segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alex merece

Alex nunca escondeu seu sonho de atuar na Seleção Brasileira. Nunca apressou-se para que esse momento chegasse. Na tarde de 6 de outubro de 2008, até de maneira surpreendente, ele veio. Aos 26 anos, sua convocação por Dunga é um mérito para quem nunca desistiu. Desde que chegou ao Inter em 2004, o meia conviveu com inúmeras lesões. As primeiras foram graves torções. Depois, vieram os insistentes problemas musculares.

Os últimos jogos da Libertadores 2006, conquistada pelo Inter, Alex foi um guerreiro. Entrou em campo descontado. Correu na raça. As dores no púbis eram grandes. Após o título, novo período de inatividade para tratamento. No fim daquele ano, no Mundial, nova superação. Dessa vez, o jogador estava se recuperando de torção do tornozelo, mesmo assim enfrentou o Barça por 45 minutos.

Nascido no Interior do Paraná e formado no Guarani de Campinas, Alex é uma figura rara no futebol brasileiro. É esclarecido, uma excelente conversa. Certeza de boas entrevistas. Mas sem nunca esquecer suas origens caipiras. Não dispensa uma música sertaneja. Mesmo nos momentos mais difíceis nunca se exaltou. Nas derrotas nunca negou uma palavra para explicar o resultado adverso.

Após ter visto naufragar seu sonho de chegar à Seleção através da lateral-esquerda e sofrer fortes críticas por fracassar na posição e insistir que poderia representar o Brasil, calou-se e voltou ao meio-campo. Retornou ao trabalho, ganhou nova função, atuando mais solto e próximo ao centroavante. Seu futebol aflorou e ele vive sua melhor fase na carreira.

Um de seus sonhos Alex vai realizar, o de vestir a amarelinha. Falta, agora, sentar num carro de Fórmula-1, uma de suas paixões. Mas, certamente, ele não tem pressa para isso.

Nenhum comentário: