Se fosse um playoff melhor de cinco jogos o Juventude teria eliminado Inter com três vitórias seguidas. Mas futebol não é basquete e o Colorado segue com chances de conquistar o título Gaúcho.
O time de Abel Braga entrou no gramado do Alfredo Jaconi neste domingo louco para empatar. Mas atuar pelo placar igual é pedir para perder. Foi o que ocorreu. O gol da vitória do Ju saiu nos acréscimos do segundo tempo, através de Maycon, após Fernandão ter perdido uma bola boba no meio do campo. Agora, o clube da Serra joga pelo empate na próxima semana no Beira-Rio.
Com a equipe tendo se tornado uma colcha de retalhos, devido aos inúmeros desfalques, Abelão teve que colocar o zagueiro Dany Moraes na primeira função da meia-cancha. Com o garoto estreando na posição no time principal, Marcão atuou como terceiro zagueiro e poucas vezes avançou além da linha que divide o gramado. Ao lado de Dany na marcação, estava JI-Paraná de atuação irregular. Com isso, Magrão preocupou-se mais em defender do que marcar.
A somatória destes problemas fez com que o Inter ficasse engessado, sem articulação, atacando com poucos homens e facilitando o trabalho da fraca defesa do Juventude.
Nilmar atuou bem nos 20 primeiros minutos, depois suas ações foram bem neutralizadas. É visível a sua ânsia de voltar a marcar. Ao ser substituído na segunda etapa, saiu reclamando do treinador. O avante é o jogador mais avançado do time e sua função é colocar a bola na rede. O guri, neste momento, não cumpre este papel e seu chilique se torna injustificável. Jogadas plasticamente bonitas não trazem os três pontos na bagagem. Talvez uma esquentada de banco diminua seu estrelismo, já que tanto Iarley e Adriano estão marcando gols.
A má atuação de Ji-Paraná fez Abelão troca-lo por Titi e o time jogar alguns minutos com cinco zagueiros, algo impensável para uma equipe montada por Abel. O defensor foi expulso no finalzinho da partida, após cometer forte falta em um adversário. O gol do Juventude saiu exatamente onde Titi deveria estar postado.
A equipe do técnico Zetti buscou o jogo o tempo todo. Teve pouca efetividade. Descontado, Nunes não foi o mesmo. Os arremates em sua maioria foram de longa distância. O gol nos acréscimos premiou quem buscou a vitória.
Sem a pressão da imprensa da Capital, o treinador não tem medo de ousar. Contra o Grêmio, no Olímpico, atuou com três atacantes. Nas últimas partidas tem improvisado um lateral-direito pelo lado esquerdo. Por não ser Gaúcho, Zetti não carrega o mesmo peso nas costas em clássicos como colorados, gremistas e juventudistas. Essa é sua grande vantagem de poder arriscar.
Tendo vencido os primeiros 90 minutos da decisão, o Juventude pode ser mais cauteloso no Beira-Rio. Isso não significa jogar com medo.
3 comentários:
acho que o inter reverte aqui em porto alegre. o time do juventude é muito pior e só ganhou em caxias por persistência e irresponsabilidade do Titi.
Se o futebol fosse justo, o Juventude já seria o campeão gaúcho, já ganhou três das quatro partidas que tem contra o Inter nesse gauchão. Mas como justiça não é uma palavra que se segue a risca no futebol, ainda acredito que o Inter vence no Beira-Rio e fica com a taça, justo pela campanha ao longo do campeonato mas injusto pelo confronto direto contra o Papo.
DALE JU!!
Mas mesmo assim a vantagem é muito pequena, em POA vai ser difícil, tomara que o Juventuda continue cumprindo seu papel de touca.
Tem que jogar com cautela e tentar marcar um golzinho no contra-ataque.
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