sexta-feira, 11 de abril de 2008

A procura dos salvadores

O Grêmio despedaçou-se após a eliminação na Copa do Brasil para o Atlético Goianiense. Paulo Pelaipe não é mais o assessor de futebol. Celso Roth cairá antes de segunda-feira. O presidente Paulo Odone ainda não conseguiu achar as colas ideais que ajudarão a juntar os pedaços novamente.

Pelaípe, após bom trabalho realizado, sai por causa da torcida. Roth deixa o clube devido às invenções, fracas atuações e eliminações. A vaga no cargo diretivo é mais fácil de ser preenchida. Apesar do momento ruim, muitos conselheiros estão loucos para ganharem seus minutos de fama. Achar um novo treinador dará mais dor de cabeça.

O Tricolor precisa de alguém que conheça o mercado. Um garimpador de talentos. Que descubra jogadores bons e baratos. Além, lógico de poder assumir imediatamente o comando técnico da equipe.

Os nomes que circulam nas internas do Olímpico são os de Tite, Paulo Porto e Nestor Simeonato.

Com uma vitoriosa passagem pelo Tricolor, Tite está na pole position. Porém, depois de ter saído do Grêmio, o treinador não conquistou nenhum título. Estagnou. Ele é um agregador, característica importantíssima para assumir o cargo neste momento. Porém, por muitos anos treinou as mesmas “ovelinhas”.

Apesar de estar desempregado, a vinda de Tite não é tão simples. O clube possui uma dívida com o seu ex-técnico, e ao que tudo indica, ele não estaria disposto a negociá-la para voltar à casamata gremista. Quer receber tudo que é seu de direito.

Paulo Porto está nas semifnais do Gauchão com o recém promovido Inter-SM. Coleciona bons trabalhos nos times gaúchos há anos. Além de não poder assumir imediatamente o cargo, é opção arriscada. O problema não são suas qualidades como treinador, mas o momento. Porto não conhece as entranhas do Olímpico. Seria a primeira vez num clube de ponta. Traria inúmeros jogadores do Interior do Estado, onde milita. Poderá sair do Grêmio torrado, como ocorreu com Nestor Simionato. Além disso, aparenta ter o mesmo perfil psicológico do demitido Vagner Mancini. Treinador com essas características só podem ser contratados em começo de temporada, nunca como bombeiro.

Ao saber da provável saída de Roth, Guilherme Macuglia, praticamente, se ofereceu ao Grêmio. Ele está ansioso para treinar na primeira divisão. Não ficará no Guaratinguetá após o Paulistão. Parece querer dar um passo maior do que as pernas. Macuglia conhece onde poderá pisar, comandou as categorias de base do clube. Mas está empregado, e o Grêmio não pode perder tempo. Some se a isso, o fato de que técnico “oferecido” não é bom negócio.

O Tricolor é um clube apegado a sua história. Que reverência seus ídolos do passado. Dentro desta característica, será que Valdir Espinosa não seria um nome para retomar a alto estima gremista? Talvez não como treinador, seu tempo já passou, mas como um diretor de futebol remunerado não seria uma má escolha. Odone terá que trazer nomes que estejam dispostos a se tornarem salvadores da pátria.

Um comentário:

Agnelo Juchem Filho disse...

Ufa ainda bem que tu não falou do Waldir Espinosa como treinador. Mas acho que ele é um cara desatualizado que não serve para o Grêmio, mesmo para o cargo de diretor remunerado de futebol. Macuglia parece que está indo pro Ipatinga. Vai pegar um time de série A como ele queria. Mas deve cair no mesmo ano. Não ele, mas o clube que vai demiti-lo antes devido aos maus resultados. Agora que está confirmado cesar pacheco. Fica dificil a vinda de tite. Ou será uma aposta ou roth. Agora é esperar a coletiva das cinco e meia.

www.tabelandocomoagnelo.blogspot.com