quinta-feira, 3 de julho de 2008

O Mundial será chato

A LDU é o quarto clube a garantir vaga no Mundial de Clubes. Antes dela, haviam assegurado presença o Manchester United na Europa, o mexicano Pachuca pela Concacaf e o Waitakere United, da Nova Zelândia. Ainda faltam serem decididas as vagas da Ásia, da África e do Japão, país sede do torneio.

A Fifa pela primeira vez deste que tomou “posse” da competição deve estar preocupada. O fato do vencedor da Libertadores não ser brasileiro nem argentino tira um pouco do brilho do torneio. Apesar de clubes de outros países conquistarem com todos os méritos a taça de campeão sul-americano, eles não possuem a mesma representatividade e não causam o mínimo de preocupação aos europeus.

Da década de 90 para cá, foram quatro disputas do Mundial que ocorreram sem brasileiros ou argentinos. Em todas a vitória foi européia. Exceção feita ao Once Caldas, que perdeu o título nos pênaltis para a também zebra Porto, as derrotas vieram acompanhadas por um chocolate futebolístico.

A Fifa tomou as rédeas da competição para fazer política ao dar chances aos continentes menos tradicionais no futebol a disputarem à competição. Assim, Blatter terá votos suficientes para seguir no cargo ou escolher seu sucessor na presidência da entidade. Porém, a Toda Poderosa do Futebol corre o risco do torneio perder seu prestigio. É o que pode estar em jogo em dezembro deste ano.

O Manchester United sempre teve má vontade com esse torneio. Em 2000, na primeira edição organizada pela Fifa, os inglês vieram ao Rio de Janeiro para fazerem turismo. Decidiram vir com os jogadores titulares na última hora e por pura pressão. Por aqui, implicaram até com a água servida aos jogadores que não seria de boa qualidade. Além disso, dezembro e janeiro são os meses mais puxados da Premier League com uma grande quantidade de jogos, tornando-se um momento crucial na briga pelo título.

Em 2008 tornou-se mais forte a possibilidade de pela primeira vez desde que o Mundial da Fifa tornou-se anual, da final não ocorrer entre um clube europeu e um sul-americano. A LDU perderá seu principal jogador, Guerrón, e outros poderão sair. Caso um clube de outro continente chegue à decisão, ela não terá o mesmo sabor. E isso é possível.

Provavelmente estudos e pesquisas que serão divulgados em 2009 mostrarão uma queda na audiência do Mundial. Podem ter certeza.

Era bem melhor e mais simples quando tudo se decidia em partida única, não acham?

Um comentário:

Rafa Mano Diverio disse...

Não!!! Retrocesso, não!!! É como voltar ao Brasileirão por grupos, 2 vagas pra cada país na Libertadores, campeão entrar no mata-mata etc.

Quer dizer que um mexicano nunca poderá ser campeão simplesmente porque não nasceu na Europa ou na América do Sul?