segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ancelotti é inocente

O Milan está em crise. Dois jogos pelo italiano, duas derrotas. Não poderia ser pior para quem sente a obrigação de conquistar o título. Em tempos assim, o técnico é o primeiro a sentir a pressão e Carlo Ancelotti está na corda bamba. Mas no fundo, no fundo, ele não tem tanta culpa assim.

Aqui no Brasil, o discurso será o mesmo de sempre: “ele é retranqueiro” dirão os críticos. É verdade, que Ancelotti poderia escalar um Milan mais ofensivo, mas os resultados mostram que seu esquema tático já deu certo no passado. Fora uma discordância com o modo de jogar da equipe, pouco pode ser dito de ruim sobre seu trabalho.

A diretoria lhe trouxe bons reforços. Mas cada um tem uma peculiaridade. Ronaldinho, todos sabem, está fora de forma e disputou os Jogos Olímpicos, assim como Pato, que não chegou ao clube agora, mas tem pouco tempo de casa. Por tanto, os dois tiveram suas prés-temproadas prejudicadas. Shevchenko chegou no apagar das luzes das contratações. O mesmo pode ser dito para o zagueiro Senderos, que ainda não estreou. Não bastasse isso, Kaká volta de lesão no joelho.

Resumindo, as três principais contratações e o principal jogador do elenco não estão nas suas melhores condições físicas ou carecem de ritmo de jogo e/ou entrosamento. Outro grave problema não foi resolvido na janela de transferências: o gol. Kalac e Dida já torraram a paciência. Abiatti retorna após um tour pela Europa. Ele tem potencial, mas é irregular. No momento, a fase dele deixa a desejar.

Ancelotti precisa de um pouco mais de tempo para ser critica por seu trabalho nesta temporada. E nessas horas sempre surge a pergunta, se demiti-lo for a solução, quem trazer?

Nenhum comentário: