quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um estranho em casa

Em sua maioria, os jogadores que defendem a Seleção Brasileira, com “S” e “B” maiúsculos pela sua história, atuam na Europa. Fora as partidas das Eliminatórias, os amistosos realizados ocorrem fora do país - afinal a cota pedida pela CBF é altíssima para a colocar a grife da Seleção em campo. Resumindo, quando os convocados de Dunga atuam em terras tupiniquins é como se estivessem atuando fora de casa. Por tanto, o 0 a 0 com a Colômbia nesta quarta-feira foi um resultado a ser comemorado. Pois, já dizia o velho lobo, Zagalo, o empate fora de casa é um bom resultado.

Brincadeiras a parte, a cada jogo que passa fica evidente o desconforto dos jogadores brasileiros em jogarem aqui. Não por não gostarem do Brasil, que fique claro. O desconforto é no sentido de não se sentirem a vontade de entrarem em campo com a torcida pronta para vaiá-los. Resolver o problema é simples, basta jogar bola.

A seleção, este time de Dunga merece ser chamada de seleção com “s” minúsculo, não tem nada em termos ofensivos. Os laterais não apóiam. Os volantes não saem para o jogo e erram passes em quantidades cavalares. Os atacantes e os meias não acham os espaços para receberem a bola. O time não se movimenta, parece plantado como se fossem bonecos de Fla-Flu, que ficando indo de um lado para o outro, apenas. Não há nem um desespero em busca da vitória, o empate é aceito dentro das quatro linhas e a atitude comprovada nos microfone com o conformismo da maioria dos jogadores.

Dunga também não se ajuda, não arrisca na escalação. Segue utilizando uma fórmula que não marca um gol em “casa” há três jogos.

A classificação para o Mundial virá sem problemas. A sorte que a Copa no Brasil será só em 2014 e a próxima é na A´frica do Sul, por tanto, o Brasil entra como favorito.

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