sexta-feira, 6 de junho de 2008

Eurocopa: Grupo C


Itália

A “Azzurra” tenta repetir um feito só alcançado pela França em 2000, vencer a Eurocopa imediatamente depois de ter conquistado a Copa do Mundo.

A “nazionale” não é mais a mesma. A velha Itália do “catenaccio” não existe mais. O país vive uma grande safra de atacantes e no momento atual o sistema ofensivo é mais forte que o defensivo. Tanto que Inzaghi sobrou na lista de convocados. Na retaguarda a ausência de Cannavaro, lesionado, será muito sentida. Materazzi não vive boa fase e Barzagli não é conviável. Responsabilidade dobrada para o veterano Panucci.

O técnico Roberto Donadonni, apesar de ter renovado contrato até 2010, sabe que para manter-se no cargo é preciso ir longe na competição. Há dois anos no cargo, polêmicas não faltaram. Em nenhum momento o treinador tentou trazer de volta à seleção Totti e Nesta.

A surpresa entre os chamados é Cassano. O temperamental atacante é capaz de tudo, dentro e fora de campo. Sua presença trará fortes emoções em busca do bicampeonato.

França

Ramond Domeneche, técnico da França, é um homem incomum. Desde que assumiu a seleção acumulou desafetos. Fez convocações estranhas auxiliado pela astrologia.Durante a Copa, colocou na cabeça que seu signo, aquário, não batia com jogadores escorpianos. Por isso Giully não foi convocado e Trezeguet armagou o banco de reservas. Ambos assistirão a Euro pela TV.

A equipe é experiente com uma boa espinha dorsal contando com Thuram, apesar da idade, na defesa, Viera no meio e Henry no ataque. Desses, nenhum brilhou em seus clubes nesta temporada. O destaque fica para Ribery responsável por ligar o meio ao ataque.

A classificação francesa só foi possível devido a um tropeço na penúltima rodada da Escócia, o time não flui. Dois anos atrás, também foi assim no Mundial. A França se finge de morta, mas na hora de decidir é perigosa. Só que dessa vez não existe Zidane.


Holanda

A Holanda é a velha Holanda, com as mesmas características de sempre. Possuí um elenco minado de bons jogadores, principalmente no ataque. O time joga o envolvente e rápido futebol, tradição do país. Mas os títulos seguem distante.

O único porém dos “laranjas” é a ausência de Seedorf que pediu dispensa. Van Basten, que deixará o cargo após a competição para treinar o Ajax, mesclou experiência e juventude.

O jogo pelos lados com Van Persie e Robben é a principal jogada. O mais difícil é poder contar com os dois, sempre lesionados, ao mesmo tempo. Dentro da área Nilstelrooy é matador. No gol Van der Sar é segurança certa. Qualidade, bom futebol e jogadores decisivos a Holanda possui, basta isso resultar em título.

Romênia

O time desta Euro lembra aquele de boa campanha na Copa de 94. Mutu e Marica são os Hagi e Raduciou da vez. Na defesa, Chivu é Popescou. É nessa tríade que os romenos apostam numa boa campanha, mesmo estando no grupo mais difícil do torneio.

Passar de fase será árduo, mas não impossível. Prova disso, é que a Romênia, a sua chave, ficou na frente da Holanda na fase classificatória. Se o grupo de jogadores não tem muitas opções, há atletas rodados e que podem decidir sozinhos. Se Itália, Holanda e França não abrirem o olho, o azarão pode chegar na frente.

Um comentário:

Lucas Uebel disse...

Grupo da Morte é brincadeira neh...
Apesar dos pesares, acho que passa Itália e Holanda...
Mesmo se fazendo de morta como na Copa, não levo fé na França justamente por causa do Domeneche e a Romênia, na hora, vai senti o peso das camisas adversárias...
mas, parafraseando o nobre colega, isso é só o que eu acho...
hehehehe