sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Horizonte gremista fica mais azul, mas nem tanto

O mercado gremista estava em marcha lenta. O ritmo foi aumentado no último par de dias. Em menos de 48 horas, três contratações foram anunciadas – os laterais Ruy e Fábio Santos, e o atacante Alex Mineiro. Até o Natal os gremistas devem ser presenteados com mais dois reforços – o zagueiro Fábio Ferreira, do Corinthians, e o centroavante Wellinton Paulista, do Botafogo.

O Tricolor precisa de mais nomes de peso. O que chegou não é suficiente para enfrentar as competições do primeiro semestre. Jogadores que sejam respeitados pelos adversários na Libertadores são essenciais. O time precisaria de um reforço deste tipo por setor. No ataque é Alex Mineiro, mas e nas outras posições quem virá?

Além disso, Roth quer contar com cerca de 32 atletas no elenco para poder escalar time reserva em algumas partidas do Gauchão. Até agora, sete jogadores deixaram o Olímpico e cinco podem chegar. O elenco está com déficit de quantidade e qualidade. A fórmula que deu certo no Campeonato Brasileiro, de montar um time médio, é arriscada. Repetir o sucesso com a mesma estratégia não é a melhor opção.

Ao que tudo indica, da zaga titular ficará somente Réver. No meio, para substituir Rafael Carioca deve-se apostar em Adilson, jogador que se lesiona com constância e suas recuperações são demoradas. Em duas temporadas entre os profissionais pouco jogou. Até agora sua principal característica é ser fisicamente parecido com o ex-gremista Lucas.

Se quiser o tri da América, a diretoria precisará trabalhar bastante nesse fim de ano.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Estádios não sentem a crise

A crise financeira parece não abalar o projeto de construção de novos estádios de futebol. O Grêmio está em negociações adiantadas e conturbadas para construir a sua arena. O inglês Tottenham apresentou projeto para a sua nova casa na semana passada. A Juventus também começou a fazer seu futuro lar em Turim.

Nesta quinta-feira, foi a vez da Roma anunciar que começa a pensar em construir um novo palco para o seu time. Segundo a presidente do clube, Rosella Sensi, a entidade começa a analisar áreas para construir o empreendimento.

Por enquanto, nos quatro casos, o Grêmio é o único que dará o estádio antigo pelo novo.
Uma pergunta: Grêmio e OAS, parceira do Tricolor, não pensaram ainda em “alugar” o nome do estádio para alguma grande empresa multinacional?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Será que Noir vale a pena?

A direção não confirma, mas o atacante argentino pretendido pelo Inter é Noir, do Boca Juniors. Pelo mistério que se faz/fez em torno do nome do jogador, a direção colorada aposta bastante que ele vingará. O dinheiro que sairá dos bolsos vermelhos para trazê-lo não deverá ser pouco. Apesar do investimento que será feito, o risco que o clube correrá é muito grande.

Pouco vi Noir jogar, é verdade. Por tanto, não tenho subsídios suficientes para fazer uma análise mais profunda sobre o “delantero” boquense. Porém, algumas questões indicam que talvez o Inter não esteja fazendo um negócio tão bom quanto acredita.

O ataque titular do Boca é formado por Palermo e Palácio, que não atuaram durante todo o segundo semestre devido a lesões. Por tanto, o ataque dos xeneízes que disputou o Torneio Apertura foi o reserva. Na Sul-americana, o clube argentino poupou os seus melhores jogadores. Mesmo assim, Noir ficou no banco.

Financeiramente, o Boca aparenta ser sólido. É um clube que conseguiu repatriar Riquelme, por maior que seja o amor do craque pela entidade, sua vinda não deve ter sido barata. Não bastasse isso, Palácio é segurado há tempos na Bombonera, todas as pomposas propostas feitas pelo seu futebol foram rejeitadas. Será que alguém que consegue manter Palácio, Riquelme, Palemro, Bataglia, entre outros, não teria condições de segurar um novato como Noir?

É difícil pensar que os hermanos liberariam uma possível revelação de maneira tão fácil e para um vizinho. Ou será que o Boca não leva fé no futebol do garoto de 21 anos? Caso a transferência se concretize, o Inter fará um negócio de alto risco.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

4-4-2


O mercado editorial brasileiro sempre foi deficiente em termos de publicações relacionadas ao esporte. Por muitos anos, a Placar lutou para se manter viva. Em determinados momentos, alguns aventureiros tentaram criar publicações que por mais qualidade que tivessem não se firmavam por falta de dinheiro. Apesar de toda a idolatria aos atletas, os publicitários nunca viram em revistas voltadas ao esporte como um bom investimento.

Um exemplo claro disso são os periódicos sobre carros, que existem em considerável número. Porém, as publicações sobre automobilismo não conseguem ter visibilidade, muito menos quantidade. Em 2006, foi lançada aqui no Brasil uma versão nacional da F1 Racing, principal revista de Fórmula-1 no mundo. Nem ela sobreviveu por aqui.

Recentemente, a Trivela parece ter conseguido vingar no mercado através de uma abordagem mais profunda dos assuntos e destacando principalmente o futebol internacional.

Agora, chegou a vez da Four Four Two (FFT) se arriscar no “país do futebol”. A publicação é uma das mais respeitadas da Europa. Sua sede fica na Inglaterra. Ela chega a sua segunda edição em terras brasileiras em dezembro. Se ela irá ter vida longa ou não é uma incógnita que só o tempo respondera, mas certamente ela causará polêmica. Como uma boa britânica, a FFT adora uma lista. O exemplar de dezembro conta com várias. As principais são os 13 melhores clubes brasileiros em 2008 e os 100 melhores jogadores da atualidade.

A lista dos 13 clubes da temporada no Brasil é a seguinte:
1. Corinthians
2. São Paulo
3. Cruzeiro
4. Sport
5. Inter
6. Palmeiras
7. Fluminense
8. Flamengo
9. Grêmio
10. Coritiba
11. Avaí
12. Botafogo
13. Atlético-GO

A lista não traz novidades, contemplando os principais campeões do ano. Agora, apesar da conquista da Série B, encheram demais a bola do Corinthians, que fez a sua obrigação.

Os dez melhores do anos segundo a FFT são os seguintes:1. Cristiano Ronaldo2. Messi
3. Fernando Torres
4. Cassillas
5. Kaká
6. Davi Villa
7. Zlatan Ibrahimovic
8. Kun Agüero
9. Rio Ferdinand
10. Steven Gerrard

Ibrahimovic mais uma vez aparece numa colocação abaixo do seu potencial. A grande aberração desse top 10 é Ferdinand. O defensor do Manchester United não é nem o melhor zagueiro inglês. De resto, com algumas variações na posição, a lista está bem composta.

Que a Four Four Two tenha vida longa no Brasil!
E você, concorda com as listas?

Dois milímetros de discórdia

Ninguém se preocupa com todos os detalhes como Fabio Capello. É o famoso chato. Nenhum brasileiro chegara perto de suas exigências. O técnico atualmente comanda a Seleção Inglesa e não deixa passar nada. ABSOLUTAMENTE NADA! Nenhum detalhe escapa de seu olhar detalhista e minucioso.

No momento, o treinador está em guerra com o jardineiro do Estádio de Wembley. Capello não está de acordo com a altura da grama. Segundo a imprensa inglesa, o italiano mediu com sua própria régua e constatou que o gramado estava mais alto do que ele deseja. Ele quer que a grama tenha 17 milímetros de altura, enquanto o jardineiro faz o corte 2 milímetros mais alto.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O lance é mostrar a cueca

O futebol italiano parece estar tornando-se pródigo em lances inusitados. Primeiro foi uma tática implantada pelo técnico Walter Zenga. A estratégia é na cobrança de falta baixar o calção para tirar o calção. Contra o Torino funcionou. Confira:



Nesse fim de semana foi a vez de Vucinic, da Roma, mostrar a cueca. Dessa vez o motivo foi uma comemoração. O atacante marcou o gol da vitória do time da Capital aos 45 minutos do segundo tempo sobre o Cagliari por 3 a 2.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Bolão

Depois de 38 rodadas o Brasileirão chegou ao final!
Isso significa que o Bolão do blog também terminou.
O grande vencedor é....

AGNELO. O rapaz consguiu acertar quatro posições exatas na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

Depois em segundo aparecem Valter (no caso eu), Márcio Meneghini e João, todos com dois pontos.

Os lanternas com apenas um acerto Gustavo Côrrea, Paulo Rogério, Lucas Uebe e Mateus.

Obrigado aos participantes e como prometido, aí vai o prêmio: PARABÉNSA GNELO!

Tentaremos

O blog não morreu! Assim eu espero!
Tentarei voltar a atualizar este espaço que estava jogados às moscas.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Frangueiros

Após um ótimo desempenho no PSV, o goleiro Gomes foi contratado para fechar o gol do Tottenham. Até agora, ele não disse a que veio. Após sua saída como ídolo da holanda, ele não tem o que comemorar na Inglaterra. Seu clube ocupa a lanterna da Premier League e o ele tem falhado com constância.

O fraco desempenho do brasileiro fez os ingleses relembrarem os piores arqueiros que já atuaram na terra da rainha. Os jornalistas do “The Times”, que adoram uma lista, elaboraram uma eleição para descobrirem de quem seria a coroa de “pior goleiro”. Com menos de seis meses na Inglaterra, o ex-arqueiro do Cruzeiro já aparece entre os dez primeiros.Confira a lista:

1 - Massimo Taibi
2 - Ricardo
3 - Gary Sprake
4 - Allen McKnight
5 - Roy Carroll
6 - Bobby Mimms
7 - Huerelho Gomes
8 - Peter Enckelman
9 - Dan Lewis
10 - Paul Jones

O primeiro lugar do italiano Taibi é bem compreensível. Ele foi contratado pelo Manchester United para substituir Peter Schmeichel, que por quase uma década manteve-se intacto na meta dos Diabos Vermelhos. A vida de Taibi ao lado de Sir Alex Ferguson durou muito pouco, as falhas foram grandes e sua "deportação" para a Itália foi questão de tempo. Um exemplo do que ele fez está aí abaixo.


domingo, 2 de novembro de 2008

O foco foi errado

O Grêmio se preocupou demais com o Inter e esqueceu de si próprio. O Tricolor esqueceu-se que para ser campeão dependia só de si. Não depende mais. O empate por 1 a 1 com o Figueirense tirou essa possibilidade. Agora, o clube é o terceiro colocado três pontos distante do líder São Paulo.

As energias gremistas já se exauriram. O time não acha mais soluções para a vitória dentro de campo. O limite já foi atingido. O limite foi bem além do esperado. O elenco não é qualificado o suficiente para ganhar um Campeonato Brasileiro. Alguns posições se dá um jeito, mas na hora de decidir é que as carências aparecem.

A equipe de Celso Roth possui duas. Falta um craque no time. Alguém que na hora da dificuldade resolva. Um jogador que chame a responsabilidade para si. Tcheco e Souza são bons, mas não estão neste nível. Douglas Costa terá qualidade para ser esse cara, porém com menos de uma dezena de jogos como profissional não se pode cobrar que ele seja a solução. A outra é a ausência de um “fazedor de gols”, de um centroavante confiável. Quando a situação aperta ninguém coloca a bola na rede com o jogo rolando.

Roth tirou o que podia com o que tinha nas mãos. Lógico que como todo o treinador ele erra, mas ele já fez mais que o esperado. O título ficou difícil. A Libertadores ainda é possível.

Deu Hamilton, na última curva

Um campeonato da Fórmula 1 nunca havia sido definido na última curva. Inacreditável, incrível, de tirar o fôlego, etc. Independente da expressão, o que se viu na tarde deste domingo em Interlagos foi único. Foi para entrar para a história. A maior decisão de todos os tempos deste esporte.

Felipe Massa sentiu por somente alguns segundos o gosto de ser campeão do mundo, mas Hamilton conseguiu uma reviravolta fantástica e ficou com a taça. Glock, com pneus para pista seca num traçado molhado, foi ultrapassado antes da reta dos boxes pelo inglês que garantiu a posição necessária para o título. A família do brasileiro, inclusive, já comemorava. Como diz o ditado “só acaba quando termina”, poucas vezes ele foi tão real.

Hamilton fez a Grã-Bretanha sair de uma fila de 12 anos sem título na categoria, a última vez havia sido com o insosso Damon Hill em 1996. A do Brasil já dura 17. O inglês fez por merecer o campeonato, suas duas temporadas na F-1, apesar dos erros, são de um desempenho fantástico. Sua impressionante velocidade fez todos esquecerem logo do clichê de ser o primeiro negro da história do Fórmula 1. Agora, ele também é o piloto mais jovem a ser campeão, ele tirou a marca do desafeto Fernando Alonso.

Caso o resultado tivesse sido favorável a Massa, a taça também ficaria em boas mãos. Foi por pouco. No detalhe. O brasileiro saí de 2008 como um piloto melhor do que o que começou o ano. Fica a impressão de que ele ainda será campeão algum dia e pelo fim de temporada que teve, começa o próximo ano como favorito.

Olhando para frente, em 2009 a competição deve ser ainda mais acirrada. Alonso vai chegar para a briga. Talvez a BMW também apareça e tem o Vettel, que piloto! Para ficar bom mesmo, falta Kimi Raikkonen acordar e a McLaren contratar um segundo piloto.


Hamilton estaciona em ranking

Logo após Hamilton deixar escapar o campeonato da temporada passada, o jornal “The Times” criou um ranking para os maiores perdedores da história do esporte inglês. A lista foi feita analisando cinco fatores: a proximidade da glória, número chances de ser campeão, a expectativa do país, a força do esporte e a habilidade de retornar do fracasso.

As lambanças em 2007 deixaram Hamilton na 14ª posição logo na sua estréia no esporte. Com a vitória deste domingo, ele abandona a lista e o tenista Tim Henman seguirá no topo, seguido pelo piloto de Fórmula 1 Stirling Moss.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dezenove motivos para o Corinthians pensar em ser campeão

O Corinthians volta a disputar a Primeira Divisão no próximo ano. Com o peso da camisa e alguns contratações é possível pensar em título, ainda mais no Brasil, onde os elencos são reformulados a cada semestre.

O fato de ser campeão logo no ano de retorno não é tão raro quanto aparenta. Na Europa o fato já ocorreu por 19 vezes. A última vez foi em 1998 com o Kaiserslautern, que tinha no comando OttoRehhagel, que em 2004 conquistou a Eurocopa com a Grécia.

O caso mais marcante ocorreu na Inglaterra com o Nottingham Forrest que foi sem escalas da segundona inglesa, passando pelo título nacional até a conquista da Copa dos Campeões. no fim da década de 70.

Confira os outros 17 exemplos em que o Timão pode se espelhar.

Inglaterra
Liverpool em 1906;
Everton em 1932;
Tottenham em 1951;Iswich Town em 1962;

França
Bordeaux em 1950;
Saint Etuenne em 1964;
Monaco em 1978;

Holanda
Ajax em 1918;
SVV em 1949
D.W.S. em 1964.

Bulgária
Lokomotiv Sofia em 1940;
Litex Lovech em 198;

Polônia
Cracóvia em 1937
Ruch Chorzow em 1989;
Ex-Iugoslávia
Oblic em 1998;

Suécia
Elfsborg em 1961;
Osters Vaxjo em 1968;

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O primeiro título de Senna


Hoje faz 20 anos do primeiro título de Ayrton Senna na Fórmula 1. Para levar a taça o brasileiro correu com o regulamento embaixo do braço. Foram 16 corridas naquela temporada, porém, apenas os 11 resultados mais positivos dos pilotos eram computados na classificação de pilotos. Foi a salvação de Senna.

Somando os pontos de todas as provas, Prost, companheiro de Senna na McLaren, computou 105 pontos contra 94 de Senna. Porém, as regras não eram essas e no fim das contas o brasileiro bateu o francês por 90 a 87.

Foi o primeiro dos três títulos de um dos maiores pilotos de todos os tempos. O sexto dos oito conquistados por brasileiros. Desde Senna a fila parou. Será que Massa fará ela andar no domingo?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A experiência está fora de moda

A tendência do momento das seleções de futebol é contratar técnicos sem experiência, mas que foram grandes jogadores. Foi assim com Klinsmann na Alemanha, Zico no Japão, Van Basten na Holanda, Donadoni na Itália e Dunga no Brasil. Agora, chegou a vez de Maradona na Argentina.

Um dos motivos é a mão fechada dos dirigentes de federação. Um técnico de ponta ganha salários nababescos nos clubes e a preferência é por gastar menos com um ex-ídolo. Assim quando o cartola anunciar o pouco rodado treinador pode justificar a contratação afirmando “que ninguém sabe tão bem o que é representar o seu país como nosso novo técnico” e blá-blá-blá.

Dos exemplos citados, Alemanha, Japão e Holanda não podem reclamar das escolhas. Klinsmann não ganhou a Copa em seu país, mas depois dos alemães terem torcido o nariz para ele, aplaudiram a conquista do terceiro lugar. Zico fez a sua obrigação e levou o Japão à Copa, não poderia fazer mais do que isso. Van Bastaen seguiu a escola holandesa. Montou um time que jogava bonito e encantava, mas não ganhava nada.

O Brasil fica em cima do muro, Dunga não faz bom trabalho, mas já colocou taça no armário. Os italianos só têm a reclamar.

Quem será a próxima seleção a seguir o modismo?

Maradona, o escolhido

Com a bola nos pés Maradona foi gênio. Porém, a habilidade demonstrada nos gramados nunca foi a mesma fora deles. Os magníficos dribles não passavam pela marcação da vida, onde teve problemas em todas as áreas. É essa mistura de Deus do futebol com uma pessoa beirando a mediocridade que terá a incumbência de levar à Argentina para África do Sul em 2010.

Os hermanos contratam mais que um técnico, contratam um showman. Em termos de marketing a escolha não poderia ser mais apropriada. Maradona é o homem mais amado do país, apesar dos seus trilhões de defeitos. Além disso, os holofotes estarão sempre em quem estará comandando o time e não nos jogadores. Nada melhor do que isso para uma equipe em crise. Agora, profissionalmente falando, assume o comando da seleção um grande ponto de interrogação. Sua escolha não é baseada na lógica e sim na paixão dos argentinos pelo futebol. Pelo futebol de Maradona. Principalmente se pensarmos que o multicampeão Bianchi era um dos outros três postulantes ao cargo e a escolha mais sensata.

O desempenho de Don Diego como técnico é pífio. É uma piada de mau gosto. Tanto é que pouca gente lembra. Logo após encerrar sua conturbada carreira, Maradona comandou dois clubes o Mandiyú e o Racing. A experiência durou pouco tempo e trouxe ao maior jogador de todos os tempos da Argentina pouca experiência na função e muitas derrotas no currículo. Após a aventura, foram contabilizadas três vitórias, 12 empates e oito derrotas. Com mais de dez empates em 23 partidas, nota-se que seus times não são dos mais equilibrados.

Maradona estaria para a Argentina como Dunga está para o Brasil? A única coincidência está na pouca prática que os dois possuem como treinadores. De resto, fica apenas a proximidade geográfica entre os dois países.

Maradona sempre foi amado por “seu” povo. Dunga era odiado. Superou as críticas e foi o capitão do tetra, mas quatro anos depois voltou a receber uma avalanche de críticas no Mundial da França após discussão com Bebeto. O argentino foi único para o futebol de sua nação. O brasileiro foi parte significativa de uma conquista importante, mas sua representatividade não é a mesma de Maradona.

Como homens, eles são bem diferentes. Dunga sempre demonstrou ser um cidadão, alguém com princípios. Uma pessoa que colocaria a sua cara séria nos jogadores passariam a vestir a “amarelinha”, acabando com o oba-obismo que reinava. Será que os argentinos querem que Maradona dê a sua cara ao seu time?

Maradona completa nesta quinta-feira 48 anos. Como presente por sua história no futebol ganhou um cargo. Este cargo pode fazer o gênio virar burro. É sempre um risco. Para quem um dia já foi craque.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fala, Moruinho!

Além de ser bom como técnico, José Mourinho dá show em suas entrevistas. Avesso às respostas enlatadas e prontas, o português dispara por todos os lados – muitas vezes exagera na dose. Faz parte.

Desde sua chega à Inter de Milão, o treinador já brigou com dirigentes, imprensa (lógico), outros treinadores e seus próprios jogadores. Cada coletiva concedida pelo “Special One” rende boas frases. Por isso, o blog estreará a seção “Fala, Mourinho” com as pérolas proferidas pelo Tuga quando os microfones se abrem.

Para enfrentar a Fiorentina nesta quarta-feira, Mourinho deixará de fora Julio Cruz e Adriano. No último jogo, quando seu time ficou no 0 a 0 com o Genoa e quebrou uma seqüência de 60 jogos consecutivos que os neroazzurri marcavam gol em casa. O treinador disse que alguns jogadores não tinham cumprido suas ordens e ficariam em casa no próximo confronto. O recado para o brasileiro e o argentino nesta terça-feira foi o seguinte: “Sempre defenderei quem erra, mas nunca quem não joga pelo time”.

Após o jogo contra a Viola, provavelmente teremos mais uma edição do “Fala Mourinho”.

Juventus quer se "abrasileirar"

Numa época em que os jogadores brasileiros são contratados por clubes europeus em quantidades absurdas, a Juventus pouco se rendeu aos encantos dos futebol tupiniquim. De 1977 até o novo milênio somente o zagueiro Júlio César vestiu a camisa “bianconera”.

Nos últimos anos, Inter de Milão, Milan e Roma rechearam seus elencos com brazucas. A Juve teve Athirson, que não vingou, Émerson, que ficou duas temporadas e assim que o clube foi rebaixado zarpou para Madrid, e Gladstone, que disputou espantosos 45 minutos pela “Vecchia Signora” – o espanto é saber como o contrataram e o colocaram para jogar, Fabio Capello também erra. Agora, nesta temporada veio Amauri, principal jogador do time até o momento.

Porém, parece que a diretoria quer mudar a sina das últimas décadas. Na lista de compras para o inverno italiano aparecem inúmeros brasileiros. Entre eles o colorado Alex, o gremista Douglas Costa e Carlos Eduardo, aquele mesmo do Grêmio de Mano Menezes, que está no Hoffenheim da Alemanha. Porém, o mais próximo de desembarcar na fria Turim em janeiro é Diego, ex-Santos. Ele é sonho antigo e segundo a imprensa italiana já está tudo acertado no triângulo Juventus-Werder Bremen-Diego.

Ao todo, 16 brasileiros já vestiram a “maglia” juventina. A Suíça, com 20, é o país, fora a Itália, lógico, com o maior número de jogadores que atuaram pela Juventus. Depois aparecem a Argentina com 18 e a França com 16. No total 155 estrangeiros já atuaram pelo clube.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um estranho em casa

Em sua maioria, os jogadores que defendem a Seleção Brasileira, com “S” e “B” maiúsculos pela sua história, atuam na Europa. Fora as partidas das Eliminatórias, os amistosos realizados ocorrem fora do país - afinal a cota pedida pela CBF é altíssima para a colocar a grife da Seleção em campo. Resumindo, quando os convocados de Dunga atuam em terras tupiniquins é como se estivessem atuando fora de casa. Por tanto, o 0 a 0 com a Colômbia nesta quarta-feira foi um resultado a ser comemorado. Pois, já dizia o velho lobo, Zagalo, o empate fora de casa é um bom resultado.

Brincadeiras a parte, a cada jogo que passa fica evidente o desconforto dos jogadores brasileiros em jogarem aqui. Não por não gostarem do Brasil, que fique claro. O desconforto é no sentido de não se sentirem a vontade de entrarem em campo com a torcida pronta para vaiá-los. Resolver o problema é simples, basta jogar bola.

A seleção, este time de Dunga merece ser chamada de seleção com “s” minúsculo, não tem nada em termos ofensivos. Os laterais não apóiam. Os volantes não saem para o jogo e erram passes em quantidades cavalares. Os atacantes e os meias não acham os espaços para receberem a bola. O time não se movimenta, parece plantado como se fossem bonecos de Fla-Flu, que ficando indo de um lado para o outro, apenas. Não há nem um desespero em busca da vitória, o empate é aceito dentro das quatro linhas e a atitude comprovada nos microfone com o conformismo da maioria dos jogadores.

Dunga também não se ajuda, não arrisca na escalação. Segue utilizando uma fórmula que não marca um gol em “casa” há três jogos.

A classificação para o Mundial virá sem problemas. A sorte que a Copa no Brasil será só em 2014 e a próxima é na A´frica do Sul, por tanto, o Brasil entra como favorito.

Dopietta

Doppietta é o termo utilizado em italiano para dizer que um jogador marcou dois gol em uma partida. E é isso que marca a Itália nas Eliminatórias para a Copa de 2010. A Azzurra, como sempre, não apresenta um futebol bonito, mas faz uma campanha que deverá lhe dar a vaga para o Mundial da África do Sul sem problemas.

Até aqui a seleção de Marcello Lippi disputou quatro partidas com três vitórias e um empate. Os triunfos foram em cima do Chipre por 2 a 1, dois gols de Di Natale, 2 a 0 sobre a Geórgia, duas buchas de De Rossi, e nesta quarta bateu Montenegro por 2 a 1, com Aquilani indo as redes duas vezes.

Os atacantes não vão muito bem na Azzurra, até Di Natale, que marcou dois gols na estréia, fez três atuações fracas na seqüência. Defendendo a seleção Gilardino e Toni não vivem boa fase. Lippi tentou Pepe, da Udinese, mas ainda não deu liga. A esperança é o jovem Rossi do Villarreal.A próxima partida é novamente contra Montenegro. Quem marcará a dopietta?

Abaixo os gols de De Rossi sobre a Geórgia.

Exagerado

O STJD deu uma de Cazuza e foi exagerado ao punir os jogadores Léo, Réver e Morales, do Grêmio. Os gremistas foram suspensos por 120 dias, três jogos e oito partidas, respectivamente, por lances ocorridos na partida diante do Botafogo.

Do tríplice julgamento, o único que preocupava a diretoria tricolor era o do zagueiro Léo. Ledo engano dos dirigentes. Todos os jogadores receberam penalizações rígidas demais. Os auditores do tribunal fugiram dos padrões das punições aplicadas anteriormente. O Grêmio recorrerá e as penas certamente serão reduzidas. É o mínimo que pode acontecer.

Na segunda-feira, Tcheco pegou gancho de dois jogos por sua expulsão no Gre-Nal. O meia recebeu cartão vermelho junto com o colorado Edinho. O jogador do Inter foi absolvido.

Difícil, desta vez, acreditar em coincidência. O mesmo STJD puniu o atacante Alex Alves, do Juventude, e absolveu Dodô, do Fluminense, em casos similares de doping. Até a Fifa achou estranha a decisão e ela mesma julgou o jogador tricolor punindo-o. Há ainda o caso do Inter em 2005, mas esse é muito mais complexo.

Muito se criticou o procurador-geral da entidade, Paulo Schmitt. Porém, o problema, nesse caso, não é ele. O cerne da questão é que quem julga não está tendo critério. Para lances parecidos, penas distintas – Léo pega 120 dias, Diego Souza é absolvido. Schmitt fez seu trabalho, que é denunciar o que ocorre de errado nos jogos do Brasileirão. As punições não são sentenciadas por ele. Porém, será que ele apresentou ao tribunal todos os empurra-empurra que ocorreram no Brasileirão, como o que deixará Réver de fora dos jogos contra Portuguesa, Sport e Cruzeiro.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ainda é tempo

O dia está acabando, mas ainda é tempo de relembrar o dia 15 de outubro de 1983. Há 25 anos, Nelson Piquet Sotto Maior conquistava o seu bicampeonato na Fórmula 1. O primeiro título veio em 1981. O tri em 1987.

O bi veio na última corrida da temporada, na África do Sul. Chegaram na briga pelo mundial de pilotos Piquet, Arnoux e Prost. Na 35ª volta, Prost abandonou a prova e o brasileiro passou a administrar a corrida, pois o quarto lugar lhe bastava. Piquet terminou em quarto e atingiu a consagração.

Os melhores momentos da prova estão no vídeo abaixo.


Dia 30 deste mês comemora-se 20 anos do primeiro título de Senna.

sábado, 11 de outubro de 2008

Mudar de postura

Felipe Massa terá que mudar sua atitude em relação as últimas provas em que não esteve na frente. Preferiu correr com a cabeça para chegar ao fim das corridas e marcar pontos. Diminuiu seu ímpeto, que lhe custou muitos erros nas nessa e na temproada passada. Mas não dá mais para ser assim.

O brasileiro está a sete pontos do líder do Mundial de piloto da Fórmula 1, Lewis Hamilton. Não bastasse a incomoda diferença, o inglês largará na pole no GP do Japão, que ocorre na próxima madrugada. Massa não conseguiu ir além da quinta colocação.

Largar bem será essencial, mas talvez não baste. Será preciso torcer para a chuva cair na hora certa e um safety car aparecer atrapalhando o piloto da McLaren. Ficar só no braço de Massa, talvez, não seja suficiente.

A situação de Rubens Barrichello preocupa. É provável que ele fique a pé em 2009. Casso isso ocorra, ele entrará em profunda depressão, pois antes de ocorrer o fato ele já está chorando as pitangas.

Barrichello já brigou por vitórias, está tendo um fim de carreira lamentável. Paga mico atrás de mico. O brasileiro não está sabendo a hora de parar. Parece gostar de ser ridicularizado. Rubinho nunca foi espetacular, mas o piloto Barrichello não merecia terminar a carreira no fundo do Grid. Já a pessoa Rubens...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Clemer e o banco

Clemer completa 40 anos no próximo dia 20. Como presente de aniversário antecipado, o técnico Tite deu a ele um lugar no banco de reservas. A decisão é polêmica, não pelas defesas que o experiente goleiro está deixando de fazer, que são muitas, mas pela circunstância.

O problema é que Clemer está no fim de carreira, talvez ela acabe no fim do ano. As seis temporadas no Beira-Rio foram marcadas por grandes defesas e inúmeras falhas. Em 2008, ele foi inconstante quando teve oportunidade. Os erros ocorreram a granel. Porém, só agora a troca no gol colorado foi efetivada.

Restam ao Inter dez jogos pelo Brasileirão e no máximo mais seis pela Sul-Americana. Como o clube não tem mais pretensões no campeonato nacional, não há problemas em deixar Clemer atuar. Lauro, o novo titular, ainda não está inscrito no torneio continental e o goleiro campeão do mundo voltará a defender a meta vermelha.

Independente do conceito que se possa ter sobre Clemer, é inegável sua importância na história do Inter. Colocá-lo na reserva nesse momento é falta de consideração com ele. Um problema recorrente cometido pela diretoria colorada que não tem tratado muito bem de seus ídolos nos últimos anos.

Quarentões

Clemer entra no grupo dos goleiros que chegara aos 40 ainda em atividade. O caso mais notório é o do italiano Dino Zoff, que com quatro dezenas de anos de vida foi campeão Mundial em 1982 na Espanha. Ele pendurou as luvas aos 41 anos.

Outro que vem da Bota é Pagliuca, que disputou duas Copas como titular. Ele deixou o futebol há duas temporadas, aos 41 anos, defendendo o Ascoli. Ano passado esteve cotado para ser contratado emergencialmente pela Juventus, mas a idéia não vingou.

O quase intransponível Schmeichel atuou em grande nível até os 40. Largou o futebol defendendo o Manchester City em 2003. Da Terra da Rainha, três goleiros do English Team demoraram a largar o osso. O trapalhão Seaman jogou até os 41, mesma idade com que Banks parou. Porém, ninguém foi tão longe quanto a lenda Shilton. Após três Copas do Mundo e 125 jogos pela seleção inglesa, ele continuou sua carreira. Só sossegou após ter alcançado a marca de 1005 jogos oficiais aos 47 anos.

No Brasil, o caso mais conhecido é o de Manga que atuou até os 42.

Alguém lembra de mais algum exemplo?

De volta ao topo

Celso Roth correu riscos demasiados. Ignorando os mandamentos do futebol, resolveu mudar meio time para enfrentar o Botafogo. Deu certo. Com moral, a escalação foi repetida. Deu certo, de novo e o Tricolor bateu o Santos por 2 a 0. Mais do que a vitória, o importante foi reassumir a liderança do Brasileirão.

A turbulência passou. Setembro foi embora sem vitória. Outubro está sem derrotas. Porém, Roth começa a empilhar jovens no time. Até o momento todos demonstram qualidade, mas faltando nove rodadas conseguirão suportar a pressão até o fim?

A partida chave dessas nove decisões, ao que tudo indica, é diante do Palmeiras em São Paulo. O ideal é o Tricolor conseguir abrir uma vantagem para o Verdão em que no confronto direto, porque se o Grêmio estiver ao alcance do time de Luxemburgo, o Paque Antártica será um campo de guerra e Luxa não tem medo de jogar sujo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Brasileirão 2008 tem sete rebaixados

Sem levar em consideração critérios técnicos, o Brasileirão 2008 está sendo um excepcional campeonato. Faltando dez rodadas para o fim da competição, são cinco os clubes com chances reais de serem campeões - o que deixa os favoráveis ao formulismo tendo tremeliques constantes.

Porém, a situação mascara um fato desanimador. Tem muita gente ruim nesse campeonato. Na média, os times pioraram. Pioraram muito! O último clube fora da zona do rebaixamento em 2007 foi o Goiás. O Esmeraldino safou-se do descenso com 39,4% de aproveitamento. Pode-se dizer que nesse Brasileirão teríamos sete rebaixados. SETE!! São sete clubes com um índice menor do que esse. Isso que o Santos, 13º lugar, tem os mesmos 39% de aproveitamento que os goianos obtiveram.

Fazendo o comparativo inverso, dos quatro que caíram ano passado (América-RN, Paraná, Juventude e Corinthians), apenas o pífio Mecão desceria para a Segundona de 2009. O Paraná, antepenúltimo colocado, terminou o certame beirando um desempenho de 36%.

O campeonato por pontos corridos ainda é incipiente e engatinha no Brasil, enquanto na Europa ele já está consolidado. Mas já se pode notar um distanciamento nas pontas da tabela por aqui. Os clubes, em sua maioria, ainda não estão 100% adaptados a este sistema, o que provoca algumas distorções. A projeção deste blogueiro é que daqui a alguns anos, os Brasileirões se tornem polarizados com duas equipes disputando o título. Talvez as concorrentes mudem de uma temporada para outra, mas a tendência é essa.

Aguardem e me cobrem.

Te cuida Brasil

Na época do cursinho pré-vestibular, os professores, com suas fórmulas prontas, inclusive para a redação, orientavam seus alunos a não escreverem expressões do tipo “cada vez mais”, na hora de escrever a composição que seria avaliada. Mas hoje é inevitável não utilizar a expressão.

A FIA divulgou nesta terça-feira o calendário de 2009 da Fórmula 1 e CADA VEZ MAIS a categoria toma novos rumos. A temporada segue tendo 18 provas, porém com uma mudança significativa. Saí o GP do Canadá e entra o de Abu Dhabi. É a troca é de um circuito de rua por outro, só que o novo é recheado de petrodólares.

