domingo, 13 de abril de 2008

SOS ao tênis brasileiro

Com um jogo de antecipação, o Brasil derrotou a Colômbia pela Copa Davis, a Copa do Mundo do tênis. O confronto foi válido pela Zonal 1 da América do Sul, espécie de Série B. Com o resultado, os brasileiros garantiram vaga na repescagem do Grupo Mundial (Primeira Divisão). Vencendo o Brasil estará de volta a elite do tênis.

O embate diante dos colombianos é mais representativo do que possa parecer. Esta foi a primeira vez, excetuando-se a época em que a Copa Davis foi boicotada, que os quatro principais tenistas brasileiros (Guga, Meligeni, Seretta e Mello) não defenderam o país.

Apesar de ter triunfado, o futuro do tênis nacional é preocupante. Nos quatro primeiros jogos, Marcos Daniel, gaúcho de Passo Fundo, venceu suas duas partidas com desistências de seus adversários. Bellucci foi derrotado. Nas duplas, como era esperado, Sá e Melo patrolaram. Os resultados, nas disputas de simples, foram mais suados que o esperado. Chegar o Grupo Mundial, no momento, parece ser algo impensável.

A fase é tão fraca, que quem sediou o confronto foi a cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Porque os jogos não foram disputados num grande centro?

Além disso, não surgem novos bons valores. Faz quase onze anos que Gustavo Kuerten conquistou Roland Garros pela primeira vez. Os garotos que começaram a praticar tênis naquela época estão chegando a duas décadas de vida, momento em que se estoura no tênis. O fantástico Guga, ao que tudo indica, não foi suficiente para alavancar este esporte no Brasil.

Os dirigentes daqui deveriam mirar o exemplo da vizinha Argentina, que colhe resultados de um bom trabalho na base. São nove hermanos entre o top 100, o brasil tem só um. Eles já chegaram a ter três entre os dez primeiros.

Pelo jeito, o país seguirá dependendo de fenômenos isolados.

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