domingo, 25 de maio de 2008

O restante da terceira rodada

Sábado

Vitória 4 x 0 Figueirense – O gaúcho Guilherme Macuglia estreou mal no comando do Figueira. Escalou o time num ultra defensivo 3-6-1 e viu o fraco Vitória pressionar o jogo todo. Destaque para o atacante Dinei, os outros gols foram marcados pelos ex-colorado Jackson e Ricardinho.

Domingo

Cruzeiro 4 x 0 – Santos – O quatrilho saiu ao natural. O Santos não esteve em campo. A defesa segue preocupando, mas o que esperar de um time que improvisa Betão como lateral-direito? Leão pode cair, mas não é sua culpa. Faltam-lhe jogadores. Por outro lado, a equipe de Adilson Batista esqueceu a eliminação da Libertadores e não vacila neste início de campeonato. Mostra o futebol mais equilibrado até aqui. Guilherme marcou dois, Maicosuel e Wagner completaram o baile.

São Paulo 1 x 1 Coritiba – Os rumores sobre uma possível saída de Muricy Ramalho do comando do São Paulo aumentam. A eliminação na Libertadores abalou o elenco. O time não joga bem e não colhe bons resultados no ano. O Coxa conseguiu um ótimo empate fora de casa. Rubens Cardoso marcou para os paranaenses e Borges, após falha do goleiro Édson Bastos, empatou.

Sport 2 x 1 Fluminense – A Ilha do Retiro segue fazendo suas vítimas. Ainda vivo na Copa do Brasil, o Sport jogou com o que tem de melhor. Já o Flu, que pega o Boca na Libertadores, só não poupou o goleiro Fernando Henrique, atrapalhado como sempre, e o volante Arouca. Junior Maranhão e Leandro Machado fizeram os gols do Leão da Ilha. Dodô, de falta, descontou. O artilheiro dos gols bonitos ainda desperdiçou um pênalti defendido por Magrão. Pergunta: quantos minutos demorarão para FH falhar contra o Boca?

Goiás 1 x 1 Ipatinga – O resultado mostra que o Goiás é o favorito a uma das três vagas do rebaixamento. A outra já está assegurada pelo Ipatinga. Provavelmente esta será uma das piores partidas do Brasileirão desse ano. O Esmeraldino marcou com Paulo Bayer cobrando falta. Neto igualou de cabeça, marcando o primeiro gol da história dos mineiros na elite do futebol nacional.

Portuguesa 1 x 1 Palmeiras – O Palmeiras entrou em campo achando que venceria quando quisesse. Fez 1 a 0 com o zagueiro Deivid. Alex Mineiro chutou pênalti na trave e não ampliou. No segundo tempo, a Lusa mexeu e o ataque foi formado pela dupla Christian e Ralph. O time ficou mais afinado e Diogo igualou o escore. Com preguiça, o Verdão não quis empatar e a partida ficou chata. Mais uma péssima arbitragem de Sálvio Espínola que deixou de marcar TRÊS pênaltis. Dois em favor da Portuguesa e um para o Palmeiras. Pela primeira vez no campeonato, a defesa do time de Vagner Benazzi teve bom desempenho.

Botafogo 1 x 1 Vasco – Deu empate no primeiro clássico disputado no Engenhão. Time misto nos dois lados. O Vasco dominou o primeiro tempo. Logo aos três minutos Eduardo Luiz abriu o placar. Na segunda etapa, o Fogão veio melhor, graças à entrada de Lúcio Flávio, que empatou de pênalti. Nos últimos minutos o Vascão teve Pablo expulso e sofreu pressão, mas segurou o empate. O clássico poderá se repetir na final da Copa do Brasil.

Atlético-PR 1 x 1 Atlético-MG – Nas estréias dos técnicos Roberto Fernandes, pelo Furacão, e Gallo, pelo clube mineiro, a partida acabou empatada. Eduardo fez para o Altétio-MG e o experiente Marcelo Ramos deixou tudo igual. O Galo empatou todos os seus jogos neste Brasileirão.

Curiosidades

- Assim como no ano passado, após três rodadas apenas um clube possui 100% de aproveitamento. Nesta temporada é o Cruzeiro, em 2007 foi o Paraná. O que mostra que ninguém pode ficar eufórico com os resultados nas primeiras rodadas, já que os paranaenses acabaram rebaixados.

- Grêmio e Cruzeiro são as únicas equipes que ainda não sofreram gols.

- O Figueirense é o clube que mais fez gols, sete. Também é o que mais tomou, dez.

Em Indianápolis deu Dixon

Este blog cometeu a grande falha de não falar das 550 Milhas de Indianápolis durante a semana. Pois é, a tradicional corrida no oval americano foi disputada neste domingo. A vitória foi do neozelandês Scott Dixon (foto).

Em segundo chegou o brasileiro Vítor Meira de grande desempenho. O terceiro colocado foi Marco Andretti, filho de Michael e neto de Mario. A família realmente não leva sorte nessa corrida. Hélio Castroneves foi o quarto.

Mais quatro brasileiros participaram da prova. Toy Kanaan e Jaime Câmara baterem e não completaram as 200 voltas. Bruno Junqueira acabou em 20º lugar e Henrique Bernoldi, que disse durante os treinos que seu carro era uma carroça, recebeu a bandeira quadriculada em 15º, entre os 33 pilotos que largaram.

O brasileiro que por mais tempo liderou a prova foi Emerson Fittipaldi. Isso mesmo. Vencedor duas vezes das 500 Milhas, ele pilotou o “Pace Car”, carro que conduz o pelotão quando a prova está em bandeira amarela. Ao todo, Emo 70 ficou voltas na pista

Como sempre, a prova foi marcada por inúmeras batidas, nenhuma com gravidade. A cena do dia foi o acidente envolvendo Ryan Briscoe e Danica Patrick. O australiano bateu na americana nos boxes tirando ambos da prova. A baixinha de 1,54m saiu furiosa do carro e quis tirar satisfações com o trapalhão. Não fosse um segurança que removeu a6 idéia de Danica, Briscoe iria levar uma grande bronca ou até mesmo apanhar de uma mulher na frente de todos.

Au revoir, Guga

Gustavo Kuerten escolheu o palco que o consagrou para encerrar a sua vitoriosa carreira. O estádio Philippe Chatrier estava lotado para ver sua despedida. Lá, Guga conquistou por três vezes Roland Garros, um dos quatro torneios mais importantes do tênis.

O brasileiro entrou em quadra sem pretensões vestindo uniforme idêntico ao de seu primeiro título em 1997. Era nostalgia pura. A vitória nem passava por sua cabeça. Seu último grande triunfo foi nesse mesmo local, em 2004, ao bater Roger Federer. O adversário deste domingo era bem menos famoso, o francês Paul Henri Mathieu.

O operado e surrado quadril não permite mais atuações constantes e com a intensidade exigida nos dias de hoje. A todo o momento Guga levava as mãos às costas. Por poucos instantes a mágica e profunda paralela de esquerda reaparecia. Mas não dava mais. O 3 a 0 para Mathieu foi inevitável.

Foram 1h49min muito bem aproveitados por Kuerten, sempre com sorriso no rosto. O riso só foi substituído após sua última bola parar na rede. Ali o choro apareceu, enquanto todos o aplaudiam em pé. Mas não eram lágrimas de tristeza. Não poderiam ser. Com o rosto escondido na toalha, o pranto de Guga era de orgulho. Da sensação do dever cumprido. De quem fez mais do que o esperado, num esporte em que se depende apenas de si. Que para chegar à glória é preciso ter uma semana impecável.

O maior tenista brasileiro de todos os tempos despede-se das quadras, tendo sido o número um do mundo, conquistado 23 títulos e batido todos os grandes jogadores de sua época. Guga aposenta-se e deixa de ser atleta para virar história.

Valeu, Guga!


Notas velozes sobre Mônaco

- Raikkonen começa a repetir as apagadas atuações do início da temporada passada. Hoje, abusou dos erros. Após a segunda bandeira amarela, acertou a traseira da Force Índia de Sutil, tirando os primeiros pontos da história da equipe e do alemão. Um pecado.

- Sutil estava inconsolável nos boxes. O mínimo que Raikkonen deverá fazer é pedir desculpas publicamente.

- Tão ruim quanto o desempenho do finlandês foi o da equipe Ferrari. Primeiro, demorou a colocar os pneus no carro de Raikkonen antes da largada, resultando em punição de um drive trough no começo da corrida. Com a pista secando, Massa foi obrigado a parar para trocar apenas os pneus. Nos boxes, um dos mecânicos demorou demais para fazer o acerto da asa dianteira. Com isso, o piloto brasileiro perdeu segundos que valeriam a segunda colocação.

- Mas Massa teve sua parcela de culpa. Liderando a prova com Hamiltone e Raikkonen bem atrás, devido a batidas, o brasileiro rodou sozinho e perdeu a liderança da prova.

- Parabéns para Kubica (2), Weber (4) Vettel (5) e Barrichello (6) que terminaram a corrida sem se envolverem em acidentes.

- Barrichello não pontuava desde o GP Brasil de 2006. Terminou com o maior jejum de pontos de sua longa carreira.

- Vettel volta a ter uma boa atuação, após ter surgido com força no ano passado. O menino merece um carro melhor.

- Rosberg teve duas leves batidas em que perdeu o bico de sua Williams. Não era o suficiente para o alemão. Na terceira vez, deu uma porrada no muro.

- Alonso foi afobado. Rodou nas primeiras voltas. Depois, não teve paciência e tentou ultrapassar Hiedfeld a força. Novo acidente.
- Fim de semana para ser esquecido para Heidfeld. Nada deu certo. Aliás, ele está ficando muito distante de Kubica.

- Já o polonês pode até brigar pelo título devido a sua constância de resultados. Ele pode ser o Keke Rosberg dos anos 2000. É difícil, mas pode.

- A Renault também complicou a vida de seus pilotos. Com a pista ainda molhada, colocou pneus de pista seca a força nos carros. Alonso rodou, mas prosseguiu. Piquet, que fazia sua melhor prova na categoria, saiu da pista e encontrou o guardrail. Se a equipe tivesse esperado mais duas voltas, ambos poderiam ter terminado na zona de pontos.

- Coulthard novamente bateu. Dessa vez, sozinho. Azar de Bourdais da Toro Rosso. Enxergando pouco, devido à chuva, o francês seguiu a luz vermelha da traseira do carro que estava a sua frente. Encontrou o muro e a traseira da Red Bull.

- O desempenho de Coulthard esse ano é risível. Vettel deveria assumir logo esse posto.



Classificação do mundial de pilotos e de construtores


Batida que vale a liderança

Normalmente envolver-se em acidentes na Fórmula-1 é fatal para as pretensões do piloto na corrida. Não foi o caso do Grande Prêmio de Mônaco, disputado neste domingo.

Com as condições de pista variando muito no decorrer das duas horas de prova, o inglês Lewis Hamilton acabou sendo beneficiado após tocar no guardrail e ser obrigado a parar nos boxes. O “infortúnio” fez o piloto da McLaren ter de mudar sua estratégia e conquistar a vitória na sexta etapa do Mundial e, de quebra,m assumir a liderança da competição.

Enfim a chuva caiu nas ruas de Monte Carlo e prova começou com pista úmida. Com as ruas do principado molhadas, elas ficam mais estreitas do que são para os velozes F-1. Na volta de apresentação, Kovalainen (McLaren) ficou parado no grid e teve que largar dos boxes. Quando as luzes vermelhas apagaram-se, Massa manteve a ponta e Hamilton pulou na frente de um apático Raikkonen.

Sete giros depois, Hamilton “lambeu” a parede e teve que para nos boxes para trocar os pneus. Ali ele conquistou sua sexta vitória na categoria. Seu tanque foi abarrotado de gasolina o que fez a diferença.

Na volta de número 16, Massa liderava e rodou sozinho, perdeu a liderança para Kubica e ali deixava escapar a vitória. Enquanto o brasileiro e o polonês faziam suas paradas, Hamilton seguia na prova e assumia a liderança. Nas últimas voltas, o piloto da Ferrari teve que parar para “trocar de calçados” e perder a segunda posição.

Uma corrida empolgante, com muitas variáveis. A combinação de chuva e Fórmula-1 sempre rende fortes emoções. A água vindo do céu já rendeu boa corrida até em Hungaroring, a mais chatas das provas do calendário.

Hamilton assume a ponta do campeonato mesmo tendo um carro inferior. O inglês errou menos que seus adversários. Em mais uma ou duas corridas a Ferrari terá que decidir quem irá brigar pelo título, se não Hamilton será o Raikkonen do ano passado e vai aproveitar-se da briga interna dos rivais.

sábado, 24 de maio de 2008

Campanhas distintas

Complicado entender como uma praça como Porto Alegre fique sem futebol no domingo, seja na cidade ou na TV. Com Grêmio e Inter atuando no mesmo horário, o jeito foi assistir pedaços de cada jogo.

Após três rodadas do Brasileirão, vermelhos e azuis estão em situações inversas se levarmos em conta as expectativas antes do início da competição. O Tricolor segue invicto, enquanto o Colorado já perdeu duas partidas. Claro, é início de campeonato e ninguém pode se desesperar, nem entrar em êxtase. É só o começo.
* No Olímpico...

Neste sábado, jogando em casa, o Grêmio bateu o Náutico por 2 a 0. O time de Celso Roth, com a mesma formação pela terceira vez seguida, continua jogando um futebol que não empolga, mas que faz o resultado, o que no fim é o que importa.

Diante de um adversário que marcou forte o tempo todo, foram poucas as situações criadas. As presenças de Rafael Carioca e Eduardo Costa, ambos homens de primeira função do meio-campo, deixam o setor lento e sem aproximação com os homens de frente que precisam se virar sozinhos e não estão conseguindo.

O primeiro gol saiu dos pés de Léo, após passe de Roger, ao 33 minutos da primeira etapa. Nos 45 minutos finais uma partida morna. Dois lances destacaram-se, primeiro um erro do zagueiro Pereira, o que não ocorria há tempos. A falha obrigou o goleiro Victor a salvar o time fazendo importante defesa. O outro lance é igual. O defensor do Náutico tropeça na bola, Perea aproveita-se e coloca a bola nas redes, após dois meses.

* Já o Inter...

No Maracanã, Abel Braga enfrentou problemas para montar a equipe. Além disso, as individualidades ainda não brilharam em seu time no Brasileirão. Alex esteve apagado e Fernandão omisso. O resultado foi uma derrota por 2 a 1 diante do Flamengo.

O primeiro tempo foi parelho. Os dois times criaram oportunidades. O Inter se deu melhor. Após enfiada de bola de Alex, Nilmar fez seus terceiro gol em 18 jogos nesta temporada. O Colorado entrou no vestiário em vantagem, mas fez questão de perdê-la no começo da segunda etapa.

Em dez minutos o Mengo marcou duas vezes. Primeiro aos cinco, em cobrança de falta, Fábio Luciano cabeceou, Renan defendeu e no rebote Marcinho igualou o placar. Mais 300 segundos e Souza colocou os cariocas na frente. Sidnei saiu em branco, Tardelli saiu na cara de Renan e a bola sobrou para o camisa 9 rubro-negro guardar.

Depois disso, Abelão usou sua velha estratégia de empilhar atacantes. O time terminou o jogo com Alex, Andrézinho, Fernandçao, Nilmar,Gil e Adriano. Uma salada de frutas que não deu resultado.

O Inter perdeu suas duas partidas fora de casa, para Palmerias e Flamengo. Analisando separadamente os resultados, eles são normais. Porém, para quem pensa em ser campeão, largar com uma vitória e duas derrotas não é bom.

Massa na pontoa em Mônaco

A Ferrari surpreendeu nesta sábado em Mônaco e superou a favorita McLaren. Fazia tempo que a equipe italiana não obtinha tão bons resultados por lá no treino que define o grid. A pole ficou com Felipe Massa, em segundo seu companheiro Kimi Raikkonen. A primeira fila não era toda vermelha, no principado, desde 1979.

Na temporada, Massa faz 5 a 1 nos treinos em relação ao finlandês. Com esse desempenho Raikkonen deve começar a ficar preocupado e ver o brasileiro como um forte concorrente na briga pelo título. O Homem de Gelo sabe que precisa melhor seu desempenho nos sábados.

Hamilton fez a terceira marca do dia e esperava-se mais dele e da equipe. Piquet foi decepcionante. Largará em 17º lugar, enquanto Alonso em sétimo. São dez posições de diferença, uma eternidade para quem possui o mesmo equipamento. A vida do filho de Nélson fica cada vez pior. A pressão é grande por resultado que não aparecem.

Se discurso de piloto de Fórmula-1 deve ser considerado, a Honda também teve um treino trágico. Segundo Barrichello, 15º, o objetivo era colocar os dois carros entre os dez primeiros. O outro bólido da escuderia japonesa, o de Button, larga em 12º lugar.

Não fosse o acidente de Coulthard que bateu forte após a saída do túnel, o classificatório foi tranqüilo. Se não chover quem fizer a primeira curva na frente torna-se o favorito. Agora, se cair água do céu, como diz a previsão do tempo, tudo é possível. Tudo mesmo!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Aquecimento

Como esquenta para o treino que definirá o grid de largada para o GP de Mônaco, neste sábado, às 9h, coloco vídeo do classificatório de 2006.

Michael Schumacher "errou" na Rascasse, penúltima curva do traçado, e atrapalhou a volta de Alonso, garantindo sua pole. Posteriormente os comissários da FIA puniram o alemão.



O que vocês acham, Schumacher errou ou fez por querer?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Riiiiiiiiiiiiiiidículo

O capitão do Chelsea, John Terry, vacilou na decisão por pênaltis da Champions League. Na verdade, teve azar. Ao realizar a cobrança que daria o título inédito ao clube londrino, seu pé de apoio escorregou e a bola passou distante do gol.

Mas já ocorreram chutes piores partindo da marca da cal. Confira esse do desconhecido Peter Devine do Lancaster City em partida válida pela Copa da Inglaterra. Provavelmente, nada possa ser pior

Chegou a vez do charme de Mônaco

A Fórmula 1 corre neste fim de semana em Mônaco. No Principado tudo é diferente. Os treinos livres, por exemplo, ocorrem na quinta-feira. O mais rápido do dia foi Lewis Hamilton da McLaren. O brasileiro Felipe Massa (Ferrari) foi o quarto, seu companheiro e líder do mundial de pilotos Kimi Raikkonen terminou uma posição à frente.

Entre os outros brasileiros, Piquet foi o 15º e Barrichello o 10º.

Mônaco é uma corrida imprevisível. Rodeada por uma atmosfera charmosa e disputrada em ruas que praticamente não comportam mais os potentes carros da categoria. Ultrapassar é quase impossível.

Lá sempre ocorrem surpresas. Nos últimos anos, a maior delas foi a vitória de Olivier Panis em 1996. Essa foi a última vez que um piloto subiu no ponto mais alto do pódio pela tradicional equipe Ligier.

Será interessante ver como os pilotos se comportarão sem o controle de tração nas estreitas ruas do traçado. A previsão é de muitos erros e com poucos pilotos terminando o GP, assim como na abertura do mundial na Austrália.

Enquanto esperamos o treino que definirá o grid de largada, no sábado, vamos dar uma volta pelo Principado de carona com Ayton Senna, que venceu seis vezes por lá.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Só os pênaltis podiam decidir

Foi cruel, mas não teve jeito. Manchester United e Chelsea são equipes tão parelhas que atuando em campo neutro nenhuma delas pôde sair vitoriosa. Após 1 a 1 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação, Os Diabos vermelhos venceram nos pênaltis por 6 a 5 e conquistaram pela terceira vez a Champions League.

Nesse tipo de decisão às vezes não há um grande heróis, o que até não foi o caso, mas certamente vai existir um vilão. O de hoje atende pelo nome de John Terry. O gigante defensor dos Blues estava incumbido de bater a quinta e última cobrança. Era só fazer. Já que Cristiano Ronaldo havia desperdiçado a sua. Terry caminhou vagarosamente até a bola, respirou fundo e ajeitou a faixa de capitão. Tomou distância e na hora de chutar seu pé de apoio escorregou no molhado gramado do Luzhiki Stadium, em Moscou. O tiro foi para fora. O United seguia vivo.

Na série alternada, o inconstante Anelka bateu para a defesa de do herói Van der Sar (foto). Estava tudo acabado para o clube londrino. A cobiçada taça da Champions segue inalcançável para os milhões de euros de Roman Abramovic.

Cristiano Ronaldo desabou no gramado num choro de alívio e alegria. Terry estava inconsolável. A comemoração foi ao som da Nona Sinfonia de Beethoven, com o clássico, o tradicional, prevalecendo sobre o moderno. A camisa pesou. O Chelsea ainda não é grande.

Independente de quem vencesse, o título iria ficar em boas mãos. Porém, foi recompensada a equipe que jogou mais bonito. O clube que tinha dois mitos, o técnico Alex Ferguson e o meia Rian Giggs, que bateu o recorde de jogos pelo Manchester. O triunfo foi do time que teve o melhor jogador da temporada européia, Cristiano Ronaldo. A taça ficará bem acomodada em Old Trafford.


* O jogo

Alex Ferguson e Avram Grant não inventaram. Levaram a campo os esquemas que mais utilizaram no decorrer da temporada. Pelo lado do Manchester, Cristiano Ronaldo ocupou o lado esquerdo da meia-cancha. Por ali, foi rei na primeira etapa. Mas a jogada do primeiro gol saiu após cruzamento do outro lado que achou a cabeça do português.

Era tudo que o Chelsea não queria, sair atrás no placar. O clube da capital britânica gosta de começar na frente para administrar depois. Jogando um futebol quase sonolento. Porém, teve que correr atrás, mas estava desordenado. Sem sincronia de movimentos entre os três setores.

Os Red Devils dominaram as ações. Essien não conseguia conter os avanços de Ronaldo. Cech foi obrigado a operar dois milagres seguidos. Apesar de estar sendo encurralado pelos adversários, os Blues encontraram forças e num chute despretensioso de Essien, a bola sobrou para Lampard empatar faltando um minuto para o intervalo.

Na volta do vestiário, a situação se inverteu. O Chelsea jogou mais. Criou mais oportunidades. A equipe ficou compacta e Cristiano Ronaldo foi anulado. Aos 32, num tirambaço, Drogba carimbou a trave.

O lance foi emblemático. A partir desse momento Ferguson modificou a tática do seu time e emparelhou o duelo. Nenhum dos dois técnicos queria ser o primeiro a mexer. Um esperava o outro tomar a iniciativa para então contra-golpear. A ´rimeira substituição só ocorreu faltando cinco minutos para o fim da partida.

Noventa minutos não foram suficientes para definir o campeão. Seriam necessários pelo menos mais 30 de prorrogação. Logo aos três minutos, o Chelsea tringulou e Lampard colocou no travessão. Ali, iam-se as últimas forças do Chelsea. Era visível os jogadores do clube de Abramovic sentindo dores musculares.

Antes do fim da primeira parte do tempo extra, Terry salvou os Blues desviando chute de Giggs. Numa partida tensa, com a arbitragem deixando o jogo correr, a confusão foi inevitável. Tevez armou o barraco, Drogba caiu na provocação e foi expulso. Tudo ficou para os pênaltis.

Para o Manchester converteram: Tevez, Carrick, Hargreeves, Nani, Anderson e Giggs. Cristiano Ronaldo desperdiçou a terceira cobrança ao fazer uma paradinha.Para o Chelsea balançaram a rede: Ballack, Beletti, Lampard, Cole e Kalou. Terry errou a quinta cobrança e Anelka bateu o último pênalti para a defesa de Van der Sar.

A pergunta que fica é se Drogba não tivesse sido expulso, seria diferente?


Nunca saberemos.

Caminhos distintos, objetivos iguais

Após 38 exaustivas rodadas, o Manchester United conquistou o Campeonato Inglês com dois pontos de vantagem sobre o Chelsea. Diferença muito pequena para um torneio tão longo. Isso mostra como os dois times são parelhos, apesar de apresentarem modos de jogar distintos. A igualdade não para aí. Nos confrontos diretos em 2007/08 quem atuou em casa venceu.

Nesta quarta-feira, ambos entrarão no neutro campo do Luzhniki Stadium para decidirem quem ficará com o título da Champions League, principal torneio interclubes da Europa. A gélida Moscou será palco do tira-teima.

O modo com que cada clube chegou à final foi distinto. Os Diabos Vermelhos fizeram uma campanha mais retilínea. Sir Alex Ferguson ousou e montou uma equipe ofensiva e muito competitiva, digna de orgulhar a rainha. Praticou o melhor futebol do Velho Continente nesta temporada.

Em seu favor, o United possuiu maior tradição, tendo conquistado o torneio duas vezes. Um número considerado baixo: “Temos uma história gloriosa, mas deveríamos ter conquistado mais Copas Européias”, afirmou Ferguson.

Já o Chelsea sonha em ser grande e conquistar a Champions pela primeira vez. As turbulências das primeiras partidas, graças ao polêmico técnico José Moruinho, que estava falando demais e treinando de menos, foram superadas com a entrada de Avram Grant.O israelense encontrou grandes dificuldades no começo de seu trabalho, mas fez um 2008 invejável e chegou aonde seu antecessor sempre quis mas nunca conseguiu.

Admirador de personalidades como Gandhi, Muhamed Ali, Michael Jordan e Churcill, Grant leva consigo o seu lema: “Se você não desfrutar do processo que está participando, você não é um homem feliz”. O que significa dizer que mesmo vencendo o maior título da história dos Blues ele poderá abandonar o cargo.

O israelense montou uma equipe pragmática, que joga pelo resultado e não para encher os olhos. Desse modo, enfileirou 16 vitórias seguidas no Campeonato Inglês. O time é rei em administrar resultados, em anular os pontos fortes dos adversários.

Manchester e Chelsea são opostos que se atraíram.

* Os craques

Em meio a especulações de que possa sair do Manchester United, Cristiano Ronaldo quer dar mais um passo para ser o melhor do mundo. O jogo de hoje é fundamental para isso, além de ter que fazer uma boa Eurocopa.

Pelo lado do Chelsea, o craque atende pelo nome de Frank Lampard. Caso solte o grito de “é campeão” ao final do confronto, provavelmente ele se tornará o maior jogador da história do clube. Até o momento, a torcida dos Blues considera o italiano Gianfranco Zola como o maior de todos. Além disso, o camisa 8 quer fazer uma dobradinha de títulos. No domingo, seu tio Harry Redknapp conquistou a Copa da Inglaterra dirigindo o Portsmouth.

* O recorde
Ryan Giggs ao trilar do apto do árbitro baterá o recorde de jogos com a camisa do Manchester que pertencia a Bobby Chalton.

* Prognóstico

Como foi demonstrado é difícil apontar um favorito. Mas aqui não se pode ficar em cima do muro. O favorito é o Manchetser, mas vai dar Chelsea. Me cobrem!

domingo, 18 de maio de 2008

Linhas sobre os outros jogos

Sábado

Cruzeiro 1 x 0 Botafogo – A eliminação na Libertadores ainda não foi digerida na Toca da Raposa. A torcida mostrou impaciência com alguns jogadores apesar da vitória. O Botafogo poupou meio time pensando na Copa do Brasil e promoveu a estréia de Carlos Alberto, um fantasma em campo. O único gol do jogo foi de Guilherme cobrando pênalti.

Vasco 3 x 1 Portuguesa – Ora pois, pois, no clássico luso deu Vasco com dois gols de Edmundo e de Leandro Amaral. Diogo fez o de honra da Portuguesa. A equipe paulista sofreu oito gols em dois jogos e tem o pior ataque da competição. Isso que o sistema defensivo foi o forte do time no Paulistão.

Sport 0 x 0 Vitória – Diferente dos demais sobreviventes da Copa do Brasil que jogam a Série A, o Sport não poupou jogadores e não obteve o resultado que queria. O Vitória marca seu primeiro ponto graças ao goleiro Viáfara, autor de um milagre. A Ilha do Retiro não é tão alçapão assim.

Domingo

Atlético-PR 1 x 1 São Paulo – Jogando com o time reserva, nem o fominha Rogério Ceni entrou em campo, o São Paulo conseguiu um bom empate. O gol dos paulistas foi marcado por Éder Luís. Danilo fez o dos paranaenses. O Furacão vacilou. Dificilmente terá a oportunidade de jogar contra um time reserva em casa novamente. Além disso, o Tricolor jogou parte do segundo tempo com um a menos, o jovem zagueiro Aislan foi expulso. Esse é candidato fortíssimo para o nome mais estranho do Brasileirão.

Partida marcada por um acerto por meios errados por parte da arbitragem. Djalma Beltrami marcou pênalti inexistente a favor do São Paulo. Porém, o bandeira havia assinalado impedimento, que também não existiu. O apitador atendeu ao aceno e voltou atrás. É bom eles compraram casacos, pois ficarão um tempo na geladeira.

Fluminense 0 x 2 Náutcio – A partida marcou o enésimo frango sofrido por Fernando Henrique. Até Renato Gaúcho demonstrou insatisfação com seu goleiro. Com o Flu desinteressado pelo Brasileirão, o Náutico aproveitou-se e somou três pontos importantes para a fuga do rebaixamento lá em novembro. Geraldo, mais uma vez, comandou o time.

Goiás 1 x 1 Atlético-MG – Jogo sem sal. Gols no segundo tempo de Paulo Bayer para o Goiás e Vandelei para o Atlético, que estava de técnico interino. Os mineiros são os únicos a terem empatado as duas partidas.

Santos 4 x 0 Ipatinga – Sem poupar jogadores e com show de Kleber Pereira, o Santos atropelou o pobre Ipatinga. O centroavante marcou três e assumiu a artilharia do Brasileirão. O outro gol foi feito por sue xará Kleber. Ao que tudo indica, essa foi a primeira goleadas de muitas que virão para o Ipatinga.

Figueirense 2 x 1 Coritiba – A partida marcou a despedida do técnico Gallo do comando do Figueira. Seu destino deverá ser o Atlético-MG. Nada mais apropriado. O dono do jogo foi Cleiton Xavier autor dos dois gols do catarinense.


PS: Não esuqeça de deixar seu palpite no Bolão do Blog cinco posts abaixo. Conto com os chutes de vocês.

Vontade em excesso faz mal

Inter e Palmeiras jogaram em pé de igualdade por 17 minutos e foram do mesmo nível. Nos outros 73, o Verdão levou a melhor. A soma deu aos paulistas uma vitória por 2 a 1 no confronto entre os principais favoritos ao título do Campeonato Brasileiro deste ano.

Wanderley Luxemburgo inverteu Denílson de lado. Jogou o habilidoso atacante para o lado direito do sistema ofensivo. Assim, o pentacampeão mundial seguraria os avanços do zagueiro/lateral Marcão. A estratégia funcionou e o homem que diz já ter namorado cinco capas da Playboy foi o melhor em campo.

Enquanto os dois times tiveram onze jogadores a igualdade deu o tom. Ambas as equipes criaram oportunidades. Marcão dava espaço para Denílson que sempre progredia para dentro da área. A defesa colorada falhava ao fazer a linha de impedimento. Danny Moraes não achava Vadivia em campo. No ataque, Alex fazia o goleiro Marcos trabalhar.

O embate marcava a volta de Edinho a equipe, após recuperar-se de uma hepatite. O volante estava mais disposto do que o habitual e exacerbou na vontade e foi justamente expulso após dura falta em Valdivia. Abelão modificou o esquema. Fixou Jonas como lateral direito e recuou Fernandão para o meio.

Isso não bastou para parar o Palmeiras. Após erro de Índio, Denílson abriu o placar. Jogando em casa, o alviverde se impôs e controlou as ações até o fim do tempo regulamentar. Nos acréscimos, Alex cobrou falta e Índio, de cabeça, igualou tudo.

Mesmo em desvantagem numérica, o Inter não ficou acuado e criou oportunidades. Principalmente na bola aérea. Mas a defesa voltou a falhar. Orozco cometeu pênalti em Valdivia. Alex Mineiro cobrou e fechou o placar. Pelo lado vermelho, Guiñazu ainda foi expulso, justamente, diga-se de passagem.

Vadivia

O chileno joga muita bola. Sua habilidade é do tamanho das provocações que faz aos adversários. Com Luxemburgo, está aprendendo a ser decisivo. Um jogador que qualquer técnico gostaria de ter a disposição.

Perguntar não ofende

- A derrota para o Sport bastou para acabar com a mística da camisa branca? Afinal, o Inter nunca gostou de jogar todo de vermelho.

Bola na trave não altera o placar

Como diria Carlos Alberto Parreira “o gol é um detalhe”. Foi exatamente esse detalhe que faltou ao Grêmio na tarde deste domingo, no Olímpico, diante do Flamengo. Apesar das chances criadas, o 0 a 0 permaneceu durante os 90 minutos.

A boa atuação dá ao técnico Celso Roth uma certa tranqüilidade, pois em dois jogos do Brasileirão, o Tricolor foi bem dentro de campo. A corda segue bamba, mas ficou um pouco mais grossa.

O treinador gremista manteve o esquema com três zagueiros para pegar o Mengão e deu resultado. Claro, sem nos preocuparmos com “o detalhe”. Num primeiro tempo bem disputado, os donos da casa estiveram mais perto do gol. Pereira carimbou a trave flamenguista no começo da partida. Roger esteve mais preciso em seus passes. Porém, Perea ainda peca na finalização.

Com os cariocas tendo perdido Obina e Souza lesionados durante a semana, faltou a referência na frente. Facilitando o trabalho da defesa gremista. Na sua segunda partida no comando do rubro-negro, Caio Junior ainda segue o caminho trilhado por Joel Santana. Mas o time não possui mais a mesma espontaneidade de antes da trágica eliminação na Libertadores.

Após o intervalo, o Grêmio assumiu as rédeas da partida. Vitor pouco foi exigido. Já Bruno salvou a pátria flamenguista. A bola explodiu na trave do Flamengo mais uma vez.

Não se engane

Apesar do desempenho da equipe ter agradado diante de São Paulo e Flamengo, ainda não é o momento para os tricolores abrirem sorriso no rosto. Roth está com seu elenco completo, sem lesões, nem suspensões, que certamente virão. Além disso, o Grêmio, no momento, só atua pelo Campeonato Brasileiro. Quando a competição começar a ter jogos no meio de semana ou durante a Copa Sul-Americana, o time irá se apertar devido aos desfalques e a falta de um elenco qualificado.

Marcel de volta

Agora, é oficial. O centroavante Marcel está de volta ao Olímpico. O atacante atuou no Grêmio no ano passado e nessa temporada esteve no Cruzeiro. O jogador é o típico camisa 9. Porém, suas últimas passagens não empolgaram. Seus chutes balançaram as redes poucas vezes. Já as chances desperdiçadas foram incontáveis. Mas o futebol tem disso, quando menos se espera os gols voltam a surgir.

A re-contratação não é uma maravilha, mas com uma dose de sorte pode dar certo.
Perguntinha
Alguém viu Kléberson em campo no time do Flamengo? Ele não é nem sombra do jogador que foi na Copa de 2002.

Título no sufuco

A Inter deveria ter conquistado o título italiano há muito tempo. Tinha mais time, mais tradição em relação a Roma, que seguia tropeçando em jogos fáceis. Mas não foi assim. Os interistas precisaram sofrer até a última rodada para conquistarem o tricampeonato italiano. Tiveram que sentir o 16º scudetto de sua história escapar. No fim, o grito de campeão saiu numa chuvosa tarde de domingo, em Parma.

Apesar de ter entrado em campo com um ponto de vantagem sobre os romanos, a situação do clube de Milão era complicada. Os nerazurri lutavam pelo título e contra as estatísticas. A Inter nunca havia vencido na temporada com Rocchi como árbitro, nem com a ausência de Cambiasso no meio-campo. Além de estar sendo secada em toda a Bota. No fim a vitória por 2 a 0 diante do Parma, com dois gols de Ibrahimovic selou a conquista.

Porém, o susto foi grande. Logo com oito minutos de bola rolando, a Roma colocou a mão na taça. Vucinic fez 1 a 0 diante do Catania. O Parma pressionava, Júlio César fazia o que podia para o Parma não marcar. O alívio só veio no segundo tempo, quando Ibra entrou e resolveu tudo. A Roma entregou-se e cedeu o empate que salvou o Catania do rebaixamento.

A conquista foi merecida por parte da Inter. Mesmo com brigas internas e externas, o clube montou o melhor elenco e enquanto manteve os nervos no lugar liderou com folga, jogando o melhor futebol. Na próxima temporada será muito mais complicado. A Roma virá mais forte. A Juventus irá ressurgir e o Milan quererá apagar o vexame desta temporada. Para conquistar o tetra será preciso mostrar muito mais do que nos 38 jogos desta temporada.

Champions League

A última vaga para a competição continental ficou, de maneira merecida, com a Fiorentina. A equipe Viola fez o básico e venceu o Torino por um magro 1 a 0, gol do argentino Osvaldo. Bastava. A goleada do Milan sobre a Udiense por 4 a 1 foi inútil. Os dois clubes tiveram estratégias diferentes para encarar a temporada. Os milaneses apostaram na experiência do seu elenco. Enquanto a Fiorentina tinha na juventude sua principal arma. A Fiore, dentro do retângulo de jogo, foi mais equilibrada que os rossoneri. Nas últimas rodadas, pagou o preço pela inexperiência tendo que dividir forças entre a Copa da Uefa e o torneio nacional.

Nenhuma taça foi para sala de troféus do Artemio Franchi, mas a torcida está orgulhosa da campanha de seus guerreiros. Será fantástico rever a Fiorentina entre os grandes da Europa novamente.

O Milan pagou o preço por sua arrogância. Ao conquistar a última Champions League, os dirigentes acreditaram que aquele time renderia mais um ano em alto nível. Mas não dava. A ilusão acabou. Agora, é reformular. Reformular de vez. Cafu e Serginho anunciaram que deixarão o clube. O primeiro volta ao Brasil e o segundo aposenta-se. Muitas mudanças ocorrerão em Milanello.

Rebaixamento

Livorno, Parma e Empoli irão amargar a Série B em 2008/09. Desses, só o Parma fará falta.

Curiosidades


- Pela primeira vez Del Piero terminou uma temporada como o artilheiro da Série A. Um prêmio para um craque dentro e fora de campo, que na volta da Juventus à Primeira Divisão era para ser um reserva de luxo.

- Pela primeira vez na sua história o Parma é rebaixado para a Segunda Divisão. Foram 18 temporadas seguidas na elite do futebol italiano.

- O Empoli é uma incógnita. É um ioiô. Sobe e desce de divisão toda hora. O incrível que mesmo quando rebaixado, o clube possui bons valores no elenco. Nessa temporada destacam-se Marchisio e Giovinco, além dos experientes Vanucchi e Buscé. É a típica falta de camisa.

- A média de gols do campeonato ficou em 2.57.

- Seleção do campeonato: Buffon (Juventus), Zanetti (Inter), Gamberini (Fiorentina), Chivu (Inter) e Chiellini (Juventus); Cambiasso (Inter), De Rossi (Roma) e Montolivo (Fiorentina), Del Piero (Juventus), Cassano (Sampdoria) e Ibrahimovic (Inter).

- Revelação: Hamsik (meia/Napoli).


- Craque: Ibrahimovic (atacante/Inter).

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Outro da Nike

Dessa vez nem precisaram ser usados efeitos especiais. A própria estrela do comercial se encarregou de tudo. Vejam:


Bolão

Meu amigo Lucas me convidou para participar de uma brincadeira com ele e seus colegas de apartamento, João e Mateus. Topei e coloco aqui o meu palpite de como terminará a classificação do Campeonato Brasileiro.
A maior dificuldade foi definir quem será o Campeão. A brigará ficará entre Inter e Palmeiras. Como a aposta está sendo feita com apenas uma rodada e sem as contratações e saídas que ocorrem no meio do ano, fico com os gaúchos pelo elenco mais elástico, no momento.
Quem quiser participar deixe o seu “chute” na caixa de comentários. Assim, faremos um pequeno bolão entre os leitores deste blog. A pessoa que tiver mais acertos ganhará os meus parabéns!
Participem.

1- Inter
2- Palmeiras
3- Fluminense
4- São Paulo
5- Flamengo
6- Cruzeiro
7- Santos
8- Botafogo
9- Sport
10- Vasco
11- Atlético-PR
12- Coritiba
13- Grêmio
14- Figueirense
15- Atlético-MG
16- Portuguesa
17- Náutico
18-Goiás
19- Vitória
20- Ipatinga

Missão cancelada

Dessa vez nem a mística da camisa branca, utilizada na final do Mundial, salvou. O Inter caiu diante do Sport no confronto de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil, em Recife. Podendo empatar, o Colorado foi derrotado por 3 a 1. O sonho acabou.

Os comandados por Abel Braga resolveram jogar mal quando não podiam. Em um jogo decisivo. O time que se empunha diante dos adversários não existiu. O Inter em nenhum momento pensou em fazer seu jogo, preocupou-se em neutralizar o oponente durante todo o tempo. Foram inúmeras as mudanças no sistema tático durante os 90 minutos.

Pelo lado do Sport a estratégia foi a mesma de sempre. Jogar com os laterais bem avançados, explorando as jogadas pela linha de fundo e as bolas paradas. Deu resultado.

O primeiro golpe foi levado logo aos três minutos. Após cobrança de escanteio Leandro Machado fez de cabeça. Saindo atrás no placar, mesmo com Guinãzu, Alex e Fernandão sendo caricaturas de si mesmos, o Inter criou oportunidades. Nilmar, novamente, perdeu várias chances. Boas jogadas, mas nenhum gol, não servem de nada para quem é o homem mais agudo da equipe. O empate saiu através do zagueiro Sidnei.

Dentro das quatro linhas da Ilha do Retiro, Alex atuou fechando pelo lado esquerdo, preocupado muito mais em conter os avanços de Luzinho Netto do que em ser o homem decisivo lá na frente. Fernandão, em resumo, não acertou nada.

Com Jonas e Danny Moraes como volantes, Guiñazu ficou perdido no centro do gramado. Não teve a mesma combatividade, nem a mesma saída de jogo. Com isso, a alta movimentação colorada foi inexistente.

Os 45 minutos finais, certamente, serão um dos cinco piores de todo 2008. O Sport veio para cima, mesmo quando ficou com um homem a menos. Os jogadores do Inter não conseguiam reter a posse de bola no campo ofensivo. Era como atirar uma bola na parede, ela ia e voltava. Aos 16 minutos, Roger colocou os rubro-negros novamente em vantagem. Oito minutos depois, o tiro de misericórdia. Durval cobrou falta e fechou o caixão vermelho.

Vestiário

Algumas frases chamaram a atenção após a eliminação.

Segundo Giovanni Luigi, vice de futebol, todos deram o melhor de si. Ora, se o melhor que o Inter pode fazer fora de casa contra o Sport é levar três, o que será quando enfrentar equipes melhores? É isso que dar usar frases enlatadas para explicar as derrotas. Sai bobagem, sempre.

Já o técnico Abel Braga ficou tão desnorteado com o ocorrido, que na verdade, não conseguiu anotar a placa do caminhão que passou sobre seu time e simplesmente reconheceu a superioridade adversária.

Finalizando

Após a estréia do Brasileirão os colorados vangloriavam-se das quebras de tabu ocorridas neste ano. Afinal, venciam uma partida de estréia do Campeonato Brasileiro após dez anos e haviam goleado o Juventude no Gauchão.

