – Léo pega 120 dias, Diego Souza é absolvido. Schmitt fez seu trabalho, que é denunciar o que ocorre de errado nos jogos do Brasileirão. As punições não são sentenciadas por ele. Porém, será que ele apresentou ao tribunal todos os empurra-empurra que ocorreram no Brasileirão, como o que deixará Réver de fora dos jogos contra Portuguesa, Sport e Cruzeiro.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ainda é tempo

O dia está acabando, mas ainda é tempo de relembrar o dia 15 de outubro de 1983. Há 25 anos, Nelson Piquet Sotto Maior conquistava o seu bicampeonato na Fórmula 1. O primeiro título veio em 1981. O tri em 1987.

O bi veio na última corrida da temporada, na África do Sul. Chegaram na briga pelo mundial de pilotos Piquet, Arnoux e Prost. Na 35ª volta, Prost abandonou a prova e o brasileiro passou a administrar a corrida, pois o quarto lugar lhe bastava. Piquet terminou em quarto e atingiu a consagração.

Os melhores momentos da prova estão no vídeo abaixo.


Dia 30 deste mês comemora-se 20 anos do primeiro título de Senna.

sábado, 11 de outubro de 2008

Mudar de postura

Felipe Massa terá que mudar sua atitude em relação as últimas provas em que não esteve na frente. Preferiu correr com a cabeça para chegar ao fim das corridas e marcar pontos. Diminuiu seu ímpeto, que lhe custou muitos erros nas nessa e na temproada passada. Mas não dá mais para ser assim.

O brasileiro está a sete pontos do líder do Mundial de piloto da Fórmula 1, Lewis Hamilton. Não bastasse a incomoda diferença, o inglês largará na pole no GP do Japão, que ocorre na próxima madrugada. Massa não conseguiu ir além da quinta colocação.

Largar bem será essencial, mas talvez não baste. Será preciso torcer para a chuva cair na hora certa e um safety car aparecer atrapalhando o piloto da McLaren. Ficar só no braço de Massa, talvez, não seja suficiente.

A situação de Rubens Barrichello preocupa. É provável que ele fique a pé em 2009. Casso isso ocorra, ele entrará em profunda depressão, pois antes de ocorrer o fato ele já está chorando as pitangas.

Barrichello já brigou por vitórias, está tendo um fim de carreira lamentável. Paga mico atrás de mico. O brasileiro não está sabendo a hora de parar. Parece gostar de ser ridicularizado. Rubinho nunca foi espetacular, mas o piloto Barrichello não merecia terminar a carreira no fundo do Grid. Já a pessoa Rubens...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Clemer e o banco

Clemer completa 40 anos no próximo dia 20. Como presente de aniversário antecipado, o técnico Tite deu a ele um lugar no banco de reservas. A decisão é polêmica, não pelas defesas que o experiente goleiro está deixando de fazer, que são muitas, mas pela circunstância.

O problema é que Clemer está no fim de carreira, talvez ela acabe no fim do ano. As seis temporadas no Beira-Rio foram marcadas por grandes defesas e inúmeras falhas. Em 2008, ele foi inconstante quando teve oportunidade. Os erros ocorreram a granel. Porém, só agora a troca no gol colorado foi efetivada.

Restam ao Inter dez jogos pelo Brasileirão e no máximo mais seis pela Sul-Americana. Como o clube não tem mais pretensões no campeonato nacional, não há problemas em deixar Clemer atuar. Lauro, o novo titular, ainda não está inscrito no torneio continental e o goleiro campeão do mundo voltará a defender a meta vermelha.

Independente do conceito que se possa ter sobre Clemer, é inegável sua importância na história do Inter. Colocá-lo na reserva nesse momento é falta de consideração com ele. Um problema recorrente cometido pela diretoria colorada que não tem tratado muito bem de seus ídolos nos últimos anos.

Quarentões

Clemer entra no grupo dos goleiros que chegara aos 40 ainda em atividade. O caso mais notório é o do italiano Dino Zoff, que com quatro dezenas de anos de vida foi campeão Mundial em 1982 na Espanha. Ele pendurou as luvas aos 41 anos.

Outro que vem da Bota é Pagliuca, que disputou duas Copas como titular. Ele deixou o futebol há duas temporadas, aos 41 anos, defendendo o Ascoli. Ano passado esteve cotado para ser contratado emergencialmente pela Juventus, mas a idéia não vingou.

O quase intransponível Schmeichel atuou em grande nível até os 40. Largou o futebol defendendo o Manchester City em 2003. Da Terra da Rainha, três goleiros do English Team demoraram a largar o osso. O trapalhão Seaman jogou até os 41, mesma idade com que Banks parou. Porém, ninguém foi tão longe quanto a lenda Shilton. Após três Copas do Mundo e 125 jogos pela seleção inglesa, ele continuou sua carreira. Só sossegou após ter alcançado a marca de 1005 jogos oficiais aos 47 anos.

No Brasil, o caso mais conhecido é o de Manga que atuou até os 42.

Alguém lembra de mais algum exemplo?

De volta ao topo

Celso Roth correu riscos demasiados. Ignorando os mandamentos do futebol, resolveu mudar meio time para enfrentar o Botafogo. Deu certo. Com moral, a escalação foi repetida. Deu certo, de novo e o Tricolor bateu o Santos por 2 a 0. Mais do que a vitória, o importante foi reassumir a liderança do Brasileirão.

A turbulência passou. Setembro foi embora sem vitória. Outubro está sem derrotas. Porém, Roth começa a empilhar jovens no time. Até o momento todos demonstram qualidade, mas faltando nove rodadas conseguirão suportar a pressão até o fim?

A partida chave dessas nove decisões, ao que tudo indica, é diante do Palmeiras em São Paulo. O ideal é o Tricolor conseguir abrir uma vantagem para o Verdão em que no confronto direto, porque se o Grêmio estiver ao alcance do time de Luxemburgo, o Paque Antártica será um campo de guerra e Luxa não tem medo de jogar sujo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Brasileirão 2008 tem sete rebaixados

Sem levar em consideração critérios técnicos, o Brasileirão 2008 está sendo um excepcional campeonato. Faltando dez rodadas para o fim da competição, são cinco os clubes com chances reais de serem campeões - o que deixa os favoráveis ao formulismo tendo tremeliques constantes.

Porém, a situação mascara um fato desanimador. Tem muita gente ruim nesse campeonato. Na média, os times pioraram. Pioraram muito! O último clube fora da zona do rebaixamento em 2007 foi o Goiás. O Esmeraldino safou-se do descenso com 39,4% de aproveitamento. Pode-se dizer que nesse Brasileirão teríamos sete rebaixados. SETE!! São sete clubes com um índice menor do que esse. Isso que o Santos, 13º lugar, tem os mesmos 39% de aproveitamento que os goianos obtiveram.

Fazendo o comparativo inverso, dos quatro que caíram ano passado (América-RN, Paraná, Juventude e Corinthians), apenas o pífio Mecão desceria para a Segundona de 2009. O Paraná, antepenúltimo colocado, terminou o certame beirando um desempenho de 36%.

O campeonato por pontos corridos ainda é incipiente e engatinha no Brasil, enquanto na Europa ele já está consolidado. Mas já se pode notar um distanciamento nas pontas da tabela por aqui. Os clubes, em sua maioria, ainda não estão 100% adaptados a este sistema, o que provoca algumas distorções. A projeção deste blogueiro é que daqui a alguns anos, os Brasileirões se tornem polarizados com duas equipes disputando o título. Talvez as concorrentes mudem de uma temporada para outra, mas a tendência é essa.

Aguardem e me cobrem.

Te cuida Brasil

Na época do cursinho pré-vestibular, os professores, com suas fórmulas prontas, inclusive para a redação, orientavam seus alunos a não escreverem expressões do tipo “cada vez mais”, na hora de escrever a composição que seria avaliada. Mas hoje é inevitável não utilizar a expressão.

A FIA divulgou nesta terça-feira o calendário de 2009 da Fórmula 1 e CADA VEZ MAIS a categoria toma novos rumos. A temporada segue tendo 18 provas, porém com uma mudança significativa. Saí o GP do Canadá e entra o de Abu Dhabi. É a troca é de um circuito de rua por outro, só que o novo é recheado de petrodólares.

Até a metade da década de 90, no continente, apenas o Japão recebia corridas. Agora, além dos nipônicos, malaios, barenitas, cingapuriano, chineses e, ano que vem, os árabes recebem os monopostos mais cobiçados do mundo. Sem contar com a euro-asiática Turquia.

As ruas da cidade de Montreal, além de proporcionarem belas imagens, eram certeza de uma boa corrida, num dos melhores GPs do calendário. Ver os carros “lambendo” ou se “beijando” o muro dos campeões era ensacional. Era, pois ficará na memória, por enquanto. É preciso esperar para ver como será o traçado em Abu Dhabi, que não seja parecido com Valência ou Cingapura que estrearam este ano.

É bom o Brasil se cuidar, pois pode ser o próximo a ter de deixar a Fórmula 1. O país do samba e do futebol tornou-se muito contra-mão. A partir de 2009 será o único evento da categoria do lado de cá do Atlântico. A Rússia, entre outros, há alguns anos planeja receber a F-1.

O calendário para o próximo ano:

Austrália - 29 de março

Malásia - 05 de abril

Bahrain - 19 de abril

Espanha - 10 de maio

Mônaco - 24 de maio

Turquia - 07 de junho

Inglaterra - 21 de junho

França - 28 de junho

Alemanha - 12 de julho

Hungria - 26 de julho

Europa (Valência) - 23 de agosto

Bélgica - 30 de agosto

Itália - 13 de setembro

Cingapura - 27 de setembro

Japão - 11 de outubro

China - 18 de outubro

Brasil - 01 de novembro

Abu Dhabi - 15 de novembro

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alex merece

Alex nunca escondeu seu sonho de atuar na Seleção Brasileira. Nunca apressou-se para que esse momento chegasse. Na tarde de 6 de outubro de 2008, até de maneira surpreendente, ele veio. Aos 26 anos, sua convocação por Dunga é um mérito para quem nunca desistiu. Desde que chegou ao Inter em 2004, o meia conviveu com inúmeras lesões. As primeiras foram graves torções. Depois, vieram os insistentes problemas musculares.

Os últimos jogos da Libertadores 2006, conquistada pelo Inter, Alex foi um guerreiro. Entrou em campo descontado. Correu na raça. As dores no púbis eram grandes. Após o título, novo período de inatividade para tratamento. No fim daquele ano, no Mundial, nova superação. Dessa vez, o jogador estava se recuperando de torção do tornozelo, mesmo assim enfrentou o Barça por 45 minutos.

Nascido no Interior do Paraná e formado no Guarani de Campinas, Alex é uma figura rara no futebol brasileiro. É esclarecido, uma excelente conversa. Certeza de boas entrevistas. Mas sem nunca esquecer suas origens caipiras. Não dispensa uma música sertaneja. Mesmo nos momentos mais difíceis nunca se exaltou. Nas derrotas nunca negou uma palavra para explicar o resultado adverso.

Após ter visto naufragar seu sonho de chegar à Seleção através da lateral-esquerda e sofrer fortes críticas por fracassar na posição e insistir que poderia representar o Brasil, calou-se e voltou ao meio-campo. Retornou ao trabalho, ganhou nova função, atuando mais solto e próximo ao centroavante. Seu futebol aflorou e ele vive sua melhor fase na carreira.

Um de seus sonhos Alex vai realizar, o de vestir a amarelinha. Falta, agora, sentar num carro de Fórmula-1, uma de suas paixões. Mas, certamente, ele não tem pressa para isso.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tragédias cariocas

O Fluminense contratou Renê Simões para salvar o clube do rebaixamento no Brasileirão. O treinador levou a Seleção da Jamaica à Copa do Mundo de 1998. Conquistou a prata com o futebol feminino em 2004. Depois, teve passagem apagada pelo Vitória e no ano passado, conseguiu recuperar o Coritiba na Série B e fez o Coxa Branca voltar à elite do futebol nacional.

De cara, seu nome não seria o mais indicado para tirar o Flu dessa situação. Mas uma análise mais profunda pode-se notar que essa não é mais uma contratação folclórica, típica do futebol carioca. Simões é um positivista, completamente o oposto do demitido e depressivo Cuca. Seu trabalho é voltado para fortalecer a parte mental dos jogadores. No Coritiba, ele espalhava frases de incentivo aos atletas por todo o Estádio Couto Pereira, lá deu certo.

A derrota na Libertadores abalou demais o elenco do Tricolor das Laranjeiras que ainda está no período de fossa. Apesar de algumas saídas de jogadores, ainda há qualidade, apesar da contratação de Edcarlos. Por isso, René Simões é uma boa escolha. Mas por seu estilo, caso o Fluminense caía, certamente ele virará parte do folclore do futebol carioca. É um risco a ser corrido, pior do que está não fica.

Seria a terceira queda do clube para a Série B. Numa delas houve virada de mesa e Fluminense seguiu na Primeira Divisão. Depois, caiu para a Segundona e na seqüência conheceu a Terceirona. Após vencer a Série B, tirou proveito da Copa João Havelange e subiu sem escalas para a Série A. Com o forte patrocinador que possui, caso seja rebaixado, voltará rapidamente, assim como faz o Corinthians esse ano.

O Vasco vive situação pior. O elenco é menos qualificado e o novo presidente, Roberto Dinamite, pegou a bomba, ou a dinamite para não perder o trocadilho, prestes a estourar. Ele vai rebaixar o clube sem ter culpa. A situação é causada pelo câncer Eurico Miranda, que nesse momento deve estar fumando seus charutos cubanos confortavelmente em casa.

A maior tristeza se o cruzmaltino cair, será ver dois craques e símbolos do clube participarem dessa tragédia. Dinamite e Edmundo, em seu ano de aposentadoria, fizeram demais pelo Vasco para participarem do vexame. Agora, quem merece é Leandro Amaral, que não quis cumprir contrato com o Vasco e se debandou para o Fluminense, mas justiça o mandou voltar. Quis dar de esperto e se deu mal. Caso seja rebaixado, o Vasco do jeito que está, sem dinheiro e sem time, dificilmente retorna em um ano para a elite.

Prejuízo

O Inter empatou por 0 a 0 com a Universidad Católica e ganhou vaga nas quartas-de-final da Copa Sul-americana. Durante o jogo perdeu Guiñazu. Ganhou a classificação, perdeu um jogador incansável. Os dividendos tornaram-se maiores do que os lucros.

Guiña é um jogador raro. É um Tinga pelo lado esquerdo. Dedica-se o tempo todo, não para nunca. Seu único defeito é não saber fazer gols, assim como Tinga que era um péssimo finalizador. Logo após entrar na partida, 30 segundos depois. para ser mais preciso, o argentino caiu no chão de mau jeito. A conseqüência foi uma luxação no cotovelo esquerdo e três semanas de molho.

Com a guinada da equipe no Campeonato Brasileiro, conquistar uma vaga na Libertadores tornou-se prioridade, tanto é que a partida de quarta-feira foi disputada com os reservas. Sendo assim, o clube segue na Sul-Americana, mas perde peça fundamental para terminar o Brasileirão no G-4.

Apesar da situação ter melhorado, com o Colorado, agora, a quatro pontos do quarto colocado, a situação não é tão fácil quanto parece. É muita gente na briga pela vaga e dificilmente todos os resultado serão benéficos numa mesa rodada. O trunfo vermelho está em ter confrontos diretos, o problema é que a maioria é fora de casa. As possibilidades de uma classificação ainda são pequenas.

O time de Tite está em evolução, mas ainda não se tornou confiável. Faltou planejamento e sobrou olho grande aos dirigentes colorados. O técnico se tornou refém das atitudes tomadas no fim de 2007.

Pode se dizer o contrário, mas a Copa Dubai prejudicou o preparo físico da equipe. Valeu a pena conquistar um título com valor meramente simbólico e perder desempenho no meio do ano? Com o elenco que possui, um título nacional em 2008 era obrigação. Sem contar que pela segunda temporada seguida, o elenco foi modificado sensivelmente com o Brasileirão em disputa. O Inter paga pelos próprios erros.