terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Conmebol esvazia a Copa do Brasil

Para quem gosta de um jogo final, da decisão, a Copa do Brasil é um campeonato para matar as saudades. Um torneio nesses moldes é importante. O Campeonato Brasileiro premia a regularidade. A Copa do Brasil o momento. Se em representatividade ela cresceu desde seu início, em 1989, a competição tem perdido em qualidade nos últimos anos. A culpa é da Conmebol.

A entidade que rege o futebol na América do Sul é fominha, gananciosa, quer estar sob os holofotes durante todo o ano. Para se manter em evidência o tempo todo, ela organiza duas competições. No primeiro semestre é a vez da cobiçada Libertadores, sonho de qualquer grande clube abaixo da linha do Equador. No segundo, ocorre a Copa Sul-americana, a prima pobre, de menor importância. Essa não concomitância de torneios esvazia a Copa do Brasil.

Na Europa, a Champions League e a Copa Uefa ocorrem simultaneamente durante toda a temporada. Lá, as Copas Nacionais são desvalorizadas por darem vaga à competição menos importante, diferente daqui. A formatação do calendário da Conmebol embola a agenda do futebol brasileiro nos primeiros seis meses do ano, impossibilitando que quem jogue a Libertadores possa disputar a Copa do Brasil. Isso é um castigo para quem entra em campo no principal torneio das Américas.

Se a Confederação Sul-Americana de Futebol agendasse as suas duas competições para o mesmo semestre ou as alongasse, desde que fossem disputadas ao mesmo tempo, surgiria espaço para os clubes brasileiros participassem do segundo troféu mais importante do país.

O prêmio pela conquista da Copa do Brasil mantém a importância do campeonato. Mas não se pode negar, que ela ficaria com um significado muito maior se em 2009, Palmeiras, Sport, Grêmio, São Paulo e Cruzeiro entrassem nos duelos que ocorrem nos 27 estados da pátria de chuteiras. Apesar dos problemas enfrentados aqui, dessa vez, o erro não é da criticada CBF.

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