sábado, 12 de junho de 2010

No gol, o assunto da Copa

Inglaterra e Argentina, duas das principais seleções, se fardaram pela primeira vez para entrar em campo neste sábado. Como o dia inaugural havia mostrado, todos ainda possuem espaço para evoluir, distanciando qualquer tipo de avaliação definitiva. Os goleiros foram a principal pauta de hoje. Para o bem e para o mau.

A diferença em uma posição – Das 11 posições do futebol, o goleiro é a mais importante. Sem ele, diz a regra, o jogo não inicia. E logo ali, no começo da escalação, a diferença do jogo entre Inglaterra e Estados Unidos se apresentou. Se o americano Howard fechou os ângulos em grande atuação, o inglês Green levou um frango, deixando o vermelho de vergonha, definindo o 1 a 1.

O gol é o ponto fraco da Inglaterra desde aposentadoria de Seaman, mesmo que esse não fosse, também, dos mais confiáveis, mas reinou na posição por uma mais de década. A falha clamorosa de Green, no fim do primeiro tempo, foi crucial. Arrefeceu o ímpeto do English Team. O gol aos 4 minutos de jogo do time de Fábio Capello não foi suficiente para os europeus terem o domínio das ações. Sem o volante Barry, lesionado, a defesa ficou um tanto quanto desprotegida, devido aos constantes avanços de Gerrard e Lampard. Diante de um ataque fisicamente forte, a bola aérea foi outro problema.

Quanto aos americanos, mostrarem se ruma seleção daquelas que podem dificultar para as maiores em jogos decisivos, em um esquema rígido, protegendo bem a defesa e explorando as jogadas com Dempsey, Donovan e Altidore.

O tempo muda as características – Há 16 anos, quando Maradona atuou em sua última Copa como jogador e a Nigéria participou pela primeira fez da competição, tudo era diferente. Os africanos eram rápidos e insinuantes e a defesa, principalmente o goleiro Rufai, era o maior problema. O resultado em 1994 foi 2 a 1 para os hermanos. O tempo inverteu a situação para os nigerianos, o camisa 1 Enyema foi exuberante, apesar da derrota por 1 a 0, tendo a melhor atuação individual da Copa até o momento.

No duelo com Messi, o arqueiro levou a melhor. O jogador do Barcelona atuou na seleção como atua em seu clube, driblando da direita para a esquerda e chutando ao gol. Tevez um pouco mais recuado esteve infernal. Das principais seleções a da Argentina apresentou o futebol mais envolvente, mais ofensivo, apesar de ter vazado o adversário somente uma vez. Higuian, como centroavante, se mostrou abaixo dos companheiros de ataque, podendo ceder lugar para Milito na próxima rodada.

A defesa apresentou falhas, os laterais, em muitas oportunidades, sobem ao mesmo tempo, Verón e Mascherano, não tem como característica fazer a cobertura, expondo a dupla de zagueiros. A Nigéria não somou pontos pela falta de habilidade de seus homens de frente, demorando a dar o último passe, e a fraca pontaria nos chutes de longe, em nove arremates, somente um foi no gol.

360 e contando – A história da Grécia em Copas se resume a quatro jogos. Quatro partidas sem marcar gols. Os gregos chegaram neste sábado a 360 minutos sem ir as redes me Mundiais ao serem derrotados por 2 a 0 para a Coréia do Sul. O jogo foi do nível de duas seleções que não irão longe.

Os coreanos mostram futebol rápido, mas embolado. Os gols vieram de bola parada e em um erro na saída de jogo dos adversários. De criação, muito poucos. Se a população grega esperava um pouco de alegria para superar a grave crise financeira atravessada no país ao será com o futebol, talvez com a seleção de basquete no mundial, em agosto. Em campo, um time pesado, fincado no chão e sem um instante de criatividade.

Nenhum comentário: