quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Presos em 2006

Fernando Carvalho, na teoria, voltou ao Inter para administrar Tite. O presidente Vitório Piffero torceu o nariz para a vinda de um ex-gremista. Porém, na prática, Carvalho está mais preocupado com os cofres do Beira-Rio. Desde que retornou, seu assunto preferido é a negociação de jogadores do clube. O técnico enfrenta dificuldades para ter controle sobre o grupo, mas, ao menos nos microfones, poucas palavras de apoio ao treinador são ouvidas.

Tite é gabaritado, mas não realiza bom trabalho. Tem se atrapalhado na hora de substituir e escalado mal a equipe. Acontece. Mas parte da culpa tem que ser dividida com a diretoria que não dá suporte ao treinador.

Pouco tempo depois de chegar à Avenida Padre Cacique, o discurso de Tite cansou os líderes do vestiário colorado. Estes jogadores que comandam os bastidores são os que conquistaram o Mundial em 2006 e sentem-se no direito de “mandar” no clube e acham-se intocáveis. O que o técnico não contava é que Piffero, Carvalho e Luigi se tornaram reféns deles.

Magrão não estava no Japão, mas fez amizade rápida com esse pessoal. Por questões técnicas, Tite colocou Magrão e Edinho no banco, em momentos diferentes, diga-se. Depois, foi a vez de Bolívar. Porém, pelo que se vê e se ouve os cartolas vermelhos não deram um “para te quieto” nos jogadores. Assim, Adenor Leonardo Bach, o Tite, conhecido por ser um agregador de grupos, ficou isolado no vestiário colorado. O Inter precisa achar novamente seu rumo. Parece que o clube foi ao Japão, mas na volta se perdeu no caminho.

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