sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Era uma vez Vágner Mancini

Estamos diante de um fato raro. Vagner Mancini foi demitido do cargo de técnico do Grêmio mesmo estando invicto. Foram oito jogos (dois amistosos) com seis vitórias e dois empates. Seu substituto é Celso Roth.

§ Sobre Vagner Mancini

Não conseguiu fazer o time realizar uma grande partida sequer. Nem podia. O elenco é fraco. Os nomes contratados deixam a desejar. Mesmo assim, com atuações que beiraram o ridículo, Mancini não conheceu a derrota no comando do Tricolor.

A impressão que se tem, é que o recém demitido não se encaixou no “estilo Grêmio de ser”. Com uma personalidade calma, parecia não concordar com algumas imposições feitas pelo clube, como conceder entrevistas, obrigatoriamente coletivas, às terças e sextas-feiras. Mancini não brigava com a imprensa. Parece-me que os fatores que levaram ao seu desligamento estão mais ligados a fatores extra-campo do que o que ocorreu dentro das quatro linhas.

§ Sobre a direção

Está perdida. Parece que Paulo Pelaipe só sabe trabalhar com um treinador estilo “Felipão”. Quando surge um comandante com a personalidade não tão forte e o dirigente teria que engrossar o tom com o elenco, ele não faz. Já se deu tempo de trabalho a muitos treinadores ruins no Grêmio, por que não deram um período maior a Mancini?

Celso Roth estava desempregado no fim do ano passado, quando o Grêmio anunciou num ato falho de seu presidente “Valter Avancini” como treinador. O resumo da ópera, é que a pré-temporada foi jogada foro, pois um novo técnico assume as rédeas a partir de agora . Para um clube que toda a semana chora as pitangas sobre as dificuldades financeiras, demitir um técnico, com apenas três meses de trabalho, e no futuro dispensar um grande número de jogadores, não é uma matemática que agrade aos, já raspados, cofres do Olímpico.

§ Sobre Celso Roth

Se era caro no ano passado, seu preço parece ter agradado agora. Treinará um time melhor do que o de Mancini. Jean, Soares e Júlio dos Santos ainda vão estrear, o que qualifica o time. Seu último trabalho foi o Vasco, no Brasileirão passado. Começou bem, por várias rodadas o clube cruzmaltino rondou a zona da Libertadores. Com o passar do tempo, o desempenho caiu e o Vasco brigou para não ser rebaixado. Com isso, Eurico Miranda deu férias antecipadas a Celso Roth.

Com duas passagens pelo Olímpico, Roth se torna a esperança de uma temporada que seja, ao menos, tranqüila para o Grêmio. Pois se não der certo e ele acabar no olho da rua, um clube grande com três treinadores diferentes na mesma temporada, é sinal de briga para não ser rebaixado.

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