terça-feira, 19 de agosto de 2008

Balcão de vendas

Dirigentes de futebol adoram dar aulas de administração em suas entrevistas. Parecem serem os únicos capazes de conduzirem um clube, quando na maioria dos casos, o que ocorre é o contrário.

Pois a diretoria do Inter vendeu Renan. Segundo os cartolas, o valor era muito alto para não vender o goleiro – o Valência pagou 5 milhões de euros. É uma quantia interessante. Mas ao negociar o jogador, se passou por cima de um dos fatores mais relevantes de uma administração: pensamento a longo prazo.

O gol é a mais delicada das posições do futebol. Será difícil achar um substituto para Renan. Com ele com a camisa 1, o Inter não se preocuparia com o assunto por 10 anos. Num projeto visando o futuro, se notaria que, na verdade, os cofres do clube ganharão 500 mil euros por ano. O que torna o benefício da transação baixo. Podia-se, também, esperar o fim dos Jogos Olímpicos para uma maior valorização do jogador.

Provavelmente, o clube penará até achar alguém em que possa confiar para ser o primeiro nome em sua escalação. Após a saída de Taffarel foi assim. No vizinho Grêmio, o mesmo fato ocorreu após a Era Danrlei.

Nenhum comentário: