segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Situação de Amauri ficou boa para todos

A relação entre Amauri e Seleção Brasileira começou muito mal. Talvez tenha até mesmo acabado. O modo como sua convocação foi conduzida foi a pior possível, porém, pode ter ocorrido o melhor possível para o momento. Dunga nunca fez questão de chamá-lo, mas foi obrigado a ceder às pressões e ao bom desempenho do atacante da Junvetus. Antes de dar uma oportunidade para o jogador vestir a “amarelinha”, o treinador pouco o elogiou. Quando resolveu convocá-lo, a Juventus decidiu não ceder o seu atleta.

Sua situação é prejudicada por questões do mundo moderno. A sua mulher está prestes a receber cidadania italiana, o que deixaria o juventino apto a defender a Azzurra. Seus gols sempre ecoaram mais na Bota do que por aqui. Na primeira chamada para a partida diante da própria Itália, Amauri não estava presente na lista do treinador. A justificativa de Dunga era que o camisa 8 bianconero não tinha atuado bem nas últimas duas ou três partidas no calcio.

Mesmo sem estar bem nos últimos jogos da Juve, bastaram alguns dias para Amauri passar a ser útil. Ele foi colocado no lugar do lesionado Luís Fabiano. Entretanto, com Dunga nada pode ser simples. A convocação ocorreu fora do prazo estipulado pela Fifa para jogadores que atuam no exterior. A Velha Senhora utilizou do seu direito e não cederá o autor de 11 gols na Serie A desta temporada.

Apesar do constrangimento que o decorrer dos fatos provocaram, a situação ficou boa para todos os lados. Dunga nunca fez questão de contar com Amauri. Ele prefere testar Afonso Alves, Vagner Love e Jô, mas o atacante titular de um dos maiores clubes do mundo, não. Mesmo que publicamente a Juventus tenha bloqueado a ida de seu jogador, nas internas talvez não tenha sido bem assim. Independente de quem decidiu vetar a participação do jogador pela seleção, Dunga dificilmente voltará a o torná-lo um selecionável. Serão precisos muitos lesionados e muitos gols de Amauri para ele ser novamente relacionado.

O jogador sempre se mostrou divido sobre qual caminho seguir. Seu coração verde e amarelo queria que ele jogasse pelo país em que nasceu. Sua cabeça preferia defender a seleção da nação que abrigou o seu futebol e onde teria mais chance de se firmar. Agora, Amauri ganhou mais alguns meses para refletir sobre seu futuro. Esperar seu passaporte italiano chegar e vestir a camisa azzurra parece ser a aposta mais segura para o jogador nascido em Carapicuíba.

Saiba mais
Amauri já marcou 42 gols na Primeira Divisão italiana. Na Juventus são 13 gols em meia temporada – 11 na Serie A e dois na Copa dos Campeões. Porém, ele está há seis partidas sem balançar as redes.

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