Vitória em dois tempos distintos

Antes de começar a partida entre Inter e Goiás, no estranho horário das 19h30min, no Beira-Rio, o técnico Tite declarou querer ver um crescimento de sua equipe. Pois não foi o que ocorreu. Mesmo assim, ele ficou satisfeito com a vitória do Colorado por 1 a 0.

Os primeiros 45 minutos foram de dar sono. Entre um bocejo e outro, nada de criatividade. Um marasmo total. O empate agradava a equipe visitante que se defendia com todos os jogadores em seu campo. Pelo lado vermelho, os laterais Marcão e Ricardo Lopes não apoiavam. As jogadas eram tramadas pelo meio e tornaram-se previsíveis. Taison não esteve bem, normal para quem recém disputou sua quarta partida na equipe principal.

No vestiário, Tite surpreendeu. Tirou o amarelado Guiñazu, que fechou sua segunda série de cartões amarelos nesse Brasileirão, e colocou o atacante Adriano. A mexida mudou a geometria de seu esquema tático. Saiu o losango para a entrada do tradicional quadrado, com dois volantes e dois meias na faixa central do campo.

Logo no começo da segunda etapa, Nilmar, de maneira faltosa, roubou a bola num vacilo do zagueiro Henrique e cruzou para Adriano fazer o gol da vitória. A modificação no placar alterou o rumo da partida. O Goiás precisou se soltar mais e abriu espaços em sua defesa. Era o que o Inter queria. O jogo ficou interessante.

O escore só não foi ampliado devido a uma série de intervenções do goleiro Harlei e de mais um gol feito perdido por Nilmar. Os esmeraldinos pressionavam, mas faltava a finalização.

Assim, Tite viu o time do Inter não crescer em termos de atuação em relação ao confronto anterior, diante do Coritiba, mas mesmo assim somar três que colocam o clube no “top ten” do Brasileirão, zona ocupada somente na primeira rodada. O Colorado cumpriu o "mandamento" do futebol e teve 100% nas ´série de dois jogos em casa.