quinta-feira, 17 de junho de 2010
Seleção do dia: seleção da primeira rodada
Lahm (Alemanha)
Demerits (Estados Unidos)
Grithiting (Suíça)
Heinze (Argentina)
Khodira (Alemanha)
Inler (Suíça)
Gelson Fernandez (Suíça)
Ozil (Alemanha)
Park (Coréia do Sul)
Messi (Argentina)
quarta-feira, 16 de junho de 2010
A arte de defender
Essa foi a 27ª partida dos suíços em Copas e somente a nona vitória. Nas suas 13 participações, o time dos Alpes sofreu 51 gols, provando que a tática defensiva poucas vezes atingiu seu resultado. A Suíça alcançou a quarta partida seguida em Mundiais sem ver a bola balançar a sua rede. Na Alemanha, há quatro anos, foi eliminada sem ter sido vazada.
Terra dos crepes, de relógios, queijos e do ferrolho, o a seleção passou a adotar essa formatação após a derrota por 2 a 0 para a Hungria, na Copa de 1938. O técnico Karl Rappan entendeu que a melhor forma de se equiparar diante de equipes mais qualificadas seria se fechar e tentar decidir o jogo em um ou dois lances. Mais de 70 anos depois, a Suíça, utilizando essa estratégia atinge o seu resultado mais expressivo ao derrotar a Espanha. Uma vitória da disciplina tática, da pressão sobre a bola e do aproveitamento das chances.
Aos espanhóis não há motivos para desespero. O time segue dependem apenas de seus resultados para se classificar. As idéias não podem ser jogadas fora por causa de um resultado. A preocupação deve estar na mente dos jogadores, seja pela falta de humildade na estreia ou por um abatimento excessivo. Não pode-se criar uma “síndrome de Copa” no elenco.
A Fúria pressionou, colocou o adversário nas cordas, mas abriu a guarda. Mesmo tendo perdido, a equipe de Vicente del Bosque atuou melhor que muitos vencedores em sua primeira partida da Copa. A derrota espanhola é boa para o Brasil, diminuindo a pressão sobre Dunga, pois os três pontos saírem mesmo sem um bom futebol. O resultado espanhol pode ser ruim para o Brasil, aumentando as possibilidades de ter a Fúria como adversária nas oitavas de final.
Seleção do dia: os trava-línguas
Souleymanou (Camarões)
Letsholonyane (África Do Sul)
Odemwingie (Nigéria)
Patsatzoglou (Grécia)
Radosavljevic (Eslovênia)
Ljubijanki (Eslovênia)
Rukavytsya (Austrália)
Van Bronckhorst (Holanda)
Jendrisek (Eslováquia)
Lichtsteiner (Suíça)
Salpingidis (Grécia)
terça-feira, 15 de junho de 2010
Um velho problema italiano
A opção de Marcelo Lippi por Marchetti chega a surpreender. De bom desempenho nas duas últimas temporadas, o goleiro do Cagliari é um nome emergente no futebol italiano. A tendência seria a escolha por De Sanctis, atualmente o terceiro goleiro. Mas as tendências não tem sido obedecidas pelo treinador, que deixou Totti e Cassano, por exemplo, de fora da Copa.
De Sanctis é eternamente um vice-Buffon, desde as seleções de base. O arqueiro do Napoli é mais rodado, parecendo um pouco mais preparado para a situação.
O problema no gol foi uma constante durante um determinado período na seleção italiana. Nas Copas de 94 e 98, o titular Peruzzi se lesionou pouco antes do início do torneio, cedendo a titularidade para Pagliuca. Durante a competição nos Estados Unidos, um agravante com Pagliuca sendo expulso. Marchegiani assumiu a posição, fazendo duas de suas nove aparições pela seleção em um Mundial. Dentre os 22 convocados naquele ano, somente o terceiro goleiro, Bucci, não foi utilizado por Arrigo Sacchi.
Antes da Eurocopa de 2000, a vítima foi Buffon. Então defendendo o Parma, ele fraturou a mão, não disputando a competição. Toldo supriu com excelência sua ausência. Na semifinal contra a Holanda, ele defendeu três pênaltis, um no tempo normal e dois na decisão dos tiros dos 11 metros.
Depois de Pagliuca e Toldo terem ido bem, chegou a vez de Marchetti.
Igual aos outros
O Brasil, por todo o seu histórico, é um competidor único em Copas do Mundo. Tudo que envolve o país no torneio parece ser singular. Nesta edição, porém, o Brasil foi igual aos outros. O time de Dunga apresentou um futebol pouco empolgante em sua estreia, como a maioria das seleções. A vitória por 2 a 1 sobre a Coréia do Norte foi uma repetição das partidas anteriores à Copa, fazendo dos brasileiros, por enquanto, mais um time forte no Mundial, apesar de seus problemas.
A retranca coreana era esperada. Foram cinco jogadores mais recuados com três à frente deles, um “pseudo” armador e um atacante. O posicionamento fechou bem os espaços. Durante 45 minutos, a Seleção Brasileira não teve soluções. Nem pingo do famoso “joga bonito”.
O técnico brasileiro se encurralou nas próprias decisões na hora de convocar. Pouco há para mudar com quem vem do banco. O Brasil precisou de um gol tão mágico de Maicon, chutando quase sem ângulo, quanto aquele de Josimar, em 86, para aliviar.
Sem criatividade, a saída foi a velocidade. A alteração que permitiu dois gols no segundo tempo foi no ritmo de jogo. Mais ágil, o Brasil chegou aos gols em jogadas velozes.
A postura do adversário não pode justificar a falta de criatividade e de profundidade ofensiva brasileira. Raras serão as seleções que atacaram medindo forças com o Brasil. É preciso apresentar soluções, dando maior fluxo de passe na saída de bola. No momento, elas parecem tão escondidas quanto o treino de Dunga.
A Costa do Marfim, próxima adversária, se fecha de maneira agressiva, alinhando quatro jogadores na linha de meio-campo, obrigando aos lances de bola longa e esperando um passe errado para imprimir um contra-ataque veloz. Diferente da marcação passiva dos asiáticos apresentada no Elis Park.
O gol coreano, por desatenção brasileira, no minuto final de jogo pouco preocuparia, pois a partida estava definida, não fosse o adversário o 105º no ranking da Fifa.
Dizem que o “se” não entra em campo. Nesta terça-feira, ele entrou. Era Tae Se, atacante norte coreano. Considerado o Rooney asiático, ele chorou durante o hino, atuou isolado no ataque e mesmo assim conseguiu levar perigo. Finalmente o Se entrou em campo.
Seleção do dia: craques brasileiros que não disputaram Copa
Raul
Ademir da Guia
Evaristo de Macedo
Dirceu Lopes
Tesourinha
Djalminha
Neto
Alex
Canhoneiro
Heleno de Freitas
Quarentinha
O 15 de junho na história das Copas
Tchecoslováquia 6 x 1 Argentina (fase de grupos) – Essa foi a maior derrota sofrida pelos argentinos em Mundiais. Devido a má atuação na Copa, a seleção foi recebida em Buenos Aires por uma multidão munida de pedras e moedas para serem atiradas nos jogadores.
Alemanha 2 x 2 Irlanda do Norte (fase de grupos)
Paraguai 3 x 3 Iugoslávia (fase de grupos)
França 2 x 1 Escócia (fase de grupos)
Suécia 0 x 0 País de Gales (fase de grupos)3
Hungria 4 x 0 México (fase de grupos)
Brasil 2 x 0 União Soviética – A partida marcou a estreia de Garrincha e Pelé em Copas do Mundo.
Inglaterra 2 x 2 Áustria (fase de grupos)
Copa 1974
Suécia 0 x 0 Bulgária (fase de grupos)
Uruguai 0 x 2 Holanda (fase de grupos)
Itália 3 x 1 Haiti (fase de grupos) – Estreia dos haitianos em Copas. Em três jogos na México, eles sofreram 14 gols. Além de muitos gols sofridos, o jogador Ernest Jean foi o primeiro jogador flagrado em exame anti-doping.
Polônia 3 x 2 Argentina (fase de grupos)
Copa 1982
Peru 0 x 0 Camarões (fase de grupos) – Primeiro jogo dos camaroneses em Mundiais.
Hungria 10 x 1 El Salvador (fase de grupos) – Maior goleada da história das Copas. Laslo Kiss se tornou o primeiro jogador a marcar três gols saindo do banco de reservas.
Escócia 5 x 2 Nova Zelândia (fase de grupos) – No dia que marcou seu primeiro ponto em Copas, a Nova Zelândia celebrou 28 anos de sua estreia.
Copa 1986
México 2 x 0 Bulgária (oitavas de final)
União Soviética 3 x 4 Bélgica (oitavas de final) – O jogo terminou empatado por 2 a 2 no tempo normal, com os belgas vencendo a prorrogação por 2 a 1.
Copa 1990
Áustria 0 x 1 Tchecoslováquia (fase de grupos)
Alemanha 5 x 1 Emirados Árabes
Copa 1998
Alemanha 2 x 0 Estados Unidos
Romênia 1 x 0 Colômbia
Inglaterra 2 x 0 Tunísia – Estreia de Michael Owen em Copas. Aos 18 anos, ele se tornou o mais jovem a atuar em Mundiais pela Inglaterra.
Copa 2002
Alemanha 1 x 0 Paraguai (oitavas de final)
Dinamarca 0 x 3 Inglaterra (oitavas de final)
Copa 2006
Equador 3 x 0 Costa Rica
Inglaterra 2 x 0 Trinidad e Tobago - Estreia de Trinid e Tobago em Copas. O país junto com Canadá, Índias Holandesas, China, Grécia e Zaire que nunca marcaram um golzinho sequer em Copas.
Suécia 1 x o Paraguai.
A Copa em música (4) - Brasil 1986
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Itália prova de sua estratégia
Sem um diferencial - A diferença desse ano para os outros é a falta de um jogador capaz de decidir sozinho, como um Totti, um Del Piero ou um Baggio. A convocação de Marcelo Lippi é recheada de jogadores comuns. Assim, Lippi faz Marchisio atuar fora de posição, deixa Iaquinta distante da área e o artilheiro do Italiano, Di Natale, no banco.
Contra um Paraguai louco pelo 0 a 0, a Itália mostrou ter pouca solução. Salvou-se na bola parada, graças ao erro do goleiro Villar ao sair da meta. Os sul-americanos serão assim, atuarão de maneira heróica até serem eliminados. A Itália sofrerá jogo a jogo. Se conseguir enfrentar alguma grande seleção estará mais confortável, deixando o adversário jogar e explorando os contra-ataques.
Estreia discreta - A Holanda não foi avassaladora. Foi discreta, encontrando dificuldades contra uma fechada Dinamarca, no 2 a 0 desta segunda-feira. Jogando muito em cima de Sneijider, os holandeses centralizaram de mais o jogo. Seus companheiros de setor ofensivo não se movimentaram abrindo espaço para suas entradas no lado oposto da bola, dificultando a fluência do jogo.
O problema pode ser solucionado assim que Robbentiver condições de entrar em campo. Ele irá alargar o campo e dar opção pela ponta. Sua ausência foi sentida. Quando Elia, dono de características similares, entrou, a situação melhorou, resultando no segundo gol na vitória por 2 a 0.
Sem seu principal jogador, Tomasson, lesionado, a Dinamarca tratou de se defender, mostrou eficiência atrás, apesar de ter sofrido dois gols, o primeiro contra de Simon Poulsen. Com Tomasson atuando, segurando a bola nas proximidades da área, os dinamarqueses poderão ser mais compactos, dando tempo para a chegada dos meias.
A vez do asiáticos? - Por muito tempo se apostou nos africanos, mas até o momento, os asiáticos mostraram uma maior evolução. A Coréia do Sul bateu a Grécia e agora o Japão superou Camarões por 1 a 0. O africano Eto´o foi bem neutralizado como o restante dos Leões, que não parecem mais serem indomáveis. A pontaria japonesa fez a diferença, todos os arremates foram no gol, até que o de Honda entrou. Hoje, em geral, os asiáticos se mostram melhor preparados que os africanos na Copa, mas ainda há a Costa do Marfim para jogar.
Seleção do dia: craques estrangeiros que não disputaram Copas
Grobbelaar – Titular por 14 anos do gol do Liverpool, Grobbelaar nasceu na África do Sul, mas defendeu a seleção do Zimbábue em 32 partidas.
Kubala – Atuou por três seleções diferentes, Tchecoslováquia, Hungria e Espanha, sempre sem conseguir a classificação. Em 1962, ficou de fora da convocação espanhola por lesão.
George Weah – Eleito o melhor do mundo em 1995, a companhia na seleção da Líbia e a guerra vigente no país o fizeram nunca ter ido à Copa do Mundo apesar do seu talento.
Abedi Pelé – Eleito três vezes o melhor jogador africano, Pelé foi o maior expoente do continente no início dos anos 90, mas em cinco tentativas nunca conseguiu a classificação.
Duncan Edwards – Considerado o mais habilidoso jogador inglês de sua geração, Edwards morreu aos 21 anos, em acidente envolvendo a delegação do Manchester United, em 1958.
Valentino Mazzola – Surgiu para o futebol na década de 40, quando não houve disputa de Mundiais. Em 1949, o italiano morreu no acidente aéreo que vitimou toda a delegação do Torino, quando o avião que trazia a delegação se chocou contra a basílica de Superga.
Litmanen – Meia finlandês de toque refinado se destacou no Ajax da década de 90.
George Best – O temperamental atacante deu o azar de ter nascido na Irlanda do Norte. Chegou perto de passar pelas Eliminatórias em 74 e 78. Quando seu país disputou o torneio em 1982, ele não defendia mais a sua seleção.
Ryan Gigs – Nascido no País de Gales, Gigs quase foi à Copa em 1994, quando sua seleção perdeu a classificação para a Romênia.
Eric Cantona – O irreverente atacante francês se destacou quando a seleção país passou por um hiato técnico, ficando de fora dos Mundiais de 90 e 94.
Di Stéfano – Um dos maiores nomes da história do futebol esteve no lugar errado e na hora errada. Quando defendia a Argentina, os hermanos não foram à Copa. O mesmo ocorreu quando passou a atuar pela a Espanha, em 1958.
o 14 de junho na história das Copas
Brasil 2 x 1 Tchecoslováquia (jogo desempate das quartas de final) – Dois dias depois d empatarem por 1 a 1, os dois times voltaram a se enfrentar. O Brasil mudou nove jogadores e com um time mais descanso venceu de virada com gols de Leônidas e Roberto, Kopeky marcou para os tchecos.
Copa 1970
Brasil 4 x 2 Peru (quartas de final)
Alemanha 3 x 2 Inglaterra (quartas de final) – Após 2 a 2 no tempo normal, os alemães desempatara na prorrogação com Muller. Onze jogadores da final de 1966 estavam em campo. A principal ausência era o goleiro Banks, acometido de problemas intestinais.
Itália 4 x 1 México (quartas de final)- Os dois times chegaram até as quartas sem terem sofrido gols na Copa.
Uruguai 1 x 0 União Soviética (quartas de final)
Copa 1974
Alemanha Ocidental 1 x 0 Chile (fase de grupos)
Alemanha Oriental 2 x 0 Austrália (fase de grupos)
Zaire 0 x 2 Escócia (fase de grupos)
Copa 1978
Alemanha 0 x 0 Itália (segunda fase de grupos)
Holanda 5 x 1 Áustria (segunda fase de grupos)
Brasil 3 x 0 Peru (segunda fase de grupos)
Argentina 2 x 0 Polônia (segunda fase de grupos)
Copa 1982
Itália 0 x 0 Polônia (fase de grupos)
Brasil 2 x 1 União Soviética (fase de grupos)
Copa 1990
Itália 1 x 0 Estados Unidos (fase de grupos)
Camarões 2 x 1 Romênia (fase de grupos) – Estreia do romeno Hagi em Copas. Ao todo o cerebral meia disputou em Mundiais, entrando em campo em 12 partidas e ,marcando três gols.
Iugoslávia 1 x 0 Colômbia (fase de grupos)
Copa 1998
Iugoslávia 1 x o Irã (fase de grupos)
Jamaica 1 x 3 Croácia (fase de grupos) – Primeiro jogo das duas seleções em Copas.
Argentina 1 x 0 Japão (fase de grupos) – Primeira partida dos japoneses em Mundiais.
Copa 2002
Portugal 0 x 1 Coréia do Sul (fase de grupos)
Polônia 3 x 1 Estados Unidos (fase de grupos)
Tunísia 0 x 2 Japão (fase de grupos)
Bélgica 3 x 2 Rússia (fase de grupos)
Copa 2006
Alemanha 1 x 0 Polônia (fase de grupos)
Espanha 4 x 0 Ucrânia (fase de grupos)
Tunísia 2 x 2 Arábia Saudita (fase de grupos)
domingo, 13 de junho de 2010
A Copa em música (2)
A seção não traz hoje uma música de Copa, mas, sim, duas grandes performances musicais de sérvios, os tenistas Novak Djokovic e a bela Ana Ivanovic.
sábado, 12 de junho de 2010
Felipe Melo, a questão
Felipe abusa no número de faltas cometidas, nos passes errados, além de ter reduzido as roubadas de bola. Um reflexo dos seus últimos 12 meses. As perguntas endereçadas a ele são rebatidas com a mesma dureza que o fez levar 29 cartões - 25 amarelos e quatro vermelhos – nos seus dois últimos anos.
Em sua defesa se apresenta o fato de nunca ter perdido com a camisa do Brasil. Sua posição é vital no esquema de Dunga, ele precisa fechar os espaços atrás, cobrindo laterais e zagueiros, e ser a ligação na saída de bola com os meias. Seu discurso é uma réplica do deus eu comandante. O treinador nutre carinho espacial pelo jogador, que atua na mesma posição de sua época de atleta, uma aposta alta do gaúcho para a Copa do Mundo.
No gol, o assunto da Copa
A diferença em uma posição – Das 11 posições do futebol, o goleiro é a mais importante. Sem ele, diz a regra, o jogo não inicia. E logo ali, no começo da escalação, a diferença do jogo entre Inglaterra e Estados Unidos se apresentou. Se o americano Howard fechou os ângulos em grande atuação, o inglês Green levou um frango, deixando o vermelho de vergonha, definindo o 1 a 1.
O gol é o ponto fraco da Inglaterra desde aposentadoria de Seaman, mesmo que esse não fosse, também, dos mais confiáveis, mas reinou na posição por uma mais de década. A falha clamorosa de Green, no fim do primeiro tempo, foi crucial. Arrefeceu o ímpeto do English Team. O gol aos 4 minutos de jogo do time de Fábio Capello não foi suficiente para os europeus terem o domínio das ações. Sem o volante Barry, lesionado, a defesa ficou um tanto quanto desprotegida, devido aos constantes avanços de Gerrard e Lampard. Diante de um ataque fisicamente forte, a bola aérea foi outro problema.
Quanto aos americanos, mostrarem se ruma seleção daquelas que podem dificultar para as maiores em jogos decisivos, em um esquema rígido, protegendo bem a defesa e explorando as jogadas com Dempsey, Donovan e Altidore.
O tempo muda as características – Há 16 anos, quando Maradona atuou em sua última Copa como jogador e a Nigéria participou pela primeira fez da competição, tudo era diferente. Os africanos eram rápidos e insinuantes e a defesa, principalmente o goleiro Rufai, era o maior problema. O resultado em 1994 foi 2 a 1 para os hermanos. O tempo inverteu a situação para os nigerianos, o camisa 1 Enyema foi exuberante, apesar da derrota por 1 a 0, tendo a melhor atuação individual da Copa até o momento.
No duelo com Messi, o arqueiro levou a melhor. O jogador do Barcelona atuou na seleção como atua em seu clube, driblando da direita para a esquerda e chutando ao gol. Tevez um pouco mais recuado esteve infernal. Das principais seleções a da Argentina apresentou o futebol mais envolvente, mais ofensivo, apesar de ter vazado o adversário somente uma vez. Higuian, como centroavante, se mostrou abaixo dos companheiros de ataque, podendo ceder lugar para Milito na próxima rodada.
A defesa apresentou falhas, os laterais, em muitas oportunidades, sobem ao mesmo tempo, Verón e Mascherano, não tem como característica fazer a cobertura, expondo a dupla de zagueiros. A Nigéria não somou pontos pela falta de habilidade de seus homens de frente, demorando a dar o último passe, e a fraca pontaria nos chutes de longe, em nove arremates, somente um foi no gol.
360 e contando – A história da Grécia em Copas se resume a quatro jogos. Quatro partidas sem marcar gols. Os gregos chegaram neste sábado a 360 minutos sem ir as redes me Mundiais ao serem derrotados por 2 a 0 para a Coréia do Sul. O jogo foi do nível de duas seleções que não irão longe.
Os coreanos mostram futebol rápido, mas embolado. Os gols vieram de bola parada e em um erro na saída de jogo dos adversários. De criação, muito poucos. Se a população grega esperava um pouco de alegria para superar a grave crise financeira atravessada no país ao será com o futebol, talvez com a seleção de basquete no mundial, em agosto. Em campo, um time pesado, fincado no chão e sem um instante de criatividade.
Sdeleção do dia: os ausentes por opção
Zanetti (Argentina)
Alex (Brasil)
Méxes (França)
Santon (Itália)
Cambiasso (Argentina)
Viera (França)
Seedorf (Holanda)
Totti (Itália)
Ronaldinho Gaúcho (Brasil)
Benzema (França)
0 12 de junho da história das Copas
Brasil 1 x 1 Tchecoslováquia (quartas de final) – O empate provocou a realização de uma partida extra.
Hungria 2 x 0 Suíça (quartas de final) – Após a derrota, o técnico suíço Karl Rappan ficou convencido que para vencer seleções mais fortes que a sua seria preciso uma nova estratégia, iniciando a criação do ferrolho suíço.
Suécia 8 x 0 Cuba (quartas de final)
Itália 3 x 1 França (quartas de final) – Aproveitando o azul francês, os italianos vestiram-se de preto, a cor do fascismo, na partida que teve o maior público da terceira Copa do Mundo.
Copa 1958
Suécia 2 x 1 Hungria (primeira fase)
Copa 1986
Irlanda do Norte 0 x 3 Brasil (fase de grupos)
Argélia 0 x 3 Espanha (fase de grupos)
Copa 1990
Bélgica 2 x 0 Coréia do Sul (fase de grupos)
Holanda 1 x 1 Egito (fase de grupos) - Após 56 anos o Egito voltou a disputar um Mundial.
Copa 1998
Arábia Saudita 0 x 1 Dinamarca (fase de grupos) – O confronto marcou a centésima partida de Peter Schmeichel pela seleção dinamarquesa.
França 3 x 0 África do Sul (fase de grupos) – Estreia dos sul-africanos em Copas.
Paraguai 0 x 0 Bulgária (fase de grupos)
Copa 2002
África do Sul 2 x 3 Espanha (fase de grupos)
Eslovênia 1 x 3 Paraguai (fase de grupos)
Copa 2006
Itália 2 x 0 Gana (fase de grupos)
Estados Unidos 0 x 3 República Tcheca (fase de grupos)
Austrália 3 x 1 Japão (fase de grupos)
A Copa em música
Essa seção diária irá mostrar um pouco das músicas que emblaram os sonhos de muitos torcedores em busca do título mais importante do futebol durante os anos.
A série começa com a Inglaterra. Os ingleses fazem sua estreia neste sábado diante dos Estados Unidos. A campanha da Copa de 90, na Itália, foi embalada ao som do New Order. Naquele ano, o English Team caiu na semifinal, perdendo nos pênaltis para a campeã Alemanha, com um time que tinha Shilton, Gascoine e Liniker como principais destaques.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Empate e mais empate
As vuvuzelas soaram, a Jabulani rolou, mas sem empolgar. O primeiro dia da Copa do Mundo foi mais de ausências do que presenças. A principal delas a de Nélson Mandela. Responsável pela evolução política e social da África do Sul nas últimas décadas e apoiador incondicional da realização do Mundial no país viveu uma tragédia familiar horas antes da abertura, quando uma de suas bisnetas morreu em acidente de carro. A figura mais emblemática da sede do torneio deixou um vazio na cerimônia de abertura.
O buraco pela ausência de Mandela não foi preenchido, ficando um pouco maior com um futebol acanhado apresentado pelos componentes do Grupo A. A falta de jogos de maior qualidade é normal no primeiro dia. Estreia são nervosas e em uma chave parelha, não perder satisfez a todos.
O quase dos anfitriões – Os Bafana Bafana viram a chance de vencer na abertura do torneio. Faltou segurar dez minutos a mais diante do México, mas o empate por 1 a 1 não pode ser lamentado. Carlos Alberto Parreira, em sua sexta Copa como técnico, segue sem vencer quando não comanda o Brasil. Dirigindo uma seleção limitada tecnicamente, o brasileiro precisa apostar nas jogadas longas e na bola parada. Foi da primeira forma que marcou seu gol, em chute no ângulo de Tchabalala, mostrando o quão alto pode soar uma vuvuzela.
Em relação às expectativas criadas, o México não foi o que se esperava. Para um time baixo – somente dois jogadores têm mais de 1,80m –, os mexicanos mostraram-se lentos tanto em termos de velocidade, quanto na troca de passes. Apesar dos dois laterais atuarem bem avançados, eles jogavam muito por dentro, longe da linha lateral, tirando espaço para o desenvolvimento das jogadas.
Sem gol e sem graça – Um confronto de campeãs do mundo, um futebol de dar pouca esperança de uma nova conquista para França e Uruguai, após o 0 x 0. Os franceses só se interessaram pela vitória nos minutos finais, quando os adversários ficaram com um a menos. Pouco ambiciosos, os europeus não espetaram Ribery e Govou para eliminar a sobra dos três zagueiros sul-americanos, ficando mais preocupados na marcação dos alas do oponente e mais distantes do gol.
Ao Uruguai, de bons atacantes e zagueiros eficientes, resta esperar um erro dos adversários. Sem criatividade no meio-campo, a celeste terá de fazer força para fazer gol. Os melhores lances ocorreram quando Forlan conseguiu espaço entre o zagueiro e o lateral francês. Seu recuo para o meio somado ao ingresso na frente de Cavani pode aumentar a qualidade do time, destravando a chegada da bola ao ataque.
Banco para Henry - Chega a ser constrangedor ver Henry entre os reservas. Mesmo não sendo o mesmo atacante do início do século, vendo os gols ficarem cada vez mais escassos a cada ano - foram só quatro na última temporada -, ele é Henry, um jogador que pela sua história ainda preocupa as defesas. Podendo atuar como centro-avante ou pelo lado, o campeão mundial de 1998 dará maior mobilidade ao setor, além de uma maior variação de posicionamento.
Seleção do dia: os ausentes por lesão
2- Bosingwa (Portugal)
3- Ferdinand (Inglaterra)
4- Hwak Tae Hai (Coréia do Sul)
6- Spycher (Suíça)
5- Mikel (Nigéria)
8- Essien (Gana)
10- Ballack (Alemanha)
7- Beckham (Inglaterra)
11- Nani (Portugal)
9- Owen (Inglaterra)
O 11 de junho na história das Copas
Argentina 3 x 1 Irlanda do Norte
Alemanha 2 x 2 Tchecoslováquia
Iugoslávia 3 x 2 França
Paraguai 3 x 2 Escócia – O escocês Collins marcou o segundo gol de seu pai, o de número 500 na história dos Mundiais.