Até a metade da década de 90, no continente, apenas o Japão recebia corridas. Agora, além dos nipônicos, malaios, barenitas, cingapuriano, chineses e, ano que vem, os árabes recebem os monopostos mais cobiçados do mundo. Sem contar com a euro-asiática Turquia.

As ruas da cidade de Montreal, além de proporcionarem belas imagens, eram certeza de uma boa corrida, num dos melhores GPs do calendário. Ver os carros “lambendo” ou se “beijando” o muro dos campeões era ensacional. Era, pois ficará na memória, por enquanto. É preciso esperar para ver como será o traçado em Abu Dhabi, que não seja parecido com Valência ou Cingapura que estrearam este ano.

É bom o Brasil se cuidar, pois pode ser o próximo a ter de deixar a Fórmula 1. O país do samba e do futebol tornou-se muito contra-mão. A partir de 2009 será o único evento da categoria do lado de cá do Atlântico. A Rússia, entre outros, há alguns anos planeja receber a F-1.

O calendário para o próximo ano:

Austrália - 29 de março

Malásia - 05 de abril

Bahrain - 19 de abril

Espanha - 10 de maio

Mônaco - 24 de maio

Turquia - 07 de junho

Inglaterra - 21 de junho

França - 28 de junho

Alemanha - 12 de julho

Hungria - 26 de julho

Europa (Valência) - 23 de agosto

Bélgica - 30 de agosto

Itália - 13 de setembro

Cingapura - 27 de setembro

Japão - 11 de outubro

China - 18 de outubro

Brasil - 01 de novembro

Abu Dhabi - 15 de novembro

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alex merece

Alex nunca escondeu seu sonho de atuar na Seleção Brasileira. Nunca apressou-se para que esse momento chegasse. Na tarde de 6 de outubro de 2008, até de maneira surpreendente, ele veio. Aos 26 anos, sua convocação por Dunga é um mérito para quem nunca desistiu. Desde que chegou ao Inter em 2004, o meia conviveu com inúmeras lesões. As primeiras foram graves torções. Depois, vieram os insistentes problemas musculares.

Os últimos jogos da Libertadores 2006, conquistada pelo Inter, Alex foi um guerreiro. Entrou em campo descontado. Correu na raça. As dores no púbis eram grandes. Após o título, novo período de inatividade para tratamento. No fim daquele ano, no Mundial, nova superação. Dessa vez, o jogador estava se recuperando de torção do tornozelo, mesmo assim enfrentou o Barça por 45 minutos.

Nascido no Interior do Paraná e formado no Guarani de Campinas, Alex é uma figura rara no futebol brasileiro. É esclarecido, uma excelente conversa. Certeza de boas entrevistas. Mas sem nunca esquecer suas origens caipiras. Não dispensa uma música sertaneja. Mesmo nos momentos mais difíceis nunca se exaltou. Nas derrotas nunca negou uma palavra para explicar o resultado adverso.

Após ter visto naufragar seu sonho de chegar à Seleção através da lateral-esquerda e sofrer fortes críticas por fracassar na posição e insistir que poderia representar o Brasil, calou-se e voltou ao meio-campo. Retornou ao trabalho, ganhou nova função, atuando mais solto e próximo ao centroavante. Seu futebol aflorou e ele vive sua melhor fase na carreira.

Um de seus sonhos Alex vai realizar, o de vestir a amarelinha. Falta, agora, sentar num carro de Fórmula-1, uma de suas paixões. Mas, certamente, ele não tem pressa para isso.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tragédias cariocas

O Fluminense contratou Renê Simões para salvar o clube do rebaixamento no Brasileirão. O treinador levou a Seleção da Jamaica à Copa do Mundo de 1998. Conquistou a prata com o futebol feminino em 2004. Depois, teve passagem apagada pelo Vitória e no ano passado, conseguiu recuperar o Coritiba na Série B e fez o Coxa Branca voltar à elite do futebol nacional.

De cara, seu nome não seria o mais indicado para tirar o Flu dessa situação. Mas uma análise mais profunda pode-se notar que essa não é mais uma contratação folclórica, típica do futebol carioca. Simões é um positivista, completamente o oposto do demitido e depressivo Cuca. Seu trabalho é voltado para fortalecer a parte mental dos jogadores. No Coritiba, ele espalhava frases de incentivo aos atletas por todo o Estádio Couto Pereira, lá deu certo.

A derrota na Libertadores abalou demais o elenco do Tricolor das Laranjeiras que ainda está no período de fossa. Apesar de algumas saídas de jogadores, ainda há qualidade, apesar da contratação de Edcarlos. Por isso, René Simões é uma boa escolha. Mas por seu estilo, caso o Fluminense caía, certamente ele virará parte do folclore do futebol carioca. É um risco a ser corrido, pior do que está não fica.

Seria a terceira queda do clube para a Série B. Numa delas houve virada de mesa e Fluminense seguiu na Primeira Divisão. Depois, caiu para a Segundona e na seqüência conheceu a Terceirona. Após vencer a Série B, tirou proveito da Copa João Havelange e subiu sem escalas para a Série A. Com o forte patrocinador que possui, caso seja rebaixado, voltará rapidamente, assim como faz o Corinthians esse ano.

O Vasco vive situação pior. O elenco é menos qualificado e o novo presidente, Roberto Dinamite, pegou a bomba, ou a dinamite para não perder o trocadilho, prestes a estourar. Ele vai rebaixar o clube sem ter culpa. A situação é causada pelo câncer Eurico Miranda, que nesse momento deve estar fumando seus charutos cubanos confortavelmente em casa.

A maior tristeza se o cruzmaltino cair, será ver dois craques e símbolos do clube participarem dessa tragédia. Dinamite e Edmundo, em seu ano de aposentadoria, fizeram demais pelo Vasco para participarem do vexame. Agora, quem merece é Leandro Amaral, que não quis cumprir contrato com o Vasco e se debandou para o Fluminense, mas justiça o mandou voltar. Quis dar de esperto e se deu mal. Caso seja rebaixado, o Vasco do jeito que está, sem dinheiro e sem time, dificilmente retorna em um ano para a elite.

Prejuízo

O Inter empatou por 0 a 0 com a Universidad Católica e ganhou vaga nas quartas-de-final da Copa Sul-americana. Durante o jogo perdeu Guiñazu. Ganhou a classificação, perdeu um jogador incansável. Os dividendos tornaram-se maiores do que os lucros.

Guiña é um jogador raro. É um Tinga pelo lado esquerdo. Dedica-se o tempo todo, não para nunca. Seu único defeito é não saber fazer gols, assim como Tinga que era um péssimo finalizador. Logo após entrar na partida, 30 segundos depois. para ser mais preciso, o argentino caiu no chão de mau jeito. A conseqüência foi uma luxação no cotovelo esquerdo e três semanas de molho.

Com a guinada da equipe no Campeonato Brasileiro, conquistar uma vaga na Libertadores tornou-se prioridade, tanto é que a partida de quarta-feira foi disputada com os reservas. Sendo assim, o clube segue na Sul-Americana, mas perde peça fundamental para terminar o Brasileirão no G-4.

Apesar da situação ter melhorado, com o Colorado, agora, a quatro pontos do quarto colocado, a situação não é tão fácil quanto parece. É muita gente na briga pela vaga e dificilmente todos os resultado serão benéficos numa mesa rodada. O trunfo vermelho está em ter confrontos diretos, o problema é que a maioria é fora de casa. As possibilidades de uma classificação ainda são pequenas.

O time de Tite está em evolução, mas ainda não se tornou confiável. Faltou planejamento e sobrou olho grande aos dirigentes colorados. O técnico se tornou refém das atitudes tomadas no fim de 2007.

Pode se dizer o contrário, mas a Copa Dubai prejudicou o preparo físico da equipe. Valeu a pena conquistar um título com valor meramente simbólico e perder desempenho no meio do ano? Com o elenco que possui, um título nacional em 2008 era obrigação. Sem contar que pela segunda temporada seguida, o elenco foi modificado sensivelmente com o Brasileirão em disputa. O Inter paga pelos próprios erros.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Vermelho

No futebol o fim de semana foi vermelho. Os clássicos que ocorreram no sábado e domingo tiveram como vencedores os clubes que possuem uniformes da cor do sangue sobre os de azul.

Brasil

No Grenal, o Inter triturou o Grêmio no Beira-Rio e de quebra tirou a liderança do rival no Campeonato Brasileiro. Enquanto o colorado não perdeu nenhuma partida em setembro, o Tricolor passou o mês de mal com a vitória.

Tite achou a formação ideal para sua equipe, mesmo que a torcida não goste de Edinho. O time começa a ter um toque de bola envolvente. Potencialmente é a melhor equipe do Brasil, na prática ainda não. O clube acordou tarde para o campeonato e trocar o pneu com o carro em movimento traz problemas desnecessários. O técnico colorado superou os problemas no vestiário e começa a cativar seus jogadores.

Roth começa a sentir os efeitos de um elenco limitado. O preparo físico gremista já foi alcançado pelos concorrentes. Quando o desenvolvimento atlético se iguala, é preciso jogar futebol para vencer. No grupo de jogadores não há quem possa decidir uma partida sozinho.

Até mesmo a vaga na Libertadores está ameaçada. Porém, seu trabalho não pode ser criticado com a veemência que vem sendo feita. Antes de enfrentar o São Paulo na primeira rodada, o medo era de rebaixamento. Um turno e algumas rodadas depois, o Grêmio possui a mesma pontuação do líder. Um desempenho que supera as expectativas. Lógico que o treinador comete erros, isso é inerente a profissão. Mas no geral, seu desempenho surpreende positivamente.


Itália

No Derby della Madonnina deu Milan. Os rossoneri bateram a Inter por 1 a 0, gol de Ronaldinho. O gaúcho está longe de ser o aquele Ronaldinho, mas ao menos já demonstra mais disposição para correr atrás da redonda. Pato volta a viver bom momento e afasta as possibilidades de ser emprestado para a Udinese.

Ancelloti surpreendeu ao colocar Seedorf na função de Pirlo. Com a qualidade de passe e dois pegadores (Ambrosini e Gattuso) ao seu lado conseguiu deixar o setor equilibrado.

A Inter possui o melhor elenco do calcio, mas se tornou o clube odiado por todos na Bota. A vinda de Mourinho aumenta a raiva. Sempre fugindo das obviedades em suas entrevistas, o estilo arrogante e prepotente do treinador leva a loucura os adversários.

Inglaterra

O clássico da terra dos Beatles deu o lógico e o Liverpool bateu o Everton por 2 a 0.

domingo, 28 de setembro de 2008

Acreditar sempre

Uma corrida especial merece um vencedor especial. Singapura sediou o primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1 que ocorreu à noite. Não bastasse esse ineditismo, a prova era a de número 800 da história da categoria. Um número redondo, bonito. A vitória ficou com Fernando Alonso, o melhor piloto da atualidade.

O espanhol está penando este ano com uma Renault que não lembra aquele carro fantástico que lhe deu dois títulos mundiais. Desde os primeiros treinos na Cidade-Estado ele vinha fazendo um desempenho fantástico, incomodando as Ferrari e McLaren e candidatando-se para largar na primeira fila. No sábado, um problema na alimentação da gasolina fez seu bólido parar no meio da pista. Mãos na cabeça e desespero ao sair do cockpit, essa foi sua reação. Naquele momento. Alonso viu sua chance de vitória secar.

Mas campeões são iluminados. A equipe resolveu fazer uma estratégia diferenciada, antecipando o primeiro pit stop. A esperança era contar com uma bandeira amarela com entrada do safety car logo após o reabastecimento. Foi exatamente o que ocorreu. Isso somado ao erro da Ferrari na parada de Massa, Alonso se viu na ponta e administrou a vantagem até o fim.

