Dirigentes de futebol adoram dar aulas de administração em suas entrevistas. Parecem serem os únicos capazes de conduzirem um clube, quando na maioria dos casos, o que ocorre é o contrário.
Pois a diretoria do Inter vendeu Renan. Segundo os cartolas, o valor era muito alto para não vender o goleiro – o Valência pagou 5 milhões de euros. É uma quantia interessante. Mas ao negociar o jogador, se passou por cima de um dos fatores mais relevantes de uma administração: pensamento a longo prazo.
O gol é a mais delicada das posições do futebol. Será difícil achar um substituto para Renan. Com ele com a camisa 1, o Inter não se preocuparia com o assunto por 10 anos. Num projeto visando o futuro, se notaria que, na verdade, os cofres do clube ganharão 500 mil euros por ano. O que torna o benefício da transação baixo. Podia-se, também, esperar o fim dos Jogos Olímpicos para uma maior valorização do jogador.
Provavelmente, o clube penará até achar alguém em que possa confiar para ser o primeiro nome em sua escalação. Após a saída de Taffarel foi assim. No vizinho Grêmio, o mesmo fato ocorreu após a Era Danrlei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário