domingo, 20 de julho de 2008

Inter de Tite também não vence fora

O Inter ainda deverá vencer fora de casa nesse Brasileirão, uma fez que faltam 12 rodadas para serem disputadas longe do Beira-Rio. Apesar disso, neste domingo, o Colorado desperdiçou uma oportunidade impar de conseguir os três pontos em território inimigo. Atuando no esburacado gramado dos Aflitos, os comandados de Tite tiveram boas chances, mas não conseguiram resultado melhor do que o 1 a 1 contra o Náutico.

Jogando de branco e diante de um adversário sem seus três principais jogadores, o Inter, também com uma trinca de desfalques, demorou alguns minutos para entrar no ritmo da partida. Mesmo sendo melhor na primeira etapa, foram poucas as vezes que a bola foi colocada no chão pelos jogadores colorados. Quando conseguiram adotar esta “tática”, as oportunidades foram criadas.

Tendo Valter como seu companheiro de ataque, Nilmar teve nos seus pés as chances de garantir a vitória no começo do jogo. O camisa 9 teve quatro boas oportunidades de marcar. Desperdiçou todas. O Timbu levou perigo real em chute de longa distância de Piauí, em que a bola encontrou o travessão de Renan.

No vestiário, o time não só mudou de unifome, retornando ao gramado trajando a tradicional camisa vermelha, como de postura. A equipe de Tite estava menos ambiciosa, esperava o Náutico. Os donos da casa aceitaram o convite e atacaram, apesar da pouca qualidade de seus avantes. O empenho resultou no gol de Radamés cobrando uma penalidade mal marcada pelo árbitro.

Em desvantagem, o treinador colorado deixou a teimosia de lado e promoveu a estréia de Ângelo, que entrou no lugar do sempre improdutivo Jonas. Tite não colocou o ex-lateral-direito do Paraná como titular, pois o considera baixo demais para a posição.

Mesmo que timidamente, a troca reavivou as jogadas pelo lado do campo. O Inter voltava a fazer os principais lances da partida. O empate saiu aos 41 minutos. Após Guto chutar na trave, Nilmar, impedido, teve o trabalho apenas de cutucar a bola para dentro do gol. Tendo feito um e perdido quatro, o saldo do atacante colorado na partida foi de -3.

Tite já reestruturou a equipe. Agora, precisa ousar mais fora de casa diante de adversários de pouca qualidade como o Náutico, pois tropeços no Beira-Rio também existirão.


A arbitragem

O árbitro, Rodrigo Cintra, de fraca atuação, cometeu erros que influenciaram no placar do jogo, mas não no empate em si. Os dois gols foram irregulares. Nesse caso, troca-se o 1 a 1 pelo 0 a 0 e fica tudo igual.

Porém, não só de equívocos vivem os juízes. Ao não assinalar pênalti em Marcão, Cintra agiu de maneira correta.Há também lances de interpretação, como a bola que se chocou com o braço de Marcão dentro da área do Inter.

Jogo Rápido

* Edinho não é um primor de jogador, todos sabem. Seu futebol possui deficiências. Porém, é um jogador importante, sim. Ele tem presença física e liderança. Maycon passou mais uma partida sem ser notado.

* Se Nilmar finaliza-se melhor, era com folga o artilheiro do Brasileirão.

* Se jogadores como Wellington e Roger não serviam mais ao Inter, tanto que foram emprestados ao Náutico. Por que fazer “acordo de cavalheiros’ para que eles não atuem contra o Colorado?

* A principal tradição do futebol pernambucano no Brasileirão são os gramados ruins.

Um comentário:

Agnelo Juchem Filho disse...

O penalti no Marcão foi claro...ele deixar o corpo cair nao muda o fato do jogador ter atingido o camisa seis colorado. Mas também acho que foi penalti do marcão quando ele coloca a mão na bola...Não entendo o cartão pro Marcão no lance da suposta simulação...O contato é claro...ele é perde o equilibrio com o toque...Do outro lado na area do inter o jogador do nautico se atirou descaradamente (ele deu um giro no maior estilo dos filmes de Jackie Chan) e nao levou cartão. Esse tipo de lance da a impressão de coisa arranjada...O mesmo lance e critérios diferentes pela mesma pessoa que julga. Estranho!!!!