O bicampeão merecia vencer este ano. Ele tem sido um leão, tem corrido como um maluco tentando no braço tirar a desvantagem por ter um carro lento com um motor pouco potente. Seu arrojo o fez cometer alguns erros. Acontece. A vitória brinda um piloto que sempre quer mais, sempre procura a ultrapassagem. Se todos tivessem seu ímpeto, as corridas seriam melhores. Porém, a maioria dos pilotos prefere se esconder que a aerodinâmica dos carros deixa as ultrapassagens quase impossíveis.

Notas rápidas e furiosas

* No decorrer da temporada Massa cresceu muito como piloto. Após os erros nas primeiras provas, ele aprendeu seu limite. Não erra mais. Porém, a Ferrari diminuiu muito como equipe. O erro de liberar o piloto ainda com a mangueira do carro é inaceitável e pode jogar o título pelo ralo, no caso pela bomba de combustível.

* Existem objetos que a tecnologia não substitui. O “homem pirulito” é muito mais eficiente que o aparato eletrônico inventado pelos italianos.

* A regra de fechar a entrada no pit lane assim que o safty car entra na pista não funciona. É injusta fazer com que as equipes tenham que contar com a sorte para abastecer e trocar pneus.

* Fantástica a corrida noturna. Lógico que ainda são necessários ajustes, mas é um belo espetáculo.

* Piquet voltou a errar. O brasileiro cometeu erros demais durante o ano. Teve poucos bons momentos. Está a perigo.

* Sete pilotos (Massa, Raikkonen, Hamilton, Kovalainen, Kubica, Vettel e Alonso) venceram este ano. Nos construtores, são cinco equipes diferentes colocando um piloto no ponto mais alto do pódio. Como na próxima temporada ocorreram mudanças significativas na aerodinâmica dos carros, a disputa pode ser mais acirrada ainda.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Erro em cima de erro

A FA (Federação Inglesa de Futebol) fez uma presepada de dar inveja ao pessoal da CBF. Vamos começar pelo fim.

No fim de semana, Watford e Reading enfrentaram-se pela Championship (Segunda Divisão inglesa). A partida terminou empata por 2 a 2, porém, olhe como foi marcado um dos gols do Reading.



Um erro que nem Armando Marques cometeria. A bola não passou nem perto do gol. O Watford, que já teve como dono o cantor Elton John, pediu o cancelamento do resultado e que um novo confronto fosse marcado. A FA negou o pedido. É uma decisão discutível, visto que o erro foi grande demais, porém poderia abrir procedentes para uma enxurrada de pedidos.

Porém, na rodada anterior da Premier Legue – a Primeira Divisão – o zagueiro do Chelsea, John Terry, foi expulso. Após reverem o lance pela TV, os dirigentes da FA resolveram ANULAR o cartão do defensor e com isso ele pode entrar em campo, normalmente, no domingo contra o Manchester United.

A jogada com Terry, capitão da seleção inglesa (coincidência, não?), é de interpretação. O lance com o Watford não dá margem para análises. Por um momento de desatenção por estar coçando o olho, pensando nas dívidas, ou qualquer que seja o motivo que o auxiliar tenha perdido o foco, ele levantou a bandeira e o juiz assinalou equivocadamente o gol. Se um cartão que não influenciou o resultado da partida foi cancelado, por que uma jogada escandalosa não foi revertida?

Se num primeiro momento se “desapareceu” com um cartão, deveria-se “apagar’ um gol e marcar uma data para nova partida. O erro maior está no começo. Esse é o maior problema do futebol, quando pessoas que não calçam chuteiras resolvem mudar o rumo de que ocorreu dentro das quatro linhas.

PS: A mania de fair play virou exagero, mas dessa vez não seria o caso dos jogadores do Rereadng avisarem que o gol não ocorreu?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ancelotti é inocente

O Milan está em crise. Dois jogos pelo italiano, duas derrotas. Não poderia ser pior para quem sente a obrigação de conquistar o título. Em tempos assim, o técnico é o primeiro a sentir a pressão e Carlo Ancelotti está na corda bamba. Mas no fundo, no fundo, ele não tem tanta culpa assim.

Aqui no Brasil, o discurso será o mesmo de sempre: “ele é retranqueiro” dirão os críticos. É verdade, que Ancelotti poderia escalar um Milan mais ofensivo, mas os resultados mostram que seu esquema tático já deu certo no passado. Fora uma discordância com o modo de jogar da equipe, pouco pode ser dito de ruim sobre seu trabalho.

A diretoria lhe trouxe bons reforços. Mas cada um tem uma peculiaridade. Ronaldinho, todos sabem, está fora de forma e disputou os Jogos Olímpicos, assim como Pato, que não chegou ao clube agora, mas tem pouco tempo de casa. Por tanto, os dois tiveram suas prés-temproadas prejudicadas. Shevchenko chegou no apagar das luzes das contratações. O mesmo pode ser dito para o zagueiro Senderos, que ainda não estreou. Não bastasse isso, Kaká volta de lesão no joelho.

Resumindo, as três principais contratações e o principal jogador do elenco não estão nas suas melhores condições físicas ou carecem de ritmo de jogo e/ou entrosamento. Outro grave problema não foi resolvido na janela de transferências: o gol. Kalac e Dida já torraram a paciência. Abiatti retorna após um tour pela Europa. Ele tem potencial, mas é irregular. No momento, a fase dele deixa a desejar.

Ancelotti precisa de um pouco mais de tempo para ser critica por seu trabalho nesta temporada. E nessas horas sempre surge a pergunta, se demiti-lo for a solução, quem trazer?

Situação ainda é complicada

O Inter voltou a vencer fora de casa. A vitória por 2 a 1sobre o Botafogo teve o primeiro gol de D’Alessandro com a camisa colorada. Essa foi a melhor atuação do argentino desde que chegou ao Beira-Rio. Quando recebe a bola no campo adversário, faz passes precisos. Seu problema é quando precisa fazer toques mais curtos na faixa central do campo. Muitas vezes o passe sai errado por displicência. Nilmar foi bem, mas novamente perdeu gol feito.

Até sofrer o primeiro gol, o time de Tite mostrou um toque de bola que ainda não havia ocorrido no Brasileirão. Quando o Bota descontou, a equipe ficou acuada e teve momentos de tensão. Outra evolução que pôde ser notada é a questão física. Os jogadores correram durante os 90 minutos.

Apesar de estar crescendo de rendimento, os seis pontos de diferença do Inter para o G-4, pode até não parecer, mas é uma diferença muito grande. Pois a briga do Colorado não é só com o quarto colocado, mas é com o quarto e mais seis clubesme. A situação ainda é complicada.

domingo, 14 de setembro de 2008

Vettel para a história

O Grande Prêmio da Itália, de Fórmula-1, disputado nesse domingo, acaba com as desculpas na categoria. A vitória de Sebastian Vettel prova que sabendo aproveitar as oportunidades, mesmo com um carro inferior, é possível conquistar bons resultados. Outro derrubador de mitos é Lewis Hamilton. O inglês largou em 15º lugar, não foi conservador, buscou as ultrapassagens, chegou a ser segundo, mas como teve de fazer outra parada terminou em sétimo. Muitas vezes falta vontade aos pilotos para ganharem posições.

Vettel foi perfeito durante o fim de semana. No sábado, conquistou a pole no braço. O lugar de honra do grid veio nas mesmas condições de pista que a dos seus adversários. Na corrida, foi beneficiado pela desnecessária largada com o Safty Car, assim manteve a primeira posição. Não deu chance aos outros pilotos. Foi soberano. O garoto é diferenciado na pilotagem e nos microfones, suas respostas sempre fogem da obviedade, a Fórmula-1 agradece.

A categoria voltou a ouvir a dobradinha hino alemão e hino italiano. O mais legal de ver a Toro Rosos vencer é notar que o espírito da Minardi segue vivo dentro da equipe, a maioria do pessoal de bastidores é da época da equipe que sempre andava no fim do grid.

Notas velozes e furiosas

- Com a vitória de Vettel, a Toro Rosso ultrapassou a “mãe” Red Bull no Mundial de construtores, 27 a 26. Ficou constrangedora a situação. Culpa de Coulthard e Weber que pouco fazem dentro do cockpit.

- Impressionante o que teve de gente cortando caminho nesse domingo. Todos, muito receosos devolveram direitinho a posição. Inclusive Hamilton. Até mesmo Massa, que ficou em dúvida se tinha ultrapassado Rosberg de maneira ilícita, e deixou o alemão retomar o seu lugar.

- Massa tinha tudo para sair líder do campeonato. Largava nove posições a frente de Hamilton e terminou a prova apenas uma a frente. Na teoria, o brasileiro chegou onde largou. Na prática, perdeu uma posição, pois Bourdais largou dos boxes.

- Raikkonen é outro que deixou a desejar.

- Impressionante como os meteorologistas da Fórmula-1 erram!- Essa deve ser a temporada com o maior número de corridas com chuva.

- Alguém viu Rubens Barrichello por aí?

- Piquet, aproveitando-se da estratégia, chegou a estar na zona de pontos. Depois, voltou a errar. Alonso já perdeu a paciência com ele.

- Pelas atitudes durante todo o ano, se for por merecimento, Lewis Hamilton será o campeão. O inglês não desiste nunca e tem sede por ultrapassar, alguns preferem apenas manter o carro no traçado.

- Apesar da pista molhada, só Fisichella não completou a prova.

- Para a alegria dos pilotos e dos torcedores, Coulthard tem só mais quatro corridas na F-1.

- O circo prepara-se para sua primeira corrida noturna. Será em Cingapura, em 28 de setembro, também conhecida como a próxima etapa.

Os recordes de Vettel

- O alemão é o piloto mais jovem a participar de um evento da Fórmula-1. Na época ao participar de um treino de sexta-feira pela BMW.

- Porém, o mais jovem a participar de uma corrida é o neozelandês Mike Thackwell. Nesse quesito, Vettel é o sexto.

- O guri tornou-se no sábado o mais jovem piloto a ser pole e hoje o mais jovem a vencer.


Números

- Três pilotos veneram pela primeira vez esse ano: Vettel, Kubica e Kovalainen.

- Vettel é o piloto de número 101 a vencer na Fórmula-1.

- A Toro Rosso é a equipe de número 32 a colocar um piloto no ponto mais alto do pódio.

- Falando em pódio, a formação de hoje com Vettel, 21 anos, Kovalainen, 26, e Kubica, 24, é a mais jovem da história.


Classificação do GP de Monza

1 - Sebastian Vettel - Toro Rosso - 53 voltas - 1h30min510
2 - Heikki Kovalainen - McLaren - a 12s5
3 - Robet Kubica - BMW - a 20s4
4 - Fernando Alonso - Renault - a 23s9
5 - Nicki Heidfeld - BMW - a 27s7
6 - Felipe Massa - Ferrari - a 28s8
7 - Lewis Hamilton - McLaren - a 29s9
8 - Mark Webber - Red Bull - a 32s
9 - Kimi Raikkonen - Ferrari - a 39s4
10 - Nelsinho Piquet - Renault - a 54s4
17 - Rubens Barrichello - Honda - a 1 volta


Mundial de pilotos

1 Lewis Hamilton 78
2 Felipe Massa 77
3 Robert Kubica 64
4 Kimi Räikkönen 57
5 Nick Heidfeld 53
6 Heikki Kovalainen 51
7 Fernando Alonso 28
8 Jarno Trulli 26
9 Sebastian Vettel 23
10 Mark Webber 20


Mundial de construtores

1 Ferrari 134
2 McLaren-Mercedes 129
3 BMW Sauber 117
4 Toyota 41
5 Renault 41
6 STR-Ferrari 27
7 Red Bull-Renault 26
8 Williams-Toyota 17
9 Honda 14

sábado, 13 de setembro de 2008

Derrota em momento delicado

A derrota do Grêmio para o Goiás deixa clara que a situação do Tricolor no Brasileirão não é tão fácil quanto aparenta. Alguns achavam que tudo ocorreria tranqüilamente até o fim da competição. Tropeços ocorrem e voltarão a ocorrer. Assim como deve acontecer com os outros clubes.

O Grêmio não fez boa partida. As atuações irregulares voltam a assombrar o Olímpico. No primeiro turno, várias ocorreram, mas aos trancos e barrancos a vitória vinha. Neste sábado, os três pontos ficaram com o adversário.

Não é motivo para desespero, nada está perdido, nem ganho. O jogo serve de alerta que a pontuação do clube gaúcho é acima do esperado. Uma caída no desempenho faz parte. O Grêmio era o único que não tinha passado por isso. Parece estar chegado a hora. E ela chegou no pior momento possível.

Pole com recorde

Ele é prodígio. Se o curso da história correr dentro do previsto será campeão mundial. Este é o destino de Sabastian Vettel, pole do Grande Prêmio da Itália. Com isso, o alemão se torna o piloto mais jovem a largar no lugar de honra do grid, superando Fernando Alonso. Vettel já era o mais jovem a pontuar na principal categoria do automobilismo mundial. Ah! Ele é pupilo de Michael Schumacher. Vai longe o guri que ano que vem estará na Red Bull.

Choveu aos píncaros no circuito de Monza. Apesar de gostar da pista molhada Barrichello se afogou e não passou da primeira fase do treino. Hamilton e Raikkonen passaram, mas depois, rodaram no mesmo ponto. Kubica também seguiu caminho e os três ficaram de fora da última e mais importante parte da classificação.

Massa está de parabéns. Em condições adversas conseguiu vaga entre os dez primeiros e no último terço do treino ficou em sexto. Se fosse uma análise fria, se diria que é uma colocação ruim, mas vistas as circunstância, está excelente. Agora, o Brasileiro tem a obrigação de sair da Itália na liderança do campeonato.

Notas velozes e furiosas

- Parece que é brincadeira ver uma Toro Rosso largando na frente e com um carro em quarto.

- A equipe, que é da Red Bull, desde que estreou o novo carro esteve sempre bem posicionada. Superando, inclusive, a equipe “mãe”.

- A Honda, que dá um vexame atrás do outro, ficou com medo de ser superada pela filial e resolveu fechar a Super Aguri. Que feio!

- A Toro Rosso seguirá utilizando motores Ferrari em 2009, para agonia da Red Bull que queria os propulsores italianos em seus carros e terá de se contentar com os menos potentes Renault.

- Bourdais vai afastando as chances de ficar desempregado.
- A Toro Rosso é a antiga Minardi. Mesmo que seja uma equipe simpática, está longe de ser uma Minardi.

- Com esse grid, o favorito à vitória é Kovalainnen da McLaren. Mas Vettel corre muito na chuva. Lembram do GP do Japão que ele estava entre os primeiros e saiu da pista devido a um erro de Hamilton? Não duvidem do garoto.

- Quantas vezes Massa rodará amanhã? Na última corrida na chuva foram cinco.

- As duas últimas temporadas tiveram reviravoltas sensacionais, por vários motivos. Os torcedores agradecem.

Mais números

- Vettel é o piloto de número 92 a ser pole.

- A Toro Rosso é a equipe de número 36 a ter um carro largando em primeiro lugar. A Red Bull não é uma delas.

Confira o grid de Largada

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Presos em 2006

Fernando Carvalho, na teoria, voltou ao Inter para administrar Tite. O presidente Vitório Piffero torceu o nariz para a vinda de um ex-gremista. Porém, na prática, Carvalho está mais preocupado com os cofres do Beira-Rio. Desde que retornou, seu assunto preferido é a negociação de jogadores do clube. O técnico enfrenta dificuldades para ter controle sobre o grupo, mas, ao menos nos microfones, poucas palavras de apoio ao treinador são ouvidas.

Tite é gabaritado, mas não realiza bom trabalho. Tem se atrapalhado na hora de substituir e escalado mal a equipe. Acontece. Mas parte da culpa tem que ser dividida com a diretoria que não dá suporte ao treinador.

Pouco tempo depois de chegar à Avenida Padre Cacique, o discurso de Tite cansou os líderes do vestiário colorado. Estes jogadores que comandam os bastidores são os que conquistaram o Mundial em 2006 e sentem-se no direito de “mandar” no clube e acham-se intocáveis. O que o técnico não contava é que Piffero, Carvalho e Luigi se tornaram reféns deles.

Magrão não estava no Japão, mas fez amizade rápida com esse pessoal. Por questões técnicas, Tite colocou Magrão e Edinho no banco, em momentos diferentes, diga-se. Depois, foi a vez de Bolívar. Porém, pelo que se vê e se ouve os cartolas vermelhos não deram um “para te quieto” nos jogadores. Assim, Adenor Leonardo Bach, o Tite, conhecido por ser um agregador de grupos, ficou isolado no vestiário colorado. O Inter precisa achar novamente seu rumo. Parece que o clube foi ao Japão, mas na volta se perdeu no caminho.

Momento de não se embananar

No futebol brasileiro, que é um mercado exportador de jogadores, reclamar com freqüência da falta de opções no elenco é comum entre os treinadores. Esse problema, por vezes, é a solução de alguns técnicos menos habilidosos em tomar a decisão correta.

Celso Roth está chegando a esse ponto justamente na parte mais importante do Brasileirão, a reta final. Esse é o momento dele provar que cresceu como profissional. O time do Grêmio está encaixado. Tudo funciona da maneira correta. As falhas são raras. Porém, Souza chegou e mostrou que não desaprendeu a jogar futebol no sofrível time do PSG e quer ser titular. Orteman também pede passagem. Na teoria tem mais bola no corpo do que William Magrão. Mas ele irá se adaptar da mesma forma que o jogador revelado na base tricolor?

Colocar Souza como um pseudo atacante não funcionou. No sábado diante do Fluminense, Soares deixou o time mais redondo. Ainda há Reinaldo que ainda não rendeu quando começa jogando, mas sempre foi efetivo ao entrar no decorrer nas partidas. Como escalar todos? Souza não é craque, mas não pode ficar no banco. A melhor alternativa seria colocá-lo na ala direita, o que parece não agradar Roth. Outra alternativa é tirar um dos três zagueiros. Mas seria uma opção válida modificar um esquema que se ajustou tão bem? Provavelmente não.

Como a fase é boa, o prudente é mudar o menos possível. É preciso ver se Roth agüentará a tentação. Para pegar o Goiás, sábado, William Magrão não deve jogar devido a uma entorse no tornozelo esquerdo. Por incrível que pareça isso é um problema a menos para ser resolvido.

domingo, 7 de setembro de 2008

Cadê está a vitória que estava aqui?

Os comissários da FIA decidiram punir Hamilton em 25 segundos. Com isso o inglês da McLaren perdeu o primeiro lugar para Massa e o segundo para Heidfeld.

A decisão surpreende, pois além de mexer com o vitorioso do GP da Bélgica, poderia ser levado em consideração, ainda, que Raikkonen não terminou a prova, o ato de Hamilton não interferiu no resultado final. A McLaren vai reclamar, espernear durante toda a semana, mas de nada vai adiantar.

Massa, de atuação apagada, computou dez pontos e provou que na Fórmula-1 nem sempre os mais rápidos vencem. Por vezes, o primeiro lugar é de quem erra menos. Assim, o brasileiro está a dois pontos de Hamilton na disputa pelo título e a próxima corrida é na casa da Ferrari, em Monza, já no próximo domingo.

Só termina quando acaba

Após Spa, o Mundial de Fórmula-1 saiu perdendo e Felipe Massa saiu ganhando. Novamente, o GP da Bélgica foi uma grande corrida, que teve como a cereja do bolo as últimas voltas com chuva.

Felipe Massa não conseguiu repetir suas últimas largadas e foi ultrapassado por Raikkonen no início da prova, caindo para terceiro lugar e administrando o restante da corrida, sem incomodar os adversários, nem ser pressionado por quem vinha atrás.

Raikkonen por suas vez, tinha em mãos a última oportunidade de seguir vivo na briga pelo título. Se tudo ocorrer dentro da normalidade, não tem mais. O finlandês após passar seu companheiro de Ferrari na primeira volta, aproveitou-se de um erro de Hamilton para assumir a ponta.

Nas últimas voltas a temida chuva finalmente caiu no belo traçado de Spa Francorchamps. Hamilton ficou embutido na traseira de Raikkonen, tentou ultrapassa-lo, saiu da pista, cortou caminho e voltou na frente do “Homem de gelo”. Como manda o regulamento, teve que devolver a posição. Mas não foi uma devolvida, foi uma devolvidinha. Com o carro já tracionando, logo que a Ferrari ficou a sua frente, o inglês acelerou sua McLaren para reassumir a liderança.

Mais emoção estava por vir. Na seqüência, Hamilton rodou, no mesmo instante, em plena reta, Raikkonen perdeu o controle de seu carro e estampou o muro. Massa ficou próximo de assumir a liderança, mas visivelmente aliviou o pé com medo de rodar, já que essa é sua principal característica em pista molhada.


Resultado final:
1. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes)
2. Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 14s461
3. Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber): a 23s844
4. Fernando Alonso (ESP/Renault): a 28s939
5. Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso): a 29s037
6. Robert Kubica (POL/BMW Sauber): a 29s498
7. Sébastien Bourdais (FRA/Toro Rosso): a 31s196
8. Timo Glock (ALE/Toyota): a 56s506


Campeonato de pilotos
1. Lewis Hamilton 80 pontos
2. Felipe Massa 72 pontos
3. Robert Kubica 58 pontos
4. Kimi Raikkonen 57 pontos
5. Nick Heidfeld 47 pontos
11. Nélson Piquet 13 pontos
13. Rubens Barrichello 11 pontos



Notas rápidas

- A corrida vai demorar a terminar e será decidida pelos comissários. No fim das contas, Hamilton irá levar uma advertência, apenas. Podem apostar.

- Ficou no mínimo chato a atitude de Massa em levantar o pé na última volta. Tudo bem, ele pensou no campeonato. Correu com a cabeça, pois agora terá a preferência da Ferrari. Mesmo assim, é estranho ver alguém não lutar pela vitória.

- Raikkonen fica esperando uma catástrofe. Para pensar em disputar o título novamente. Pelo o que vem ocorrendo na Fórmula-1 nos últimos dois anos, tudo é possível.

- Ninguém vai admitir, mas a Ferrari adorou o resultado. Massa terá prioridade total, diminuindo as chances de dividir pontos com Raikkonen o que beneficiaria Hamilton.

- A posição final de Bourdais (7) não representa o que foi sua corrida. Esteve sempre em quarto, mas a chuva “embaçou” os seus óculos. Seguem com o emprego a perigo.

- O novo carro da Toro Rosso é muito bom, dentro das possibilidades da equipe.

- Os pilotos que trocaram de pneus mesmo faltando uma ou duas voltas se deram bem. O principal beneficiado foi Heidfeld que voltou ao pódio. Apesar de fazer uma temporada opaca, sendo ofuscado por Kubica, nos pontos seu desempenho não é tão ruim assim. Apesar disso, pode ficar a pé em 2009.

- Os resultados estão melhores que a encomenda na segunda parte da temporada para a BMW. Mais uma vez, os bólidos dos alemães tiveram pouca velocidade. É isso que faz a diferença entre as grandes e as médias. As equipes de ponta conseguem conciliar o desenvolvimento do carro atual com a criação do da próxima temporada,as outras se atrapalham. É o caso da BMW.

- Piquet largou bem, ganhou posições. Depois perdeu desempenho e bateu sozinho. Ainda mostra inconstância. Ao menos, agora, concede entrevistas mesmo quando erra.

sábado, 6 de setembro de 2008

Jornada dupla

No Maracanã...