México 1 x 1 País de Gales – Na décima partida dos mexicanos na história das Copas, eles marcaram seu primeiro ponto nesse jogo.
União Soviética 2 x 0 Áustria
Brasil 0 x 0 Inglaterra – Primeiro jogo sem gol da história das Copas.
Copa 1970
México 1 x 0 Bélgica
Itália 0 x 0 Israel
Inglaterra 1 x 0 Tchecoslováquia
Copa 1978
Brasil 1 x 0 Áustria
Espanha 1 x 0 Suécia
Escócia 3 x 2 Holanda – O holandês Resenbrink, de pênalti, marcou o gol de número mil em Copas.
Peru 4 x 1 Irã
Copa 1986
Paraguai 2 x 2 Bélgica – O técnico paraguaio Caytano Ré se tornou o primeiro treinador a ser excluído do jogo pelo árbitro.
Inglaterra 3 x 0 Polônia
Copa 1990
Costa Rica 1 x 0 Escócia
Inglaterra 1 x 1 Irlanda – Primeira e única vez que os ingleses enfrentaram outra seleção britânica em Mundiais.
Copa 1998
Camarões 1 x 1 Áustria
Itália 2 x 2 Chile – Após desperdiçar o pênalti decisivo na decisão de 1994, Roberto Baggio retornou a marca da cal, aos 40 do segundo tempo, convertendo a cobrança e empatando o jogo.
Copa 2002
Dinamarca 2 x 0 França – Jogo eliminou os francês da Copa. Pela primeira vez a seleção que defendia o título não passou da primeira fase. A França sequer conseguiu ir às redes nesta Copa.
Senegal 3 x 3 Uruguai
Camarões 0 x 2 Alemanha
Arábia Saudita 0 x 3 Irlanda
A Copa da África e da Jabulani
Há quatro décadas a bola é uma atração do torneio, uma espécie de mascote de cada edição. E mesmo sempre sendo redonda, sempre é nova, diferente e, agora, mais redonda. Assim como cada edição da Copa, a “gorduchinha” se renova. A Jabulani é quase um carro de Fórmula-1 tamanho a tecnologia desenvolvida e os dólares faros em a sua criação. Mesmo assim ela não agradou a todos. Mas se nem a Copa do Mundo agrada a todos, uma redonda bola multicolorida não poderia atingir o status de unanimidade.
Enquanto a bola esteve longe de rolar de maneira oficial, ela se tornou assunto. Na briga das marcas esportivas, o principal item de desejo, depois da taça de campeão, dos 736 homens inscritos para a Copa da África do Sul foi escorraçada por uns e defendida por outros, em uma guerra mais econômica do que futebolística.
O dinheiro que rola pelos campos chegou com a principal competição do futebol no continente mais pobre. Em meio a miséria das nações africanas, o dono da bola não é mais garantia de nada. Sorte da velha África, pois a milionária briga das fabricantes massificou a produção de tudo que envolve o esporte.
Antigamente possuir uma bola era tão raro que o seu dono tinha lugar cativo no time. Mas se qualquer um pode tê-la, o futebol muda. O esporte chega a mais pessoas, aumentando a sua já imensa popularidade. Mas acima de tudo diminuindo a diferença, dificultando a vida de quem tem de apontar um favorito para comemorar o título em 11 de junho, mesmo que na terra dos leões, ser zebra não seja um bom negócio.
Críticas, elogios, indiferenças, nada impedirá a Jabulani de rolar na África do Sul. Quando ela começar a passar de pé em pé, estufar as redes, sua composição sem costuras, menos resistente ao ar, tudo isso perderá importância.
Se a bola é nova, a Copa é inédita. Um Mundial que descobrirá um novo mundo, uma realidade distante para o mundinho do futebol. Uma competição com os mistérios de sempre dentro de campo, mas com um ambiente novo a ser descoberto fora dele. Serão dias de gols, de vuvuzelas e muita emoção.
Vamos Jabulani. Vamos celebrar mais uma Copa do Mundo.
* Durante a Copa do Mundo, o blog volta com força trazendo análise, opinião e informação., em posts e sessões diárias.