Mas a sina de não chegar a final da Copa do Brasil prossegue. Agora, para 2008 acabar bem, é preciso quebrar o maior tabu de todos, vencer o Brasileirão. O que não ocorre há 29 anos. Será que conseguirão?

Aguardemos.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Nike: segundo tempo

As imagens relacionadas ao esporte geram belíssimos comerciais. Infelizmente no Brasil isso é pouco explorado.

Coloco aqui mais um excelente comercial da Nike. Desta vez, não sobre futebol, mas sobre o basquete. Impossível não gostar.

A nova ordem brasileira

A tendência é de que dentro de alguns anos, mantendo-se a fórmula de ponto corridos no Brasileirão, comesse a ocorrer o mesmo dos torneios europeus, com poucos clubes conquistando os campeonatos nacionais. A extinção do formulismo é propícia a isso.

Em matéria da revista Vip deste mês, o repórter Rodolfo Rodrigues - nome sugestivo não? – não realizou uma projeção em longo prazo sobre o certame nacional, mas realizou uma análise de todas as edições dos torneios por pontos corridos, disputados desde 2003, e reorganizou a grandeza dos participantes.

Os 31 clubes que disputaram o Brasileirão nesse período foram analisados nos seguintes quesitos: ranking de pontos ganhos desde 2003; média de publico em casa, jogadores convocados para a Seleção Brasileira, rebaixamento e títulos conquistados – excluindo os estaduais.

Então, para a VIP a grandeza dos clubes ficou assim:

Grandes: São Paulo, Cruzeiro, Inter, Santos e Flamengo.

Médios: Corinthians, Fluminense, Palmeiras, Atlético-PR e Goiás.

Pequenos: Vasco, Figueirense, Botafogo, Sport e Náutico.

Minúsculos: Atlético-MG, Grêmio, Fortaleza, Paysandu, São Caetano, Coritiba, Paraná, Juventude, Ponte Preta, Bahia, Criciúma, Guarani, Vitória, Brasiliense, Santa Cruz e América-RN.

Alguns critérios utilizados pela revista são discutíveis, como em qualquer ranking que se faça. Por exemplo, os Estaduais fazem parte da cultura futebolística brasileira e por mais que estejam defasados e sem sal devem ser considerados. Alguns clubes grandes do nosso futebol só receberam este rótulo devido as conquistas regionais.

Além disso, contar apenas jogadores cedidos à Seleção Brasileira é exagero. Muitos estrangeiros estão atuando no país e suas convocações deveriam ser consideradas também.
Apesar dessas discordâncias, é inegável que realmente os pontos corridos estejam redimensionando os clubes brasileiros. Os mais bem planejados estão na ponta.

Mas são apenas cinco anos de disputa em turno e returno, é preciso esperar ao menos mais cinco ou dez anos para as peças se encaixarem definitivamente. Clubes como Fluminense e Palmeiras que possuem grandes parceiros e começam a se ajeitar devem crescer.

Você concorda com a nova ordem proposta pela revista VIP?

terça-feira, 13 de maio de 2008

Nike

Coloco aqui, na integra, para quem ainda não viu, o comercial mais recente da Nike. É simplesmente fantástico!

domingo, 11 de maio de 2008

Algumas linhas sobre os outros jogos da primeira rodada

Vitória 0 x 2 Cruzeiro – Resultado previsível. A equipe mineira se recupera bem do baque da sofrido na Libertadores. Sem contar com Wagner, que se casou no fim de semana, o ex-gremista Bruno foi titular do Zero e fez boa atuação. O Vitória precisa contratar o quanto antes.

Náutico 2 x 1 Goiás – Jogando nos Aflitos, Geraldo orquestrou o Náutico à vitória. Vencer um adversário direto na briga para não cair pode fazer a diferença lá no final.

Coritiba 2 x 0 Palmeiras – Sem disputar competições paralelas e sendo candidato ao títul,o o Verdão tinha que ter estreado melhor. No Coxa, Keirrison saiu lesionado na primeira etapa, o recém contratado Michael, ao lado de Pedro Ken e Hugo fizeram a diferença. Luxumburgo já começou a reclamar. Aliás, alguém viu o casaco de pele dele? RRRRRRRRRRRÍDUCULO!

Botafogo 2 x 0 Sport – O Fogo está ajudando a acabar com o mito Sport. A equipe pernambucana é comum. O ponto negativo do jogo foi a falta de luz no Estádio Engenhão no segundo tempo. O Sport teve um gol legal anulado.

Ipatinga 0 x 1 Atlético-PR – O Furacão venceu por pouco. O que preocupa, pois o Ipatinga jogou bem melhor.

Flamengo 3 x 1 Santos – Com o maior do mundo sem público, devido a uma punição, o Flamengo se deu bem. Sem a pressão da torcida, o time jogou mais tranqüilo após a vexatória eliminação na Libertadores. Mas o Peixe atuou com time reserva e sfreu os dois primeiros gols em erros individuais. Destaque para o atacante Marcinho do Mengão.

Atlético-MG 0 x 0 Fluminense – O único 0 a 0 da rodada. O Flu atou com time reserva, o Atlético sem o ataque titular. Com Libertadores e Copa do Brasil no meio da semana, nenhum dos dois se importava muito com o resultado.

Portuguesa 5 x 5 Figueirense – Na teoria era o jogo mais desinteressante da rodada. Porém, acabou salvando a média de gols. Na volta à elite, a Lusa chegou a fazer 5 a 2 e cedeu o empate. Em dez gols, foram nove marcadores diferentes. Christian fez um. Patrício foi expulso. Rodrigo Fabri também anotou o seu.

Primeiro round pró Manchester

O Manchester United conquistou neste domingo pela 17ª vez o Campeonato Inglês. Agora, os Red Devils estão a uma conquista de igualar o recorde do Liverpool.

O título veio na última rodada, após vitória sobre o Wigam por 2 a 0. Enquanto o Chelsea empatava em um gol com o fraco Bolton.

Porém, tudo foi mais sofrido do que o esperado. Tendo um início claudicante, o time de Alex Frguson logo achou o seu norte e jogou o futebol mais bonito da Terra da Rainha. Em outubro, assumiu a ponta da Premier League, perdeu a liderança momentaneamente em fevereiro e depois retomou a dianteira.

Alguns tropeços fizeram com que o Chelsea emparelhasse e dificultasse a situação nas rodadas finais. Mas não foi suficiente. Agora, os dois clubes enfrentam-se na final da Champions League dia 21 em Moscou. É o round final e o que conta mais pontos.

O fantasma de 2002 reaparece

Não há como não relacionar o ano de 2002 com o de 2008. O medo voltou a rondar a Inter de Milão. O clube era o virtual campeão italiano. Hoje, corre risco de perder o que era garantido.

Hoje era o dia de comemorar mais um scudetto, o décimo sexto. Era, mas não foi. A Inter precisava vencer o Siena, em casa. Empatou por 2 a 2 e a torcida viu Materazzi desperdiçar um pênalti. Enquanto isso, a Roma fez sua parte e bateu a Atalanta, no Olímpico, por 2 a 1.

O clube de Milão tem apenas um ponto de vantagem em relação ao rival da Cidade Eterna, 82 a 81. A última rodada confronta quem briga pela taça e quem disputa para permanecer na Série A.

Os nerazurri enfrentam o Parma, último rebaixado no momento com 34 pontos, fora de casa. Já os romanos viajam para pegar o Catania, primeiro fora da degola com 36.

A Inter assumiu a liderança do torneio na sexta rodada e desde então não abandonou a posição. A Roma agarrou-se na vice-líderança na 12ª. Mas na 23ª “gironata”, a faixa estava no peito do clube do milionário Massimo Moratti. O time de Roberto Mancini abriu onze pontos de vantagem.

Mas a diferença foi progressivamente caindo até a situação atual. A Roma é obrigada a vencer e torce para a Inter, no máximo, empatar. A situação remete ao ano de 2002.

Há seis temporadas, os neroazurri eram comandados por Héctor Culpi, hoje no Parma, e deixaram escapar um título dado como certo. Faltando cinco rodadas para o fim daquele campeonato, a Inter tinha seis pontos de vantagem sobre a Juventus. Na última rodada a Juve acabou com a taça no armário.

Mesmo assim, o blog não muda de idéia e acredita que a Inter vai comemorar no fim. O scudetto não vindo, tudo indica uma nova revolução em Milão e a perda do rumo, que aparentemente, havia sido encontrado.

Champions League

Depois de uma arrancada surpreendente nas últimas rodadas, o Milan perdeu para o Napoli por 3 a 1. A Fiorentina bateu pelo mesmo placar o Parma. Agora, a Viola está com a última vaga para competição continental dois pontos a frente dos milaneses.

Na última rodada, tem Milan x Udinese e Torino x Fiorentina. Tudo indica, como este blogueiro já apontava, que o clube da Capital da Moda ficará de fora da Champions na próxima temporada. Para o torneio é uma pena, mas a Fiorentina merece.

Mesmo com reservas deu Inter

O Inter entrou em campo, neste domingo, pensando no Sport, na quarta. Com a cabeça na Copa do Brasil, Abel Braga escalou um time repleto de garotos para enfrentar o Vasco no Beira-Rio. Mesmo assim, o Colorado bateu os cariocas por 1 a 0.

O único gol do jogo saiu nos primeiros minutos com Sidnei de cabeça. A vontade da gurizada manteve o Inter melhor na partida. A zaga vascaína batia cabeça e errava com freqüência. Os estreantes Derlei e Peçanha anularam, respectivamente, Moraes e Leandro Amaral. Renan não teve trabalho.

No intervalo, Abelão sacou Andrézinho para colocar o lateral-direito Ricardo Lopes. A equipe seguiu com a mesma vontade, mas não criava mais. Eram nove jogadores defendendo e dois isolados lá na frente.

O Vasco cresceu na partida. Veio para cima. Mas não assustava. Num descuido da defesa Adriano perdeu gol feito, após bom passe do estreante Valter. No fim, Renan salvou fazendo uma defesa mágica.

Os três pontos conquistados pela Inter multiplicam-se por terem sido conseguidos por reservas. Apesar de um campeonato longo, pontuar no início e acumular gordura é sempre importante.

Massa acirra a briga pelo título

O GP da Turquia de Fórmula 1 foi melhor do que o esperado. Até as últimas voltas as primeiras posições estavam em aberto. A vitória ficou com Felipe Massa, da Ferrari, seguido por Hamilton, McLaren e Raikkonen, Ferrari.

O ponto alto da prova foi a ultrapassagem de Hamilton sobre Massa na 24ª volta. Mas não foi suficiente para garantir a vitória do inglês. A corrida deixou claro que em condições normais a Ferrari ainda sobra, tanto é que a McLaren teve que partir para uma estratégia de três paradas. A única chance no momento das flechas prateadas é largar na frente dos carros da equipe italiana,se não, vencer se torna impossível. Ao menos, o time de Ron Dennis andou à frente da BMW.

No pelotão intermediário muitas disputas por posição. Piquet, 15º, foi aguerrido, mas ficou devendo. Barrichello, 14º, foi opaco, apenas manteve o bólido na pista.

Agora Raikkonen lidera com 35 pontos, seguido de Massa e Hamilton com 28. Kubica ficou para atrás com 24.

O incansável Barrichello

Rubens Barrichello tornou-se uma daquelas figuras que é impossível ser indiferente a elas. Este polêmico brasileiro bateu neste domingo, no Grande Prêmio da Turquia, o recorde de longevidade na Fórmua 1, alcançando 257 GPs disputados, superando a marca de Ricardo Patrese. O italiano mantinha a marca desde 1988.

Sempre sincero em suas declarações, que beiravam a ingenuidade, Rubinho foi envolvendo-se em confusões. Ainda não aprendeu a controlar a lingua. No início da carreira colecionou quebras e azares. Dos pilotos que venceram na categoria, Barrichello é o que mais demorou a chegar ao topo do pódio.

A trajetória de Rubinho foi de altos e baixos. Mas sua marca é de extrema relevância e deve ser celebrada, lógico. Um recorde da persistência de quem começou a carreira tendo que vender um Fiat 147 para correr um campeonato de kart.

sábado, 10 de maio de 2008

Grêmio surpreende, mas não pode se enganar

O técnico Celso Roth apostou no improvável e se deu bem. Com um mês de treinos, o comandante gremista colocou em campo um time que havia treinado apenas duas vezes juntos, mesmo assim venceu o São Paulo, no Morumbi, por 1 a 0.

Com as duas equipes atuando com o mesmo esquema, o 3-5-2, o Tricolor Gaúcho foi mais eficiente, explorando o fato do São Paulo atuar com um time misto. Os paulistas não conseguiam uma saída qualificada devido a forte marcação. A dedicação dos jogadores do Grêmio deixa claro que eles estão ao lado de Roth, diferente da torcida.

Com o passar do tempo, o São Paulo começou a ter maior volume de jogo, mas não criava. Pouco ameaçava. As melhores chances da primeira etapa foram gremistas com dois chutes de Perea.

Nos 45 minutos finais a situação não mudou. Logo aos 4 minutos, o Grêmio abriu o placar. Após cobrança de falta, o zagueiro Pereira marcou de cabeça. Com isso, a partida ficou afeição para Roth, que havia montado um esquema que resguardava bem a defesa, mas que não era retrancado.

O São Paulo dominava as ações, mas não penetrava. O trio Pereira, Rever e Léo foi intransponível. O Tricolor Paulista arriscava nos chutes de longe sem sucesso. Muricy utilizou-se de um expediente que nem no futebol amador é usado. Colocou Alex Silva, um de seus três zagueiros, como centroavante. O resultado foi nulo e a vitória do Grêmio.

O triunfo e a atuação da equipe gaúcha tiram um pouco da pressão em cima de Celso Roth. Mas por pouco tempo. Só até o próximo fim de semana. O que não pode ser pensado é que todos os problemas estão resolvidos. A vitória foi um passo pequeno à frente, dentro de um realidade preocupante.


Pitacos

- Apesar dos dois clubes viverem momentos distintos, o Grêmio tem o que falta ao São Paulo. Um meia-amador. Roger, com a disposição que demonstra atualmente, se encaixaria perfeitamente no time de Muricy Ramalho.

- Richarlyson, mais uma vez, jogou pouco e bateu muito. Errou inúmeros passes. Cometeu diversas faltas e reclamou como sempre. Seus defeitos estão se sobrepondo a suas qualidades. A amarelinha não fez bem ao jogador.

Foi dada a largada para o ascenso

A batalha que é a Série B do Brasileiro começou ontem, sexta-feira. Sendo disputada nos moldes da Primeira Divisão, o campeonato deixou de ser um “salve-se quem puder”, pois são quatro vagas para voltar è elite.

O torneio tornou-se interessante, pois nos últimos anos equipes tradicionais participam dele. Em 2008, Corinthians e Bahia são as figurinhas carimbadas entre os grandes. A Segundona é um lugar excelente para serem garimpados novos valores. Basta ficar atento aos jogos.

O palpite deste blog é que Corinthians, Barueri, Criciúma e Ponte Preta são os favoritos para subirem, com o São Caetano correndo por fora.

Massa na pole

O sábado foi melhor do que o esperado para Felipe Massa. Além de cravar a pole positon para o Grande Prêmio da Turquia de Fórmula 1, quinta corrida da temporada, o brasileiro viu seu companheiro de Ferrari, Kimi Raikkonen, conseguir apenas o quarto melhor tempo. Entre eles, as duas Mclarens, primeiro Kovalainen, na sua melhor posição de largada em sua carreira na categoria, depois Lewis Hamilton.

Mesmo que Raikkonen, provavelmente, esteja mais pesado, Massa é o favorito para a vitória. Em uma corrida dentro da normalidade, as possibilidades para o paulista não receber a bandeira quadriculada em primeiro é ser ultrapassado na largada ou o finlandês conseguir passar as “flechas prateadas” no início da prova.

Destaque para a Red Bull que colocou seus dois pilotos entre os dez primeiros. Alonso também merece aplausos, mais uma vez alcançando a parte final do treinado. Isso deixa a situação complicada para Nelsinho Piquet, que larga em 17º. Por desempenho parecido, Kovalainen quase perdeu o emprego na Renault no ano passado.

Barrichello, que baterá amanhã o recorde de corridas na F-1, sai em 12º. Seria interessante comemorar a marca na zona de pontos. Prometo que ainda falarei sobre a marca de Rubinho até o fim de domingo.

Sem a presença da Super Aguri, agora são eliminados cinco pilotos das duas primeiras sessões e não mais seis.

Confira o Grid de largada:

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Apresentação do Brasileirão: parte 5

Como foi no estadual: terceiro lugar.
Objetivo no Brasileirão: ser campeão.
Ponto forte: o potencial da equipe.
Ponto fraco: perderá Adriano no meio do campeonato.
Destaque: Adriano (atacante).
Em quem ficar de olho: Éder (lateral-direito).
Técnico: Muricy Ramalho
Time base: Rogério Ceni, André Dias, Miranda e Alex Silva; Éder, Hernanes, Jorge Wagner, Éder Luís e Richarlyson; Borges e Adriano.

O São Paulo não encanta mais. O sistema defensivo não é mais tão sólido. O ataque se tornou dependente de Adriano, que vai embora no meio do ano. No quebra-cabeça de Muricy as peças não se encaixam com a mesma facilidade de antigamente. O elenco tem bons jogadores, mas segue sendo curto. Se os titulares não vão bem, as opções são escassas e insuficientes.

Mesmo assim, o Tricolor Paulista vai se impor, mesmo que seja à moda “trancos e barrancos”, como faz na Libertadores deste ano. Se o treinador resmungão conseguir dar liga à equipe novamente, disputar o título será possível.


Como foi no estadual: campeão
Objetivo no Brasileirão: vaga na Copa Sul-Americana.
Ponto forte: velocidade.
Ponto fraco: meio-campo sem criatividade.
Destaque: Magrão (goleiro).
Em quem ficar de olho: Roger (atacante).
Técnico: Nelsinho Batista
Time base: Magrão, Luizinho Netto, Durval, Igor e Dutra; Sandro Goiano, Daniel Paulista, Junior Maranhão e Romerito; Carlinhos Bala e Enilton.

Mesmo sem grandes nomes, o técnico Nelsinho Batista montou uma equipe equilibrada. O resultado disso, é a conquista por antecipação do Campeonato Pernambucano e ter eliminado o Palmeiras na Copa do Brasil.

O goleiro Magrão, depois de ter levado o gol mil de Romário, empilha boas atuações. A zaga é bem protegia por três volantes, o que deixa a meia-cancha com pouca criatividade. Carlinhos Bala e Enilton fazem uma correria no ataque. Luizinho Netto voltou a colocar o pé na forma nas cobranças de falta.

O elenco é experiente, mas não é tão velho. Nelsinho volta a fazer um bom trabalho. Mantendo o fôlego durante as 38 rodadas, a Sul-Americana é um objetivo bem palpável.

Como foi no estadual: eliminado na semifinais dos dois turnos do Carioca.
Objetivo no Brasileirão: vaga na Copa Sul-Americana.
Ponto forte: o trio ofensivo.
Ponto fraco: sistema defensivo.
Destaque: Moraes (meia).
Em quem ficar de olho: Wagner Diniz (lateral-direito).
Técnico: Antônio Lopes.
Time base: Tiago, Jorge Luiz, Eduardo Luiz e Vilson, Wagner Diniz, Jonílson, Leandro Bonfim, Morais e Mádson; Leandro Amaral e Edmundo.

Sem a presença de Romário como jogador do clube, o Vasco poderá dedicar-se exclusivamente a jogar futebol. A volta de Leandro Amaral, se não causar desconforto no elenco, dará consistência ofensiva ao time. O apoio do lateral-direito Wagner Diniz é outra boa arma.

O problema é Edmundo, que não tem o mesmo pique e não atuará em todas as partidas. Além disso, o elenco não possui boas peças de reposição. Mas há boas individualidades, como o próprio Animal, o meia Moraes e Leandro Amaral. Essa tríade é quem vai resolver a parada para o clube de São Januário e compensar a fraca defesa.

Como foi no estadual: campeão.
Objetivo no Brasileirão: escapar do rebaixamento.
Ponto forte: ataque.
Ponto fraco: defesa.
Destaque: Ramon (meia).
Em quem ficar de olho: Danilo Rios (meia).
Técnico: Vágner Mancini.
Time base: Viáfara, Carlos Roberto, Marcelo Batatais, Leonardo Silva e Marcelo Cordeiro; Renan, Vanderson, Ramon, Ricardinho; Marcos (Jackson) e Rodrigão.

Na sua volta á Primeira Divisão, o Vitória é o Bengala Futebol Clube do Brasileirão. Os baianos apostam na experiência para se manterem na elite. Ao todo seis jogadores do time base têm pelo menos 30 anos.

O técnico Vágner Mancini montou uma equipe extremamente ofensiva e que joga em coletividade. São muitos jogadores marcando gols. Rodrigão é o referencial lá na frente, sendo bem municiado por Ramon. Tanta ofensividade deixa a retaguarda desguarnecida e lá é o “Deus nos acuda”.

O problema será os “velinhos” agüentarem o ritmo até novembro e escaparem do rebaixamento. A diretoria espera que eles sejam como os melhores vinhos.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

GP da Turquia

Nesta sexta-feira começam os treinos para o Grande Prêmio da Turquia de Fórmula 1. A quinta etapa do mundial marcará o recorde de GPs disputados, com Barrichello batendo a marca de Patrese. Sobre isso, o blog falará amanhã.

Por enquanto, pegue uma com Kimi Raikkonen, na época na McLaren, pelas curcas do bélissimo traçado do circuito de Istambul Park.


Apresentação do Brasileirão: parte 4

Com bastante atraso, a apresnetação dos clubes do Campeonato Brasileiro desta quinta-feira.
Como foi no estadual: vice campeão.
Objetivo no Brasileirão: escapar do rebaixamento.
Ponto forte: bola aérea ofensiva.
Ponto fraco: os laterais não apóiam com eficiência.
Destaque: Geraldo (meia).
Em quem ficar de olho: Laborde (meia).
Técnico: Roberto Fernandes.
Time base: Eduardo; Ruy, Vagner, Everaldo e Berg; Paulo Almeida, Ticão, Radamés (Laborde) e Geraldo; Felipe e Warley.

No Campeonato Pernambucano, o Náutico ficou a anos-luz distante do campeão Sport. No Brasileirão passado, o clube teve uma recuperação fantástica graças ao entrosamento da dupla Geraldo e Acosta no segundo turno. O urguaio foi para no Corinthians. Para o seu lugar foi trazido o esquecido Warley.

Um bom nome do time é o lateral-direito Ruy, mas que faz temporada irregular e é vaiado pela torcida. As atuações que o “careca” teve no Botafogo e no Figueirense não são repetidas. A torcida sente falta de Silviny. No outro lado, Berg também não agrada. Os laterais não apóiam como deveriam e não marcam suficientemente bem. São o tendão de Aquiles de um time que já é fraco.

A principal jogada no Náutico é a bola alçada na área de qualquer parte do campo. Em comparação a 2007, o time está enfraquecido, perdeu em brilho individual. Não possui mais sua dupla dinâmica. A previsão do tempo diz que passarão raios e trovões nos Aflitos.
Como foi no estadual: campeão
Objetivo no Brasileirão: ser campeão
Ponto forte: Wanderley Luxemburgo.
Ponto fraco: bola aérea defensiva.
Destaque: Valdivia (meia).
Em quem ficar de olho: Henrique (zagueiro).
Técnico: Wanderley Luxemburgo.
Time base: Marcos, Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro, Pierre, Léo Lima, Diego Souza e Valdivia; Kleber e Alex Mineiro.

A parceria com a Traffic começou bem. Luxemburgo , como sempre, montou um elenco de bom nível para a disputa do título. Ele não entre em furado.

O treinador fez Elder Granja voltar a jogar e deixar as lesões no passado. Montou um meio-campo ofensivo, recuando o indisciplinado Léo Lima para a segunda função. Definiu Valdivia como meia. Luxa sabe o caminho para ser campeão num torneio de pontos corridos. Fez a melhor campanha da história do Brasileirão com esta fórmula com o Cruzeiro em 2003.

O defeito ainda não corrigido é a bola aérea defensiva. A eliminação na Copa do Brasil ocorreu com o Sport explorando este tipo de jogada. Essa derrota é o único porém do Verdão em 2008.

Luxemburgo não brinca em serviço. Quer conquistar o penta, o seu e o do clube.

Como foi no estadual: décimo lugar.
Objetivo no Brasileirão: escapar do rebaixamento.
Ponto forte: a defesa.
Ponto fraco: aposta em muitos jogadores rodados ao mesmo tempo.
Destaque: Diogo (atacante).
Em quem ficar de olho: Preto (meia).
Técnico: Vagner Benazzi.
Time base: André Luis, Bruno Rodrigo, Erick e Marco Aurélio; Patrício, Dias, Carlos Alberto, Preto e Bruno Recife; Diogo e Christian.

Patrício, Christian, Carlos Alberto, Claudecir são alguns exemplos dos nomes experientes do grupo, mas que não brilham há algum tempo. A má colocação no Paulistão não pode ser levada em conta. O time atuou todo o torneio sem seu principal jogador, o atacante Diogo.

O jovem atacante será essencial para a campanha da Lusa no Brasileirão. O técnico Vagner Benazzi conseguiu montar uma defesa com três zagueiros muito sólida, o que deixou o time com pouca força na frente. Será dele, Diogo, a responsabilidade de deixar a equipe mais ofensiva. Se fizer o que dele é esperado, o jogador deixará o Canindé.

Esse é o problema da Lusa, se Diogo for embora antes do término do Brasileirão, o rebaixamento fica bem próximo.

Como foi no estadual: sétimo colocado
Objetivo no Brasileirão: vaga na Libertadores.
Ponto forte: ataque.
Ponto fraco: zagueiros inconfiáveis.
Destaque: Kleber Pereira (atacante).
Em quem ficar de olho: Tiago Luís (atacante).
Técnico: Émerson Leão.
Time base: Fábio Costa; Betão, Marcelo, Fabão e Kléber; Rodrigo Souto, Marcinho Guerreiro e Molina; Wesley, Lima e Kléber Pereira.

A situação no começo do ano era preocupante. Leão não conseguia fazer o time jogar, escapar do rebaixamento no Paulistão era o objetivo. Os jovens recém subidos das categorias de base tiveram problemas com o treinador. Os reforços vindos do exterior não foram pedidos pela “fera”. Os rugidos foram de reclamação até abril.

Com o passar do tempo, o técnico conseguiu melhorar o desempenho do time. Molina e Trípodi começaram a ser utilizados e a darem boa resposta. Os resultados começaram a aparecer. Depois disso, Fabão foi agregado ao elenco. Mesmo assim, seus companheiros de defesa não inspiram confiança. Há poucos dias, quem chegou foi o avante Lima.

A equipe aumentou em quantidade e qualidade. Se os garotos começarem a render tudo que jogaram na Copa São Paulo de Futebol Junior sonhar com a Libertadores é possível. Mas o provável será acabar na zona da Sul-Americana.

Alex salva

Inter venceu o Sport por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O gol, lógico, foi marcado por Alex. A partida marcou a estréia do Colorado contra clubes da Primeira Divisão nesta temporada.

Pegando o histórico da equipe pernambucana, o placar não traz tranqüilidade ao Inter. O Sport está conseguindo transformar novamente a Ilha do Retiro um caldeirão. O jogo de volta é na semana que vem.

Vai pegar fogo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Apresentação do Brasileirão: parte 3

Como foi no estadual: vice-campeão.
Objetivo no Brasileirão: escapar do rebaixamento.
Ponto forte: a bola parada de Paulo Baier.
Ponto fraco: depende demais de Paulo Baier.
Destaque: Paulo Baier.
Em quem ficar de olho: Evandro (meia).
Técnico: Vadão.
Time base: Harlei; Vitor, Ernando, Paulo Henrique e Fabinho; Amaral, Ramalho, Evandro e Paulo Baier; Alex Dias e Alex Terra.

O ano de 2007 para o Goiás não foi dos melhores. Por um fio de cabelo o clube não parou na Série B. O elenco de jogadores segue parecido, porém, dessa vez o resultado tende a ser pior.

Nos últimos dois jogos foram sete gols sofridos e nenhum marcado, tudo com muita cara de insatisfação dos jogadores que devem ter descoberto que Caio Junior abandonaria o barco para assumir o Flamengo. Para seu lugar veio Vadão, demitido pelo Vitória no início da temporada e que há algum tempo não realiza um trabalho consistente.

O velho Paulo Baier segue sendo o dono do time. É de onde que pode sair algo. O goleiro Harley é outra figurinha carimbada. Fechando a trinca de veteranos está o atacante Alex Dias, que não faz tantos gols como na época de Vasco.

Assim vai o Goiás, apostando numa fórmula desgastada e conhecida. O esmeraldino só não disputou o Brasileirão três vezes em sua história. A quarta deverá ser em 2009.
Como foi no estadual: eliminado nas quartas-de-final.
Objetivo no Brasileirão: escapar do rebaixamento.
Ponto forte: a camisa e a torcida.
Ponto fraco: o elenco.
Destaque: Roger (meia).
Em quem ficar de olho: Rafael Carioca (volante).
Técnico: Celso Roth.
Time base: Victor, Paulo Sérgio, Léo, Pereira e Anderson Pico; Eduardo Costa, Rafael Carioca, William Magrão e Roger, Perea e André Luiz.

Pelo andar da situação, a vida do Tricolor é complicadíssima. Tem um técnico que não agrada a ninguém e deve cair nas primeiras rodadas. A diretoria está perdida e não sabe quem trazer para substituí-lo. As contratações são fracas.

O clube foi eliminado prematuramente do Gauchão e da Copa do Brasil, sem fazer uma partida de encher os olhos. O elenco possui carências em todos os setores. Os reforços precisam ser contratados a granel. O principal defensor, Léo, está de saída. O momento é periclitante.

Um bom futebol apresentado pelo meia Roger e a eficiência na bola parada podem ser a salvação. Se não, é bem possível que o inferno seja visitado pela terceira vez. E mesmo com a força da camisa e da torcida o rebaixamento não foi evitado em duas oportunidades.

Como foi no estadual: campeão
Objetivo no Brasileirão: ser campeão
Ponto forte: o elenco repleto de opções.
Ponto fraco: ainda não testou forças com times grandes este ano.
Destaque: Alex
Em quem ficar de olho: Danny Moraes
Técnico: Abel Braga
Time base: Renan, Wellington Monteiro (Bustos), Índio, Sorondo e Marcão; Edinho, Magrão, Guiñazu e Alex; Fernadão e Nilmar.

A tese de que um grande time precisa ter dois jogadores por posição foi cumprida direitinho. A prova disso foram os últimos jogos do Estadual e da Copa do Brasil. Os desfalques eram muitos. Mesmo assim, os resultados vieram.

É com essa mescla de técnica e superação que o Inter quer acabar as 38 rodadas do Brasileirão sem ver ninguém à sua frente. O técnico Abel Braga te inventado pouco, parece ter amadurecido. Montou uma equipe rápida, sustentada pela incansável movimentação de Guiñazu. Se Nilmar falha ao tentar marcar gols, Alex dá conta do recado.

As peças estão se encaixando perfeitamente no esquema colorado. O espírito vencedor de 2006 voltou a reinar no Beira-Rio. Porém, é preciso, pela primeira vez, medir força com os grandes.


Como foi no estadual: rebaixado.
Objetivo no Brasileirão: fazer campanha melhor que o América-RN no ano passado.
Ponto forte: entra no campeonato sem responsabilidades.
Ponto fraco: O ataque, o segundo pior do Campeonato Mineiro.
Destaque: Rodrigo Posso (goleiro).
Em quem ficar de olho: Léo Oliveira (zagueiro).
Técnico: Giba.
Time base: Rodrigo Posso; Mariano, Emerson, Henrique e Beto; Augusto Recife, Cléber Goiano, Leandro Salino e Gérson Magrão; Osmar e Nenê

O clube tem apenas dez anos de fundação. Criado pelo empresário Itair Machado de Souza a agremiação teve uma ascensão muito rápida no cenário do futebol brasileiro, chegando às semifinais da Copa do Brasil em 2006. Dos destaques daquela campanha, restou apenas o goleiro Rodrigo Posso.

O elenco é formado por jogadores desconhecidos e por poucos que há tempos não vingam na elite como o volante Augusto Recife e o atacante Osmar. O inesperado rebaixamento no campeonato estadual dimensiona a falta de preparo para disputar a Série A. Fazer uma pontuação melhor que a do América-RN e não obter a pior campanha da história já é lucro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

A Super Aguri se foi

O que era iminente tornou-se realidade. A Super Aguri fechou. Não corre mais na Fórmula 1. Acabou o dinheiro. A Honda não quis mais investir a ponto de salvar a escuderia. Uma pena.

O time comandado por Aguri Suzuki teve uma efêmera passagem na categoria. Foram 39 GPs disputados. Empregou cinco pilotos, os japoneses Takuma Sato (que disputou todas as corridas da Super Aguri), Sakon Yamamoto, e Yuji Ide, além do francês Franck Montagny e do britânico Anthony Davidson.
Para alguém tão minúsculo num mundo de gigantes, alcançou a façanha de marcar quatro pontos. Na temporada passada, chegou a andar na frente de sua “chefa” Honda.

Pensando ceticamente, o desempenho da equipe não deixará saudades. Mas não é assim. A Super Aguri era independente, em uma época dominada pelas montadoras. Suzuki levou adiante um sonho, mas não conseguiu manter. O time era simpático. Encaminhava-se para ser a “Minardi moderna”. Ah! Como faz falta a Minardi no fundo do grid. Enfim, a Fórmula 1 perde dois carros no grid que já era magro, daqui a pouco virará bulímico.

A FIA precisa mudar suas regras para a inclusão de novas equipes na categoria. Os gastos são caros demais, não só na montagem do time, mas para adentrar na Fórmula 1. Forasteiros como Aguri Suzuki, Jackie Stewart, Eddie Jordan, Giancarlo Minardi e Luciano Benetton, para ficarmos nos mais recentes, devem ser incentivados a se arriscarem. O último remanescente se chama Frank Williams.
Davidi Richards, ex-diretor da BAR, atual Honda, tinha intenções de colocar a Pro Drive sua nova equipe, na F-1, mas arrepiou. Agora, entende-se porquê.

Vida longa a ele e meus pêsames à Super Aguri.

PAREM AS MÁQUINAS: Roth agradece a Zetti

A história parece um tanto improvável, mas se pararmos para pensar não é tanto assim. A fonte é boa. O Grêmio já tinha o substituto de Roth. As tratativas com Zetti estavam bem encaminhadas. Porém, veio a final do Gauchão e Roth ganhou sobrevida.

O Tricolor procura um novo técnico desde a eliminação da Copa do Brasil há um mês., isso não é segredo. Até Celso Roth sabe. O atual comandante só não caiu, pois na época não existiam bons nomes no mercado. Quem poderia assumir estava empregado em meio aos estaduais.

A solução foi dar tempo para Celso Roth. O treinador teve um período considerável, um mês, para trabalhar um time, nem em pré-temporada prepara-se tanto uma equipe. Então vieram os amistosos e a evolução foi nula.

Após ter eliminado o próprio Grêmio, Zetti comandou o Juventude e fez um trabalho considerável tendo em vista o que possuía nas mãos. Inclusive venceu o Inter em Caxias. O ex-goleiro estava próximo da Capital, conhece os jogadores tricolores pelo confronto no Gauchão. Seu nome agradaria devido a boa campanha pelo Ju e não seria necessário gastar muito para tira-lo da Serra.


Grêmio seca a ele mesmo

Como a decisão do Campeonato Gaúcho espantou a todos. Zetti não veio, mas Roth não fica. O que todos querem no Olímpico (torcedores e direção) é que na estréia do Brasileirão, sábado, diante do São Paulo, no Morumbi, ocorra uma vitória, de preferência por goleada, para não deixar a mínima dúvida, do Tricolor Paluista.

Com uma derrota não terá nenhum clima para a permanência de Roth. Quem virá ainda é uma incógnita. Mas pouco importa. O que todos querem é um novo treinador, seja quem for. Só não pode ser Celso Roth.

E com isso o Grêmio perdeu preciosos 30 dias.

Técnicos

O blog vem acompanhando desde o início do ano a dança dos técnicos dos 20 clubes da primeira divisão mais o Corinthians.

Ontem, segunda-feira, o Flamengo anunciou Caio Junior para substituir Joel Santana que irá comandar a seleção da África do Sul. A diretoria do Goiás, onde Caio estava empregado, ainda nãoi anunciou o seus substituto, porém Márcio Bittencourt já delcarou que está acertado com o clube esmeraldino.

Com isso, totalizamos oito trocas de técnicos em seis clubes em cinco meses. Sendo que o Grêmio está preste a aumentar esses dados. Mas sobre isos falo em seguida.

Abaixo o troca-troca dos treinadores:

Atlético- PR – Ney Franco
Atlético-MG – Geninho
Botafogo – Cuca
Corinthians – Mano Menezes
Coritiba – Dorival Junior
Cruzeiro – Adilson Batista
Figueirense – Alexandre Gallo
Flamengo – Joel Santana -) Caio Junior
Fluminense – Renato Portaluppi
Goiás – Caio Junior -) Márcio Bittencourt
Grêmio – Vagner Mancini -) Celso Roth -) ?
Inter – Abel Braga
Ipatinga – Émerson Ávila -) Moacir Junior -) Giba
Náutico – Roberto Fernandes
Palmeiras -Vanderlei Luxemburgo
Portuguesa – Vagner Benazzi
Santos – Leão
São Paulo – Muricy Ramalho
Sport – Nelsinho Batista
Vasco – Romário -) Alfredo Sampaio -) Antônio Lopes
Vitória – Vadão -) Vagner Mancini

Apresentação do Brasileirão: parte 2

Como foi no estadual: campeão.
Objetivo no Brasileirão: ser campeão.
Ponto forte: o veloz ataque.
Ponto fraco: falta de experiência.
Destaque: Wagner (meia).
Em quem ficar de olho: Guilherme (atacante).
Técnico: Adilson Batista
Time base: Fábio, Jonathan, Thiago Heleno, Espinoza e Jadilson; Marquinhos Paraná, Charles, Ramires e Wágner; Guilherme e Marcelo Moreno.

A Raposa vem mais esperta do que nos Brasileirões passados. O time jovem e com muita vontade de jogar futebol montado por Dorival Junior no ano passado ganhou experiência, mas talvez ainda não a suficiente para ser campeão. Bons jogadores para brigar pelo título tem. Adílson Batista montou um time veloz que surpreende as defesas adversárias.

O trio ofensivo formado por Wagner, Moreno e Gulherme, agora fixado como atacante, é dos melhores da competição. O goleiro Fábio espantou a má fase da temporada passada. Ramires virou dono do meio-campo marcando e chegando à frente. Outro fator que pode fazer o time não atingir seu objetivo é a defesa que em 2007 também não funcionou. Ela segue destoando dos outros setores.

Eliminar o Boca na Libertadores é essencial para o amadurecimento do grupo. Avaçar da competição continental ajudará na campanha do Brasileiro.
Como foi no estadual: campeão
Objetivo no Brasileirão: escapar do rebaixamento.
Ponto forte: a estrutura do clube.
Ponto fraco: as constantes invenções do técnico Gallo.
Destaque: Fernandes (meia).
Em quem ficar de olho: Felipe Santana (zagueiro).
Técnico: Alexandre Gallo.
Time base: Wilson; César Prates, Felipe Santana, Asprilla e Leandro; Diogo (Leo Matos), Élton, Cleiton Xavier e Fernandes; Edu Salles e Wellington Amorim

Apesar da boa estrutura criado pelo clube, o Figueira corre perigo. Faltam jogadores de qualidade. Os expoentes técnicos são os meias Fernandes e Cleiton Xavier. César Prates é o faz tudo do time. Joga nas duas laterais, no meio e, a novidade, até como líbero.

Gallo segue escalando uma equipe por jogo. Não dá um padrão tático. No estadual, apesar do título, a campanha para quem há anos está na Primeira Divisão deixou a desejar, já que os adversários não disputam a divisão máxima do futebol nacional há tempos. O treinador, provavelmente, não resista até o fim do Brasileiro.

O jeito e fazer aquele chove não molha e contar com a incompetência do restante dos participantes, que ao que tudo indica será bem maior.


Como foi no estadual: campeão
Objetivo no Brasileirão: vaga na Libertadores.
Ponto forte: O meio-campo que alia marcação e ofensividade na dose certa.
Ponto fraco: começa o Brasileirão com um técnico recém chegado.
Destaque: Ibson (meio-campista)
Em quem ficar de olho: Jaílton (volante)
Técnico: Caio Junior
Time base: Bruno, Léo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Ibson e Toró; Renato Augusto (Marcinho) e Souza.

Time para ser campeão o Flamengo tem. Mas provavelmente terminará brigando por uma vaga na Libertadores e será mais fácil atingir o objetivo se pensar assim.

A troca de técnico é na pior hora possível. Em meio a Libertadores e antes do início do Brasileirão. Caio Junior estreará no comando na primeira rodada do campeonato. Se o novo treinador prosseguir o trabalho bem feito por Joel Santana que, apesar de estar no Rio, construiu um meio-campo robusto, os traumas podem ser menores. Mas, caso contrário o desempenho da equipe será afetado.

Essa meia-cancha reforçada na marcação ocorre devido a Ibson que possui o fôlego e a marcação de um volante e a movimentação de um meia. Porém, o jogador está na Gávea por empréstimo e pode deixar o clube em agosto. Porém, falta alguém com a cara do futebol carioca para ser o centro técnico. O nome para isso é Renato Augusto que devido a lesões, ainda não conseguiu chamar esta responsabilidade para si.

Na hora do aperto, o Mengão pode contar com a estrela do folclórico Obina.

Como foi no estadual: eliminado nas semifinais dos dois turnos.
Objetivo no Brasileirão: ser campeão.
Ponto forte: ataque.
Ponto fraco: goleiro.
Destaque: Thiago Neves (meia).
Em quem ficar de olho: Arouca (volante).
Técnico: Renato Portaluppi.
Time base: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor, Arouca, Cícero e Thiago Neves; Conca (Dodô) e Washington.

Com o foco na Libertadores, o Flu não levou o estadual com a seriedade devida e acabou não disputando o título. Foi o clube que mais investiu em contratações e manteve a base da última temporada. É o ano de colher os frutos.

A saída de Leandro Amaral, devido a problemas jurídicos, acabou acertando o time. Com nomes experientes que ainda rendem como Dodô, Roger, Luiz Alberto e Washigton, junto a jovens promessas como Thiago Neves, Thaigo Silva e Arouca, Ranato Portaluppi possui um elenco bem equilibrado para administrar e, ao que aparenta, não causa problemas disciplinares.

A fragilidade está no gol. Diego, o reserva, é melhor que o titular Fernando Henrique, que é inconstante e falha com uma freqüência assustadora. Mesmo assim, o gaúcho não conseguiu firmar-se desde que chegou às Laranjeiras e receberá poucas chances no decorrer do ano. Já o homônimo do ex-presidente até quando não erra, dá a impressão de que falhou.

A chave para brigar pelo título é não deixar Palmeiras e Inter se desgarrarem na ponta nas rodadas iniciais, enquanto o Flu estiver na Libertadores.