quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Clemer e o banco

Clemer completa 40 anos no próximo dia 20. Como presente de aniversário antecipado, o técnico Tite deu a ele um lugar no banco de reservas. A decisão é polêmica, não pelas defesas que o experiente goleiro está deixando de fazer, que são muitas, mas pela circunstância.

O problema é que Clemer está no fim de carreira, talvez ela acabe no fim do ano. As seis temporadas no Beira-Rio foram marcadas por grandes defesas e inúmeras falhas. Em 2008, ele foi inconstante quando teve oportunidade. Os erros ocorreram a granel. Porém, só agora a troca no gol colorado foi efetivada.

Restam ao Inter dez jogos pelo Brasileirão e no máximo mais seis pela Sul-Americana. Como o clube não tem mais pretensões no campeonato nacional, não há problemas em deixar Clemer atuar. Lauro, o novo titular, ainda não está inscrito no torneio continental e o goleiro campeão do mundo voltará a defender a meta vermelha.

Independente do conceito que se possa ter sobre Clemer, é inegável sua importância na história do Inter. Colocá-lo na reserva nesse momento é falta de consideração com ele. Um problema recorrente cometido pela diretoria colorada que não tem tratado muito bem de seus ídolos nos últimos anos.

Quarentões

Clemer entra no grupo dos goleiros que chegara aos 40 ainda em atividade. O caso mais notório é o do italiano Dino Zoff, que com quatro dezenas de anos de vida foi campeão Mundial em 1982 na Espanha. Ele pendurou as luvas aos 41 anos.

Outro que vem da Bota é Pagliuca, que disputou duas Copas como titular. Ele deixou o futebol há duas temporadas, aos 41 anos, defendendo o Ascoli. Ano passado esteve cotado para ser contratado emergencialmente pela Juventus, mas a idéia não vingou.

O quase intransponível Schmeichel atuou em grande nível até os 40. Largou o futebol defendendo o Manchester City em 2003. Da Terra da Rainha, três goleiros do English Team demoraram a largar o osso. O trapalhão Seaman jogou até os 41, mesma idade com que Banks parou. Porém, ninguém foi tão longe quanto a lenda Shilton. Após três Copas do Mundo e 125 jogos pela seleção inglesa, ele continuou sua carreira. Só sossegou após ter alcançado a marca de 1005 jogos oficiais aos 47 anos.

No Brasil, o caso mais conhecido é o de Manga que atuou até os 42.

Alguém lembra de mais algum exemplo?

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