Não deu. O Grêmio ficou no 0 a 0 com o Fluminense e passou o Brasileirão em branco no Rio de Janeiro. Independente da situação atual, não seria nenhum absurdo. Jogar na Cidade Maravilhosa e não vencer é natural.

A sonhada diferença de oito pontos para o segundo colocado não veio, ficou em seis. Mesmo assim, é uma situação relativamente confortável. A diferença deixa o Tricolor com direito de tropeçar quando sues adversários diretos pelo título não vacilarem. Mas a euforia deve ser contida, como está ocorrendo. Os campeonatos da Europa, que utilizam a fórmula de pontos corridos há muitas décadas, já apresentaram grandes viradas na ponta da tabela.

O confronto diante do Flu foi o melhor do Grêmio em gramados cariocas. Mesmo que Victor tenha feita um milagre e a trave salvado o time em outra oportunidade, a equipe de Celso Roth obrigou Diego a trabalhar bastante, mesmo que a atuação não tenha sido das melhores. Souza como segundo atacante não funcionou.Orteman se mostrou uma boa opção quando um dos jogadores do meio não renderem. E Soares mostrou-se a melhor opção para a vaga de Perea.


No Beira-Rio...

O Inter só não perdeu neste sábado porque o adversário era a Portuguesa, fosse qualquer outra equipe mais qualificada a derrota seria inevitável. A vitória por 1 a 0 foi lucro. A mudança no esquema não surtiu o efeito esperado. Os jogadores estão individualmente mal, o que acarreta num desempenho bem abaixo do esperado. Tite também não ajuda. Faz substituições erradas e sente a pressão.

A campanha poderia ser muito melhor. Mesmo com os desfalques era possível fazer mais. O vestiário parece fora de controle e dessa forma brigar por uma vaga na Libertadores está distante.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Dia que Edmundo não esquecerá

A carreira de Edmundo é impar. Ele contabiliza inúmeros gols, vários títulos e diversas confusões. Mesmo com uma trajetória com grandes histórias, seu último ano como jogador está sendo incomum e inesquecível, não que isso seja bom.

Nesta quinta-feira, o Animal viveu na pele o que fez os goleiros que enfrentou sofrerem. Com 30 minutos do segundo tempo, o arqueiro do Vasco, Thiago, foi expulso. Com as três substituições já feitas, sobrou para Edmundo ir para debaixo das traves.

De cara sofreu gol de pênalti, com paradinha. Depois, teve uma saída atrapalhada de gol, viu a bola passar à direita da trave e fez defesa segura no último lance do jogo. O camisa 10 vascaíno, deixou o gramado de São Januário chorando e inconformado com a situação vivida pelo Vasco. Diz sentir-se humilhado.

Nessa temporada, pela Copa do Brasil, Edmundo perdeu pênalti na desclassificação do Vasco na competição. Após o erro, pediu demissão, que não foi aceita pelo então presidente do clube Eurico Miranda. Um ano peculiar para um jogador de carreira única.

Várias vezes jogadores de linha foram obrigados a serem goleiros. Inesquecível a atuação do centroavante Gaúcho no gol no Palmeiras em 1988. Não lembra? Não viu? O You Tube está ai para isso.



Para você, qual a atuação inesquecível de um jogador de linha no gol?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bons desempregados

A Gazzetta dello Sport publicou nesta quarta-feira uma lista interessante de jogadores que estão sem clube. Mesmo com a janela de transferências fechada, atleta sem vínculo com nenhuma entidade pode ser contratado até março. Nomes com passagens por seleções estão nesta situação, confira os mais interessantes.

Os mais conhecidos são os atacantes Ronaldo, sim o Gordo, e Recoba. Os dois formavam a dupla de ataque titular da Inter de Milão no começo da década. O brasileiro largou o futebol, mas esqueceu de avisar. Já o uruguaio passou maior parte da sua carreira no departamento médico. Rápido e habilidoso sempre foi um custo/benefício muito alto para o clube italiano. Na última temporada no Torino pouco produziu, mas estar desempregado é uma demasia para o seu futebol. É um bom reforço para quem foge do rebaixamento na Espanha ou na Itália.

Agora, surpreende a situação do volante ganes Appiah, que estava no Fenerbache e tem passagem pela Juventus. Jogador de muita força, nos os últimos meses tratou de lesão no joelho. O africano não é nenhum primor técnico, mas é muito combativo. Para times médios da Europa seria titular fácil. Seu estilo de jogo encaixa-se muito bem no da maioria dos times ingleses.

Do ponto de vista do Brasileirão, um bom reforço seria César, campeão com a Inter da última Série A. O ex-lateral, hoje meiocampista, não renovou seu contrato. Ele joga fácil em qualquer time daqui. Como está sem vínculo ainda pode assinar acordo com clubes brasileiros.

Quatro nomes citados e que já passaram dos 30 anos estão perto da aposentadoria. O Parma cansou do atabalhoado goleiro Lucca Bucci, terceiro arqueiro a Itália na Copa de 1994. Mais dois jogadores com passagem pela Azzurra procuram emprego. Um deles é o volante Tacchinardi. Por muitos anos jogador da Juventus, virou ídolo da torcida Bianconera. Teve passagem discreta pelo Villareal. Em 2007/08 atuou na Série B pelo Brescia. Com a força física como sua principal característica a idade já está pesando.

O outro é Stefano Fiore. O meia já jogou muita bola, mas desaprendeu. Sem render há, pelo menos, quatro temporadas, ninguém parece querer apostar na sua reabilitação.

Algum dos nomes lhe agrada?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O último dia

O último dia do mercado Europeu foi marcado por grandes contratações. Confira as principais:

Berbatov

Após incontáveis dias de flerte na frente do portão do White Hart Lane, os dirigentes do Tottenham decidiram ceder a mão do atacante Berbatov para o Manchestesr United. Os Red Devil precisaram desembolsar 38 milhões de euros (R$ 91 milhões) para fechar o matrimonio. Apesar da quantia demasiadamente alta, é uma excelente contratação, mesmo que o ataque do time de Alex Ferguson já seja ótimo.

Robinho

Robinho quer ser o melhor do mundo, mas achava que o problema era o Real Madrid. Vai entender. Forçou sua saída do clube para desembarcar no Chelsea. O avião mudou de rumo no caminho e aterrisou em Manchester, para jogar no City, não no United. A passagem custou 40 milhões de euros (R$96 milhões) ao clube inglês. Apesar de estar crescendo, o Manchster City ainda está muito distante dos grandes do futebol da terra da rainha. Em pouco tempo, Robinho perceberá que a mudança é uma regressão em sua carreira e que o problema para ser o número 1 do planeta bola está no seu futebol e não no Real Madrid.

Quaresma

Quando José Mourinho foi contratado como técnico da Inter de Milão, sua lista de compras tinha poucos nomes. Um deles era o do português Quaresma. Após muito insistir, o clube italiano conseguiu acertar a transferência do atacante junto ao Porto por 24 milhões de euros (R$57,6 milhões), sendo que 18 milhões pagos em dinheiro e outros seis referentes ao passe do volante Pelé que defenderá a equipe luisitana. Mourinho ganha uma ótima opção para atuar pelos lados do campo, pois Figo não é mais aquele. A surpresa do dia sobrou para o centroavante Crespo que não foi relacionado para a disputa da Champions League.

Diego Milito

Pretendido por muitos clubes espanhóis, o centroavante argentino Diego Milito sentiu saudades de um bom vinho italiano. Ele retorna para o Genoa clube que defendeu por duas temporadas.

Outras transações

O recém promovido Chievo contratou o circense Kerlon, do Cruzeiro. Além dele, também chegam a Verona, cidade de Romeu e Julieta, a eterna promessa Mauro Espósito, que vem por empréstimo da Roma.

Mais um se salvou do naufragado Zaragoza. Na bacia das almas, o atacante Sérgio García foi contratado pelo Bétis. O clube de Sevilha vendeu Rafael Sóbis para o Al-Jazira (Emirados Árabes), clube de Abel Braga. Tendo sido presença constante nas convocações da Seleção, o ex-colorado vai ganhar muito dinheiro enquanto brinca de esconde-esconde. Sóbis fica na torcida para que Dunga consiga achar o seu esconderijo.

O Espanyol contratou o defensor Fiinan, do Liverpool. Outro que deixou o clube inglês foi o meia ucraniano Voronin que defenderá o Hertha Berlim. Os Reds apostam no futuro e assinaram com o atacante brasileiro Vitor Flora, de 18 anos, do Botafogo-SP. Alguém que assista aos jogos na Rede Vida conhece o guri? Alías, o clássico de Ribeirão Preto possui o melhor apelido de todos os confrots brasileiros:Come-Fogo (Comercial x Botafogo).

O Lecce assinou por empréstimo com o zagueiro Stendardo, da Lazio. O defensor está longe de ser ruim, mas o clube da Capital italiana insiste em não aproveita-lo.

Empolgação deve ser moderada

O Grêmio contratou o uruguaio Richard Morales. Alto e desengonçado, o centroavante tem na bola aérea a sua principal característica. Com a redonda nos pés, ele apanha. Em termos técnicos, era uma contratação desnecessária.

Porém, Morales pode contribuir como homem de grupo. Rodado, caso seja preciso entrar no lugar de Marcel, não tremerá. Mas o melhor mesmo para o Tricolor é que titular da camisa 9 não se lesione.

Título

A empolgação da torcida gremista é compreensível. O clube faz campanha irretocável no Brasileirão e, talvez, esse seja o problema. O principal concorrente, o Palmeiras, que está a cinco pontos dos gaúchos, teve seu momento de instabilidade no começo da competição. O Verdão possui um elenco que não é tão superior assim em relação ao do Grêmio, porém, os jogadores decisivos da equipe de Luxemburgo são mais talentosos.

Faltam 15 rodadas. Serão 15 decisões – e tem gente que não gosta de pontos corridos. A diferença, por mais que pareça, não é confortável. São apenas cinco pontos num universo de 45. O Grêmio ainda viverá seu momento de instabilidade. São raros os casos em que isso não ocorre num campeonato de 38 rodadas. A equipe de Celso Roth não tem cacife para estar neste seleto grupo.

O Palmeiras é um adversário dos mais perigosos e é bom não tirar o olho do São Paulo.

Inter pagará caro

“Política de futebol” é uma expressão que, no momento, passa longe do Beira-Rio. Está difícil entender os critérios de negociações dos dirigentes colorados.

O clube vendeu o goleiro Renan. O gol é uma posição de confiança. Demora-se até se encontrar um substituto quando ocorre uma venda. Depois de Taffarel, o Inter teve Maisena, Fernandes (que ficou duas temporadas, mas não era dos mais confiáveis), César Silva e Goycochea, até achar o prata da casa André.

Na seqüência, o colorado tentou Preto, João Gabriel, Hiran, Renato, Carlos Germano - que não chegou a jogar - e Clemer, que se não é uma maravilha, está a longo tempo no clube e conquistou os maiores títulos da história do Inter, ao menos, merece crédito.

Se não está satisfeito com esses exemplos, caminhe até da Padre Cacique até a Azenha. Depois de Mazzaropi, o Grêmio até que teve sorte. Vestiram a camisa 1 Tricolor Gomes, Sidmar e Émerson, até aparecer Danrlei. Porém, após sua saída muita gente defendeu a meta gremista sem passar confiança à torcida: Eduardo Martini, Tavarelli, Márcio, Galatto, Eduardo, Marcelo Grohe e Saja, até aparecer Victor.

Resumindo, é complicado achar um bom goleiro.

Hoje, segunda-feira, os dirigentes vermelhos recusaram uma proposta de 15 milhões de euros por Nilmar. Assim, o clube terá que comprar a parte dos direitos federativos pertencentes ao atacante. Isto estava previsto em contrato.

No últimos anos, atuaram no ataque colorado nomes como Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis e Alexandre Pato. Todos com passagem pela Seleção. Além de terem aparecidos bons nomes como Fernandão e Iarley. Ou seja, é mais fácil encontrar atacantes do que goleiros.

