domingo, 29 de junho de 2008

El Ninõ destrói alemães

Para os meteorologistas El Niño é um fenômeno climático onde ocorre um aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. Para os espanhóis, El Niño é o apelido de Fernando Torres, herói da conquista da Eurocopa 2008.

A bela Viena, na Áustria, terra da música clássica, viu a tradicional Alemanha ser estéril e sucumbir diante de uma imponente Espanha. O 1 a 0 ao final dos 90 minutos não traduziu o que ocorreu no retângulo de jogo. Um placar mais elástico não seria exagero.

A estratégia utilizada diante de Portugal foi repetida pelos alemães que pressionaram o adversário nos primeiros minutos, dessa vez sem a mesma eficiência. Todos estiveram apagados na Nationalelf, com o lateral-esquerdo Lahm, de fraco desempenho na competição, estando um nível abaixo de seus companheiros. Na Fúria a única preocupação eram os passes errados de Puyol na saída de jogo.

Aos 22 minutos, o lance que mudou o rumo da partida. Torres testou a bola na trave de Lehmann. Naquele momento, a Espanha começou a acreditar de vez que era possível ser campeã e a “amarelite” foi, ao menos, momentaneamente, curada. Mais dez minutos passaram-se, Lahm tinha a frente da jogada, mas foi surpreendido por El Niño, veloz como um ciclone extra-tropical, fazer o gol do título.

Na segunda etapa, o técnico alemão, Löw, mexeu nominalmente e taticamente no time. Terminando a partida com apenas um volante, mas sem criar nada de significante. As mexidas foram insuficientes. Faltava inspiração. A Espanha seguiu superior, sempre esteve mais próxima de ampliar sua vantagem do que sofrer o empate.

A Fúria volta a triunfar após 44 anos. Pode ser um passo para ter a mesma grandeza que o seu torneio nacional possui. Se o time de Luis Aragonés não foi o mais brilhante da competição, também, em nenhum segundo se quer, deu vexame ou fez feio . O time manteve a regularidade. Foi o melhor da competição. Levam a taça com méritos e espera ter espantado o estigma de perdedor.

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