segunda-feira, 9 de junho de 2008

Personagem do fim de semana: ROBERT KUBICA

O automobilismo é um dos esportes que exige mais psicologicamente dos seus atletas. A cada volta, a cada curva, um erro ou uma falha em um componente do carro pode ser, literalmente, fatal. Se o piloto entrar na pista com medo, o acidente fica mais próximo.

Há um ano, Robert Kubica deixou o Circuito Gilles Villeneuve de ambulância. O piloto da BMW sofreu um espetacular acidente. Só sobreviveu devido ao milagre da tecnologia. Ontem, o polonês voltou ao mesmo traçado, chegou em primeiro e assumiu a liderança do mundial de pilotos de Fórmula 1. Ele precisou passar 70 vezes com o pé direito no fundo pelo lugar onde quase perdeu a vida.

Não só pela força mental de Kubica, mas receber a bandeira quadriculada antes de todos teve inúmeros componentes históricos. Essa foi a primeira vitória na categoria tanto da equipe como do piloto. Uma escuderia alemã não triunfava desde a década de 60 com a Porsche.

Desde a chegada do homem nascido em Cracóvia à F-1, em 2006, substituindo o decadente Jacques Villeneuve, os resultados foram expressivos e via-se nele um futuro campeão. Tudo foi facilitado com a entrada em uma equipe em ascensão. Piloto e time crescem juntos e as expectativas se confirmam.

Nesta temporada, Kubica deixou seu companheiro Heidfeld comendo poeira. Não faz mais sombra. Nas sete etapas disputadas, o polonês foi impecável. Com um carro ainda abaixo das McLaren e Ferrari, o narigudo foi perfeito, não cometendo erros e aproveitou-se das barbeiragens de seus concorrentes.

A vitória não apareceu do nada. Ela surgiu após uma seqüência de resultados significativos. Com a regularidade demonstrada, se Massa, Hamilton e Raikkonen continuarem errando em profusão, o título é possível, apesar de improvável.

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