Se o problema fosse dinheiro, e parece que não é, já que o Inter terá grana para pagar para ficar com Nilmar, era mais fácil vender o camisa 9 e ficar com Renan. Seria uma reposição muito menos complicada.

Agora, o clube fica com um jogador que estava com muita vontade de comer massa no sul da Itália e terá que vendê-lo por, ao menos, 17 milhões de dólares, já que para ter o atleta teve que desembolsar cerca de 1,5 milhão de euros.

Nilmar é bom atacante. Porém, o Inter foi muito submisso ao repatriá-lo. Foi assinado um acordo em que o atacante sairia ganhando de qualquer maneira. Segundo dados do site do clube, em 103 jogos com a camisa colorada, ele marcou 39 gols. Estatística nada empolgante. O clube corre riscos desnecessários.

Pergunta

Em meio a tantas especulações sobre o futuro de Nilmar na semana passada, alguém mais, além deste blogueiro, acha estranha a convocação dele para a Seleção?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Clássico incomum

Grenal com quatro gols não é tão comum de se ver, mas foi o que ocorreu na noite desta quinta-feira, no Olímpico. Grêmio e Inter empataram por 2 a 2 e os colorados avançaram de fase na Copa Sul-Americana.

A partida serviu para mostrar o atual estágio dos dois times. Mesmo sem os titulares, a equipe gremista é bem organizada e mantém um padrão de jogo. É a chamada “Rothina”. Pelo lado vermelho, Tite ainda não encontrou o melhor caminho as ser seguido táticamente.

Não é normal no clássico, um clube sair em vantagem por dois gols e deixar o adversário empatar. Porém, assim foi. O Inter fez 2 a 0 no começo do segundo tempo e o Tricolor buscou.

A vantagem aberta pelos visitantes, não refletia o que ocorria em campo. O Grêmio sempre comandou as ações. Tinha a posse de bola. Orteman estreou bem e Souza esteve demais.

Apesar disso, os lances de perigo ocorriam através de pés colorados. Taison criava boas oportunidades quando Amaral, que o marcou individualmente, falhava. Nilmar, entre uma especulação e outra sobre sua saída, desperdiçava duas chances. Na terceira, num toque de classe abriu o placar. Na seqüência, Daniel Carvalho, no seu primeiro toque na bola, cruzou para Índio balançar a rede de Grohe.

Tite recuou seu time, que seguia sem ter a posse da bola. Roth deixou o Grêmio ofensivo. Deu certo. Perea descontou. Soares igualou. Os instantes finais foram de sufoco e de boa atuação do questionado Clemer.

No fim, é difícil ocorrer, mas o resultado agradou aos dois clubes. O Inter ainda pode salvar o seu ano com o título da Sul-Americana. O Grêmio livrou-se de um estorvo e com sua equipe reserva conseguiu dois placares iguais diante do maior rival que atuou com os titulares.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Novo desafio

José Roberto Guimarães é bi-campeão olímpico de vôlei. Venceu com o masculino em Barcelona e este ano em Pequim. Ele é um dos principais nomes do esporte brasileiro de todos, apesar de ser pouco badalado.

Agora, ele tem a chance de não repetir os erros do passado. Após a conquista da medalha de ouro em 1992, Zé Roberto não conseguiu manter o foco de seus jogadores por quatro anos. A badalação foi grande. Muitos se deslumbraram com a fama repentina e pararam de conjugar os verbos na terceira pessoa. Em Atlanta, o desempenho foi fraco e a medalha ficou longe.

O treinador chegou a um equilibro com seu atual grupo de trabalho. Após a derrota em Atenas, ocorreram alguns problemas com as jogadoras. Mari ficou um tempo sem ser convocada. Jaqueline teve uma briga séria com o técnico e foi agastada do grupo.Tudo superado.

Já tendo naufragado uma vez, ele certamente lidera melhor com a situação. Mas manter o foco é um grande desafio. Tão grande quanto ganhar um ouro.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ouro à distância

Maggi de mágica! Maurren Maggi é a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos. Foi no salto em distância. Foi à distância, na China. Foi no primeiro salto. Foi dependendo única e exclusivamente do seu corpo. Ela não precisou utilizar sua última tentativa. Foi por um triz, quer dizer, um centímetro. O primeiro lugar veio pela distância mínima. Por um centímetro, a russa Tatyana Lebedeva ficou com a prata. Pela segunda vez, os chineses ouviram hino brasileiro.

Maurren brilha como poucos já brilharam no esporte brasileiro. Superou dificuldades. Passou por cima do olhar desconfiado de todos. Não desistiu. Pulou os problemas. Pulou um dourado 7,04 metros. Ela disse que está em Pequim por causa de sua filha Sofia. O mundo de Sofia tem Maurren Maggi como a maior saltadora do planeta.

Opostos

O futebol brasileiro segue sem o ouro olímpico. O time feminino conquistou a prata. O masculino ficou com o bronze.

As mulheres perderam na decisão para as americanas. Comandadas por Marta, as brasileiras jogaram mais e tiveram que encarar uma retranca ianque. Apesar da vontade, garra e entrega a bola não entrou. Os Estados Unidos venceram por 1 a 0 na prorrogação. É um bi-vice da seleção que deve ser comemorado.

Por outro lado, o “esquadrão” de Dunga terminou em terceiro. Pela apatia e falta de dedicação dos jogadores, a medalha tem pouco significado. Era um time sem alma, que não atingiu seu objetivo e de quebra foi humilhado pela Argentina. Pouco a ser celebrado.

Agora, todos voltam à realidade. Os bronzeados retomam sua vida na Europa com contratos milionários. Os Jogos Olímpicos serão apenas uma página em suas vidas. As prateadas, em sua maioria, retornam par um país sem estrutura, sem um campeonato de futebol decente, sem patrocínio, é um monte de sem. A medalha é o ponto alto de suas suadas vidas. Eles deveriam se inspirar mais nelas.

Quando a CBF, que arrecada cifras enormes a cada ano, vai disponibilizar uma fatia decente para o futebol feminino? O que mais elas precisam fazer para receberem o apoio que merecem?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Sem comparações

O Brasil disputa na manhã deste sábado a final do futebol feminino em Pequim. As chances de vitória são boas. As americanas já jogaram mais.

Mas vamos deixar bem claro, caso o ouro venha para cá não podemos cair na bobagem de dizer que a tão sonhada medalha de ouro do futebol brasileiro chegou. Que agora, o país do futebol já conquistou todos os títulos da modalidade. Óbvio que a medalha será importante, mas não tem o mesmo peso. O valor simbólico dela será bem menor do que uma vencida pelos homens.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Vexame recheado com humilhação

Ocorreu o previsto. Dunga não é técnico. Ele acabou com a farra, mas não trouxe o futebol. Por tanto, ficou na mesma.

Seu trabalho foi apenas chamar 18 jogadores e escolher 11 para jogarem. Seu desempenho nos últimos jogos no comando da seleção principal foi tão fraco que ele perdeu sua credibilidade, que já era pouca.

Não realizando um bom trabalho, levou um careteiraço da CBF. O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, convocou Ronaldinho Gaúcho em rede nacional. Sua autonomia tinha ido para o espaço, mas ainda tinha uma escala na China.

Diante de adversários fracos foi tudo bem. Mas contra a Argentina se viu o real nível do time que Dunga, no alto de sua arrogância, chama de seu. Se a seleção era dele, a maior parcela da culpa também é.

No decorrer dos jogos, morreu com Diego em campo, com um Thiago Neves jogando muito. Rafinha é insuficiente. Além disso, o treinador não teve coragem de substituir Ronaldinho durante os jogos. O ex melhor do mundo, só enganou. Segue acima do peso. Move-se pouco. Não teme explosão. Parece aquele tio das peladas que fica parado e só dá tapinhas na bola.

O sonho do ouro acabou com uma goleada sofrida contra a Argentina, num 3 a 0 ao natural. Com direito a humilhação, com os brasileiros distribuindo pontapés nos minutos finais. Falta de espírito olímpico e sem ele é difícil vencer nos Jogos Olímpicos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Balcão de vendas

Dirigentes de futebol adoram dar aulas de administração em suas entrevistas. Parecem serem os únicos capazes de conduzirem um clube, quando na maioria dos casos, o que ocorre é o contrário.

Pois a diretoria do Inter vendeu Renan. Segundo os cartolas, o valor era muito alto para não vender o goleiro – o Valência pagou 5 milhões de euros. É uma quantia interessante. Mas ao negociar o jogador, se passou por cima de um dos fatores mais relevantes de uma administração: pensamento a longo prazo.

O gol é a mais delicada das posições do futebol. Será difícil achar um substituto para Renan. Com ele com a camisa 1, o Inter não se preocuparia com o assunto por 10 anos. Num projeto visando o futuro, se notaria que, na verdade, os cofres do clube ganharão 500 mil euros por ano. O que torna o benefício da transação baixo. Podia-se, também, esperar o fim dos Jogos Olímpicos para uma maior valorização do jogador.

Provavelmente, o clube penará até achar alguém em que possa confiar para ser o primeiro nome em sua escalação. Após a saída de Taffarel foi assim. No vizinho Grêmio, o mesmo fato ocorreu após a Era Danrlei.

A força do Grêmio

O Grêmio vence. Não importa como.

Os três pontos vão para a contabilidade Tricolor mesmo quando o time não joga bem.

Quando a atuação é boa, a vitória é de goleada.

A defesa falha muito pouco.

Faça chuva ou faça sol, o Grêmio faz o resultado.

Seja no Olímpico ou acima do Mampituba.

A equipe é sólida e encorpada. Não mostra sinal de desgaste.

O único problema é que as atuações são sempre do limite.

Tem até uma gordurinha acumulada.

A possibilidade de título, a cada rodada concluída, fica cada vez mais forte.

Phelps

Na mitologia grega, o Deus dos mares e das águas chamava-se Poseidon. Milhares de anos depois, nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, inspirados nos que o correram na Grécia antiga, Deus atende pelo nome de Michael Phelps.

Nunca ninguém fez nada igual. O nadador americano é o maior atleta olímpico de todos os tempos. Seu corpo é anormal. Com um 1,90 de altura, sua envergadura é de dois metros. Para seu tamanho, suas pernas são curtas demais. Seu pé calça 47. Essa falta de simetria é perfeita para nadar. Está mais para peixe do que para homem.

Seu objetivo em Pequim era bater a marca de seu compatriota Mark Spitz, que em 72, levou sete medalhas de ouro. Antes disso, ele passou a ser o medalhista com maior número de ouros na história olímpica. Provavelmente, Phelps será o maior atleta deste século.

Em Atenas foram seis ouros. Agora, ele alcançou oito. Nunca ninguém fez nada igual. Só parecido Ao todo são dezesseis medalhas. A história foi escrita. Agora, é esperar para que um novo fenômeno resolva aparecer, reescrever a história e superar Phelps.

Bolt é completo

O velocista brasileiro, Sandro Viana, reclamou de Usaim Bolt. O jamaicano é o homem mais rápido do mundo. Venceu os 100m com folga. Sobrou demais. Depois disso, disputou as eliminatórias dos 200m. Mais uma vez, seus adversários só enxergaram suas costas. Irreverente, sempre faz brincadeiras e gestos antes e depois das provas em que participa.

Viana não gostou das atitudes de Bolta. Segundo ele, o seu adversário é marrento. É preciso explicar pra o brasileiro que é melhor ser um arrogante rápido que um humilde lento.

Essa opinião é corroborada por Róbson Caetano. Talvez, por isso, ele tenha sido medalhista olímpico.

O esporte se tornou sério demais. Tudo é levado com uma cara sisuda de mais. Não são aceitas provocações, nem brincadeiras. Lógico, em tudo há limites. Bolt está dentro deles e dá show na pista e fora delas.